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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Parque Estadual da Pedra Selada


Área: aproximada de 8.036 hectares

Abrangência: parte dos municípios de Resende e Itatiaia

TEM COMO OBJETIVOS BÁSICOS

Preservar as populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies migratórias, raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas como a floresta atlântica, os remanescentes de bosques de araucária e os campos de altitude.

Primeira e ainda única unidade de conservação de proteção integral estadual presente na Serra da Mantiqueira, forma importante corredor ecológico com o Parque Nacional do Itatiaia e com outras UCs públicas e privadas próximas, protegendo as nascentes de rios contribuintes de algumas das principais bacias hidrográficas da Região Sudeste – Paraná e Paraíba do Sul –, contribuindo para a preservação das cadeias de montanha em que está situado o extraordinário monumento geológico representado pelo grupo de picos que compõem a Pedra Selada.


Ao proporcionar oportunidades de visitação dentro de seus limites, recreação, interpretação, educação e pesquisa científica, o parque cumpre seu papel de estímulo ao desenvolvimento do turismo em bases sustentáveis, contribui para o desenvolvimento regional, abrindo oportunidades para pequenos e médios empreendimentos, gerando empregos e renda na atividade turística nas zonas rurais fluminenses.


MAPA


HISTÓRICO

A região hoje protegida pelo parque abrange um vasto corredor florestal, contendo parcialmente áreas públicas, propriedades rurais produtivas e propriedades de veraneio. Tal configuração é consequência do mesmo processo histórico de ocupação e crescimento econômico em diferentes locais ao longo da Serra da Mantiqueira.

O nome da serra na língua tupi-guarani significa “Serra que chora”, o que remete aos principais cursos d’água na região. Os principais são: rio Preto (que faz divisa entre os estados de Minas e Rio de Janeiro), rio Marimbondo, córrego do Vale do Pavão (Visconde de Mauá), rio Pirapitinga e rio Santo Antônio (Serrinha do Alambari).

Inicialmente a Serra da Mantiqueira, na região de Resende, foi ocupada pelos índios puris, que viviam da caça, pesca e agricultura primária de forma nômade. Eles se concentravam tanto nas margens do rio Paraíba quanto na região alta da serra. O domínio indígena prevaleceu até meados do século XVIII.

No final do século XIX, com a exaustão e infertilidade das terras, principalmente pela devastação no ciclo do café, além da carência de mão de obra após o fim da escravidão, as áreas passaram a ser ocupadas por núcleos coloniais de imigrantes europeus, que chegaram à região por meio de incentivo do governo brasileiro. Sem muito apoio do governo brasileiro, somente algumas famílias se fixaram.
Desde 1922, turistas vinham da Europa praticar o montanhismo em pontos como a Pedra Selada e o Pico das Agulhas Negras, hospedando-se nas casas das famílias europeias.

Foram emigrantes de Minas Gerais que introduziram as pastagens para a produção da pecuária leiteira, fazendo com que a região da Serra da Pedra Selada fosse responsável por um terço da produção leiteira do estado do Rio de Janeiro, até o final do século XX. Após um período de declínio econômico, entre as décadas de 1950 e 1960, naturalmente a cobertura vegetal nativa se regenerou, principalmente nas áreas de maior declividade.

Posteriormente, durante a década de 1970, com a vinda de movimentos sociais alternativos isolados (hippies e novos rurais), a região de Visconde de Mauá começou a desenvolver a vocação turística.
Atualmente a produção leiteira ainda exerce grande importância econômica, porém, ocupa uma área muito menor em relação ao período áureo.

A implantação do parque, única unidade de conservação estadual na Serra da Mantiqueira, permite a formação de importantes corredores ecológicos que protegem as nascentes dos rios de algumas das principais bacias hidrográficas da Região Sudeste, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável local. Abre ainda oportunidade para pequenos e médios empreendimentos, gerando postos de trabalho e renda, provenientes do fomento às atividades turísticas.

