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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Lançamento do filme Expedição Abrolhos

Por Leandro do Carmo

Olá pessoal!!!!!

Sábado, dia 22, foi dia do lançamento do filme Expedição Abrolhos. Nos reunimos na Escola de Mergulho Corsários Divers, em Itaboraí. Foi muito bom poder rever os amigos e rir um pouco, lembrando das histórias engraçadas. Para quem viu, esse é o momento de rever o filme e para quem não viu, essa é a hora!!!!! Já bateu a saudade...

Clique aqui para ver as fotos e o relato dessa maravilhosa viagem!


Vídeo em HD

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mergulho em Guarapari ES - Ilha Escalvada e Naufrágio Victory 8B

Por Leandro do Carmo

Mergulho em Guarapari ES - Ilha Escalvada e Naufrágio Victory 8B

Local: Guarapari - ES
Data: 09/03/2013

Local 1º mergulho: Ilha Escalvada
Tempo total de mergulho: 38 minutos
Profundidade máxima: 16 metros

Local 2º mergulho: Naufrágio Artificial Victory 8B
Tempo total de mergulho: 32 minutos
Profundidade máxima: 34 metros

Relato
Há um tempo atrás, conversando com o Leandro Pessoa, da Corsários Divers, comentei sobre a vontade que tinha de mergulhar no naufrágio artificial Victory 8B, mas ele tinha me falado da logística, um pouco complicada devido a distância, mas quem sabe um dia... Falei que quando rolasse, estaria dentro! Passado alguns meses, recebi o convite. Não pensei duas vezes... Aceitei... é claro!
Faltavam ainda alguns meses, mas a ansiedade era muita. Quando recebi um e-mail com a as orientações finais, vi que já estava perto! Agora era só preparar o equipamento e “correr pro abraço".
Como previsto, partimos de Manilha às 13:00. Demos uma parada para o almoço e seguimos viagem. Foi tudo tranqüilo e por volta das nove, chegamos no Hotel, onde passaríamos as noites entre os mergulhos. Equipamento arrumado nos quartos, saímos para comer algo. Afinal de contas, ninguém é de ferro!!!! Demos uma volta pela centro de Guarapari, meio sem saber para onde estávamos indo... rs! Depois de algumas informações, achamos alguns lugares bem legais. Alguns encararam a famosa moqueca. Eu preferi ficar na pizza.
No sábado de manhã, conforme combinado, estávamos às 06:30 para o café. Com tanta gente, acho que 20 pessoas, fiquei com receio da galera atrasar, mas tudo saiu como programado. De barriga cheia, partimos para sede da Operadora Atlantes. Passamos na loja para alguns procedimentos burocráticos e fomos para o cais.
Lá, ouvimos as orientações do pessoal da operadora que nos indicou as nossas posições no barco. Tudo muito bem organizado, tinha certeza de que teríamos uma excelente operação (estava certo!). Embarcamos e conhecemos os procedimentos do barco, os dive masters e o que deveríamos fazer durante a navegação.
O nosso primeiro mergulho seria na Ilha Escalvada, cerca de 50 minutos de navegação e o segundo, no naufrágio Victory 8B. A navegação foi tranqüila, com o mar um pouco mexido, mas nada de mais. Montei o equipamento enquanto navegava, para que quando chegasse no ponto, já estivesse tudo arrumado. No caminho, ouvimos atentamente o briefing sobre o mergulho na ilha. O barco atracaria na parte de dentro da ilha, a mais abrigado do vento e corrente, e seguiríamos para o lado esquerdo até quase a parte de fora.
Com as duplas e grupo definido, entramos na água equipados e fomos direto para bóia, onde aguardamos o “OK” do dive master para descer. A temperatura estava muito agradável, na casa dos 22ºC. Tudo pronto, fomos nos guiando pelo cabo da bóia até o fundo. Lá, demos uma parada até que todos estivessem prontos. Rapidamente controlei minha flutuabilidade e já estava neutro. Começamos o nosso passeio! Os primeiros minutos foram de aclimatação, já estava há quase um ano sem mergulhar, porém fiquei bem a vontade.
Fomos recepcionados por uma grande água-viva,
que movimentava-se suavemente pela água. Passei bem perto para fazer algumas fotos. Já nos primeiro minutos, encontramos muitos peixes como salema, borboleta, trombeta, frade, bicolor, jaguariça, entre outros. Durante todo o mergulho, encontramos alguns grandes cilindros no fundo, que eram usados para abastecer o farol, antes de funcionar a energia solar. Alguns corais são bem diferentes do que costumo ver aqui pelo Rio. Em alguns locais parecia uma floresta com grandes folhas e alguns, que pareciam galhos secos, mas coloridos. Fantástico!

