Por Leandro do Carmo
Fala Pessoal!
Segue a programação da Semana de Meio Ambiente, o CNM estará presente!!!!!!
sexta-feira, 30 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
Escalada na via Paredão Alan Marra
Por Leandro do Carmo
Escalada na via Paredão Alan Marra
Local: Costão de Itacoatiara (Morro do Tucum) - Face Leste
Data: 19/04/2014
Participantes: Leandro do Carmo e Michael Patrick
Dicas: Necessário 6 costura e algumas peças móveis para proteger alguns lances, principalmente o inicial (dispensável, mas torna o lance muito exposto).
Vídeo
Relato da Via Alan Marra
Essa foi uma via que sempre quis fazer, mas sempre que marcava, acontecia alguma coisa. Ou era chuva, ou alguém desmarcava e até encontrar duas cordadas esperando para subir eu já havia encontrado!!! E olha que as vias de Niterói não são como o Babilônia!!!!
Mas dessa vez tinha tudo para ser diferente e foi!
Marquei com o Michael as 7:30 na subsede do parque em
Itacoatiara. Seguimos em direção a base da via que fica no Bananal. A via é bem
longa, mas não muito difícil. Tem uma bela linha que segue da linha dágua até o meio da trilha do costão.
Nos arrumamos e comecei a subir. O começo foi bem tranqüilo,
segui até um diedro, onde daria para proteger com móvel, mas como não tenho,
segui assim mesmo, deixando o lance um pouco exposto. Ainda não dava para
costurar, o grampo ainda estava um pouco alto. Passei o diedro, segui uma
diagonal para direita.
Costurado o primeiro grampo, ficou mais tranquilo. A via também
perdeu inclinação e segui tranqüilo até a primeira parada. Ali, parei e mandei
o Michael subir. Ele veio tranqüilo e bem rápido. O dia estava ótimo, algumas
nuvens encobriam o sol, o que tornava a escalada bem agradável.
A segunda enfiada foi muito mais tranquila, por vezes dava
para quase caminhar. Rapidamente subi e cheguei num ponto onde achei que daria
para chegar no próximo grampo, mas faltou pouco. Tive que desescalar alguns
metros. Montada a parada, foi a vez do Michael subir novamente. A via tem
algumas lacas bem ocas. Tem que prestar atenção, mas é só seguir com cuidado.
Na segunda parada, aproveitamos para tomar uma água e tirar
algumas fotos. Dali a vista estava ótima e dava para ver uma cordada na Agullha
Guarischi. Nesse ponto o sol veio com força. Parecia que tinha acordado de
vez!!!! Não tinha mais o que fazer, era tocar para cima!
Segui escalando até a terceira parada com um belo visual. O
Michael chegou e avisei para ele que seguiria direto após o crux. Subi, vi o
grampo e costurei. Avisei ao Michael para se ligar e segui um pouco para a
esquerda, pois tinha visto algumas boas agarras. Numa passada, levantando bem a
perna, venci o lance mais delicado e toquei para cima. Acima do diedro, um
linha bem bonita. Uma canaleta bem limpa. Vi um grampo bem lá no alto e não
daria para chegar nele. Como não vi nenhum grampo antes, pedi para o Michael
subir mais um grampo.
Fui dando segurança de corpo até que ele chegou a um grampo
mais acima. Ele montou novamente a parada e tive corda para chegar até o grampo
de cima. Comecei a escalar novamente e bem ao meu lado, vi o grampo. Ele estava
logo ali e não tinha visto. Tivemos um trabalho a toa, mas fazer o que. . .
Montei a parada ali mesmo e mandei o Michael subir. Na parada,
avisei a ele que seguiria direto até o cume e daria segurança de corpo. Segui
escalando até o último grampo e toquei para cima. Segui até a trilha do Costão
e dei segurança de corpo para o Michael, que chegou logo depois.
Missão cumprida! Depois de muito tentar, conseguir escalar a
Alan Marra!!!
terça-feira, 20 de maio de 2014
Pedra do Sino - 17/05/2014
ATM – PARNASO
Participantes: Leonardo Carmo, Stephanie Maia, Mariana
Abunahman, Renata Garcia e Paulo Coelho.