Como chegar
Tônibus:
A partir do Rio de Janeiro, tomar uma das linhas Rio de Janeiro–Resende, na rodoviária Novo Rio. Na rodoviária de Resende, é preciso tomar outro ônibus até Visconde de Mauá. É possível também sair do Rio de Janeiro direto para Visconde de Mauá.

De Carro :

Partindo da cidade do Rio de Janeiro pela Rodovia Presidente Dutra, utilize a saída 311, que dá acesso à RJ-163. Após 28 km, acesse a RJ-151 para chegar à Vila de Visconde de Mauá, local da sede administrativa do parque.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Parque Estadual da Serra da Tiririca


AmpliaçãoDecreto nº 41.266, de 16 de abril de 2008, com a inclusão de áreas de elevado valor ambiental como o Morro das Andorinhas e parte do entorno da laguna de Itaipu. Seu perímetro definitivo foi estabelecido na Lei Estadual nº 5.079, de 3 de setembro de 2007, cuja retificação foi publicada no D.O. de 8 de abril de 2011. Foi ampliado pelo Decreto Estadual nº 43.913, de 29 de outubro de 2012, com a inclusão de 1.241 hectares.

Área: aproximadamente 3.493 hectares 

Localização: região litorânea, abrangendo áreas dos municípios de Niterói e Maricá. Esta unidade de conservação é composta por uma área marinha e uma terrestre formada por uma cadeia de montanhas que adentra o continente na direção sudoeste/nordeste, tendo no seu divisor de águas a extremidade lindeira dos municípios de Niterói e Maricá, finalizando seus limites na rodovia RJ-106.

Abrangência: além da porção marinha e da cadeia montanhosa que dá nome à unidade, outras três áreas adjacentes à serra fazem parte da área natural protegida do PESET: Morro das Andorinhas, Núcleo Restinga e Duna de Itaipu, localizadas na região oceânica de Niterói, mais precisamente em Itaipu.

TEM COMO OBJETIVOS BÁSICOS


Manter e proteger a biodiversidade e os recursos genéticos do território; promover a sustentabilidade do entorno para o uso dos recursos naturais, estimulando o desenvolvimento integrado da região com auxílio da educação ambiental; preservar e conservar o sistema hidrográfico local, bem como favorecer a recarga natural do lençol freático; contribuir com a amenização climática; minimizar os riscos de erosão na região onde está inserido proteger todas as espécies vegetais e animais, bem como os ecossistemas a que pertencem, as belezas cênicas das paisagens, monumentos naturais, sítios arqueológicos e outros ativos culturais; estimular e auxiliar as pesquisas científicas do patrimônio natural, material e imaterial e favorecer o uso recreativo e cultural do parque, de forma adequada, pela sociedade.

Mapa


HISTÓRICO

A região da Serra da Tiririca é rica em vestígios de sítios arqueológicos, principalmente em Itaipu onde existem importantes sambaquis, registros da existência de populações pré-históricas de tradições variadas que se sucederam no local (Beltrão. 1978). Quando do início da colonização européia no Rio de janeiro, a região era habitada por tribos Tamoios e, em meados do século XVI, os Jesuítas construíram edificações para a catequese dos índios em Itaipu.

Criado pela Lei Estadual nº 1.901, de 29 de novembro de 1991, o Parque Estadual da Serra da Tiririca teve o perímetro ampliado pelo Decreto nº 41.266, de 16 de abril de 2008, com a inclusão de áreas de elevado valor ambiental como o Morro das Andorinhas e parte do entorno da laguna de Itaipu, local com presença de sítios arqueológicos. Seu perímetro definitivo foi estabelecido na Lei Estadual nº 5.079, de 3 de setembro de 2007, cuja retificação foi publicada no D.O. de 8 de abril de 2011. Foi ampliado pelo Decreto Estadual nº 43.913, de 29 de outubro de 2012, com a inclusão de 1.241 hectares, passando a ter a área de aproximadamente 3.493 hectares.

A criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca foi o resultado de uma experiência pioneira no Brasil. Normalmente os parques são criados por iniciativa de governo mas no caso da Tiririca a proposição e todo o projeto do Parque foi desenvolvido por iniciativa da sociedade civil. As primeiras denúncias contra as agressões à Serra surgiram no inicio da década de 80, dando origem a uma forte mobilização popular, que reuniu dentre outros, grupos ambientalistas, associações de moradores e moradores da região sem vínculos associativos. Uma Ação Civil Pública, a primeira no Brasil, foi impetrada contra um loteamento ilegal pelo Ministério Público, por solicitação da comunidade, ao Procurador João Batista Petersen.

COMO CHEGAR:

De carro
Partindo do Rio de Janeiro: O caminho começa na Ponte Rio-Niterói, seguindo já em Niterói em direção as praias oceânicas. O Posto de Recepção ao Visitante fica na praia de Itacoatiara, ao lado do Clube dos Engenheiros. O trajeto todo fica a 35 km de distância aproximadamente.
Partindo de Maricá: Seguir pela Estrada de Itaipuaçu até o Recanto de Itaipuaçu, onde é possível ter informações sobre os atrativos na sede administrativa do parque (seg-sex). Nos finais de semana é possível cruzar a serra em direção a Praia de Itacoatiara, onde fica o Posto de Recepção ao Visitante.

De ônibus
Partindo do Centro do Rio de Janeiro: pegue a Barca Rio Niterói (ou ônibus intermunicipal), depois o ônibus 38 (Itaipu) no Terminal Rodoviário de Niterói, desça em Itaipu e acesse o parque por suas diversas trilhas e atrativos presentes na região.


Pedra do Cantagalo via Jacaré
Pedra do Cantagalo via Vila Progresso
Travessia Vila Progresso x Av. Central
Trilha das Esmeraldas
Morro da Peça
Morro das Andorinhas
Laguna de Itaipu
Morro do Tucum
Enseada do Bananal
Alto Mourão
Platô do Camaleão
Córrego dos Colibris
Mirante do Bairro Peixoto
Mirante dos Colibris
Caminho de Darwin
Travessia Várzea das Moças x Itaocaia Valley
Circuito Várzea das Moças
Travessia Várzea das Moças x Engenho do Mato
Morro do Catumbi

Downloads

Fotos
Itaipuaçu vista da Trilha do Mourão

Orla de Niterói vista do Alto Mourão

Vista da Pedra do Cantagalo

Vista do Costão de Itacoatiara

Vista da Trilha do Morro das Andorinhas

Vista do Mirante de Itaipu, na Trilha do Morro das Andorinhas

No Mirante dos Colibris

Alto Mourão

Trilha em Várzea das Moças






terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pico Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Por Leandro do Carmo

Um pouco sobre o Parque Estadual dos Três Picos - PETP

Trilha do Pico Médio e Menor
Criado em 5 de junho de 2002 e ampliado em 2009, hoje o parque soma 58.790 ha, sendo  a maior unidade de conservação de proteção integral administrada pelo Estado. Localiza-se na região central do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de dois terços de sua área dentro do município de Cachoeiras de Macacu e o restante divide-se entre os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Silva Jardim e Guapimirim. O seu nome evoca o imponente conjunto de montanhas graníticas denominado de Três Picos (Pico Menor, Médio e Maior). Este afloramento rochoso, de aproximadamente 2.316 m de altitude, localizado entre os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, é o ponto culminante de toda a Serra do Mar.

Dentro de seus limites encontra-se o mais elevado índice de biodiversidade de todo o Estado do Rio de Janeiro, o que em parte se explica pela variação de altitudes: de 100 até os 2.316 m do Pico Maior. É considerada pelos especialistas uma região prioritária em termos de conservação. Além da preservada cobertura vegetal e riqueza animal, na área do parque existem diversas nascentes que formam bacias hidrográficas de influência regional. Nesse sentido, sua criação foi fundamental para assegurar maior proteção dos mananciais e, portanto, melhor qualidade de vida para a população do entorno.

A trilha

A Cabeça de Dragão está localizada no Parque Estadual dos Três Picos, no Vale dos Deuses, e seu cume está a 2.075 metros acima do nível do mar.

