Fomos para mais uma aula de Curso Básico de Escalada. A aula
de hoje era via com rapel e optamos por fazer no Campo Escola Ary Carlos.
Marcamos cedo no posto da subida da Serrinha, eram 6h 30min. Ninguém se atrasou
e isso foi uma constante para essa turma. Chegando cedo, tudo fica mais fácil.
Estávamos numa onda de calor muito forte, estar na parede as 11 horas não seria
uma boa ideia. Dali, seguimos de carro até estacionarmos e caminhar até à base
das vias.
As cordadas foram divididas para que ninguém repetisse guia
e os alunos tivessem a possibilidade de escalar com diversos guias diferentes.
Depois da divisão, a minha cordada ficou com a Débora e o Vítor e faríamos a
Golpe do Cartão. Já na base, algum inseto picou a Débora, que desenvolveu uma
alergia. Arrumamos um anti alérgico e fui buscar próximo a base da via CNM 15.
Com tudo arrumado, iniciamos a escalada.
Segui à frente, já passando algumas dicas e rapidamente
passei do crux e mais acima, montei a primeira parada. A Débora veio em
seguida, escalando bem, chegando à parada sem problemas. Nossa preocupação era
ela não se sentir bem, mas foi tranquila. O Vítor também chegou rápido.
Repassamos alguns procedimentos e seguimos para a segunda enviada.
Saí guiando e já comecei a sentir o sol esquentando.
Aproveitei para acelerar no trecho fácil e rapidamente cheguei ao final da via.
Montei a parada e dessa vez, o Vítor veio em segundo. Subiu sem problemas e
logo estava na parada. A Débora também subiu rápido. Já na parada, descansamos
um pouco e preparamos tudo para os rapéis. Dali, conseguíamos ver duas cordadas
na Via Recuperação. Acenamos de longe, fazendo algumas fotos.
O sol estava esquentando, era hora de descer. Utilizamos
apenas uma corda para fazer os rapéis, assim teríamos como treinar os
procedimentos, rapelando de 30 em 30 metros, aproximadamente. Descemos sem
problemas e logo estávamos na base da via. Arrumamos tudo e ficamos aguardando
as outras cordadas. O calor foi apertando, mas já estávamos na sombra.
Foi uma manhã quente, mas tranquila. Uma manhã de grandes
aprendizados!
Dia: 11/11/2023
Local: Tibau
Participantes: Leandro do Carmo e Diversos
Relato
Manhã de forte calor. Era dia de voltar ao Tibau para
continuar as conquistas que tinha por lá. Chegamos cedo e aproveitei para dar
uma explorada com o Luis e leva-lo nos projetos antigos que havia iniciado com
o Ary. Deixamos as pesadas mochilas na base e iniciamos a caminhada, reabrindo o
caminho. Seguimos até a extrema esquerda, de quem olha para a parede.
Demos continuidade ao projeto que havia iniciado com o Ary e
o Ivison, onde tem a grande jaqueira caída. O Zé Gabriel aproveitou a corda
fixa que deixaram lá na última investida e subiu, colocando algumas chapeletas.
Nem acreditei que ele estava conseguindo ficar lá naquele sol forte, já estava
difícil para mim na sombra... Por volta das 11h 30min, depois que o Zé Gabriel
desceu, nem quis continuar. Aproveitei para arrumar as coisas e ir embora. O
pessoal ainda ficou por lá.
Dia: 04/11/2023
Local: Charitas
Participantes: Leandro do Carmo
Relato
Um dia de aprendizado. Poucos gostam, mas superar as
adversidades num ambiente relativamente controlado é importante para não ser
pego de surpresa. O tempo ao longo da semana não estava muito bom e sabia que
iria piorar no sábado, com a entrada de uma frente fria ao longo da manhã.
Previsão de entrar um vento sudoeste. Acordei cedo, já com uma garoa fina e
segui para Charitas.
Não chovia em Charitas, mas o vento já estava forte. Coloquei
o caiaque na água e comecei a remar. Rumei em direção à Praia do Morcego, com o
vento batendo na lateral esquerda do caiaque com força. Não estava fácil remar,
principalmente nas rajadas. Já próximo de Jurujuba, o vento aumentou e só foi
diminuir quando entrei no quebramar da praia do Morcego. Ali, estava mais
abrigado do vento. Fiquei lá durante um tempo. O vento amainou e aproveitei
para seguir caminho de volta.
