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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Conquista da Via Bernardo Collares Arantes

Por Leandro do Carmo


Vídeo da Via Bernardo Collares Arantes


Relato da Conquista da Via Bernardo Collares Arantes, por Michel Cipolatti

Há alguns anos eu carregava duas vontades que nunca havia colocado em prática: conquistar uma via e dar o nome em homenagem ao Bernardo, e; saber se alguém já tinha conquistado alguma via naquela aresta que me chamava atenção toda vez que eu passava pela estrada em Inoã.

E foi escalando a CEB 60 com a Hélida, sempre muito motivada para escalar, no dia 22 de fevereiro de 2020, que ao contar essa história eu escuto: “Bora chegar na base amanhã!”. E fomos no dia seguinte mesmo.

Depois de muita subida abrindo trilha e muitos espinhos, chegamos na base da aresta, e para nossa surpresa, não tinha nenhuma via! Começou então a conquista, sem nenhum projeto ou preparação. Começamos do zero. Compra de chapeletas… Juratan entrou para reforçar o time com a sua experiência… contato com a prefeitura, pois o local é uma Unidade de Conservação… equipamentos móveis e furadeira emprestados… parabolts do Miguel Monteza… e tudo pronto.

No sábado, dia 7 de março, conseguimos iniciar a escalada (desculpa pai, por não ter conseguido te dar um abraço no dia do seu aniversário). A idéia foi, desde o início, conquistar uma via limpa explorando ao máximo as proteções móveis, economizando nos furos e evitando a vegetação.

Mais uma vez, para a nossa surpresa, a parede se mostrou muito generosa, oferecendo boas agarras e muitas fendas. A via já começa com uma fenda, com boas proteções móveis. Lembro de ter chegado no primeiro platô, aos 10m de via, e o Juratan dizer: “Cabe uma chapeleta aí, hein!” Mas eu estava com um móvel perto do pé e “toquei para cima”. A primeira proteção fixa fica a 13m da base, e neste dia foram conquistados 30m de via, passando por um lance talvez de 5° grau, após a segunda chapeleta.

Uma semana depois voltamos para mais uma investida. Saindo do P1, encontramos uma sequência de pequenas fendas boas para colocação de móveis. Foram instaladas mais duas chapeletas até o P2. Mais uma vez, tocando para cima, mas desta vez com a Hélida fazendo a segue, que ficou orando kkk.

O traçado encontrado e indicado pela parede alterna entre sair da aresta para aproveitar as fendas existentes e voltar para a aresta para aproveitar o visual do diedro, com a vista para suas paredes negativas em toda sua extensão. E que visual! A cada investida a parede superava nossas expectativas.

Entraram para o time o Sérgio Magalhães, que foi em todas as demais investidas com sua raça, e o Bruno Moretto, que fez imagens incríveis com o drone. Na terceira investida foram conquistados mais 30m de via. Terceiro esticão todo em proteções móveis. Optamos por fazer esticões curtos, para não perdermos a comunicação entre guia e participante, e que coincidem com as duplas de rapel com uma corda de 60m.

Definido o P3 e… Perrengue!!! Ao tentar puxar a mochila com a furadeira, a mesma agarrou em um arbusto e não subia de jeito nenhum. Achei que fosse arrebentar a retinida de tanto puxar do platozinho do P3. Não soltava por nada! A solução foi descer a mochila de volta até o Magalhães, que soltou a retinida para eu poder recolher, e consegui jogar de volta em uma linha reta com a chave 14 de peso. Deu certo!

Passados mais cinco dias e estávamos nós de volta à parede para conquistar um dos lances mais bonitos da via: o lance da aresta! Logo após o P3, com ajuda do Magalhães que apontou um possível traçado passando pela aresta (enquanto eu estava buscando um caminho com muita vegetação) consegui vencer um trecho que alterna entre agarras e aresta, com a utilização de dois móveis. Porém, o lance ficou um pouco exposto demais e não é facil (eu não ia querer guiar aquele lance de novo rs) a ponto de colocamos uma chapeleta intermediária para reduzir o risco. Mais 30m de via e definido o P4.

A última investida antes de interrompermos por causa da pandemia foi a mais produtiva, com ascensão de 60m. O quinto esticão não apresenta grandes dificuldades e é protegido todo por móveis. Em seguida vem uma horizontal para a esquerda, que passa por cima do “grande negativo”. O final da horizontal também ganhou uma chapeleta na última investida para diminuir o grau de exposição. A chegada ao P6, talvez o crux da via, tem proteção fixa e boas colocações móveis.