Mapa do início da trilha, partindo do Ceasa de Nova Friburgo:



Desse ponto até ao Mascarim, nem todos os carros conseguem chegar. Se tiver chovendo, aí complica mais ainda. Porém existem alguns lugares no entorno da estrada que há possibilidade de estacionar. Existe a possibilidade de estacionar na sub sede do parque e seguir a pé.

Vídeo


A trilha

Partindo do Abrigo Três Picos (Mascarim), cruzar a porteira que tem uma placa do parque e seguir numa estradinha, cruzará mais uma porteira e terá um curral a sua direita. Mais a frente verá uma gigantesca Araucária e uma placa indicando as trilhas do local. Seguir para a esquerda, sentido Pico Médio/Leste. Descerá um pouco, cruzará um pequeno córrego e depois uma porteira, pegar a esquerda e começar a subir. Seguir sempre a trilha mais batida. Mais acima cruzará um córrego, bem largo. Continuará subindo e chegará numa laje de pedra bem íngreme que deverá subir. Mais acima, terá outra laje, mas aí, deverá pegar a direita. À frente, o primeiro lance de corda. Continuará subindo e passará a andar numa horizontal para esquerda, bem colada na parede.  Depois, seguirá pelo segundo lance de corda. Bem íngreme. Geralmente fica bem molhado. Subirá em terreno bem escorregadio. Para acessar o cume do Pico Menor, basta fazer um lance numa pedra a direita da trilha. Mais a frente, seguindo a trilha, descerá um pouco e  terá o último lance de corda, uma descida até o colo entre o Pico Menor e Médio, depois é só subir em direção ao Pico Médio.

Relato

Trilha do Pico Médio e Menor
Acordamos cedo. Dessa vez a trilha seria mais pesada que a do dia anterior. Tomamos um café reforçado e iniciamos nossa jornada. A Andréa e o Ary foram à frente, junto com Vander e o resto do pessoal que fariam a Caixinha de Fósforo. Eu, Cris, Filipe, Paulo e o Antônio, seguimos alguns minutos depois. Como no dia anterior, estacionamos o carro no mesmo ponto. Passamos a porteira e caminhamos pela estrada que dá acesso ao Abrigo Três Picos, do Mascarin. Levamos quase 30 minutos. Não tinha como não parar a todo o momento e bater fotos... A vista era fantástica. Se para mim que já havia feito esse caminho no dia anterior ainda impressionava, que dirá pelos que estão indo pela primeira vez. Ali, a vista era surpreendente, mas o que nos esperava lá em cima seria muito melhor que isso. Chegando lá, a Andréa e o Ary já estavam nos esperando. Com o grupo todo reunido, cruzamos a porteira com a placa do parque  e seguimos. Mais acima chegamos à outra porteira, onde tem algumas gigantescas Araucárias e um curral, a nossa direita. Mais a frente, existe uma placa rústica da indicação das trilhas da região. Paramos nela para algumas fotos e continuamos.

Trilha do Pico Médio e Menor
Descemos a esquerda da placa e cruzamos um pequeno córrego, bem abaixo da última casa da região. Cruzamos mais uma porteira e seguimos a trilha bem definida a nossa esquerda. Continuamos subindo e passamos por algumas bifurcações, mas prestando atenção, deve manter-se sempre na mais aberta. Cruzamos uma laje de pedra e margeamos um córrego bem largo, mas com pouca água, até um ponto onde o cruzamos, em direção a uma árvore caída, praticamente fechando o acesso a trilha. Agora a subida ficou um pouco mais forte. Sempre dentro da densa floresta. Já não tínhamos mais a referência visual das montanhas.  Após essa subida, chegamos a um lance numa parede com uma inclinação considerável, mas nada de impossível. Subimos um por um bem devagar até nos deparamos com outra, essa um pouco mais íngreme que a anterior. Mas só que o caminho agora, foi seguindo à direita até o primeiro lance de corda da trilha. Fui na frente para poder ver se era por ali mesmo, passei tentei contato, mas na posição que eu estava, o som não chegava. Fiquei aguardando um tempo até que ouvi o som do pessoal subindo.