Mais a frente, o vento voltou a apertar e foi duro chegar ao
lado do catamarã. Uma boa remada em condições desfavoráveis.
Dia: 28/10/2023
Local: Morro das Andorinhas / Itaipu
Participantes: Leandro do Carmo e Diversos
Relato
Mais um dia de atividade da Julietti. Era do Projeto Ecotur
Sem Barreiras, um projeto da Neltur, em parceria com o Clube Niteroiense de
Montanhismo.
Chegamos cedo na entrada da trilha, onde aguardamos o PCD. Aos
poucos todos foram chegado e logo estávamos prontos, já subindo o trecho
inicial, que por sinal é bem íngreme e requer um pouco de força. Devagar
vencemos esse primeiro trecho. A partir daí, a subida perde um pouco de
inclinação, mas em alguns pontos, também fica difícil, pois além do aumento da inclinação,
tem o piso que, por conta da terra e cascalho, fica bem escorregadio.
Fomos subindo e logo passamos pelo pórtico e mais alguns
minutos, passávamos da entrada para o Mirante de Itaipú, que deixamos para
conhecer na volta. Seguimos direto para o Mirante de Itacoatiara, que sem
dúvida, é uma das vistas mais bonitas de Niterói. Ficamos ali durante um bom
tempo e de lá seguimos para a nossa próxima parada.
O dia estava bem quente, mas corria uma leve brisa que
ajudava. Voltamos andando e entramos no caminho para o mirante, onde fizemos
mais uma parada. Aproveitei para fazer um lanche e contemplar a vista
fantástica.
Era hora de ir embora... A volta foi tranquila, bem mais
fácil que ida, pois foi só descida. Já ao final, com o dever cumprido,
finalizamos mais um grande dia. Uma enorme satisfação de poder ajudar nesse
projeto!
Dia: 23/09/2023
Local: Tibau - Piratininga
Participantes: Leandro do Carmo e Diversos
Relato
Um mês após continuar uma conquista no Tibau, estava lá de volta. Agora já com mais vias conquistadas e setor batizado. Era hora de
conferir o acesso, vias e graduações.
Era uma atividade do Clube Niteroiense de Montanhismo, que
abri em conjunto com o Luis Avelar. Dia de calor, mas como nessa época do ano
fica sombra na base e em parte das vias, nos encontramos as 12h, já próximos à
entrada da trilha. Estacionamos os carros e seguimos pela rua, virando à
direita e subindo uma estradinha de chão, até entrar no caminho das jaqueiras.
Subimos por ela até o final, onde dobramos à direita, pegando a picada que nos
leva até a base das vias.
Demos uma conferida nas opções e nas novidades e acabei
fazendo cordada com o Higor. Como são vias curtas, tínhamos a opção de fazer
várias. Iniciamos pela Segue o Velhinho e depois fizemos a Speedrun, todas com
o crux em IV grau. As vias seguem bem constantes e bem protegidas. O visual é
fantástico. Saímos dali e fomos para a Metamorfose, com uma saída forte e bem
vertical, com um crux de VI. Olhando o lado esquerdo da base, parece que há
vários cristais, mas chegando bem perto, nota-se que são uma espécie de teia,
bem interessante. A via é dura, porém curta. É uma saída com pequenas agarras,
onde domina-se um batente acima. Poucas passadas para passar o crux.
Depois, emendamos na Velório de Urubu, que fica à esquerda
da Metamorfose, subindo por um trecho curto, porém instável. A via tem uma
saída leve, entre a vegetação e logo acima, tem um degrau que é facilmente
vencido. Dali, pega-se o crux numa passada para a esquerda e segue até a dupla,
onde dá para montar o rapel.
O calor estava forte e fui para a última via, a Inonimável.
Um 3º grau bem tranquilo, à esquerda da Segue o Velhinho. Subi rápido, sem
muitos problemas e ainda pude acompanhar as outras cordadas de perto. O Luis
aproveitou para fazer algumas imagens com o drone. Já na base, resolvi ir
embora, ainda estava bem quente. Alguns ficaram e escalaram um pouco mais. Uma
excelente tarde nesse novo setor que tem um potencial incrível!