Chegamos no ponto onde começamos a retornar. Ali, quase na parte de fora, a corrente já era forte. Seguimos um pouco mais para o fundo, em direção oposta a ilha até chegarmos ao areal. Quase não tinha vida, se déssemos sorte, avistaríamos algum peixe de passagem. Mas nada. Então, rapidamente retornamos para perto dos corais, pois a vida era muito mais intensa. Na volta, passamos por cima de uma grande fenda, onde nos deparamos com uma imensa moréia verde, onde vagarosamente ela abria e fechava sua boca. Com aqueles dentes, ela assusta os menos experientes! rs... e acho que os mais também!!!! Dei uma parada para filmar e continuei seguindo o grupo.
Fiquei concentrado na vida marinha que era abundante e de repente deu uma escurecida, quando olhei para cima, estava embaixo do barco. Demos mais algumas voltas por ali mesmo e subimos à superfície. Primeira parte da missão cumprida!!! Voltei ao barco com aquela imensa vontade de contar à rapaziada o que vi lá em baixo, como se eles não estivessem ido...rs. Acho que devem ter sentido a mesma coisa... Sempre há um detalhe que passa despercebido! Ali não seria diferente!
No barco, foi só esperar a galera que saiu depois voltar, para podermos ir até o ``mergulho`` do dia! Depois de um lanche, navegamos mais uns 30 minutos até o Victory 8B. Mais uma vez o pessoal da Atlantes caprichou no briefing, explicando detalhadamente a história do navio, do projeto para afundamento, como era o naufrágio, os pontos de penetração, como seria o desembarque, etc.
Enquanto navegávamos, comecei a marear de leve. Mas nada que pudesse atrapalhar o mergulho. Tivemos uma pequena mudança no grupo que iria fazer o próximo mergulho. O desembarque no Victory seria diferente. Depois de colocada uma bóia presa ao naufrágio, outras duas são amarradas a essa principal, formando uma linha de três bóias que indicam o sentido da corrente. Daí, o barco passa por trás dessa linha e nós descemos, nadando a favor da corrente até alcançá-las.
Acertado os detalhes, fomos para a água. Devido a forte corrente, logo chegamos na bóia sem muito esforço. Esperamos que o grupo se reunisse e descemos pelo cabo. Fomos seguindo-o até que ele apareceu! Um gigante adormecido no fundo do mar. Difícil até de descrever a sensação de vê-lo ali. Imagina aquela cena de filme de guerra: meio escuro e nublado, sem nada em volta e com aquele prédio abandonado, só na estrutura... Mais ou menos isso! Dava para ver claramente que ele estava adernado a boreste, uns 30º graus. No final do cabo, fomos recepcionados por uma grande enxada,  uma das maiores que já vi.
Grupo reunido, começamos a explorá-lo. Demos uma volta do centro à boreste do casario, isso por volta dos 25 metros. Por todos os lados, apareciam cardumes de peixes. A visibilidade estava na casa dos 10 a 15 metros, a temperatura também muito agradável.
Depois de uma volta completa, descemos até o fundo pelo centro do casario, onde uma forte tempestade colocou abaixo os costados de boreste e bombordo. Ali já batia uns 34 metros. Alguns poucos minutos explorando a área e voltamos para mais acima, fazendo algumas pequenas penetrações. Quase na chaminé me afastei um pouco para ver o naufrágio um pouco mais de longe.
Depois de uns 28 minutos de mergulho, começamos a subida pelo cabo e fizemos uma parada de segurança aos 5 metros. Passado o tempo da parada, subimos até a superfície. Como orientado pela operadora, nos desprendemos da bóia e ficamos a deriva, até que o barco passou, lançando um cabo para nos apanhar. Para conhecer o navio inteiro, acho que precisaríamos de pelo menos uns 3 ou mais mergulhos...
Simplesmente fantástico, um mergulho fora de série... Não via a hora de chegar no hotel para poder ver as imagens. Mas o enjôo na volta foi mais forte que na ida e não via mesmo, era a hora de voltar à terra firme e parar de balançar! Guardei todo o equipamento, tomei um banho de água doce e fui para o alto do barco pegar um sol para relaxar.
A navegação de volta parecia não ter fim! Mas quando entramos no canal de Guarapari, o barco parou de balançar e vi que já estava chegando. Mais uns minutinhos e já estávamos desembarcando. Terra firme!!! Sensação ótima!!! Cheguei ao hotel, tomei um banho e saí para comer alguma coisa e claro comprar um dramin para dia seguinte!!!
Aí, foi esperar o dia seguinte para mais dois mergulhos!