Trilha do Pico Médio e Menor
Continuamos subindo, agora bem encostado na parede do Pico Menor, passamos por uma gruta e seguimos quase horizontalmente para a esquerda. Essa face fica bem abrigada do sol e, consequentemente, fica mais úmida. Em alguns pontos, o pé quase afundava na lama. Mais a frente, o segundo lance de corda, com muita lama e erosão. Como alternativa, as pessoas acabam pisoteando a vegetação lateral do caminho, aumentando ainda mais a degradação do local. Terminada a corda, pegamos para a esquerda, numa diagonal leve até que começamos a subir. Fomos bem lento, pois estava escorregando muito. Tomei a dianteira e fui subindo. Mais acima cheguei ao ponto de acesso ao Pico Menor. Mais a frente, estava a corda fixa, que é utilizada para acessar o Pico Médio. Há também uma sequência de grampos, numa escalada de 1º grau. Havíamos levado corda, pois não sabíamos das condições que encontraríamos. Nessa parte final, quem carregou a corda foi o Antônio e como ele ainda não havia chegado, desci pela que estava fixada no grampo. Usei mesmo só para um apoio psicológico. Havia um grupo voltando do Pico Médio. Terminei a descida e estava no colo entre o Pico Médio e Menor quando o pessoal começou a chegar.

Trilha do Pico Médio e Menor
Adiantei e subi mais um pouco a fim de fazer algumas fotos do pessoal descendo. Fiquei ali durante algum tempo enquanto todos desciam. Quando o último desceu, comecei a subir em direção ao cume e em mais alguns minutos havia concluído o objetivo do dia: O Pico Médio!  O sol voltou a aquecer, mas o vento também estava forte. Como no inverno o sol é mais fraco, não teve jeito, tive colocar o anorak. Aproveitamos para fazer um lanche e bater muitas fotos. Com a minha máquina consegui ver alguém no cume da Caixinha de Fósforo e mais algumas pessoas no Capacete também.

Trilha do Pico Médio e Menor
Ficamos lá em cima por aproximadamente 30 minutos. Já era hora e tínhamos que descer e não queríamos pegar trilha à noite. E também, tinha a nossa festa lá no Refúgio Três Picos. Começamos a nossa volta. Aproveitamos para ir ao cume do Pico Menor, pois na ida, passamos ao lado da subida. Subi por outra parte, um pouco depois de onde o Ary havia visto uma Jararaca. Fizemos mais algumas fotos e percorremos todo o caminho de volta. Paramos para descansar aos pés da grande araucária e seguimos até o carro, de onde voltamos até o refúgio.

Uma excelente trilha, com excelente companhia! Valeu e até a próxima!

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

Trilha do Pico Médio e Menor

sábado, 8 de agosto de 2015

Trilha da Cabeça de Dragão - Parque Estadual dos Três Picos

Por Leandro do Carmo

Trilha da Cabeça de Dragão - Parque Estadual dos Três Picos

Local: Três Picos
Data: 10/11/2015
Participantes: Leandro do Carmo, Tauan Maia, Harry Vinagre, Annelise Gramacho e Andréa Vivas


A Cabeça de Dragão está localizada no Parque Estadual dos Três Picos, no Vale dos Deuses, e seu cume está a 2.075 metros acima do nível do mar.


Mapa do início da trilha, partindo do Ceasa de Nova Friburgo:



Desse ponto até ao Mascarim, nem todos os carros conseguem chegar. Se tiver chovendo, aí complica mais ainda. Porém existem alguns lugares no entorno da estrada que há possibilidade de estacionar. Existe a possibilidade de estacionar na sub sede do parque e seguir a pé.

