Por Leandro do Carmo e Marcelo Correa
Conquista da via CNM 15 - 3° IV Sup E1/E2 D1 200m
Em homenagem aos 15 anos do Clube Niteroiense de
Montanhismo.
Conquistadores: Marcelo Corrêa, Leandro do Carmo, Luis Augusto
Avellar, Eny Hertz e Ivison Rubim.
Datas: 15/02, 07 e 08/03/2020
Material: 7 costuras, sendo 2 longas (120 cm), e corda de
60 m.
Acesso: a trilha inicia na Estrada da Serrinha 100mts depois
da placa com a proibição jogar lixo, para quem sobe. Passa pelas bases das vias
Didática, Golpe do Cartão/ Dois Dias de Sol, Variante Levadas da Breca e De
Olho nas Vizinhas, segue uma trilha por 300mts até a pedra voltar a
"deitar".
Saída: por rapel a partir da 4a parada ou saída a partir da
5a parada, caminhando por 70mts de costão e 30 mts de trilha até a trilha do
Alto Mourão.
Proteções: Chapeletas pingo e dupla da Bonier, com parabolts
Âncora e Walsywa.
Imaginamos a linha da via em torno desta mancha preta de
descida de água, pois vendo a parede de longe percebemos que ela se estende até
o mais próximo da vegetação que recobre a parte alta do morro. Quando chegamos
na base, chamou-me a atenção uma pequena canaleta em V no meio da parede. O
lance da esquerda para a direita, entre a 3a e a 4a chapeleta, antes de subir a
canaleta em V, ficou bem interessante. Quando subi essa primeira canaleta, vi
uma extenso grupo de cactos que impedia seguir reto e desviei para a direita
até um grande platô, antes da segunda canaleta
Primeira investida no dia 15/02, Marcelo Correia conquistou o primeiro
esticão, aproximadamente 30 metros. O Leandro
Do Carmo aparece no alto conquistando o segundo esticão e indo em
direção ao lance que é o crux da via. Eny
Hertz Bittencourt subindo o primeiro esticão, com Ivison aguardando na
base, eu e Luis Avellar na primeira parada. Na segunda investida, a Eny
intermediou este lance que ela está fazendo colocando uma chapeleta à direita
de onde ela está na foto. Essa chapeleta pode ser vista na foto anterior.
O crux é a saída da canaleta, com
agarras de mão em pequenos frisos e um pé em em aderência ou alto e longe.
O Leandro
Do Carmo apontou que o lance seguinte também é delicado, tem um bom
apoio para o pé à direita, porém escaladores mais baixos têm que fazer um
movimento dinâmico para segurar em um friso no alto, ou com apoios para os pés
um pouquinho mais altos em pequenos frisos. A subida para alcançar a canaleta,
se for feito mais à direita, também ficou um lance interessante de aderência,
ou com um leve movimento dinâmico,. Imaginávamos subir reto em aderência, em
vez de seguir pela canaleta, mas seria em uma linha de descida de água muito
suja.
Na segunda investida, o Luis fez um ajuste na proteção do
crux, que foi conquistado pelo Leandro
Do Carmo e instalou uma chapeleta acima, na parede após o friso, para
proteger uma possível queda de participante, evitando um pêndulo que seria
gigantesco.
Trecho bem fácil entre a 2a e a 3a parada. Conquistei os
primeiros 30 metros, colocando uma chapeleta a uns 20 metros da parada no alto
deste dique em curva e outra 8 metros acima. O Leandro
Do Carmo tocou os outros 30 metros direto. onde paramos, fazendo a 3a
parada dupla. Na segunda investida, intermediamos este trecho que o Leandro Do Carmo conquistou e o Ivison
Rubim duplicou a segunda chapeleta que eu havia batido, fazendo uma
parada dupla para rapel. Por fim, com duas cordas de 60mts, pode-se fazer o
rapel da 4a parada até esta parada intermediária e depois desta até a primeira
parada dupla, restando somente um rapel de 30 metros para finalizar a descida.
O Marcelo conquistou este trecho entre a 3a e a 4a parada na segunda
investida. "No dia anterior, tive um dia cheio com viagem, 4 apresentações e
duas reuniões, sendo uma delas bem estressante. Assim, dormi muito pouco. Isto
me afetou física e psicologicamente. Assim, coloquei três proteções entre as
paradas, quando tínhamos previsto só duas, e elas ficaram exatamente em
passadas de lances que me pareceram um pouco mais delicados, mas que na verdade
são fáceis".
Com Luis Augusto Avellar, na última investida no dia 08/03,
para avaliação, alteração de duas proteções e retirada de pedras. Por fim,
avançamos por mais 55 metros, a partir da 4a parada, que seria a última, e
conseguimos uma saída por costão e trilha, conectando com a trilha do Alto
Mourão. Menor impacto e menores riscos.
Na segunda investida, dia 07/03, quando alcançamos a 4a
parada, e fizemos intermediações nos três primeiros esticões, que foram
conquistados no dia 15/02.
Mais algumas fotos