A nossa expedição começou uma semana antes com os preparativos. A Stephanie e o Paulo nunca tinham feito o Sino. Com certeza rolou uma expectativa por parte deles e confesso que da minha parte também. Trocamos e-mails durante toda a semana. Foi bom que conseguimos alinhar todos os detalhes.
Stephanie, Mariana e eu, partimos para a expedição de carro. O Paulo foi de van com parte do pessoal do CNM e a Renata foi com o Collares e Eny no carro deles.
Na van estava mais um grupo formado por Leandro Carmo, Ary,
Alessandra, Marcelo e Patricia rumo ao Mirante do Inferno.
Saímos de Niterói pontualmente como havíamos combinado.
Quando chegamos em Tere, paramos para tomar uma café até porque fazer isso as
5:00 da manhã é difícil. Eu como a qualquer hora, tenho um apetite sinistro
rsrsrs. Enquanto a gente saboreava um café com leite e pão com manteiga, a
Renata já nos esperava no ponto de encontro, na Barragem, e o pessoal da van ia
chegando.
Depois de todo mundo pronto, o nosso grupo, dominado por
mulheres, deu início a expedição rumo ao Sino. Saímos às 8:20 hs.
Os primeiros metros da trilha têm muitas pedras e ali alguns
joelhos começam a gritar por socorro. Já prevendo isso, pedi para a Renata
puxar a fila, pois as minhas passadas são um pouco fora do padrão
rsrsrsrs. Dali em diante foi assim, ela
puxando a fila e eu dando uma pressão na galera rsrsrs.
Chegamos ao Véu da Noiva às 9:05 onde fizemos nossa primeira
parada para algumas fotos e abastecer de água e comer alguma coisa. A parada
foi bem rápida, mas deu tempo de dar uma aliviada.
Sem perder muito tempo, começamos a subir novamente. A partir dali, a trilha foi melhorando. As
pedras foram diminuindo e o terreno ficando mais regular.
A Renata continuou seguida de Paulo, Mariana, Stephanie e
eu. No meio do caminho o Paulo resolveu tentar derrubar uma árvore com a
cabeça, momento tenso. Não sabia que ele tinha essa habilidade toda rsrsrs.
Feita a revisão na testa, verificou-se que estava tudo bem. Continuamos a subir
numa boa.
Depois de 45 minutos chegamos à Cachoeira do Papel. Passamos
direto, pois todos estavam bem.
Às 10:57 chegamos ao Abrigo 3. Fomos até o mirante onde
fizemos um lanche. Algumas fotos, mas o tempo estava fechando. Ficamos ali até
as 11:11.
Continuamos a subida no mesmo esquema, mas dessa vez sem
tentativa de derrubar árvores dando cabeçada.
Às 12:43 chegamos ao Abrigo 4 onde paramos para comer e dar
uma descansada. Curiosamente o carinha do abrigo estava vendendo brigadeiro. A
Renata não se conteve e partiu pra dentro do doce. Depois de uma boa e merecida
pausa, partimos pro ataque ao cume. Chegamos lá às 13:13. Ficamos curtindo o
visual coberto por nuvens e explorando a área por uns 50 minutos. Muitas fotos,
etc...
Resolvemos descer e às 15:06 chegamos novamente ao Abrigo 4.
Lá já estava o outro grupo que fez a Passagem da Neblina (Collares, Eny,
Michael e Marcelo). Depois de mais uma pausa os dois grupos resolveram descer
juntos.
Às 15:40 partimos para a descida. Continuei fechando a fila.
Sem forçar muito, Mariana, Stephanie e eu descemos mais devagar. Quando foi às
16:41 chegamos ao Abrigo 3. Parte do grupo já estava esperando a gente.
A partir dali, todos já com lanternas na cabeça,
continuamos. Novamente sem forçar muito, Mariana, Stephanie e eu descemos mais
devagar. Uns 5 minutos depois a Mariana resolveu metabolizar a pimenta que
tinha comido um dia antes e disparou, se juntando ao pelotão da frente. Fiquei
então com a Stephanie. O tempo ia passando, a escuridão aumentando e a vontade
de chegar também.
Depois de algumas derrapagens, bico no próprio pé e risadas,
chegamos ao Véu da Noiva às 18:14, para alívio da Stephanie que nesse momento
já achava que eu era maluco, pois toda hora eu falava que já estava chegando. Foi minha tática rsrsrs.