A trilha

Partindo do Abrigo Três Picos (Mascarim), cruzar a porteira que tem uma placa do parque e seguir numa estradinha, cruzará mais uma porteira e terá um curral a sua direita. Mais a frente verá uma gigantesca Araucária e uma placa indicando as trilhas do local. Seguir reto subindo pelo pasto. Mais acima passará por outra porteira e seguirá novamente por uma estradinha. Acima cruzará mais uma porteira e mais a frente encontrará o Núcleo de Montanha do PETP, siga reto. Alguns metros depois, pegar uma descida para a esquerda, cruzará imediatamente uma ponte de madeira e estará no acampamento do Vale dos Deuses. Cruzar o gramado e ao lado direto da casinha, tem um portão. Deve-se cruzá-lo e virar a esquerda, seguindo a trilha, muito bem definida e sem bifurcações durante todo o percurso. No começo seguirá por mata fechada, cruzando um pequeno córrego e bem mais acima ficará mais aberto.  Seguirá por algumas lajes de pedra e cruzará uma parte com tufos de capim. Seguirá reto e virará sentido norte e depois noroeste, até começar a subir pela crista, seguindo nela até o cume.


Relato

Havíamos chegado ao Refúgio Três Picos, de propriedade do Zezinho, na sexta feira, por volta das 12:00. Deixamos as coisas lá e já partimos para o ataque. Seguimos de carro até onde dava. O carro estava cheio, com cinco dentro e pegar o trecho final, ficaria complicado.  Durante a subida já avistávamos de longe os Três Picos, formação rochosa que dá nome ao Parque. Uma das visões mais impressionantes e belas da região, quiçá do Brasil... O dia estava perfeito: Sol e sem nuvens. Garantia de um espetáculo lá do alto. Estacionamos o carro próximo a uma porteira e seguimos subindo pela estrada que leva ao Abrigo do Mascarim, algo em torno de 30 minutos. Cruzamos uma porteira que tem um aviso do Parque e seguimos ainda por uma estradinha.

Mais acima chegamos a outra porteira, onde tem algumas gigantescas Araucárias e um curral, a nossa direita. Mais a frente, existe uma placa rústica da indicação das trilhas da região. Seguimos subindo reto pelo discreto caminho marcado no pasto, até que cruzamos novamente outra porteira e pegamos uma antiga estradinha. A partir desse ponto, caminhamos na floresta, sem muita referência visual. Seguimos a leve subida e chegamos a última porteira. Cruzamo-la e passamos pelo Núcleo de Montanha do PETP. Nesse ponto, há uma saída à direita que chegará ao mesmo local, mas preferimos seguir reto na bem definida trilha.

Alguns metros adiante, pegamos uma saída a direita, onde há uma pequena ponte de madeira e que dá acesso à área de acampamento do Vale dos Deuses. Um grande gramado com uma construção onde tem banheiros e um fogão a lenha, servindo de base para quem vai escalar ou apenas curtir as trilhas da região. Passamos pelo portão que fica à direta da casa e dobramos à esquerda, logo após uma placa indicando “Cabeça de Dragão”. A trilha a partir desse ponto, voltou a estar por entre as árvores, seguindo muito bem definida. Cruzamos um minguado córrego e continuamos subindo. Aos poucos a densa floresta foi dando lugar a uma vegetação mais rala, até que estávamos novamente expostos ao sol. A visão ficava cada vez mais perfeita. O visual do Capacete e do Pico Maior tomava a atenção de todos. A caixinha de fósforo ao fundo, não ficava pra atrás...

Cruzamos alguns lajeados e mais a frente, alguns tufos de capim, até que começamos a subir pela crista, em direção ao cume. Nesse ponto já podíamos ver o nosso destino. O vento começava a ficar cada vez mais forte, afinal de contas, também estávamos mais alto. Mais um pouco de subida e estávamos no cume do Cabeça de Dragão. Aproveitamos para lanchar e é claro bater fotos. Uma grande nuvem cobriu o sol e com a ajuda do vento, fez a temperatura cair rapidamente. Era hora de voltar a andar. Começamos a nossa jornada de retorno, mas agora, com a sensação de dever cumprido!

Ainda paramos e recolhemos alguns lixos que foram deixados na área de camping e seguimos caminhando de volta até ao carro. Chegamos antes do entardecer no Refúgio e tomamos um banho refrescante e nos preparamos para um delicioso spaghetti .

Fomos dormir, pois o dia seguinte prometia...


Até a próxima!