Participantes: Leandro do Carmo, Mariana Abunahman, Ricardo Barros, Simone
Oliveira, Juliana, Angelo Verdan, Waldino, Diego, Carla Rosa e Márcio Mafra
Vídeo da Travessia Espraiado x Tomascar
Vídeo de Drone da Travessia Espraiado x Tomascar
Relato da Travessia Espraiado x Tomascar
Estava de volta à Travessia mais clássica de Maricá: A
Travessia Espraiado x Tomascar! Com um percurso de aproximadamente 8 km, a
travessia corta córregos, matas, áreas abertas e temos uma vista fantástica de
parte do litoral do município. Para fechar com chave de ouro, temos a opção de
almoçar no concorrido Restaurante da Marilene, com uma excelente comida
caseira, feita no fogão a lenha. Em todas as vezes que fiz a travessia, voltei
para o Espraiado, pois a logística ficaria muito pesada, caso optássemos por
voltar por Tanguá ou Rio Bonito.
Era uma aula do Curso Básico de Montanhismo do CNM e
faríamos novamente um bate e volta. Combinamos de nos encontrar as 08h30min lá
no Espraiado, em frente à sede das Unidades de Conservação. Chegamos cedo e de
lá seguimos para a cachoeira da represa. Os bares estavam fechados e foi fácil
conseguir um bom local para estacionar. Hoje, o local está pavimentado,
seguindo com paralelepípedo até o local onde ficava um portão. Arrumamo-nos e
iniciamos a caminhada.
Seguimos estradinha e logo cruzamos o primeiro córrego. A
estradinha segue bem abrigada, mas a essa hora da manhã, não seria um problema
pegar um sol. Mais acima, viramos à esquerda, saindo da estradinha. Cruzamos o
córrego novamente e iniciamos a subida, que fica próximo a uma casa. O trecho
inicial é bem complicado, devido ao alto estágio de erosão causado pela
passagem de motos. Inclusive, esse é um problema grande da região. Continuando
a subida, comecei a ouvir um barulho de moto bem ao fundo. Em pouco tempo, eles
estavam passando por nós.
Passamos a última porteira e mais acima, ficamos à direita
numa bifurcação, onde começa uma área aberta. Na volta, viríamos pelo caminho
de baixo. Pegar o caminho da esquerda nos livraria de pegar uma subida, mas a
vista que teríamos lá do mirante do Vale de São Francisco compensaria o esforço
extra. Esse caminho acabou virando o principal. Subi mais rápido para conseguir
filmar com o drone o pessoal chegando. Já próximo ao mirante, vi que tinha um
grande grupo lá em cima. Com todos no local, fizemos alguns exercícios de
orientação, lanchamos e seguimos descendo.
Tomascar estava bem ao fundo. Visível graças a igreja,
próxima ao restaurante da Marilene. Dali, pegaríamos uma descida mais forte e
seguiríamos pela estradinha até ao nosso destino. O grupo grande saiu à frente
e logo os ultrapassamos. Passamos por um trecho bem erodido, com vários
caminhos que se juntavam mais abaixo. Demos uma parada rápida num córrego para
nos refrescar e de lá seguimos andando. Passamos por diversas propriedades com
plantação de laranja. Algumas pareciam abandonadas. Fui lembrando das inúmeras
vezes que havia passado por ali.
Sem perceber, havia chegado à porteira que antecede o vilarejo.
Estávamos a poucos metros do nosso destino. As ruas já estavam cheias de carro.
O restaurante da Marilene é bem frequentado aos finais de semana, sendo o
“point” desde os praticantes de trekking até aos amantes do “off road” e
simplesmente dos que querem desfrutar de um local agradável com boa comida.
Arrumamos uma mesa e nos acomodamos. Cada um foi arrumando
seu prato e fomos contagiados pela boa conversa e o astral de todos, sem
exceção. Depois de um excelente almoço, a preguiça cobrou seu preço. Foram necessários
alguns bons minutos para nos recompormos. Com o avançar da hora, aproveitei
para apresentar conhecer a cachoeira de Tomascar a quem não conhecia e pegamos
o caminho de volta.
Começamos a caminhada bem lentamente e aos poucos fomos
deixando Tomascar para trás. Paramos novamente no córrego, só que agora numa
posição invertida. Uma parada estratégica para vencermos a subida. Não foi
fácil, mas havíamos passado toda a subida da caminhada do dia. Fizemos uma
parada num mirante e de lá percebemos fumaça bem no mirante do alto do Vale do
São Francisco, muito próximo ao ponto onde havíamos passado no início da
caminhada. A preocupação era o fogo se alastrar pela vegetação seca, pois
passaríamos num ponto bem crítico.