Até daqui a pouco!!!










terça-feira, 19 de março de 2013

Expedição Guarapari - ES

Fala Galera!!!

Esse é o vídeo dos mergulhos que fizemos em Guarapari. Foram dois dias de muito mergulho e com uma galera nota 1000. Agradecimentos ao Leandro Pessoa - Corsários Divers Escola de Mergulho, que organizou a expedição. Os pontos foram Ilha Escalvada, Ilhas Rasas, e o maior naufrágio artificial da América Latina, o Victory 8B.

Vídeo disponível em HD. Para assistir o vídeo, basta clicar na imagem abaixo e assistir direto na página do youtube.

Relato do Primeiro dia de mergulho: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/04/mergulho-em-guarapari-es-ilha-escalvada.html

Expedição Guarapari
Local: Guarapari - ES
Data: 09 e 10 de março de 2013
Pontos: Ilha Escalvada, Ilhas Rasas e o naufrágio Victory 8B.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mergulho nos Naufrágios Taurus e Lupus - Recife Pe

Por Leandro do Carmo

Mergulho nos Naufrágios Taurus e Lupus - Recife Pe


Local: Recife / Pe
Data: Abril/2011
Participantes: Leandro do Carmo

Quando pensei na minha viagem à Recife, não podia deixar de incluir o mergulho na programação. Decidi que faria um dia de mergulho pelo menos. Depois de uma pesquisa, escolhi a operadora Aquáticos. Excelente infra-estrutura e um catamarã super confortável, com capacidade para uns 30 mergulhadores.

De taxi, cheguei cedo ao Cais das Cinco Pontas no Recife Antigo e logo fui conversando com o pessoal da operadora. Estava sozinho e tratei logo de fazer amizades a fim de não ficar tão isolado.  De cara, conheci um casal de Brasília, onde conversamos muito sobre mergulho, é claro!!!

Recife tem muitos naufrágios e estava ansioso para descobrir qual seria o destino. Passado o roteiro, os destinos seriam os naufrágios artificiais Taurus e Lupus. A principio, gostaria de fazer um naufrágio mais antigo, mas já estava lá e não teria como voltar atrás. Saímos pontualmente do cais. Embarcamos no Galileo, um excelente e confortável catamarã. Acostumado com as escunas aqui no Rio, fiquei impressionado com o conforto.

Saímos do cais e fui apreciando a vista. Muito bonito o local. Ao sair do canal, percebi que o mar não estava muito bom. Muito mexido e com grandes ondas, que foram aumentando a medida que íamos nos distanciando da costa. Era cada onda, que por vezes os motores eram cortados para diminuir o impacto. Fiquei imaginando como seria a navegação num barco menor.

