quarta-feira, 28 de março de 2012

O fator segurança em esportes de aventura.

Por Leandro do Carmo

No mês de março ocorreram dois acidentes fatais no esporte de aventura. Dia 10 de março, dois mergulhadores morreram ao mergulharem em uma pedreira desativada em Salto Pirapora, interior de São Paulo; dia 25 de março, uma jovem de 24 anos morreu, após sofrer uma queda de aproximadamente 20 metroa num salto de parapente da rampa da Pedra Bonita, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Não quero achar os culpados, mas sim, sinalizar aos esportistas sobre o cuidado com a segurança.

Esses tipos de esporte, em muitas vezes, não tolera o erro. Os procedimentos de segurança devem ser checados e seguidos, mesmo o participante tendo a maior experiência possível. O excesso de auto-confiança, a falta de atenção, o cansaço, etc., podem nos levar a não realizar algum procedimento extremamente importante, simplesmente porque estamos tão acostumados a fazê-lo e achamos que nunca faremos nada de errado.

Escalar, mergulhar, vôo livre e etc.,  não são como passear de bicicleta no calçadão da praia ou nadar na piscina do clube, o erro pode provocar sérias consequências, não só para você, mas para a pessoa que está junto contigo, pois ela, nem sempre tem experiência suficiente para perceber que um nó está errado ou é inadequado para a situção, que uma fivela não está devidamente presa, ou até mesmo que aquela sensação de euforia no mergulho, pode ser sintomas de narcose.

O fato é que mesmo que todos os procedimentos de segurança sejam tomados, há sempre o risco, eles nunca desaparecem. Porém, eles podem e devem ser minimizados. Tomadas todas as precauções e observados os limites do seu corpo, aí é só se divertir.

Outro fator que interfere diretamente na seguraça da prática do esporte são os limites do corpo. Eles não seguem uma regra. O estado físico, psicológico e até mesmo a alimentação, podem influenciar diretamente no desempenho e consequentemente na segurança no dia da prática do esporte. O cançaso, a desidratação, entre outros, podem influenciar no desempenho do esportista. Mesmo um atleta bem treinado, pode não ter um bom desempenho por não ter tido uma boa noite de sono ou ter se alimentado mau...

Já presenciei casos de mergulhador desmaiar em treinamento de apnéia, escalador literalmente travar no meio da via, mulher prendendo cabelo no freio oito na prática de rapel e equipamento cair de escaladores do alto da via. Se todos os procedimentos de segurança tivessem sido tomados, por mais simples que sejam, os casos citados não teriam acontecido. Felizmente, esses casos tiveram um final feliz, mas poderia ter sido diferente.

Um simples gesto de prender o cabelo na hora do rapel, usar capacete em escaladas, verificar a quantidade de ar no cilindro, a profundidade no mergulho, verificar as travas de segurança nos vôos de parapente, etc., pode salvar uma vida. 

Antes de se aventurar em qualquer atividade, siga alguns cuidados essenciais:
  • Certifique-se que esteja preparado para exercer aquela atividade;
  • Caso não esteja suficientemente preparado, veja se a pessoa que irá acompanhá-lo, tenha condições técnicas para tal;
  • Planeje sua aventura e não saia do programado;
  • Avise onde estará e com quem realizará a atividade;
  • Alimente-se bem, incluindo boa hidratação;
  • Cheque os equipamentos antes de sair de casa;
  • Verifique a previsão do tempo;
  • Respeite os limites de sua certificação, como profundidade nos casos de mergulho;
  • Ao se arrumar, cheque o seu equipamento e o de seu companheiro e vice-versa;
  • Cheque tudo novamente;
  • Caso seu companheiro não tenha experiência suficiente, tenha mais atenção na checagem;
  • Se já iniciou a atividade e teve que parar por algum motivo, no retorno, repita toda a checagem do equipamento;
  • Se for contratar apenas uma atividade como rafiting, vôo livre, rapel, etc., pesquise com antecedência se o instrutor ou empresa estão aptos a oferecer aquela atividade;
  • Aborte a atividade caso aconteça algo não programado, você com certeza poderá realizá-la em outra oportunidade.
É claro que o texto acima não esgota o assunto e não o limita como procedimentos padrões e nem tenho tal pretenção e capacidade técnica para isso. Minha inteção é só alertar, pois segurança nunca é demais. Afinal de contas, não vale a pena por em risco seu bem mais precioso: A VIDA.

Apreveite e faça as suas considerações sobre o assunto. Use o campo comentário abaixo. Sua opinião contribuirá muito.

Seja prudente e divirta-se!!!!!!!!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Remada até a Ilha do Costa em Rio das Ostras

Por Leandro do Carmo

Remada até a Ilha do Costa

Local: Costa Azul - Rio das Ostras
Data: Maio/2011
Participantes: Leandro do Carmo e Jesus Paulo.

Dicas: Mais ou menos 20 minutos de remada, saindo da praia do Remanso; observar condiçoes tempo, principalmente o vento; venta muito no local; melhor horario e na parte da manha.

Ja faz um tempo que fiz essa remada, mas so agora resolvi posta-la aqui. Ilha do Costa, em frente a praia do Remanso em Costa Azul. Eu e meu pai chegamos cedo a praia, sempre quis chegar ate aquela ilha. Colocamos os caiques na agua e começamos a remar. A remada até lá é tranquila, mais ou menos 20 minutos. A água estava muito clara, acho que foi sorte, pois as condições de visibilidade no local não são muito boas. Excelente ponto de pescaria. E impressionante o formato das pedras. Elas são todas arredondadas, parecem que foram esculpidas a mão. Para quem gosta de tranquilidade, e o local exato. O melhor local de saida e na praia do Remanso. As pedras da frente, tornam a agua bem calma. Em feriados, a entrada pode ser dificultada pela grande quantidade de banhistas.

Excelente remada!!!!!

terça-feira, 13 de março de 2012

Naufrágio de mais de 100 anos é encontrado em Alagoas.

Encontrado navio naufragado há mais de 100 anos em Alagoas

O veleiro de 60 metros e três mastros Thyatira saiu de Londres para o Rio de Janeiro no dia 16 de julho de 1896, e desapareceu no mar.


O repórter Francisco José mergulha numa aventura fantástica. Ele vai tentar localizar, no litoral alagoano, um navio que naufragou há mais de 100 anos.

Em mar aberto, no litoral de Alagoas, centenas de barcos são usados na pesca do camarão. Eles levam redes de arrasto que, muitas vezes, ficam presas nas pedras. Mergulhadores que desceram para soltar uma das redes descobriram que ela estava presa às ferragens de um navio muito antigo e de origem desconhecida. Formamos uma expedição com nove mergulhadores para desvendar o mistério desse naufrágio. O comandante Djalma, com a experiência de 50 anos no mar, procura o navio, com a ajuda de aparelhos.

As condições da água, em termos de visibilidade, não são ideais, porque o local, apesar de estar a dez quilômetros de distância da costa, ainda sofre a influência da vazão do Rio São Francisco. A água fica esverdeada. O naufrágio está em torno de 30 metros de profundidade.