Adiantamos a caminhada e ao longo do caminho pude presenciar
um espetáculo promovido por pássaros que voavam e cantavam em meio a uma mata
exuberante. Dali, seguimos descendo e logo estávamos cruzando o córrego e
entrando novamente na estradinha que nos levaria de volta a cachoeira da Represa
do Espraiado.
Participantes: Leandro do Carmo, Marcos Lima Velhinho e Sandro Monteiro
Relato
A Aurora Boreal é uma via nova no Costão de Itacoatiara,
fica ao lado direito da Luiz Arnaud. Na verdade, ela era a via solo Soluços e
Tremedeiras, que agora foi protegida. Resolvi entrar na via e aproveitei que o
Velhinho estava indo com o Sandro e perguntei se poderia ir também. Havia
marcado uma remada cedo com um amigo em Itaipu, mas acabou furando. Ainda bem
que a escalada estava confirmada, senão teria que voltar para casa na
saudade...
Depois de ficar esperando um pouco em Itaipu, pois havia
chegado as 5h 30 min, passei na casa do Velhinho e de lá, seguimos para
Itacoatiara. Deixamos o termo de risco na portaria e seguimos para a praia,
onde iniciamos a subida. Para muitos, a parte mais difícil das escaladas na
região. Como já estou acostumado, não tenho mais problemas. Já na base da via,
nos arrumamos e repassei as cordas.
Comecei guiando essa primeira enfiada. Optei por subir
puxando as duas cordas, um erro. Os trechos da primeira enfiada foram
tranquilos. Ouvi alguns relatos de que havia muita coisa quebrando, mas nem
achei tão ruim assim. A via segue com paradas duplas de 30 em 30 metros, mas
optei por seguir direto para a próxima dupla, segundo erro. O arrasto estava
grande e tive que dar uma esticada a mais na corda para poder chegar à parada.
A enfiada foi bem bacana, com lances mais verticais e um grau constante.
O Velhinho e o Sandro vieram em seguida. Na parada, mudamos
a cordada e seguimos em “i”, assim levaria apenas uma corda. Comecei subindo. A
via seguia com lances bem variados e constantes, diferentemente da Luiz Arnaud
que segue bem fácil na maioria dos lances. Mas segui subindo, parando mais
acima. O Velhinho tocou a última enfiada, seguindo até uma parada antes do cume.
Subi em seguida e fui direto ao cume, onde puxei os dois.
O mês passou rápido e já estávamos na semana de mais uma
regata. Para mim sempre tem alguma coisa nova e dessa vez não seria diferente.
A novidade era que nessa regata teria a participação de várias classes, cada
uma largando num horário. Como sempre, chegamos cedo ao PREVELA para arrumar os
barcos. Na semana anterior, já havia separado todo o material, ficando mais
fácil dessa vez. O dia estava meio nublado fazia um pouco de frio. A previsão
era um vento mais forte para o horário da Regata. Ajustamos tudo tivemos que
fazer alguns ajustes na distribuição das tripulações dos barcos. Com isso, o
João acabou indo com o Pepe e a Alice e o Lucas foram comigo. Programamos nossa
saída para as 11 horas e muito antes disso já estava com tudo pronto.
Aproveitei para fazer um lanche junto com as crianças.
Foi dando a hora e começamos a colocar os barcos na água. O
ventou entrou e conseguimos ir velejando até ao Praia Clube. Foi um velejo
gostoso. Alice foi timoneando até bem próximo. Como não iríamos atracar no
Praia Clube, ficamos dando uns bordos. Foi um espetáculo ver os grandes
veleiros em volta. Uma atmosfera diferente. Fiquei um pouco afastado, mas aos
poucos fui tomando coragem e me aproximei mais. Aos poucos, as largadas das
diferentes classes foram iniciadas. A classe dingue seria a última. O percurso
divulgado para essa regata foi o barla-sota, que consite de duas boias
alinhadas na direção do vento, além de uma boia de largada. A largada ocorre em
uma linha imaginária situada entre a boia de largada e o barco da comissão de
regatas. Cada trecho a ser percorrido entre duas boias é chamado de perna. O
barla-sota possui apenas pernas de contra-vento e de empopado. Eu não entendi
muito bem, então a minha estratégia foi acompanhar os barcos da frente, simples
assim.
Continuei dando uns bordos já perto da linha de largada e
assim que tocou o sinal, a bandeira foi levantada, dando o sinal de 1 minuto.