O outro pelotão já estava lá descansando. Depois de uns
minutinhos de descanso e reabastecimento de água resolvemos continuar.
Nesse momento o organismo da Mariana já tinha consumido toda
a pimenta do dia anterior e ela então foi caminhando com a gente. As
derrapagens e risadas foram aumentando, pois o terreno foi ficando irregular e
elas já sabiam que estava chegando realmente. A Stephanie por algumas vezes
tentou me jogar pra fora da trilha rsrsrs, mas consegui me safar. Depois de
quase uma hora a Mariana avistou o portão da entrada da trilha. As duas numa
euforia só nem lembraram de mim. O Guia não serve para esses momentos rsrsrsrsrs.
Finalizamos a trilha às 19:10.
Depois, nem lembro mais... sei que fomos pro carro para que
a Mariana e Stephanie trocassem de roupa e o Paulo trocasse o tênis. Partimos
para a confraternização na Casa do Montanhista. Ali, bebemos uma merecida gelada e um “suco de cana destilado”.
Os grupos se juntaram para fotos, conversas, etc. Em seguida pegamos o carro e
voltamos para casa. A Mariana ainda sob efeito do ar da montanha veio
delirando. Ela só pensava em comer pimenta com pão.
A expedição correu super bem. Parabéns para todos que
fizeram parte de um momento tão especial.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Escalada no Morro do Morcego - Relato da via Visão Oposta
Por Leandro do Carmo
Escalada no Morro do Morcego - Relato da via Visão Oposta
Local: Morro do Morcego – Jurujuba – Niterói RJ
Data: 12/04/2014
Participantes: Leandro do Carmo, Michael, Ary, Giovani e Arley
Estava com muita vontade de voltar ao Morro do Morcego. A
minha primeira ida até lá foi em 01/09/2012. Na oportunidade fizemos a via
Paredão Sangue Bão. Já estava mais que na hora de voltar!!!!
Na reunião social do Clube Niteroiense de Montanhismo,
perguntei ao Ary se ele estava a fim de voltar lá. Ele aceitou o convite e logo
chamamos outras pessoas também. Dessa vez, o Michael, Giovani e o Arley nos
acompanharam. Marcamos as oito da manhã, em frente a Igreja de Jurujuba.
Cheguei uns 10 minutos antes do horário e parei o carro um
pouco mais a frente, bem próximo da casa onde costumamos pedir autorização para
entrar. Voltei para o ponto de encontro e o Michael estava chegando. Logo
depois, veio Giovani. O Ary demorou um pouco, pois teve um pequeno problema na
sua moto. Como já havia passado de 8:30, o Ary resolveu ligar para a casa do
Arley, que por desencontro de informações, não sabia que a escalada estava
confirmada. Como ele mora relativamente perto, esperamos ele chegar.
Depois de todos reunidos, nos dirigimos para o começo da
trilha. Na casa, perguntamos se poderíamos entrar para acessar o caminho. Fomos
muito bem recebido pela dona da casa, mas não pelo seu cachorro. Ainda bem que
estava preso! Ela nos alertou sobre umas abelhas, que tem lá por
cima. O caminho, que é uma rua, estava bem mais limpo que da última vez, pensei
que dessa vez seria moleza chegar até a base. Seguimos até a parte dos
eucaliptos e viramos para a esquerda. O mato ali estava um pouco mais alto que
da última vez, mas nada que atrapalhasse.
Mas na frente, quando começamos a subir para a direita, em
direção às ruínas de um muro, minha surpresa. Era tanto capim, que formava uma barreira! Eu
pensando que seria moleza... O Ary já prevendo que teríamos bastante mato,
levou um facão. Foi a nossa sorte, pois abrir o mato com as mãos e pernas, não
seria uma tarefa muito agradável....
Por vezes tínhamos que ir e voltar, pois a cada caminho que
tomávamos o mato parecia que aumentava. Com o Ary sempre a frente, abrindo
caminho com o facão, conseguimos chegar até a base. Quando vi a pedra na minha
frente, pensei: “Que bom que chegamos, agora vai!!!” Mais um engano! Estava
tudo fechado. Havia caído uma árvore e estava tudo embolado com um tipo de
cipó, fechando bastante o caminho. Pensei até que não fosse dar para continuar.