Nas primeiras imagens do navio desconhecido, ele está completamente encoberto pela crosta marinha, por redes e cordas perdidas pelos pescadores. Essas redes podem ser uma armadilha para os mergulhadores. Quando se puxa a rede, a água fica ainda mais turva, com muita sujeira suspensa, acumulada por mais de um século.

Nesse passeio pela escuridão, encontramos dois meros gigantes. Eles têm cara feia, mas são inofensivos e estão ameaçados de extinção.

Na parte externa, há uma porta de madeira que é usada para abrir as redes de pesca, presa a um pino de bronze.

O mergulhador Vagner Fernando foi quem descobriu o navio quando desceu para retirar a rede do pescador, mas só agora sentiu o valor da descoberta. “Agora deu para perceber que ele é antigo”, diz Vagner.

“Nessa área nossa, no litoral nordeste, nós tivemos umas invasões. O navio é muito antigo, com certeza. Tem muito mais de cem anos”, afirma o engenheiro naval Francisco Glegiston.

Voltamos ao fundo do mar para visitar a popa, a parte de trás do naufrágio. Uma peça de louça com nomes e um símbolo é encontrada, além de uma cerâmica que não conseguimos identificar. Um mastro partido nos dá a noção de uma embarcação à vela. Não encontramos nenhum motor. O mistério continua.

Os mergulhadores decidem içar pelo cabo uma peça solta, para tentar revelar a história do navio. Retirando a crosta com um martelo, surgiu em alto relevo um símbolo como a rosa dos ventos e o nome: “Thyatira”.

A partir do nome, o mistério foi desvendado. O veleiro de 60 metros e três mastros Thyatira saiu de Londres para o Rio de Janeiro no dia 16 de julho de 1896, e desapareceu no mar, na costa de Alagoas.

Pelo relato dos sobreviventes, houve um incêndio a bordo, que a tripulação não conseguiu controlar. Na carga, havia 800 pacotes de dinamite. O comandante percebeu o perigo e mandou que jogassem os barcos salva-vidas ao mar e todos os tripulantes sobreviveram. O Thyatira foi partido ao meio pela explosão, na escuridão da madrugada, e afundou.

Na costa de Alagoas existem outros naufrágios antigos. Agora nós vamos fazer uma visita ao Itapajé. É um mergulho na história: um navio brasileiro, afundado durante a Segunda Guerra Mundial, atingido por dois torpedos de um submarino alemão.

A mergulhadora Flávia é quem vai nos levar até a parte onde o Itapajé foi atingido pelo torpedo. Ainda restam louças e garrafas espalhadas pelo chão, a 27 metros de profundidade.

A posição da bacia sanitária, no teto, mostra que o navio virou completamente. Encontramos dois linguados camuflados na areia e o camarote da tartaruga, onde ela dorme, além do local de repouso da garoupa-gato. Os cardumes estão por toda parte, ocupando cada espaço entre as ferragens.

Setenta anos depois do naufrágio, o navio Itapajé se tornou um recife artificial, morada de centenas de espécies. Um abrigo para a reprodução da vida marinha.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bombeiros localizam corpos em Salto de Pirapora

Bombeiros localizam corpos a 60 metros de profundidade em pedreira

Mergulhadores desapareceram no sábado (10) em Salto de Pirapora.
Perícia Técnica e Instituto Médico Legal devem emitir laudo em até 30 dias.
12/03/2012 19h36 - Atualizado em 12/03/2012 19h36
Adriane Souza Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Eruipe localiza corpos dos mergulhadores (Foto: Assis Cavalcante/Agência BOM DIA)
Equipe localiza corpos de mergulhadores
(Foto: Assis Cavalcante/Agência BOM DIA)

Terminou na tarde desta segunda-feira (12) o resgate dos corpos dos mergulhadores Alessandro Varani e Rodrigo Garcia, ambos de 29 anos, no Lago da Pedreira, em Salto de Pirapora, interior de São Paulo.

Num trabalho conjunto com a equipe do Corpo de Bombeiros de Sorocaba, também no interior do estado, o mergulhador Marcos Reis passou 40 minutos no lago, auxiliando na busca pelos corpos. “Eles foram encontrados a cerca de 60 metros de profundidade, com o equipamento aparentemente intacto”, informa o tenente do Corpo de Bombeiros Marcos Machado Novaes. Segundo ele, é impossível determinar se a morte dos mergulhadores ocorreu nesta profundidade, pois o equipamento que eles estavam é pesado, e pode ter puxado os dois para o fundo após a morte.

Segundo o tenente Eduardo Casagrandi, que atuou no resgate, os corpos estavam a cerca de cinco metros de distância um do outro. Eles foram retirados da água por volta de 12h30.
Mergulhador experiente auxiliou bombeiros nas buscas (Foto: Assis Cavalcante/Agência BOM DIA)
Mergulhador experiente auxiliou bombeiros nas buscas
(Foto: Assis Cavalcante/Agência BOM DIA)
 
Causa da morte

A equipe da Perícia Técnica esteve no local para colher dados. Após a ocorrência ser apresentada na delegacia do município, o equipamento dos mergulhadores segue para o Instituto de Criminalística de Sorocaba.

“Com o material coletado pelo perito e o equipamento das vítimas faremos uma análise preliminar para traçar por qual linha a investigação irá seguir”, esclarece o diretor do Núcleo Pericial de Sorocaba, José Augusto Marinho Mauad.

Segundo ele, com esta investigação preliminar, o material poderá ser analisado em núcleos especializados na capital paulista. “Os corpos seguirão para o IML e este laudo também será fundamental para apontarmos a provável causa da morte”, declara o diretor.
Entre os equipamentos analisados está o computador de mergulho, que analisa o ambiente e as condições da pessoa para determinar por quanto tempo ela pode permanecer submersa. Segundo a lei, os laudos têm um prazo máximo de 30 dias para serem emitidos.

O delegado de Salto de Pirapora, informou que será instaurado inquérito para investigar morte dos mergulhadores assim que a ocorrência for concluída.

Experiência faz a diferença
O mergulhador Carlos Janovitch, 50 anos, esclarece que, muitas vezes, a experiência pode fazer a diferença num momento de dificuldade embaixo da água. “Quando você conhece o equipamento e o local onde está mergulhando, se algo der errado, a reação é mais rápida”, esclarece Carlos, que mergulha há 32 anos e dá aulas há 10.
“Já mergulhei muito naquela pedreira e não considero o local perigoso, pois tem uma visibilidade estável, sem correnteza”, alega o instrutor de mergulho. Quando perguntado sobre o que poderia ter causado o acidente, Carlos diz que uma série de coisas podem ter dado errado, tanto no equipamento quanto com os mergulhadores. “Foi uma triste fatalidade”, conclui.
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2012/03/bombeiros-localizam-corpos-60-metros-de-profundidade-em-pedreira.html

Acidente fatal em mergulho no Salto Pirapora

Dois mergulhadores desaparecem em pedreira em Salto de Pirapora, SP

Profundidade no local pode atingir até 90 metros.
Duas equipes do Corpo de Bombeiros realizam as buscas.