Foi hora de me preparar. Largamos um pouco atrás e na empopada seguimos. O
vento estava bom e seguimos em direção à primeira boia. Fui pedindo ao Lucas e
a Alice para irem ajudando nas tarefas e na organização do barco. As vezes
sentavam atrás, as vezes um pouco mais a frente, tudo isso para equilibrar o
peso do barco. A primeira boia foi montada e seguimos em direção a próxima.
Seguimos velejando com um vento um pouco mais forte até montar novamente a boia
perto do barco da Comissão de Regata. Dali, voltamos na empopada. Seguimos bem,
até que chegamos a boia e o barco do Pepe ficou atravessado, tive que desviar
um pouco para fora. Fazendo o contorno da boia, um outro barco me atrapalhou e
tive que manobrar para não ser atingido. Isso me fez perder 3 posições na
manobra. O vento havia aumentado e já estava numa direção um pouco diferente.
Cacei bem a retranca e a Alice e o Lucas começaram a ajudar a escorar o barco.
Foi muito bacana a agilidade dos dois.
Num determinado momento, o moitão da escota soltou, pois, a
argola que prendia o pino havia esgarçado. Fui perdendo velocidade e não tinha
muito o que fazer. O Lucas e Alice procuraram a peça no fundo do
barco e não acharam. Enrolei o cabo da escota nos pés e pedi para a Alice ir
timoneando. Finalmente consegui achar a peça e recoloquei o moitão no lugar.
Perdemos mais duas posições. Voltamos a velejar com uma velocidade considerável
e logo cruzamos a linha de chegada. As crianças adoraram a aventura. Dali,
seguimos direto para o PREVELA. Mas não foi fácil voltar. Fomos num contravento
até conseguir chegar à praia. Missão cumprida!
Chegamos cedo ao Prevela e o dia estava bonito, porém sem
vento. Arrumamos os barcos com calma. Como arrumamos tudo bem cedo, nossa ideia
era dar um treino antes, mas nada do vento entrar. Ficamos aguardando durante
um bom tempo e nada. Foi dando a hora e a única solução foi seguir para o Praia
Clube São Francisco rebocados. Enfileiramos os barcos e seguimos até lá.
Atracamos no píer do PCSF e aproveitamos para conferir nossas inscrições. Com
tudo certo ficamos por lá esperando a hora.
Aos poucos, os barcos foram saindo para água. Era o sinal de
que estava dando a hora. Dessa vez, o percurso da regata só seria
disponibilizado um pouco antes da largada e ficaria disponível no barco da
Comissão. Era uma situação diferente. O vento estava bem fraco e não havia
muita perspectiva de melhora. Fiquei dando uns bordos próximo à linha de
largada, na tentativa de largar melhor, um problema que ainda preciso corrigir.
O percurso da regata foi disponibilizado, tínhamos que seguir para uma boia na
altura da virada da Estrada Fróes, e depois para uma, na direção da Praça do
Rádio Amador. Agora era a hora! Assim que tocou o sinal de 1 minuto, tentei dar
um bordo e me aproximar mais ainda, mas não consegui chegar o suficiente,
saindo um pouco atrás. Com o vento fraco foi difícil acompanhar os mais
experientes. Poucos barcos conseguiram.
Com o tempo passando, o vento que era fraco parou de vez.
Foi difícil conseguir montar a primeira boia. Com muito custo contornei e a
volta foi dura. Ficamos quase a deriva. Fui remando com os próprios braços, bem
lentamente, até ser resgatado pelo nosso barco de apoio. No resumo, apenas 8
barcos conseguiram completar o percurso. Devido ao fraco vento, o resultado da
regata da Copa Gilaberte foi excluído do Ranking 2023 da Flotilha Ventania,
pois nenhum barco inscrito no ranking completou a prova. Apesar do vento fraco,
foi um dia de grande aprendizado.
Devido ao vento fraco reinante durante a regata da Copa
Gilaberte, os barcos atualmente inscritos no Ranking 2023 da Flotilha Ventania,
não completaram o percurso dentro do limite de tempo estabelecido no item 13.2
das Instruções de Regata. Para não prejudicar o Ranking, por
determinação da comissão organizadora o resultado da Copa Gilaberte não é mais
valido e não será computado na súmula geral do Ranking 2023. A súmula da Regata Aniversário de PCSF, passará a ser agora
válida para a quarta regata do Ranking.
