Por Vitor Pimenta
Enfim, foi realizado um sonho! E claro, foi preciso uma jornada para realizar esse feito!Essa jornada começou meio sem querer onde conheci essa via pela primeira vez a convite do Marden e Huani.onde fizemos "apenas" a 1º enfiada guiados pelo Huani. Dali nasceu a paixão.
Passado um tempo,
surgiu a oportunidade de voltar lá, dessa vez, acompanhado pela Nereida. Tomei coragem e
assumi a ponta da corda até a 1º dupla, o que seria, mais ou menos, a metade da
1º enfiada. O restante fui participando e no primeiro lance de 6sup cai 2
vezes. Quando cheguei no segundo lance de 6sup, que fica na 2º enfiada, não
aguentei de dor no pé e resolvi descer. Agradeço a paciência de minha irmãzinha
em ter descido comigo dali, rs.
Procurei desde
então focar um treino no urubu alternando nos regletes do fingerboard e voltei
mais uma vez participando com a Bia e os betas do Guizzard que nos guiou até a
P2. E como fui bem, resolvi entrar guiando na primeira oportunidade.
Assim que me senti
mais forte chamei o Paulo Guerra pra entrar comigo. Sabia que ele vinha com o
treino focado e ganhando volume na escalada e percebi logo que ele era outro de
quando o conheci no Morro Tucum. Assim que ele chegou na P1 com o dedo mindinho
enfaixado ele vira com cara de "cão sem dono" e pede pra guiar...
negar guiada é que nem negar água: nunca sabemos o dia de amanhã, rs. Ele
assumiu a guiada e tocou 4 grampos. Montou a parada, me puxou e logo me vi
guiando o primeiro lance de 6sup. No meio do lance dei uma escorregada, mas por
sorte minha mão tava boa e consegui me segurar dominando o lance. Passei pela
retinha do Ás e puxei o Paulo pra P2. O lance seguinte (a diagonal de 5º)
estava molhada e rapelamos dali felizes por termos dado nosso melhor.
Mas o melhor não
foi o suficiente. Queria terminá-la. Colocá-la no curriculum. Então fui pra
cima. Nesse meio tempo procurei saber tudo o que podia sobre a 3º enfiada e a
maioria das pessoas falavam que ela era mais forte e mais exposta.
Coloquei na lista
pra ver quem se animava e o Sandro logo se prontificou. Peguei vários betas no
dia anterior com a Nereida que foram fundamentais e me senti mais confiante.
Decidimos deixar as
mochilas na base e rapelar da P3 e que o Sandro ficaria com a 1º enfiada.
Sandro tocou a enfiada úmida e mesmo com o coração na mão tocou com agilidade e
logo foi minha vez de assumir. Passei pela 2º enfiada com muito mais
confiança e logo me preparava para começar a diagonal da 3º. Adrenei bem na
saída, diagonal com queda de platô, mas haviam muitos pés e enfim havia chegado
no lance de 6º. Os grampos são um pouco mais longes enfeitados por micro
agarras numa parede bem vertical. Dentro do lance percebi que tinha entrado
errado e que estava preso com o pé direito numa merdinha e minha mão esquerda
num biquinho pontiagudo que começava a ferir meu indicador pela pressão da
adrenalina. Analisei a queda e vi que não me machucaria, porém... se eu
conseguisse trocar os pés terminaria o lance com uma pernada alta. Desescalei
e consegui entrar certo. Enfim, tinha superado o lance e o resto foi só
subir a cristaleira e me ancorar.
Sandro seguiu ainda
mais a direita de um buraco que tem no meio do lance e terminou com maestria. A
P4 é uma enfiada de 3º com 2º grau que preferimos não fazer para subir sem
peso.
Tiramos fotinhas
com o teto ao fundo, e rapelando, fiz uma anotação mental: apresentar o Sandro
ao Dino para comungarem suas piadinhas do pavê ou pra comer.
Born to Be +
Pitbull Aventura