Caixinha de Fósforo

Pico Maior e Capacete

Pico do Caledônia ao fundo

Visual do cume

Reunidos no cume



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Escalada na Agulha Guarischi

Por Leandro do Carmo 

Local: Itacoatiara
Data: 11/04/2015
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia


O outono havia chegado. A temperatura ficou muito mais amena do que há 1 mês atrás... Já estava na hora de voltar a fazer algumas vias mais longas... E para começar a temporada, nada melhor do que a melhor escalada, na minha opinião, da cidade: Agulha Guarischi. Na verdade escalar a Agulha Guarischi, é fazer um mix de 3 vias: Paredão Zezão (completa) e partes da Sudoeste da Agulha Guarischi e Paredão Eldorado. (Clique aqui para mais detalhes).

Arrumar parceiro para essa via é a coisa mais simples... Na verdade, já estou devendo a guiada lá a um monte de gente!!! E foi em uma das reuniões sociais do clube que fechei com a Stephanie. Marcamos cedo. Apesar da temperatura agradável que vinha fazendo, diferente do calor dos meses anteriores, não queria ter problemas com o sol. Pedi autorização para entrar antes da abertura do Parque e, por volta das 07:15, entramos na trilha.
Acho que levamos algo em torno de 30 minutos para chegar à base da via. Lá nos equipamos e comecei a guiar. Costurei aquele grampo colocado recentemente e fui direto para o segundo, deixando o antigo de fora. Entre esses grampos está o lance o melhor e mais chato da via. E como pode ser chato e bom ao mesmo tempo? Só que escalada entende... Passado esse lance, segui escalando.
Mais alguns grampos costurados e estava na primeira parada... Aquele confortável platô. A Stephanie veio logo em seguida e iniciei a segunda enfiada. Aquela variante que proporciona menos arrasto na corda é bem legal... Segui subindo e parei no grampo abaixo do bico de pedra. A Stephanie escalou e pedi para ela parar no grampo de baixo, assim já saía com um grampo costurado.
A próxima enfiada, na minha opinião, é a mais bonita da via. Fui bem colado na aresta, onde rende um belo visual. Escalei bem devagar, só para curtir a vista. O sol já estava saindo e fica na direção da cara. Ainda bem que os lances são tranquilos. Montei a parada numa pequena árvore, naquela matinha do “pescoço da tartaruga”. Dali, dei segurança para a Stephanie, que chegou logo em seguida. Pegamos o equipamento e fomos para a base da próxima enfiada, onde bebemos água e comemos alguma coisa.
Recebi a ligação do Formiga, achando que eu estava na Emil Mesquista. Falei pra ele que estava na Agulha Guarischi e que em breve ele iria me ver. Quem estava na Emil Mesquita, era o Tauan e o Roberto. Primeiro achei que ele estava na cordada da Novos Horizontes, mas depois ao encontra-lo, me disse que estava na Chang Wei. Foi muito bom saber que o Formiga estava de volta as escaladas, depois do acidente que teve nas Torres de Bonsucesso, onde um bloco se soltou, enquanto escalada, o que ocasionou uma fratura exposta no braço, tendo levado 14 horas para efetuar a descida... Tenso!!!! Esse encontro, mesmo que a distância, resultou nessa foto aí...
Estávamos seguindo bem. Terminaríamos rápido a via. Segui escalando até a próxima parada, em um confortável platô, onde montei a parada. O dia estava bem agradável. Perfeito para escalar. Fui para a próxima e passei por aquelas veias de pedra. Formações muito bonitas. Montei a parada no grampo abaixo de uma dupla que tem a esquerda e a Stephanie veio.
Na parada, perguntei se a Stephanie gostaria de guiar esse último lance. Dei uma força e ela teve o prazer de chegar ao cume sem ninguém por perto! Existem lugares que trazem paz... Mas ali, é muito mais que isso. Sentir o vento batendo em seu rosto... O sol esquentando o seu corpo... E toda aquela vista que temos... Bom, podem até achar besteira passar por tudo o que passamos para chegar ao cume... Mas só quem esteve lá, poderá entender o que estou falando!
Ainda batemos algumas fotos antes de enfrentar os inúmeros rapéis...

Está decretada a abertura da temporada! Mais uma missão cumprida.