Gualberto Vita do G1 Sorocaba e Jundiaí


Dois mergulhadores estão desaparecidos desde a tarde de sábado (10) em uma pedreira em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo. Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Sorocaba, Rodrigo Garcia Cordeiro e Alessandro Varani, ambos de 29 anos, praticavam a atividade de mergulho com equipamentos profissionais, como cilindros e máscaras, quando sumiram. Um terceiro mergulhador, que acompanhava os dois, acionou os Bombeiros.

Equipes do Corpo de Bombeiros de Sorocaba e de Votorantim, somando seis oficiais, realizam as buscas pelos corpos desde às 6 horas da manhã deste domingo (11). Já foram feitas três incursões nas águas da represa, com mergulhos de até 40 metros. Existe a possibilidade de se convocar mergulhadores profissionais em Sorocaba para um rastreamento mais profundo no local e tentar encontrá-los. 
Os famíliares dos dois mergulhadores acompanham os trabalhos e estão abalados. De acordo com o sogro de Alessandro, os dois eram empresários e moravam na região do ABC, na Grande São Paulo. Rodrigo tinha uma experiência de três meses em mergulho e praticava em Salto de Pirapora pela primeira vez com um equipamento adquirido recentemente nos Estados Unidos. Alessandro era mais experiente e já havia realizado cerca de 60 mergulhos.

A pedreira de Salto de Pirapora é bastante visitada por pessoas da região, da capital paulista e até de outros estados. Com aproximadamente 90 metros de profundidade, o local é destaque no Brasil em mergulho profissional. 


Pedreira tem aproximadamente 90 m de profundidade  (Foto: Honório Jacometto / TV Tem)

Escalada - Agulha Guarischi - Itacoatiara - Parque Estadual da Serra da Tiririca

Por Leandro do Carmo

Agulha Guarischi


Via Paredão Zézão – 3º V E2 D2 260 metros
Via Paredão Eldorado – 2º E2 D1 100 metros

Local: Agulha Guarischi/Itacoatira
Data: 10/03/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Guilherme Belém.


DICAS: Os melhores lances estão no começo; escalada em aderência; primeiro grampo bem alto; na segunda enfiada, seguir a direita do grampo numa diagonal evita o atrito da corda, apesar de aumentar a exposição; rapel em diagonal longa; possibilidade de segurança de corpo na terceira parada.

Simplesmente FANTÁSTICA!!!!!!! Se me perguntassem a palavra para descrever a via, seria essa a resposta. Não é uma via muito difícil, mas as variedades de lances, muitos rapéis, a beleza da vista e o cume, onde se fica, literalmente, montado como num cavalo, transformam essa escalada em uma verdadeira aventura, presença obrigatória no currículo de qualquer escalador.

Havia conseguido autorização para entrar as 06:30 no Parque Estadual da Serra da Tiririca e por isso combinei com o Guilherme as 06:15. Com o calor que estava fazendo, não gostaríamos de fritar na pedra. Pontualmente chegamos. Avisei ao Guarda que já iríamos subir, preenchemos o Termo de Responsabilidade e iniciamos a trilha. Foram meia hora até chegarmos a base da via.

Hoje iria estrear minha corda. O Bruno, acabara de trazê-la e não via a hora de usá-la. O Guilherme também levou a dele. Combinamos de usar as duas na hora do rapel, a fim de ganharmos tempo. Mas acho que não foi bem assim... rs! Essa eu conto mais para frente.

Já na base, nos arrumamos e os mosquitos atacaram sem piedade. Comecei a guiar. O primeiro grampo é bem alto e logo cheguei ao primeiro crux da via. Lances em aderência, fui tocando sem pensar muito. Se parasse, poderia escorregar e aí... Fui subindo e parecia que os grampos não chegavam. Sapatilha chapada na pedra, parecia pata de camaleão!!! Segurou muito bem nos primeiros lances. A confiança foi aumentando, demorei um pouco, mas cheguei a primeira parada. Um excelente platô, onde daria até para um bivaque. Montei a parada e avisei ao Guilherme que ele poderia subir.

O Guilherme veio subindo e depois de alguns minutos já estava lá em cima. Ele me perguntou se eu havia sentido o tranco da corda, pois em um lance tinha escorregado. Ainda bem que a corda estava bem retesada. Nem percebi. Essa primeira enfiada foi bem exigente. Tecnicamente, a melhor da via. Dali para cima, existiam duas possibilidades, uma era de seguir a via normal e a outra, era uma variante para a direita, seguindo uma veia na pedra, na qual aumentava a exposição do lance, mas diminuía muito o arrasto da corda.

Decidimos que faríamos a via normal. E assim fomos. O Guilherme foi guiando, num lance, passou do grampo e teve que desescalar um bom pedaço. Só ouvi o cara gritar. C... isso sempre acontece comigo !!!! Foi engraçado... Para mim é claro! Acertou o traçado e completou a enfiada. Foi minha vez de subir. Uma bonita e fácil diagonal, numa veia para a direita. Paramos no segundo grampo abaixo do bico de pedra. Dali o visual já era fantástico. Já estávamos na aresta da direita, que olhando do bananal, era a parte final do casco da tartaruga.

Dali para cima, fui guiando. Acima do bico de pedra, uma linda ave, símbolo da nação rubro-negra e soberano dos céus!!!!!ahahahehahe. Na verdade, um urubu ficou me olhando, parecia que esperava por uma foto. Foi só sacar a máquina que ele se foi... Parece que fez de sacanagem... Continuei a escalada e logo cheguei a terceira parada. Um grampo bem pequeno. Era perto de uma matinha. Resolvi fazer segurança corpo, a base era super boa. O Guilherme chegou e pegamos uma pequena trilha até a base da quarta enfiada.

Foi a vez do Guilherme guiar. Foram mais quatro grampos até um platô, onde ele montou a parada. Fui subindo e avistei um grupo na trilha para o Mourão que está interditada. Quando cheguei a parada, liguei para a sede do Parque e ninguém atendeu. É impressionante a falta de educação das pessoas. Apesar da placa de acesso proibido, eles continuam passando. Depois acontece um acidente, aí já viu né...

Guiei mais uma enfiada, já era a quinta. O sol apareceu bem na minha direção, por vezes atrapalhava. Mas como os lances eram bem fáceis, fui subindo sem problemas. Montei a parada no sexto grampo e o Guilherme subiu. Já estávamos quase no fim. Por vezes olhava para a vista e me dava mais vontade de subir. O Guilherme iniciou a sétima e última enfiada. Foi subindo bem tranquilo. O lance mais fácil da escalada. Finalmente chegou ao cume. Quando cheguei lá em cima, fiquei alguns segundos só olhando a vista.

Simplesmente fantástico. Uma das melhores escaladas que já fiz!!!!! Uma pausa para água, lanche e claro, fotos, muitas fotos... Fui até a parte mais alta, literalmente montado como se fosse num cavalo. Cheguei até um grande e antigo grampo, posto na última investida da conquista da Agulha, em 20/10/1956. Muito bacana presenciar um pouco da história do montanhismo nacional.

