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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Escalada no Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 26/08/2025
Local: Jurujuba - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Marcos Lima



Relato

Depois da frustração com a tentativa de conquista, decidimos mudar os planos e encarar aquele projeto que já tínhamos visto de longe. De baixo, dava para ver as marcas de furo subindo bem alto. E a lógica era simples: se tem furo, tem proteção; se tem proteção, dá para escalar. Bom... até deu para escalar, mas o Velhinho penou um pouco. Bora para mais essa história.

Mais uma vez, consegui — com muito esforço e um pouco de heroísmo — convencer o Velhinho a entrar na via. A gente nem sabia onde ela terminava (ou se terminava), só sabíamos onde começava. Combinamos cedo: 7h40. Caminhamos até a base e vimos que o Leandro Conrado e a Bárbara já estavam na Mari do Metrô. Seguimos para a nossa linha e o Velhinho começou a guiar. Logo percebemos que nem todos os furos tinham grampos. Parece que o conquistador só deixou os furos prontos.

A via seguiu bem interessante, cruzando perto da Moby Dick na altura da terceira cordada. Foi aí que os grampos simplesmente acabaram, e o Velhinho teve que migrar para a Moby Dick para continuarmos subindo. Enquanto isso, Leandro e Bárbara já estavam no crux da Mari do Metrô. Como eu nunca tinha feito essa via, aproveitei e terminei por lá também.

Cheguei até a base do último lance, estilo boulder. Me posicionei, mandei o movimento — bem legal, por sinal — e montei a parada lá em cima. Dei segurança para o Velhinho, que chegou logo depois. Dali, foi só descer e seguir para o carro.


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Conquista no Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 22/08/2025
Local: Jurujuba - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Blanco P. Blanco e Marcos Lima



Relato

Quando escalei a via Moby Dick com o Ziki, há uns dias, tive certeza que daria para conquistar uma linha que fica à direita da Moby Dick. Inclusive, essa era uma linha que havia visto pela primeira vez que fui ao Morro do Morcego de caiaque (PitBull Aventura: Remada na Praia de Adão e Eva - Jurujuba, Niterói), lá em 2012, junto com meu irmão Leonardo Carmo e o Guilherme Belém. Decidido que iria conquistar a via, convidei o Velhinho para ir comigo. Foi difícil convencê-lo, mas deu certo. Chamamos o Blanco também. Combinamos às 14h em Jurujuba.

Estacionei o carro e o Velhinho chegou logo em seguida. Seguimos para a base. Passamos pela base da Moby Dick assim que cheguei próximo ao mar, já deu para ver as marcas de furo na rocha. Quando cheguei mais perto, já dava para ver alguns grampos. Não era possível que alguém conquistou ali nesse meio tempo, depois de tantos anos! Achamos até engraçado e ficou um olhando para a cara do outro, coisa do tipo: E agora? O que vamos fazer? Olhando de baixo, dava para ver o projeto ia bem alto.

Ficamos ali durante um tempo tentando entender e voltamos até o gramado onde nos sentamos e ficamos pensando no que fazer. Aí surgiu a ideia de continuar um projeto antigo do Leandro Pestana. O Velhinho fez contato com ele, que ficou de responder, pois estava numa reunião no momento. Certo de que não daria tempo, entramos em contato com Blanco que estava a caminho. Assim que o Blanco chegou ficamos ali conversando, até que o Pestana ligou para o Velhinho e autorizou que a gente continuasse a conquista. Já estávamos achando que voltaríamos para casa sem ter feito nada e agora a esperança voltou.

Nos arrumamos e comecei a subir. Costurei o primeiro grampo, e subi mais um pouco. O segundo grampo já está bem oxidado e ficou num local com bastante vegetação. Passei por uma laca e mais acima costurei o terceiro. Segui subindo e achava que não tinha mais proteção, até que encontrei quarto grampo. Dali para cima não via mais nada. Montei a parada ali e o Blanco e o Velhinho subiram.