Passados alguns meses sem voltarmos na via, decidimos terminar a conquista. O dia escolhido em que estávamos disponíveis eu e Sérgio Magalhães, e que não choveu, foi o dia 20 de dezembro de 2020. Marcamos 5 horas da manhã no início da trilha para não pegarmos muito sol, tendo em vista que a via fica voltada para o noroeste e pega sol à tarde. O objetivo era recolher as 3 cordas fixadas na parede, instalar as duas citadas chapeletas para reduzir o risco (pintadas de amarelo para diferenciar) e conquistar o trecho final, do P6 para cima, para acessar o mirante e descermos por trilha. Chama atenção a presença de blocos soltos a partir do P6. Sendo assim, quem optar pela descida por trilha deve escalar a chegada ao cume com bastante cautela, também em móvel.

A descida, conforme indicado no croqui, pode ser feita por rapel a partir do P6 com uma corda de 60m (todas as paradas são em chapeleta dupla) sendo o primeiro rapel em diagonal, ou por trilha a partir do mirante (cume). Não há proteção fixa no cume, para evitar que pessoas inexperientes montem rapel. A segurança do participante pode ser feita em arbustos ou palmeiras confiáveis.

Ao todo, a via tem cerca de 200m, foram instaladas 12 chapeletas durante a conquista (mais seis duplas), duas intermediárias para reduzir a exposição, e foram utilizadas 21 colocações de móveis.

Agradeço muito aos demais conquistadores, Magalhães, Juratan e Hélida, por me permitirem a realização deste trabalho, que acredito ser o maior feito da minha vida (depois dos meus filhos). Sem o apoio e a participação de vocês não seria possível. Não medimos esforços durante a conquista, pegamos sol, sentimos sede, muitas dores musculares, mas como disse o Juratan, a dedicação e o espírito de montanhista sempre prevaleceu. Conseguimos superar esse desafio. Ainda segundo o Jura, que conhece praticamente todas as vias da região, “é a mais bela conquista de Niterói e Maricá”. Eu não discordo. A parede é realmente impressionante pela sua formação e pelo visual.

Fico muito honrado em poder contribuir para o esporte, oferecendo mais uma opção de escalada com um requinte de adrenalina. Ainda, em conseguir homenagear meu amigo Bernardo, um grande escalador que deu sua vida para as montanhas, e que tanto contribuiu para o desenvolvimento do esporte, com suas conquistas, com a intensa participação na FEMERJ e nos Clubes, com a sua contagiante paixão pelas montanhas que certamente influenciou e ainda influencia muitos escaladores. Esta homenagem ainda é pouco para a grandeza do Bernardo e para o que ele representa para o montanhismo.

Fico com o sentimento de missão cumprida. Valeu cada momento de dificuldade e superação, cada esforço e dor sentida, cada minuto de desânimo, cada gota de suor deixada na montanha, pois “As Montanhas são uma espécie de Reino Mágico, onde por meio de algum encantamento, eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo”. Bernardo Collares Arantes. Obrigado meu amigo!


Croqui da via - Download



quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Conquista da Via Paredão Rosângela Gelly - 3º IV E2 D2 380m

Por Leandro do Carmo

Conquista da via Paredão Rosângela Gelly

Via Paredão Rosângela Gelly3º IV E2 D2 380m
Conquistadores:
Juratan Câmara, Hélida Rodrigues, Leandro do Carmo, Michel Cipolatti e Luis Avelar
Ano:
2021
Local:
Pedra de Itaocaia - Face Sudeste


Linha aproximada da via Paredão Rosângela Gelly (amarelo) com a Paredão Itaocaia (vermelho) à sua direita:


Dicas

A via é bem bonita e qualidade da rocha ajuda bastante. Boas agarras e lances variados. A via segue bem protegida e é possível rapelar de qualquer ponto da via com uma corda de 60 metros.

Descrição das cordadas:

A via começa tranquila e com lances mais fáceis. Agarras sólidas. Depois a via ganha um pouco mais de inclinação. Passa por uma sequencia de cristais e vem o primeiro crux, numa saída bonita de um buraco raso para a direita. Continua com lances bem bonitos e mais delicados. A partir da P4, a via perde inclinação e vai ficando mais fácil e um pouco mais suja. As proteções mais espaçadas. Já é possível ver de longe algumas proteções da Paredão Itaocaia. 