Depois de alguns minutos lá em cima, era hora de descer. Usaríamos as duas cordas que levamos para acelerar o rapel. Mas acho que não valeu muito. Usamos apenas em um rapel, no outro atrapalhou um pouco. Tinha hora que embolava e tínhamos que parar e puxar a corda... e tome tempo. Ficamos com medo da corda prender nos muitos platôs e vegetação do caminho e decidimos usar somente uma. Quando chegamos a base da cabeça da tartaruga, na matinha, enrolei a corda e fomos rapelando só com uma.. Acho que o esforço de escalar com uma corda a mais não valeu a pena. Se fosse nas vias do Babilônia, por serem mais limpas, daria mais certo, mas ali... Foi um erro que não cometeremos de novo.

Era rapel que não acabava mais. Porém, nada mais importava... Tínhamos chegado, o que viesse agora seria só alegria. Depois de alguns minutos, na verdade, muitos minutos, estávamos na base da via. Comemoramos a aventura e nos preparamos para trilha de volta. A mochila já pesava o dobro, mesmo já tendo bebido toda a água. Caminhamos e chegamos ao carro. Aí foi só ligar o ar condicionado e votar para casa.

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Fotos








segunda-feira, 5 de março de 2012

II Seminário de Mínimo Impacto - PESET

Segue e-mail que recebi da administração do PESET. Quem puder comparecer...

"É com grande prazer que convidamos a todos os praticantes de esporte de aventura e usuários do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), para participarem do “II Seminário de Mínimo Impacto na Pratica do Montanhismo do PESET”.

Trata-se de um evento destinado à gestão do uso público, no âmbito da prática dos esportes de aventura na Unidade de Conservação (UC). No evento serão discutidas as diretrizes para normatização do uso das encostas rochosas no Parque, na prática do montanhismo, frente às normas gerais da UC.

As proposições e produtos oriundos do referido encontro deverão ser contempladas na Fase de Planejamento / Zoneamento e Setorização do Plano de Manejo PESET.

Mais um importante passo na gestão desta área natural protegida, em prol da conservação e uso múltiplo, com vistas à integridade ambiental da Unidade de Conservação.
SUA CONTRIBUIÇÃO SERÁ FUNDAMENTAL, PARTICIPE!

Até lá!
Saudações...
Ps. Pedimos ajuda na divulgação."






domingo, 4 de março de 2012

1ª Semana Brasileira de Montanhismo

1ª Semana Brasileira de Montanhismo
23 de abril a 01 de maio de 2012 \ Urca - Rio de Janeiro - RJ
 
 
Venha celebrar os 100 anos de montanhismo no Brasil, honrar nosso compromisso com a ética de montanha e a proteção do meio ambiente e organizar o futuro do montanhismo e da escalada no Brasil !
 
 

APA - Ilha Grande

Segue notícia sobre a criação da APA Marinha de Ilha Grande:

"A Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha de Ilha Grande, que incluirá a parte marítima da costa dos municípios do sul fluminense, deverá ser criada até a primeira quinzena de abril deste ano. A informação é do secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc. Segundo ele, o texto final do projeto de criação da APA deverá ser redigido no dia 29 de março. Depois disso, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), terá dez dias para publicar o decreto de criação.

A APA deverá regular as atividades marítimas nos municípios de Mangaratiba, Paraty e Angra dos Reis, o que inclui Ilha Grande. Segundo Minc, a parte terrestre dos municípios já engloba grandes parques naturais (como Bocaina e Cunhambebe) e a parte terrestre das ilhas da Baía de Ilha Grande já integram a APA Tamoios. Por isso, só faltava uma APA para a parte marinha. Uma das preocupações para os próximos anos é o possível aumento das atividades petrolíferas na região, por causa das grandes reservas de petróleo da camada pré-sal, existentes na Bacia de Santos.

"A ideia é impedir que o petróleo sem controle ou a atividade naval sem controle destruam o turismo e a pesca. Tem que haver um ordenamento das atividades. Pode haver atividade naval? Claro. Não pode é botar os navios em espera em cima de uma reserva de tartarugas", exemplificou Minc.

O secretário participa hoje da instalação do Comitê da Bacia Hidrográfica de Ilha Grande, a última das nove bacias fluminenses a ter um comitê. O grupo, que será formado por 90 integrantes dos três níveis de governo, de usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil, será responsável por regular o uso dos rios e lagoas da região, além de promover a conservação e a recuperação desses corpos d'água."


Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5639235-EI8139,00-RJ+nova+area+de+protecao+ambiental+sera+criada+ate+abril.html

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Escalada - Via Paredão Resta Um - Costão / Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Via Paredão Resta Um – 4º VIIa E2 D1 100m


Local: Costão - Itacoatiara
Data: 26/02/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Guilherme Belém.


DICAS: Muitas agarras ainda por quebrar na última enfiada; lacas soltas, principalmente uma entre o terceiro e quarto grampo da segunda enfiada; opção de móvel ou uma fita longa com boca de lobo no bico de pedra em um pequeno diedro; treinar comunicação, guia não vê participante; descida por trilha; e segurança de corpo no final da via.

Já foram duas vias na face Oeste do Costão. As opções já estão acabando e eu tenho vontade de fazer todas antes de repetir alguma. Durante a semana, O Guilherme me perguntou se eu já havia pensado em alguma. Sugeri a via Paredão Resta Um, que segundo o Guia de Escaladas de Niterói, era uma via de 4º com um crux de VIIa no início da segunda enfiada. Topamos em fazê-la, porém deixamos bem claro que se não desse, faríamos o rapel do ponto onde pararmos.

Chegamos no gramado, próximo ao Costão, onde paramos as motos. Era por volta de 7:20 da manhã. Não tinha nenhuma nuvem no céu. Se fizesse o calor que houvera feito no sábado, estaríamos literalmente fritos. Nos equipamos na base, pois teríamos que fazer uma escalaminhada até o Camaleão, um platô com um grande pedaço de vegetação, lugar onde a via efetivamente começa.

Depois de alguns minutos de subida, chegamos ao Camaleão. Logo na entrada, já dava para ver os primeiros grampos. Essa primeira enfiada era de 4º e achávamos que não teríamos problema. O Guilherme guiaria a primeira enfiada e eu, a segunda.

O Guilherme começou a escalada e não demorou muito a chegar na primeira parada. Era minha vez de subir. Um começo tranquilo, algumas boas passadas. A vista, como sempre, maravilhosa. Foram sete costuras até a primeira parada. Chegando lá, vimos que era um platô, muito menor que o Camaleão, mas deu para ir caminhando até encontrarmos a base da segunda enfiada.

Logo de cara já vimos que o lance era exigente. Uma barriga que nos obrigaria a suar muito para vencê-lo. Tínhamos um problema e precisávamos resolvê-lo. Pensamos em vária opções, laçar o grampo, artificializar com fitas, etc. Mas espera aê!!!!!! A gente tá aqui para escalar!!!! Vamos tocar pra cima!!!!! Se não conseguir, aí sim a gente faz de outra forma, pensei. Mentalizei as passadas e ameacei uma subida para sentir o lance. Minha intenção era costurar o primeiro grampo, para dar mais segurança. Comecei a subir enquanto o Guilherme dava segurança com os braços esticados, lance típico de bouler. Com uma passada de tesoura, consegui costurar o primeiro grampo. Primeira parte cumprida, mas faltava muito.