Daríamos continuidade a conquista a partir daquele ponto. A parede é bem suja, toda ela coberta por uma crosta preta, mas sai facilmente. Fui subindo e achei um bom local para colocar a primeira proteção. Comecei a furar e percebi alguma coisa diferente. Parecia que a furadeira estava meio fraca. Mas fazia um bom tempo que não conquistava, achei que eu é que tivesse esquecido como eram as coisas. Terminei de furar e limpei o furo. Ao começar a bater o parabolt, percebi que ele entrou com um pouco de dificuldade e tive que bater com um pouco mais de força que o normal. Apertei a porca, costurei e comecei a subir novamente. Subi com mais cuidado, pois havia passado por um trecho mais íngreme. Já estava numa distância boa da última proteção e resolvi colocar mais uma chapeleta. Me posicionei bem e comecei a furar. Novamente, fiz o furo com dificuldade. Só que agora, na hora de bater o parabolt e ele não entrava de jeito nenhum. Vi que a jaqueta do parabolt estava arrebentada. Ele entrou tão pressionado que apertei um pouco a porca, costurei e continuei a conquista.

Mas antes de subir, troquei a bateria da furadeira. Subi e passei por mais alguns lances mais verticais e dei uma esticada boa e parei num bom loca que havia visto lá de baixo. Comecei a furar e senti um baque. Forcei mais e vi que não saía mais pó. Quando saquei a furadeira, vi que a ponta da broca estava quebrada. A sorte é que eu estava numa posição bem confortável. Procurei a broca na bolsa e lembrei que havia deixado na mochila. Não tinha jeito, era desescalar. E tinha que ser um bom pedaço.

Fui descendo devagar e para ser sincero, achei até mais fácil descer do que subir. Pelo menos as agarras já estavam limpas. Quando cheguei na chapeleta que ficou mal colocada, me desencordei e passeia a corda por ela, descendo de baldinho, mas sem fazer muito peso. Logo estava na parada novamente. Montamos o rapel e seguimos até a base. Fui logo procurar a broca e ela estava mesmo na mochila.

Definitivamente hoje não era o dia! Começou ruim, melhorou e voltou a piorar! Mas faz parte, nem tudo acontece como previsto. Arrumamos tudo e ficamos de voltar algum outro dia para dar continuidade a conquista. 



Conquista Morro do Morcego
Marcas dos furos do projeto à direita da Moby

Conquista Morro do Morcego
Visão geral do possível linha

Conquista Morro do Morcego
Blanco, Velhinho e eu esperando o Velhinho conversar com o Pestana

Conquista Morro do Morcego
Praia 


Conquista Morro do Morcego
Leandro costurando o primeiro grampo


Conquista Morro do Morcego
Leandro passando pela laca

Conquista Morro do Morcego
Leandro parado no quarto grampo

Conquista Morro do Morcego

Conquista Morro do Morcego
Leandro no alto

Conquista Morro do Morcego
Leandro se preparando para colocar a primeira chapa

Conquista Morro do Morcego
Parindo para o terceiro grampo

Conquista Morro do Morcego
Leandro próximo de onde teve que desescalar

Conquista Morro do Morcego
Leandro desescalando

Conquista Morro do Morcego
Leandro próximo de chegar a chapa, já desescalando




quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Conquista da Via Verdana Grill - Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 21/08/2025
Local: Jurujuba - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e Jorge Pereira


Havíamos ido no dia anterior fazer uma exploração e hoje voltamos para conquistar a via. Eu não estava com a perna muito boa e preferi não forçar. Levei uma corda e fiquei na base dando segurança para o Luis enquanto ele subia, já testando os lances na qual o Jorge foi conquistando. Nem fiquei até o final. Mais uma via no Morro do Morcego. Ela fica exatamente na linha do rapel, virada para face Sudoeste. do Morcego.





















quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Exploração no Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 20/08/2025
Local: Jurujuba - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e Jorge Pereira