Bate sombra na parte da tarde.

Acesso


OBS: Por ser uma via recente que ainda não tem muita repetição, o traçado da trilha pode não estar muito bem definido, mas siga sempre paralelo a rocha.

Para acessar a via, deve-se entrar num terreno vazio, entre a loja de material de construção Pé da Pedra e uma loja de Colchões, onde há uma construção abandonada. Siga pelo lado direito dessa construção e vá andado. Depois que passar um bambuzal, deve-se cruzar uma talvegue em direção a umas bananeiras. Siga subindo em direção à pedra. Chegando nela, siga paralelo para a esquerda até encontrar a base da via.



Vídeo da 5º Investida


Relato por Juratan Câmara

Há algum tempo eu estava escalando com a Hélida Rodrigues, a quem conhecera recentemente. Ela escalava muito bem e como ama o esporte, pensava sempre em evoluir tecnicamente mais e mais. Foi aí que conversando com ela veio a ideia de fazermos uma conquista, pois não existe nada melhor para se evoluir nas escaladas. Conquistar tem toda uma técnica única, é desbravar o desconhecido, aumentar o controle emocional e desenvolver uma visão até antes normal. A leitura de um futuro lance pode levar a uma ótima conquista ou a uma daquelas que ninguém gosta de ir ou quando vai não volta mais. O conquistador não pode pensar em si, tem que lembrar que é mais uma via para o esporte, pelo menos é a minha visão. E foi com esse impulso que a Hélida conquistou os primeiros lances muito bem, com segurança e uma calma de veterana, cometeu pequenos erros normais a quem começa, mas ficou muito acima da média dos iniciantes...

Escolhemos uma linha mais limpa possível, inclinação razoável e com boas paradas. Neste dia, estava muito quente e descemos depois de algumas chapeletas fixadas na parede. Fiquei pensando depois que nome daria a via e em nossa segunda investida falei que gostaria de homenagear uma pessoa que sempre fez algo pelo esporte, Rosângela Gelly, talvez Hélida tivesse um outro nome, mas não fez resistência a minha proposta.

Depois de irmos duas vezes, convidei o Michel Cipolatti para nos ajudar, visto que já sabia o tamanho da parede que iríamos encarar. Ao mesmo tempo, chamamos o Leandro do Carmo e o Luiz Avellar, excelentes escaladores do Clube Niteroiense de Montanhismo. Na terceira investida, tivemos que abrir uma outra trilha, bem mais longa, vindo lá da direita, visto que o proprietário da casa por onde passávamos não mais permitiu nossa entrada, neste dia estava um calor absurdo e Cipolatti e Leandro abriram a caminhada cortando todo o mato pelo caminho, os dois ficaram tão cansados que não tiveram forças pra mais nada, eu fiquei pelo meio do caminho vendo Luís.

Ficamos um tempo sem voltar lá, porque o sol andava muito forte, quando retornamos dividimos o grupo, Cipolatti e Leandro subiram para conquistar, eu, Hélida e Luís fomos intermediando os lances longos. Nossa preocupação sempre foi deixar a via bem protegida, e assim fizemos. Cipolatti e Leandro voavam na pedra e avançaram bastante e quase terminaram a conquista.

Por fim Cipolatti e Leandro foram na última investida, colocaram as paradas duplas que faltavam, fizeram as anotações das distâncias dos lances e encerraram mais uma via linda, bem protegida, boas paradas, visual lindo. Comunicamos, oficialmente a homenageada que sua via estava concluída, uma justa homenagem a quem sempre trabalhou para o montanhismo, sempre deu palestras sobre riscos, fez lives, convidando várias pessoas nos mais diferentes assuntos ligados ao esporte e ainda é a autora do livro “Isto Não é Coisa de Menina”. Para quem gosta de uma boa via, aconselho que vá conhecer o paredão Rosângela Gelly

Relato por Leandro do Carmo

Sempre achei que aquela face da Pedra de Itaocaia tinha potencial de novas vias. Eu e o Ary já havíamos olhado, mas nunca houve oportunidade de irmos lá. Mas o destino fez com que começasse uma via ali. Já estava há um tempo conversando com o Juratan sobre conquistas, mas ainda não havíamos tido a oportunidade de conquistarmos uma via. Quando recebi o convite para poder continuar com ele e a Hélida, uma via na Pedra de Itaocaia, não pensei duas vezes. Além mim, o Luiz e o Michel também foram.