Desci para respirar um pouco. Tirei a mochila para ficar mais leve e toquei para cima. De novo, usei a mesma passada em tesoura e consegui avançar mais um pouco. Acima da barriga vi uma excelente agarra. Mais uma pequena passada e consegui chegar nela. Coloquei a duas mãos e pronto: lance vencido. Costurei o segundo grampo, me prendi e reboquei a mochila para continuar a escalada. Mais um grampo e tinha uma laca enorme e toda oca. Dei umas batidas nela e nem arrisquei usá-la. Fui pelo lado, numa diagonal para a direita, muito quebradiça por sinal, até chegar um pequeno diedro. Não tinha móvel, então usei uma fita de 60cm, com um boca de lobo no bico de uma pedra. Assim diminuí a exposição do lance e melhorei, de quebra, o meu psicológico.

Fui fazendo os lances bem devagar, ia batendo nas agarras com o bico da sapatilha e alguns quebravam. Nessa hora todo cuidado era pouco. Minha preocupação com as agarras era tanta, que subi demais numa diagonal, tive que desescalar um trecho para costurar o grampo. Nessa hora, o sol apareceu com força. Por vezes, tinha dificuldade em olhar para cima. Apoiei a mão numa pedra e ela se soltou, só de tempo de gritar PEEEEDRAAAAA !!!!!!

Chegou uma hora, logo depois do sexto grampo, que não via o próximo. Comecei a subir reto e vi, logo acima, uma excelente base. Cheguei nela e consegui achar o grampo logo abaixo, pensei em ir lá costurá-lo, assim aumentaria a segurança. Porém, a base era tão boa que resolvi ficar ali mesmo. Me preparei para dar segurança de corpo. Avisei para o Guilherme que ele já poderia subir. Ele iniciou a subida e me pediu para puxar a corda e estiquei ao máximo. Em um momento, fez tanta força para baixo que se não estivesse bem apoiado, seria difícil segurar.  Foi nessa hora que olhei para o grampo e pensei que deveria ter costurado-o. Mesmo estando bem apoiado, não custava nada, não é? Depois de alguns minutos ele já estava lá em cima.

Aí, foi só curtir a vista... Descemos pela trilha e logo chegamos a praia. Um mergulho para refrescar. Nada mal para um dia de sol...

Até a próxima.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Escalada - Paredão Uma mão lava a outra - Costão - Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Via Uma mão lava a outra – 4ºsup V E2 D1 200m


Local: Costão - Itacoatiara
Data: 20/02/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Guilherme Belém.


DICAS: Algumas agarras ainda por quebrar; lacas soltas; treinar comunicação, guia não vê participante; descida por trilha; e segurança de corpo no final da via.

Depois de um final de semana sem escalar, já estava mais que na hora!!!!!! Em pleno carnaval, nosso bloco foi outro... Tinha ido a praia um dia antes e o calor estava de mais. O sol queimava sem dar trégua. Tentei marcar com o Guilherme bem cedo, mas ele não podia. Decidimos marcar as 08:00 h da manhã, no primeiro quiosque, perto do Costão. Meu medo era o sol sair e nos “fritar” na pedra. Cheguei mais cedo em Itacoatiara, o dia estava perfeito. O Costão bloqueava o sol e metade da praia ainda estava a sombra. Corria aquela brisa da manhã, enfim, para uma escalada, não podia ficar melhor. Ah, podia sim !!!! Tinha algumas que com certeza aliviaria o sol, aí seria só curtir...

As oito, o Guilherme chegou e nos encaminhamos para o Costão. Subimos em direção a vegetação, base da via Luis Arnaud, e seguimos à direita até a matinha. Daí foi seguí-la para cima até encontrar a base mais vertical da parede. Fomos para a direita e olhando para o alto foi fácil avistar o primeiro grampo.  Olhando para baixo tem umas madeiras que servem de banco. Muito fácil identificar a base da via. A direita, ficava a base da via Paredão de Itacoatiara, mas essa deixaríamos para uma outra oportunidade.

No começo já dava para ver que seria uma excelente escalada. A parede era bem vertical. Nos arrumamos e decidimos que eu iria guiar a primeira enfiada. Tudo pronto!!! Combinamos a comunicação, caso fosse necessário. Essa era uma via que nas paradas, o guia não enxerga o participante, logo a comunicação tem que estar bem afiada, afim de não haver problemas. Combinamos assim: O guia chegou a parada, três puxões na corda, ele está preso; o participante, três puxões na corda, o guia está solto; o guia, três puxões corda, o participante pode subir; o participante, três puxões na corda, ele está escalando.

Conferida a comunicação, segui pra cima!!!! Lance inicial bem tranquilo. Cheguei no primeiro grampo, costurei-o e toquei para cima. No segundo, coloquei uma costura mais longa, 60 cm, para evitar o arrasto da corda. Daí para cima, a dificuldade já foi aumentando. Mais alguns lances difíceis até que em um momento, num lance delicado, bem vertical, com pequenas agarras, entre um grampo e outro, dei uma passada para cima, estiquei a mão direita numa agarra e quando fiz força, ela quebrou, fazendo que desse uma meia escorregada. Consegui me firmar... O coração disparou... Quase... Passou uns 5 segundos, respirei e disparei para cima. Depois dessa, não tinha lance que me segurava. Acho que a adrenalina turbinou meus pés e mãos!!! eheheheheh

Cheguei na primeira parada e o Guilherme tocou para cima. Quando ele chegou, avaliamos essa enfiada. Foi bem forte. Daria um IVsup, até um V, em algum lance. Diferentemente, do que consta no Guia de escalada de Niterói. Mas isso é muito relativo. Questão de grau é complicado... Nem sempre há consenso.

Pequena pausa para água e o Guilherme guiaria a segunda enfiada. Demos uma olhada no croqui e crux da via, um V, era logo acima. Ele passou, se foi tranquilo não sei, mas foi bem rápido. Um lance em aderência e com pequenas agarras no final. Daí para cima teve mais um lance difícil e depois foi ficando mais tranquilo. A exposição vai aumentando a medida em que a dificuldade vai diminuindo. Mais acima, o Guilherme montou a segunda parada. Subi tranquilo, só apreciando a vista. Como estava participando, fui aprimorando a técnica, prestando atenção nos lances, testando passadas, etc.. Coisas que as vezes não dá para fazer guiando.

Assim que cheguei na terceira parada, bebi uma água e comecei a guiar a terceira enfiada. Costurei o primeiro grampo e fui subindo, subindo, subindo... Não via o próximo grampo. Olhei para o lado direito e vi um grampo da via Paredão de Itacoatiara, um lance horizontal para a direita que a via tem. Lembrei que tinha um lance bem exposto, mas não sabia que seria tanto. Continuei subindo.  Avistei o grampo lá em cima. Ainda bem!!!!! Cheguei nele e montei a parada. O guilherme subiu e chegou na parada. Enquanto conversávamos, nem percebi que o sol não tinha saído com força. Olhei para o alto e vi que algumas nuvens, seguravam a sua força. Que bom!!!!rs

Era a última enfiada, o Guilherme foi subindo. O cume era logo acima. Lá, fez segurança de corpo e eu iniciei a subida. Nessas vias do costão, nenhuma tem grampo de cume. Missão cumprida!!!!! Via muito boa, um pouco exigente. For men!!!!!!!!! Hehehehehahehahae.