Quando a praia de Boa Viagem estava muito longe, o bóia de marcação foi lançada, indicando o ponto do naufrágio. Nos preparamos e as instruções foram passadas. O mar estava tão mexido que fiquei com um mal-estar, mas nada que atrapalhasse o mergulho. O primeiro naufrágio seria o Lupus, com profundidade máxima de 36 metros. Esse seria meu primeiro mergulho fora do estado do Rio de Janeiro. Quando cai na água, fiquei impressionado com a visibilidade: no mínimo uns trinta metros.

Todos os mergulhadores na água, fomos nos guiando pelo cabo da bóia. Do alto já dava para ver a sombra do navio. A medida que eu ia descendo, ficava fascinado com o visual. A areia branca realçava cada vez mais o naufrágio. Em posição de navegação, o Lupus repousa no fundo de areia e forma um grande recife artificial. Centenas de peixes circulavam o naufrágio, principalmente a cabine. Dei uma volta por completo nele e parei um pouco para apreciar a hélice. A partir dai, fui subindo ate chegar a proa da embarcação, de onde me afastei um pouco para olhar o naufrágio um pouco mais de longe.

O tempo foi acabando, e fui me preparando para subir. Subi lentamente pelo cabo e ainda fiz uma parada de segurança. Mergulho fantástico, não via a hora de chegar ao próximo. Cheguei a superfície e era cada onda... Foi um sacrifício subir no barco. Mas todo esforço valia a pena. Já no barco, dei uma mareada. A primeira nesses 15 anos de mar. Tomei uma coca-cola e foi passando.

Fomos navegando ate o próximo mergulho, o naufrágio Taurus. Chegamos ate o ponto e os procedimentos foram os mesmos. Descemos pelo cabo guia da bóia e a visibilidade continuava maravilhosa. Esse seria um mergulho um pouco mais raso. O Taurus esta a 25 metros de profundidade. Nele a vida era mais intensa. O tom azulado da água me deixava cada vez mais impressionado, muito diferente da Ilha Grande, que é esverdeado. Circulei o navio e fiz uma pequena penetração. Ao final do mergulho fomos presenteado por uma raia, que nadava lentamente pela embarcação.

Fomos subindo e fiz uma parada de segurança. Ai foi só voltar ao barco e trocar de roupa e apreciar a navegação de volta ate ao cais. Com tantas placas de perigo de tubarão na praia de Boa Viagem, estava certo de que avistaria um. Mas que nada, nem um tubarão lixa  para fechar o mergulho com chave de ouro. Mas tudo bem... Pegar 30 metros de visibilidade... Valeu a pena.

Segue abaixo a ficha técnica dos naufrágios:


Nome: Lupus
Data: 18/01/2002
GPS: 8º 09.525' S / 34º 43.304' W
Localização: Recife
Profundidade (m): 36
Visibilidade (m): 20
Motivo: Afundado para criação de recife artificial
Estado: Inteiro
Carga: Vazio
Tipo: Rebocador
Nacionalidade: Brasil
Dimensões (m): 34
Deslocamento (t): 10,6
Armador: Wilson, Sons
Estaleiro: -
Propulsão: -
Fabricação: -


Nome: Taurus
Data: 03/05/2006
GPS: 8º 8º 04,203' S / 34º 45,183' W
Localização: Recife
Profundidade (m): 26
Visibilidade (m): 10-40
Motivo: Afundado para criação de recife artificial
Estado: Inteiro
Carga: Vazio
Tipo: Rebocador
Nacionalidade: Brasil
Dimensões (m): 28 / 7 / 4
Deslocamento (t): 240
Armador: Wilson, Sons
Estaleiro: MacLaren
Propulsão: 02 motores à diesel
Fabricação: 1976

Assista aqui aos vídeos:

Naufrágio Lupus


Naufrágio Taurus
Parte 1


Parte 2




terça-feira, 13 de março de 2012

Naufrágio de mais de 100 anos é encontrado em Alagoas.

Encontrado navio naufragado há mais de 100 anos em Alagoas

O veleiro de 60 metros e três mastros Thyatira saiu de Londres para o Rio de Janeiro no dia 16 de julho de 1896, e desapareceu no mar.