Essa seria a terceira regata do Ranking . Já estava bem mais
a vontade e aquela sensação de “O que eu faço agora?” foi deixada pra trás. Até
o Lucas e o João já estavam entendendo melhor o funcionamento das coisas. O
João me disse: “Papai, presta atenção na hora da largada”. Até um relógio eu
estava usando dessa vez, pois quando o sinal de 1 minuto para a largada fosse
dado, eu teria mais noção de quanto tempo eu levaria para cruzar a linha de
largada bem posicionado.
Não havia velejado na semana anterior, pois não houve
atividades no Prevela, o que nos fez marcar de nos encontrarmos também no
sábado, com intuito de arrumar os barcos e dar um treino. O que mais eu
precisava era de alguns minutos a mais dentro da água, ou melhor, dentro do
barco. No domingo, dia da regata, chegamos mais tarde ao Prevela, era 10h.
Começamos a montar os barcos e organizar tudo. Ao todo, éramos 5 Dingues na
água. Por volta das 12h 30min saímos velejando em direção ao Praia Clube São
Francisco.
Velejamos empopados com um vento constante e rapidamente
chegamos à entrada do quebra mar do PCSF. Aproveitei para treinar um pouco mais
a largada. Depois de uns 5 bordos, fui para o píer sem aquele medo de 2 meses
atrás. Desembarcamos no clube e aproveitamos para um rápido lanche. Estávamos
com tudo pronto e esperamos somente a hora de ir para a água.
Assim que os veleiros começaram a ir para a água, chamei o
Lucas e o João para que a gente começasse a preparar as coisas. O vento estava
mais forte que nas últimas duas regatas. Porém, o trecho inicial dessa regata,
estaríamos com um vento contra. Essa primeira boia seria mais complicada.
Depois de um tempo na água, escutamos o aviso de 5 minutos e bandeira foi
levantada. Assim que ela descesse, faltaria 1 minuto. Aproveitei para dar uns
bordos e calcular o tempo entre um ponto qualquer e a linha de largada, entre a
torre do PCSF e uma bóia que foi fixada.
Assim que ouvimos o sinal e bandeira desceu, comecei a
marcar o tempo no relógio, não me distanciando muito. E quando faltavam 20
segundos, cambei e fui velejando para a linha de largada. Alguns veleiros já
estavam à frente. Tocou o sinal da largada. Estava um pouco mais atrás, mas foi
bem melhor que das últimas vezes. Não consegui acompanhar o rumo dos que
estavam à frente, mas fui seguindo-os a uma certa distância. A partir de um
certo ponto, optei por seguir diferente. Ou daria certo e ganharia alguma
distância ou continuaria para trás. Fui dando uns bordos no rumo do Naval.
Aproveitei um vento de través, e fui tentando me aproximar
mais do Iate Clube Jurujuba. Os outros veleiros estavam mais próximos da bóia.
Mas percebi que andavam pouco. Logo o vento parou por aqui também. E como ainda
tenho dificuldade com vento fraco, acabei perdendo, novamente, a diferença que
havia tirado. Lentamente, montei a bóia e segui velejando. Optei por um rumo
diferente, na tentativa de tirar alguma distância. Depois que passou a altura
do Morro do Morcego, consegui velejar numa empopada. Os outros barcos se
concentraram bem mais longe que o nosso.
Mais um barco veio na minha cola e seguimos mais paralelos à
praia. Já chegando à bóia em frente à Praia das Flexas, dois barcos já
voltavam, passando por mim. Os outros estavam bem próximos da bóia. Percebi que
tinha tirado uma boa distância, mas não o suficiente. Cruzei a bóia e segui
voltando. O vento havia aumentado um pouco e estava quase num contra vento. Fui
dando uns bordos até estar próximo aos clubes. Já dava para ver a
linha de chegada. Faltava pouco.
Não sabia exatamente a minha colocação, mas
estava melhor do que nas duas regatas anteriores. Mais alguns metros e cruzamos
a linha de chegada, ouvindo o sinal sonoro da organização da regata.
Comemoramos e entramos no canal do quebra-mar do Praia Clube. Atracamos e
ficamos aguardando os outros velejadores chegarem. Perguntei ao Luan, pai do
Lucas, se ele sabia em qual posição havíamos chegado. Ele respondeu que era a
sexta colocação. Nada mal para a terceira regata. Participamos da entrega da
premiação e seguimos velejando de volta até o PREVELA, onde almoçamos e
arrumamos os barcos. Uma melhora significativa com relação às duas últimas
regatas. Seguindo na evolução.