Retornamos até a praia e demos um mergulho para refrescar. Lá de baixo dá para ver a bela escalada que foi, uma bonita linha. Bem vertical.

Até a próxima.

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Escalada - Via Entre Quatro Paredes - Costão - Face Leste - Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Via Entre Quatro Paredes


Local: Morro do Tucum (Costão) Itacoatiara – Face Leste
Data: 05/02/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Eny


Havia feito minha inscrição no Clube Niteroiense de Montanhismo e precisava fazer uma avaliação técnica para poder participar das atividades. Recebi um e-mail da Eny me avisando que eu guiaria a via Entre Quatro Paredes. Dei uma olhada no croqui e vi que era muito tranquila, com um crux em IV, bem no início. Nunca havia entrado em nenhuma via desta face, nem ao menos sabia onde ficava trilha de acesso, somente a trilha principal, apesar de conhecer bem o local.

E assim fomos. Chegamos a entrada do parque por volta de 15:45 h, depois de passar alguns minutos tentando achar uma vaga para o carro. Como o dia estava extremamente quente, a praia estava lotada. Seguimos a trilha em direção ao Bananal e antes de cortar o caminho d’água, a trilha até a base começa à direita. Não muito óbvia, mas é só pegar uma linha reta, que chega na parede. Assim que se chega, entra de frente a via Novos Horizontes, aí é só caminhar para a esquerda, procurando um platô de mato acima e localizar o primeiro grampo.

Quando chegarmos na base da via, conversamos um pouco sobre os procedimentos de segurança, minha experiência em escalada, equipamento, etc.

Nos arrumamos e ficou decidido que faríamos a primeira parada antes da horizontal, pois a Eny não me conhecia e queria conversar sobre alguns procedimentos, afinal de contas, era uma avaliação. Iniciei a escalada. Cheguei rapidamente ao primeiro grampo e logo em seguida, veio o crux da via, um IIIsup, que fiz em aderência, não me importando muito em procurar agarras. Costurei o terceiro grampo e demorei um pouco até achar o quarto, a cor dele, o deixava camuflado na rocha. Achado o grampo, montei a parada e liberei a Eny para subir.

Quando a Eny chegou, conversamos sobre uma situação em que o participante não quisesse fazer a horizontal e não fosse possível rapelar do ponto onde estávamos. Situação semelhante já acontecera com a Eny e ela gostaria de saber como eu agiria nessa situação.

Simulamos alguns procedimentos caso o participante não quisesse continuar a escalada e que não fosse possível descer ou caso a descida fosse pior que continuar a escalada daquele ponto. Caso fosse possível o rapel, a escalada seria abortada imediatamente. Pensamos em dois casos:

1º - o guia faz o lance da horizontal e o participante não quer continuar com medo de pendular;
2º - o guia ainda não fez o lance e o participante avisa que não quer continuar.

No primeiro caso, após o guia chegar no grampo e montar a parada, o participante deverá:

Passo 1: fazer uma aselha na corda e predê-la no loop com um mosquetão para ficar preso ao guia e evitar de perder a corda;
Passo 2: desfaz o oito pela ponta, passa a ponta da corda por dentro do olhal do grampo no sentido guia participante e refaz o oito pela ponta, prendendo-se a corda novamente;
Passo 3: desclipe o mosquetão do aselha e o desfaça o nó;
Passo 4: faça um prussik na corda esticada entre o grampo do guia e do participante, prendendo-o no loop;
Passo 5: O participante já pode desmontar a parada e iniciar horizontal; o guia dará segurança liberando a corda e não mais puxando. Atentar para o alongamento da corda, dependendo do tamanho da horizontal. Nesse caso, como não foi combinado nenhum procedimento antes, a atenção deve ser redobrada.

No 2º caso, como o guia ainda não saiu da parada, ele mesmo adotará os procedimentos, e poderá fazê-lo da seguinte forma:

Passo 1: desfaz o oito pela ponta e passa a corda pelo olhal do grampo, no sentido grampo da parada para o próximo grampo da horizontal;
Passo 2: refaça o oito pela ponta e já pode iniciar a escalada normalmente, depois de concluída os procedimentos padrões de segurança;
Passo 3: quando o guia chegar na parada, se prender, puxar o excesso de corda, o participante fará um prussik na corda esticada entre o grampo do guia e do participante, prendendo-o no loop;
O participante já pode desmontar a parada e iniciar horizontal; o guia dará segurança liberando a corda e não mais puxando. Atentar para o alongamento da corda, dependendo do tamanho da horizontal.

Passado o episódio hipotético, iniciei a segunda enfiada, fazendo a horizontal. Cheguei sem problemas ao grampo e costurei com uma fita longa, a fim de diminuir o arrasto da corda. Continuei subindo e montei a parada no quarto grampo. A Eny veio subindo e me pediu que eu não desse tranco nas cordas enquanto dava segurança e que também não mantivesse a corda muito esticada. Dali para cima eram mais dois grampos. Continuei a escalada e passei do último grampo para procurar um local com bom apoio de pés para fazer segurança de corpo para a Eny.

Dali subimos um vara mato até que chegamos no caminho para o alto do costão. Aí foi descer... Só esqueci de uma coisa: as fotos!!!!!!

Escalada - Paredão Leila Diniz - Morro das Andorinhas / Itaipu

Por Leandro do Carmo

Paredão Leila Diniz 2º IIIsup E1 D2 300m


Local: Morro das Andorinhas - Itaipú
Data: 21/01/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Guilherme Belém e Leonardo Carmo

Depois da grande aventura que fiz com o Bruno na semana passada, escalando o Alto Mourão pela via Oswaldo Pereira, hoje seria mais light. Passei a semana me recuperando pensando em qual via entrar. Teria que ser uma tranquila, pois seria a primeira escalada do meu irmão, porém, alguma via que tivesse um algo a mais. Depois de uma pesquisa, sugeri a via Paredão Leila Diniz, uma via relativamente fácil, com grau de exposição em E1, com crux em IIIsup e o barato dela: 300 metros. Achei que seria a melhor pedida, pois teriam várias enfiadas e daria para o meu irmão treinar bastante a chegada nas paradas, dar segurança, etc.


E assim ficou, marcamos as 06:45 da manhã no estacionamento perto do Museu de Arqueologia de Itaipu, nessa escalada, fomos: eu, Guilherme e meu irmão Leonardo Carmo. O sol prometia... Tínhamos que entrar bem cedo na via, pois a cordada seria lenta, somente daria para dar esticões de no máximo 30 metros. De acordo com o croqui, teríamos mais ou menos 10 enfiadas. Quando chegamos à praia de Itaipú, somente os pescadores e algumas pessoas que compravam os peixes recém pescados ocupavam a areia. Várias aves e o mar extremamente calmo, completavam a paisagem.