O Juratan e a Hélida já haviam ido lá duas vezes. Marcamos cedo a terceira investida e seguimos para Itaipuaçú. Chamamos o caseiro que nos autorizou a entrar. Enfrentamos um forte matagal até chegar à base da via. O calor estava forte. Dali, subimos o trecho que já estava protegido e seguimos mais para cima. O Michel conquistou os primeiros metros e acabei finalizando o dia com um lance bem bacana, acho que o mais difícil até ali. O calor estava forte e resolvemos ir embora, afinal de contas ainda tinha um mato pela frente... Na descida, o dono da casa apareceu e reclamou que estávamos indo lá várias vezes e dificultou a nossa entrada para as próximas investidas. Ainda precisaríamos de algumas.

Ao mesmo tempo em que estávamos nessa conquista, o Cauê Zago dava continuidade a uma via, mas o acesso era bem mais para frente. Aí, surgiu a ideia de acessarmos pelo mesmo caminho dele e seguir paralelo a rocha até chegarmos a base da via. E assim marcamos a quarta investida. Entramos ao lado de uma loja de material de construção, num terreno onde tem uma construção abandonada. Dali, seguimos até a rocha e passamos pela via do Cauê e continuamos paralelos a rocha, abrindo caminho e deixando preparado para futuras investidas. Ao longo caminho, pudemos observar diversas linhas e o grande potencial que a parede tem. Fomos metro a metro até, finalmente, que chegamos exaustos à base da via. O calor estava tão forte e estava tão cansado, que nem deu para pensar em conquistar. Mas pelo menos havíamos conseguido uma alternativa viável para acessar a base. Ao final, encontramos o Cauê Zago e o Alexandre Langer na padaria, onde paramos para tomar uma cerveja gelada e conversar um pouco sobre as conquistas.

Na quinta investida foi mais fácil. O caminho já estava pronto. Chegamos bem mais rápido a base da via e avançamos bem na conquista. A rocha era de boa qualidade e foi facilitando bem a subida. Se não me engano, ainda voltamos lá pelo menos umas duas vezes até que encontramos a via Paredão Itaocaia num trecho da rocha. Aí, tínhamos duas opções: ou parávamos ali, ou continuávamos mais para a esquerda. Como avaliamos que ficaria um mais do mesmo, optamos por encerrar a via ali mesmo. Já estávamos com aproximadamente 380 metros de via. Os melhores lances já haviam passado. Intermediamos alguns lances mais expostos e demos por encerrada a conquista. O Juratan havia sugerido homenagear a Rosângela Gelly, uma acertada decisão. E assim ficou batizada a via...


Fotos de algumas das diversas investidas

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia

Via Paredão Rosângela Gelly - Pedra de Itaocaia


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Conquista na Pedra de Itaocaia: Via Moinho de Sonhos 7a VIIc E2 D3 350m

Por Leandro do Carmo

Seguem informações sobre mais uma conquista na Pedra de Itaocaia, via Moinho de Sonhos. Pra quem não conhece, a Pedra de Itaocaia está localizada em Itaipuaçu, Maricá. A face da via fica voltada para a Av. Carlos Mariguella.

Seguem as informações da via e acesso:

Linha da via Moinhos de Sonhos 7a VIIc E2 D3 350m

Via Paredão Moinho de Sonhos


Via Paredão Moinho de Sonhos



Croqui da Via Paredão Moinho de Sonhos



Croqui Paredão Moinho de Sonhos


Traçados no Wikiloc

Caminho completo (trilha, via e saída até o cume)

Apenas a trilha de acesso

Apenas a saída da via em direção ao cume

Obs: Faltam os últimos metros da saída da via até o cume, mas é fácil se localizar mesmo andando através do capim alto.

Dicas

Material recomendado: Corda de 60m, 12 costuras, sendo 3 bem longas para diminuir o arrasto na primeira enfiada.

Tempo de duração: Dependendo da velocidade da cordada é possível terminar em umas 6h, mas é recomendado chegar cedo.