O repórter Francisco José mergulha numa aventura fantástica. Ele vai tentar localizar, no litoral alagoano, um navio que naufragou há mais de 100 anos.

Em mar aberto, no litoral de Alagoas, centenas de barcos são usados na pesca do camarão. Eles levam redes de arrasto que, muitas vezes, ficam presas nas pedras. Mergulhadores que desceram para soltar uma das redes descobriram que ela estava presa às ferragens de um navio muito antigo e de origem desconhecida. Formamos uma expedição com nove mergulhadores para desvendar o mistério desse naufrágio. O comandante Djalma, com a experiência de 50 anos no mar, procura o navio, com a ajuda de aparelhos.

As condições da água, em termos de visibilidade, não são ideais, porque o local, apesar de estar a dez quilômetros de distância da costa, ainda sofre a influência da vazão do Rio São Francisco. A água fica esverdeada. O naufrágio está em torno de 30 metros de profundidade.

Nas primeiras imagens do navio desconhecido, ele está completamente encoberto pela crosta marinha, por redes e cordas perdidas pelos pescadores. Essas redes podem ser uma armadilha para os mergulhadores. Quando se puxa a rede, a água fica ainda mais turva, com muita sujeira suspensa, acumulada por mais de um século.

Nesse passeio pela escuridão, encontramos dois meros gigantes. Eles têm cara feia, mas são inofensivos e estão ameaçados de extinção.

Na parte externa, há uma porta de madeira que é usada para abrir as redes de pesca, presa a um pino de bronze.

O mergulhador Vagner Fernando foi quem descobriu o navio quando desceu para retirar a rede do pescador, mas só agora sentiu o valor da descoberta. “Agora deu para perceber que ele é antigo”, diz Vagner.

“Nessa área nossa, no litoral nordeste, nós tivemos umas invasões. O navio é muito antigo, com certeza. Tem muito mais de cem anos”, afirma o engenheiro naval Francisco Glegiston.

Voltamos ao fundo do mar para visitar a popa, a parte de trás do naufrágio. Uma peça de louça com nomes e um símbolo é encontrada, além de uma cerâmica que não conseguimos identificar. Um mastro partido nos dá a noção de uma embarcação à vela. Não encontramos nenhum motor. O mistério continua.

Os mergulhadores decidem içar pelo cabo uma peça solta, para tentar revelar a história do navio. Retirando a crosta com um martelo, surgiu em alto relevo um símbolo como a rosa dos ventos e o nome: “Thyatira”.

A partir do nome, o mistério foi desvendado. O veleiro de 60 metros e três mastros Thyatira saiu de Londres para o Rio de Janeiro no dia 16 de julho de 1896, e desapareceu no mar, na costa de Alagoas.

Pelo relato dos sobreviventes, houve um incêndio a bordo, que a tripulação não conseguiu controlar. Na carga, havia 800 pacotes de dinamite. O comandante percebeu o perigo e mandou que jogassem os barcos salva-vidas ao mar e todos os tripulantes sobreviveram. O Thyatira foi partido ao meio pela explosão, na escuridão da madrugada, e afundou.

Na costa de Alagoas existem outros naufrágios antigos. Agora nós vamos fazer uma visita ao Itapajé. É um mergulho na história: um navio brasileiro, afundado durante a Segunda Guerra Mundial, atingido por dois torpedos de um submarino alemão.

A mergulhadora Flávia é quem vai nos levar até a parte onde o Itapajé foi atingido pelo torpedo. Ainda restam louças e garrafas espalhadas pelo chão, a 27 metros de profundidade.

A posição da bacia sanitária, no teto, mostra que o navio virou completamente. Encontramos dois linguados camuflados na areia e o camarote da tartaruga, onde ela dorme, além do local de repouso da garoupa-gato. Os cardumes estão por toda parte, ocupando cada espaço entre as ferragens.

Setenta anos depois do naufrágio, o navio Itapajé se tornou um recife artificial, morada de centenas de espécies. Um abrigo para a reprodução da vida marinha.