Na areia já dava para ver a grande parede do Morro das Andorinhas. Chegamos a base da via, logo no final da praia, ao lado de um antigo bar que fora demolido pela prefeitura. Os primeiros grampos facilitam a localização da via. Nos arrumamos, pousamos para algumas fotos e começamos a escalada. O Guilherme guiaria a via e eu ficaria na intermediária, orientando a primeira escalada do Leonardo.

Nos primeiros lances, está o primeiro crux da via, mas nada que ultrapasse um IIIºsup. Vencemos com facilidade. Partimos para a segunda enfiada, terceira... Fomos subindo sem dificuldades. Em alguns momentos tínhamos que parar para procurar o grampo, por muitas vezes escondidos na vegetação. A linha da via, nem sempre era óbvia, mesmo com o croqui em mãos, mas como não tinha muita dificuldade, se perdêssemos o caminho, dava para voltar sem problemas.

O Guilherme teve que desescalar uns lances, mas continuava tranquilo. A cada parada, a vista ia ficando cada vez mais bonita. O mar calmo era um grande convite para um mergulho. Com o calor a vontade de pular dali era grande!!!!!

E assim continuamos a subir, já na décima parada e pelo meus cálculos faltando uma enfiada, avistei um lance, não obrigatório, que com certeza seria o melhor da via. Falei com o Guilherme, que como estava guiando depois de quase 3 horas de escalada, preferiu não fazê-lo. Leonardo subiu, também pelo outro lado. Chegou minha vez de subir, cheguei a base do lance, e toquei para cima. Pequenas agarras e uma passada longa de perna ajudaram a vencer o lance. Teria que repeti-lo, mas acho que daria um IVsup.

Enfim, chegamos ao final da via. Uma pausa para água, lanche e fotos!!!!! Visual fantástico. Agora faltava voltar. Procuramos a trilha de volta e não achamos. Decidimos entrar em linha reta até chegar a trilha principal, pois sabia que estávamos perpendicular a ela e não muito longe. Fui para dentro do mato. No início tinha muito capim, mas depois, foi piorando... eheheheheheh. Começaram os arranha-gatos. Mais um pouco de caminhada e cheguei a trilha principal. Logo depois, vieram Guilherme e Leonardo. Aí foi só alegria!!!!!

Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos ao mirante de Itacoatiara. Vista maravilhosa de Itacoatiara, Mourão, Costão, etc. Mais alguns minutos e retornamos ao estacionamento. Aí, foi pegar a moto e ir embora...

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Escalada - Paredão Osvaldo Pereira - Mourão - Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Via Paredão Osvaldo Pereira 4º VIsup (A1/VI) E1 D3 510 metros


Local: Alto Mourão (Pedra do Elefante)
Data: 14/01/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Bruno Silva

Alto Mourão, também conhecido como Pedra do Elefante, é o ponto mais alto de Niterói, com 412 metros de altura. Está localizada no Parque Estadual da Serra da Tiririca, entre as praias de Itaipuaçú e Itacoatiara. Esse seria o destino da próxima aventura. Mas dessa vez seria diferente, não alcançaria o cume pela trilha, seria fácil demais... rs. A missão seria outra, escalar a face sudoeste, numa via de 500 metros.

Tudo começou quando o Bruno, um amigo da Companhia da Escalada me falou que iria fazer uma via na Pedra do Elefante e se eu conhecia. Falei que conhecia o local, porém nunca tinha entrado em nenhuma via. Passado o final de semana, perguntei como tinha sido a via e ele me falou que não havia feito e me convidou. Não pensei duas vezes, seria a oportunidade perfeita. Como tenho o Guia de Escaladas de Niterói, sugeri a via Paredão Osvaldo Pereira, por se tratar da única E1 da parede.

Bom, marcada a escalada, era hora de preparar a logística. Afinal de contas, uma D3 (escalada com duração entre 4 e 6 horas) e com lances de 5º, 6º, 6ºsup e A1/VI não é qualquer escalada. Minha primeira preocupação foi com o sol. Seria necessário entrar o mais cedo possível na via. Porém, a entrada no Parque da Tiririca só é permitida a partir das 08:00. Entrei em contato com a administração do parque, na qual fui muito bem atendido, e nos foi concedida permissão para entrar a partir das 06:30.

Outra fator importante, seria o peso a carregar e quantidade de água. Pela previsão do tempo, ficaria nublado com possibilidade de chuva somente no final do dia. Improvisei meu reservatório flexível de água em uma mochila pequena e levei mais duas garrafinhas de Gatorade, além de duas bananas e dois sanduíches.

Marcamos então, as 06:45. Nossa intenção era começar a escalar o mais cedo possível. Eu nunca havia chegado à base da via, mas conhecia bem o local. A trilha até o Bananal foi tranquila como sempre. A partir dali, nunca havia ido naquela direção. Quando cheguei no bloco “A Isca”, fui subindo pela mata, em diagonal, me orientado por uma linha imaginária que havia traçado. E deu certo. Depois de uns 15 minutos chegamos a parede. E como estava descrito no croqui, o primeiro grampo era bem baixo, estava fácil de identificá-lo.

Nos arrumamos, demos uma última olhado no croque e combinamos uma comunicação extra, caso não fosse possível contato visual ou sonoro. Decidimos que faríamos as primeiras enfiadas em 20 minutos, pois eram as mais fáceis e queríamos ganhar tempo.  O Bruno iria guiar a via, pois ele tem vontade de se certificar na AGUIPERJ e para isso, são necessários 25 vias em D3, no mínimo entre outros pré-requisitos.

Assim começamos. Já na primeira enfiada, demos uma arrancada boa. Em vinte minutos já estava concluída. Foi assim nas próximas 5. A vista ia ficando cada vez mais bonita.  O sol começava a aparecer. Já dava uma prévia do que seria dali para frente. Enquanto subia nessas enfiadas, de vez em quando passava por uma chapeleta em péssimas condições. Para mantermos esse ritmo, não dava para ficar de bobeira. Assim que o Bruno chegava na parada e avisa que estava preso, eu já calçava a sapatilha me preparava para subir. O contrário também funcionava assim, quando eu chegava na parada, ele já começava a se preparar para subir. Era só o tempo de beber uma água e começar a escalar.

Não seguimos fielmente as paradas do croqui, em alguns casos dávamos uma esticada a mais, a fim de otimizarmos a subida. Em alguns lances a parede estava bem suja, o liquen cobria as agarras e por vezes tínhamos que subir na “sujeirência” e não em aderência!!!!! Chegamos ao diedro, onde ficava a base A1/VI. Foi quando entendi o por que do artificial no lance de VI e livre no lance de VIsup mais acima. O lance é bem desconfortável e em caso de queda, o guia poderia se machucar. Se machucar a 300m de altura, não seria nada agradável!!!!!  Uma pequena pausa para água e algumas fotos.