Há sombra na parte da tarde.

Descrição do acesso:

O começo da trilha de acesso para a via é ao lado direito de uma loja de material de construção (Av. Carlos Marighella, 48 - Reserva Verde, Maricá - RJ, 24936-435 – Pé da Pedra Material de Construção), onde é possível estacionar. A trilha passa pelo terreno de uma casa em construção pelo lado direito até a parte aberta atrás da casa. No final desta parte mais aberta segue para a esquerda para atravessar uma descida de água ao lado de um boulder e segue na direção de algumas bananeiras a frente. Depois das primeiras bananeiras segue na direção da montanha caindo um pouco para a direita até encontrar novamente a descida de água, onde há um grande bloco no meio dela. Passa pela esquerda do bloco e vai subindo essa descida de água até chegar na parede. Depois segue margeando a parede para a  esquerda até chegar em uma parte mais aberta com um bambuzal. Contorna o bambuzal e continua perto da parede encontrando um caminho por dentro da vegetação. Passa por uma pequena subida até uma parte mais aberta. Nesta parte o começo da parede começa a ficar mais positivo formando um rampão. No final desse espaço mais aberto, onde a vegetação começa a fechar o caminho, verá as chapeletas da via começando onde a parede fica mais vertical após a subida do rampão.

Descrição da Via

A Via começa em um rampão de pedra de II, mas a parede logo fica vertical. Há um pequeno trecho de III até o começo de um veio de cristais. A partir daí a via continua com agarras variadas. Buracos, crocas, lacas pequenas e grandes, frisos, grandes batentes. Uma variedade grande de agarras solidas. Fazendo com que tenha que ler bem os lances, já que são muito diferentes dos lances de escalada mais comuns da região. Essa primeira enfiada é a mais bonita da via. Já vale a pena ir só para fazer essa enfiada. Essa linha foi um achado e torna a via uma das mais bonitas e interessantes de Niteroi/Maricá.

A segunda enfiada é uma diagonal forte para a direita caminhando sobre um extenso veio de cristais.

A terceira enfiada é a mais difícil da via, com grau sugerido em VIIc. São longos trechos em agarras bem pequenas até a parada que é sobre outro pequeno veio de cristais.

A quarta enfiada já começa tendo que vencer um teto com um pequeno trecho bem forte.

A quinta enfiada segue por agarras pequenas, porém a parede é mais positiva aqui, fazendo com que o lance fique mais fácil, em torno de V. A via termina em um ótimo platô de vegetação bem confortável.

A sexta enfiada segue em uma leve diagonal para a direita em trechos com grandes buracos, agarras e aderência. Após um trecho exigente de aderência a via fica bem mais positiva e fácil, continuando assim até o final. No final dessa enfiada é possível ver bem a grande contenção. A contenção é uma grande grade de aço bem alta (uns 8 metros), presa por grandes cabos de aço e grampos gigantes. Também há uma grande tela sobre parte. Uma construção bem interessante de se ver em uma escalada. Este é o último ponto que se recomenda descer por rapel  para não prejudicar a vegetação. A partir desse ponto buscar chegar até o cume e descer pela trilha principal da montanha.

A sétima enfiada segue pela esquerda contornando a tela da contenção e termina logo após um conjunto de bromélias.

A oitava enfiada segue em trechos simples de II até uma parada em grampo simples em uma parte já bem positiva.

A nona enfiada segue para a direita em direção a parte de trás da grande grade de contenção, passa entre o começo da grande e seus cabos de suporte, contorna um mar de bromélias pela direita subindo até chegar um um bloco. O último grampo da via está sobre esse bloco. Acima há um trecho extenso de capim alto, porém fácil de passar, até o cume.

Saída da via

Seguir pelo capim alto em direção ao cume, passando por algumas rochas

Fotos

Via Paredão Moinho de Sonhos
Base da Via

Via Paredão Moinho de Sonhos
Primeira enfiada

Via Paredão Moinho de Sonhos
Rampa da primeira enfiada















Via Paredão Moinho de Sonhos
Fotos da Conquista

Via Paredão Moinho de Sonhos
Fotos da Conquista

Via Paredão Moinho de Sonhos
Fotos da Conquista















Via Paredão Moinho de Sonhos
Fotos da conquista



Via Paredão Moinho de Sonhos
Face Sudoeste, onde a via está localizada