Mas o Ary foi guerreiro! Abriu bem o caminho e descemos em direção á base da
via. Ali já estava bem limpo. Acho que o problema tinha sido a queda da árvore
e também ao incêndio que ocorreu no final do ano passado. Nessas
circunstâncias, o mato cresceu com força.
É fácil de identificar a base. Tem um fenda que sobe em
diagonal para a direita, com uma palmeira no meio. Dividimos as cordadas e o
Giovani e o Arley foram com o Ary. O Michael foi comigo. Pedi para o Ary
começar, queria filmar alguém fazendo aquele lance do começo. Depois que o Ary
começou a segunda enfiada, eu comecei a escalar.
A saída é boa e é um lance de equilíbrio até chegar na
palmeira. Abraçando a palmeira, a contornei e segui até o primeiro grampo.
Costurei e dei uma descida até um degrau, um pouco mais embaixo e depois subi,
continuando na fenda até o segundo grampo. Dali dava para ver a cordada do Ary
em ação. Ele acabara de sair de sua primeira parada e estava reclamando da
sujeira da via. Parede suja é complicado! Como eles estavam demorando um pouco,
resolvi mandar o Michael subir, assim ele não ficaria lá em baixo sozinho.
Quando o Arley saiu da parada, eu comecei a escalar.
A ponta onde montei a minha primeira parada, é o alto de
uma chaminé. Fui cumeando a chaminé até um trepa pedra, onde tem um grampo.
Costurei e pensei em colocar uma costura longa para diminuir o arrasto, pois
ali a corda faria uma curva de quase 90°.
Pensei até em fazer uma parada ali, como o Ary fez, mas resolvi seguir,
mesmo aumentando o arrasto. Dali para cima a parede vai ficando mais vertical.
Porém as boas agarras compensam. Aquela camada grossa de líquen, por vezes
cobre as agarras e é necessário ficar limpando para descobrir a melhor.
Passei por uma parada dupla quase escondida na vegetação e
fui tocando para cima. A visão dali era muito bonita. A enseada de Jurujuba
tomava forma. O sol batia de frente, bem na direção da cabeça quanto olhava
para cima, buscando as agarras. Num lance, olhei para cima e vi o grampo um
pouco distante. Pensei: “Tá longe...” Concentrei e com mais duas passadas,
quando olhei de volta, ele já estava na altura da minha cabeça, ainda bem...
Fui costurando os grampos até que a parede perdeu um pouco de inclinação, ponto
onde existe um parada dupla.
Montei ali mesmo a nossa segunda parada e o Michael veio
escalando. Subiu rápido e seguro. Mandando muito bem. Dali para cima, a via se
encontra com a Pardedão Sangue Bão, tendo em comum os mesmos lances. Ofereci ao
Michael a oportunidade de guiar, mas ele preferiu deixar para uma próxima
oportunidade.
Fiz os lances finais e quando cheguei ao cume, fiz segurança
de corpo para o Michael e ele subiu rapidamente. A via é curta mas muito boa. O
cume do Morcego tem uma visão fantástica. Aproveitei para dar uma olhada em
volta e ver se achava algum grampo de cume da via Moby Dick, mas nada. Deu para
ver somente o lugar da base lá em baixo e mais nada.
Rapelamos direto com duas cordas. Aproveitamos para melhorar
duplicar o ponto de rapel, caso fosse feito com apenas uma corda. Havia apenas
um grampo mau batido no meio da parede. Agora, dá para escalar com uma corda só
e com segurança. Na base, nos arrumamos caminhamos de volta. Ainda bem que o
mato já estava baixo!
Até a próxima!
Vista do final da diagonal |
Morro do Morcego, visto da praia de Charitas |
Face sul do Morro do Morcego |
Vista da trilha de acesso |
Michael na base da via |
Giovani no cume do Morcego |
Galera reunida no cume |
Jurujuba vista do alto |
Fortaleza de Santa Cruz e Pão de Açúcar |
Fortaleza de Santa Cruz |
Acordada do Ary na primeira parada |
Na base da via |
Chegando na segunda parada |
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Escalada em Niterói - Relato da via Entre Quatro Paredes
Por Leandro do Carmo
Escalada em Niterói - Relato da via Entre Quatro Paredes
Local: Costão de Itacoatiara – Niterói RJ – Face Leste
Data: 13/04/2014
Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo e Vinícius Araújo
Relato da Via Entre Quatro Paredes
Havia proposto uma invasão, mas não tivemos muitas adesões
lá no clube. Minha ideia inicial era escalar a Guarischi novamente, mas não dava para fazer uma cordada de 3. Ainda mais com o calor que vem fazendo nesses últimos
meses. Durante a semana, resolvi mudar a atividade para a Alan Marra, pois essa
eu ainda não havia feito e com certeza seria bem mais rápida.