O Bruno então iniciou o lance, subiu e quando passou dos grampos da parada e foi costurar a chapeleta, ela se desfez!!!!  Aí o lance que poderia ser feito em A1, virou obrigatório e de quebra deve ter virado um E2. Acho que nessa hora ele não queria estar ali, hahaeeaheah. Mas o cara manda bem. Venceu o lance na pressão e tocou para cima.  Foi minha vez de subir. Participando fica mais fácil. Fui mais tranquilo, sem risco de queda. Passei pela chapeleta super podre, costurada só por que estava ali, pois não seguraria nem o peso da corda.

Coloquei a mão no capacete e ele estava quentíssimo. Nessa hora, o sol já não dava trégua. Veio o lance de V e paramos na base do VIsup. Se o sol estava forte, agora ficou fortíssimo. O Bruno perguntou se depois dessa enfiada e poderia guiar o resto. Topei na hora. Demos uma boa descansada em baixo da vegetação. Não estava muito confortável, mas era o que dava.  Já estávamos chegando ao fim. O Bruno então partiu para o VIsup e parou na segunda parada dupla, de onde rebocou sua mochila.

A vontade de guiar era tanta, que passei voando pelo VIsup, até eu me surpreendi!!!! Cheguei até o Bruno e já me preparei para subir. Nem água quis beber. Começamos a ouvir algumas vozes e percebemos que já estávamos quase no cume. Olhei o croqui e faltavam 3 enfiadas. Toquei para cima. Da parada só dava para ver o primeiro grampo. Quando cheguei nele, avistei os outros. Entrei no IVsup e venci tranquilo. Cheguei na nossa P10.  Daí para cima, foi uma escalaminhada por meio da vegetação até o cume.

Em fim, depois de 5:10 h de escalada, 11 paradas, chegamos ao cume. Não dá para descrever a sensação. A vista maravilhosa de Itaipuaçú, Maricá, Inoã, Itacoatiara, Itaipu, Camboinhas, Piratininga, Rio de Janeiro, etc. Missão cumprida??? Que nada, ainda faltava a trilha do cume até o mirante de Itaipuaçú e depois uma caminhada no asfalto até Itacoatiara.

A trilha de volta foi tranquila, apesar do calor. A densa floresta refresca um pouco. Só faltava uma nascente para refrescar o calor. O pior acho que foi a caminhada no asfalto quente e os carros passando a toda, por vezes tirando um fino. Paramos no Posto ALÊ e o ar condicionado da loja de conveniência deu gás para concluirmos a caminhada até a entrada do parque, em Itacoatiara.

Para evitarmos essa caminhada na descida da serrinha de Itaipuaçú, poderíamos ter deixado um carro parado no mirante, da próxima vez, faremos isso. Mas aí, foi tarde de mais...

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Escalada - Via Roda Viva - Babilônia / Urca

Por Leandro do Carmo

Via Roda Viva 4º VI E2 D1 140 metros


Local: Babilônia – Urca
Data: 07/01/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Guilherme Belém e suzana.


Passei a semana inteira esperando o sábado chegar e quando chegou a sexta, o tempo virou e caiu uma chuva de desanimar. Pensei que a escalada do sábado já tinha acabado. Liguei para o meu irmão, que já estava desanimado, e ele desmarcou. Quando liguei para o Guilherme, já querendo cancelar, ele me falou para esperar, pois ele iria acordar cedo e daí, veríamos como ia ficar.

Não deu outra, as sete da manhã o céu estava limpo. Nem sinal de chuva. Liguei insistentemente para o meu irmão e ele não me atendeu. Resolvemos partir assim mesmo. No caminho, ligamos para a Suzana. Ela aceitou na hora.

Marcamos na praça da Urca, como sempre. Já estávamos lá quando vimos o Davi chegando. Estávamos pensando em entrar na Reinaldo Benken, mas olhando lá de baixo, vimos que a via ainda estava muito molhada e demoraria muito para secar. Dava para ver a marca d’água na parede do Babilônia. O Davi nos sugeriu a M2 ou a Roda Viva. Esperamos a Suzana chegar e fomos para a trilha. No caminho iríamos pensando.

Na base da Reinaldo Benken, encontramos o Flávio Daflon que também nos deu a dica da M2, Roda Viva ou a Arca de Noé. Olhando para cima, confirmamos o quanto a parede estava molhada. Demos uma olhada no Guia da Urca e resolvemos que fazer a Roda Viva. Curiosamente, foi lá que fizemos a primeira aula com a Companhia da Escalada. Chegamos a base da via e enquanto o Davi dava a primeira aula para dois alunos, nos preparávamos e de tabela, ouvíamos os ensinamentos do mestre.

Ficou decidido que o Guilherme guiaria as primeiras enfiadas e ficaria com o resto. Fizemos uma cordada em A. O Guilherme começou a subir e chegou rapidamente no primeiro grampo.  No começo, o pequeno diedro estava bastante molhado. Ele continuou subindo sem problemas. Esses lances de III são bem tranqüilos.  Chegando a primeira parada e foi minha vez de escalar. Subi muito tranquilo, bem rápido. Optei por subir a esquerda do diedro, sem usar a oposição. Cheguei a primeira parada e foi a vez da Suzana que também escalou sem problemas.

Prontos para a segunda enfiada, o Guilherme guiou rapidamente e com precisão. Comecei a subir e a Suzana veio logo atrás. Chegamos a segunda parada e o Guilherme guiou a terceira enfiada. Essa um pouco mais difícil com um lance de IIIsup. Chegamos todos e aí foi minha vez de guiar. Dali para cima seria comigo. Agora a escalada ficaria boa. Participar é muito bom, dá para treinar umas passadas, confiar mais nas pequenas agarras, aderência... Mas guiar é diferente. Até chegar ao grampo de cima, o negócio é outro!!!!!

Lá no alto, apesar do sol, estava mais fresco que na base da via. Acho que o vento ajudava um pouco. Me preparei e comecei a subir. A saída já é complicada, pois essa parada não é muito confortável. O risco de um fator dois é grande. Poderia até cair em cima do Guilherme e da Suzana. Cheguei ao primeiro grampo, aí já deu uma aliviada. Essa enfiada já começa forte e logo vem o primeiro lance de VI da via. Algumas agarras pequenas e boa aderência dos pés, ajudaram a vencê-lo. Achei um pouco exposto apesar do E1 do lance no croqui. Na verdade só fui saber que seria uma lance de VI depois que já tinha feito a via. Achava que seria um IV. Vencido o VI grau, foi passar pelo IV e chegar a quarta parada. Aí, foi dar segurança ao Guilherme e a Suzana, que também sentiram o primeiro crux da via.

Depois daí, fizemos uma pequena diagonal para a direita, porém não foi possível continuar, pois dava para ver que a última enfiada ainda estava molhada. Acho que o melhor ou o pior, dependendo do ponto de vista, já tinha passado. Demos uma rápida descansada, bebemos uma água e nos preparamos para o rapel. Fizemos ao todo 5 rapeis, inclusive um em diagonal, muito bom. Na hora da descida, deu para ver como era vertical o lance de VI.

Valeu e até a próxima!!!!!!!!!

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Via Roda Viva

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Via Roda Viva

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