Cheguei cedo à sub sede em Itacoatiara. O Alfredo já estava
lá me esperando. Faltava apenas o Vinícius. Ficamos lá ainda algum tempo. Aos
poucos o pessoal do CEB foi chegando, hoje eles iriam ter aula do curso básico
e fariam algumas vias, também na face leste. A Eny e a Patrícia chegaram e
foram fazer a trilha do Costão. Seguimos a trilha e quando chegamos à base da
Alan Marra, duas cordadas, uma de três e outra de dois, se preparavam para
subir. Não tinha como esperar... Resolvemos fazer outra via, acabamos na Entre
Quatro Paredes. Antes tivéssemos ido fazer alguma via na face oeste. Mas já que
estávamos ali...
O dia estava nublado.
O sol tentava dar as caras, mas não tinha força para superar as nuvens. Apesar do sol estar escondido, o calor na trilha estava insuportável. Fazia tempo que
não suava tanto, apesar do forte calor dos últimos meses. Voltamos um pouco até
a entrada do caminho que leva a base. Não tem trilha definida, mas é só pegar
uma linha reta até a parede e ir desviando dos blocos que se chega lá. Aí, é só
encontrar os grampos.
Chegamos à base literalmente derretendo! O calor estava
insuportável, estava abafado. Não ventava. Nos arrumamos e eu guiei o primeiro
lance. Subi tranquilo. A via nesse começo é bem protegida, o que deixa o
psicológico um pouco mais a vontade. No grampo antes da horizontal, montei a
parada e o Alfredo veio escalando. Deu uma parada para colocar os óculos e logo
chegou. Dali dava para acompanhar as cordas do curso básico do CEB. Eram uma
cordada de três na Novos Horizontes e mais duas cordadas, uma de 3 e outra de 2
na Alan Marra. O visual estava bonito. O Vinícius escalou logo em seguida e
ainda ficamos conversando um pouco antes de continuar.
Na segunda enfiada, foi a vez do Vinícius guiar. Passou pela
horizontal e tocou reto para cima. O Alfredo foi no meio e eu, logo em seguida.
Aquela horizontal tem uma boa de passar, não muito em cima, não muito em baixo.
Se cair, vai pendular em cima de uma vegetação. Mas segui tranquilo, o lance
não é muito complicado. Depois que termina a horizontal, segui reto para cima
até a parada, onde o Alfredo e o Vinícius me esperavam.
Na parada conversávamos sobre o prazer de estar escalando.
Não precisa ser uma via difícil, ou coisa parecida. Basta estar ali, num
completo silêncio, que só é quebrado pelo som de: “escalando”, “vem”, “preso”,
“puxa”, etc. É nessas horas que eu agradeço a Deus pela oportunidade de estar
ali. Um momento completo de harmonia entre o querer e o fazer.
Como eu já havia guiado uma enfiada e o Vinícius, outra, era
a vez do Alfredo seguir. E ele foi. Tocou para cima com segurança. Chegou num
ponto onde ele perguntou: “cadê o grampo, é para onde”. Eu já havia feito a via
há bastante tempo e não fazia a mínima ideia de onde estava o grampo. Falei
para ele: “É aí para cima!!!!!” Ficamos rindo... Ele subiu e montou a parada em
um laca e o Vinícius subiu. Eu segui logo depois e fui direto para a direita,
até o caminho para o costão.
Quando estávamos arrumando o equipamento, encontramos a Eny
e a Patrícia Gregory que haviam feito o Costão. Logo depois veio o Ricardo
Barros, do CEB, que subiu pela Uma Mão Lava a Outra. Depois que foi a vez do
Léo Nobre passar. Aproveitamos para tirar algumas fotos e descemos. Na base nos
despedimos. Não deixamos nada marcado, mas quem sabe no próximo final de
semana...
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