Fomos ao Morro do Morcego dar uma explorada no potencial. Achamos uma sequencia de grampos que, aparentemente, contorna a borda da esquerda da pedreira. Vi um grampo novo que não deve ter sido batido há muito tempo. Dali continuamos subindo e passamos pelo projeto da Renata e Letícia. Passamos pelas bases da Paredão Sangue Bão e Visão Oposta e Bat Caverna, até chegar a uma linha na qual o Luis havia visto há um tempo. Deixamos combinado de voltar amanhã para começar a conquista. Na volta, paramos e conversamos o pessoal do voluntariado que faz um excelente trabalho de supressão do capim colonião e reflorestamento na área sudoeste do Morcego.















sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Via Moby Dick - Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 16/08/2025
Local: Morro do Morcego - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ezequiel "Ziki"

Via Moby Dick



Vídeo da Escalada na Moby Dick



Relato da Escalada na via Moby Dick

Eu e o Ziki já estávamos há algum tempo tentando marcar uma escalada. Havíamos tentado há alguns dias, mas choveu e não conseguimos escalar. Era uma sexta-feira quando recebi uma mensagem do Ziki, perguntando se eu poderia escalar no sábado. Topei, e marcamos de fazer a Moby Dick, pois era uma via que ele havia feito há aproximadamente 20 anos. Eu também já havia ido à Moby Dick há bastante tempo. Inclusive, cheguei à base contornando o Morro do Morcego a partir da praia de Adão, pois era dificílimo acessar pela Guarderya. Agora, como a prefeitura desapropriou a área e a transformou em uma Unidade de Conservação, não precisaríamos repetir essa epopeia! Combinamos de nos encontrar no sábado, às 7 horas, em frente à igrejinha de Jurujuba.

Cheguei cedo, e o Ziki já estava lá me esperando. Dali, seguimos para a base da via. Lá, nos arrumamos e perguntei se ele queria guiar. Ele disse que não, pois já fazia muito tempo que havia escalado essa via. Eu também. Não lembrava dos detalhes da via, mas sabia a linha que ela seguia — bem diferente de quando fui pela primeira vez. Saí para a primeira enfiada e subi rápido. Joguei para baixo a boca de um pequeno balão que estava preso entre uns cactos. Subi mais um pouco e montei a parada, já com quase 60 metros de via. O Ziki subiu em seguida. Saí para a segunda enfiada, contornei um grande platô de vegetação, pulei algumas proteções para diminuir o arrasto e parei na próxima dupla de grampos que encontrei.

Já não tinha mais contato visual com o Ziki, mas ele conseguia me ouvir bem. Gritei para ele subir. Novamente, ele subiu rápido. Nesse ritmo, acabaríamos bem cedo. A terceira enfiada foi um pouco mais difícil que as anteriores. Parei num grampo simples, e o Ziki chegou em seguida. Dali, optei por seguir direto até o cume.

Saí para a nossa quarta enfiada. Subi um pouco, passei por uma dupla e segui em diagonal para a esquerda, até a base da sequência do crux. Lembro que não havia guiado esse trecho antes, e agora estaria comigo. Já saí protegido e subi um pouco, costurando o próximo grampo. Fiz mais um lance, ganhando altura, e optei por não ir ao grampo que estava à esquerda, pois ele havia ficado um pouco baixo e fora da linha que eu estava seguindo. Achei que daria mais trabalho ir até lá do que seguir direto para o próximo. Então, continuei subindo, mesmo deixando o lance mais exposto. Subi, costurei o próximo grampo e montei a parada na última proteção da via.

O Ziki subiu em seguida, fez o crux e chegou até mim. Avisei que já estávamos próximos do fim e que faltava apenas um trechinho acima. Então, ele resolveu seguir direto. Subiu, fez o último lance e montou a segurança numa pequena árvore. Subi em seguida e, dali, fui direto ao cume. Lá, fizemos algumas fotos, assinamos o livro de cume e pegamos o caminho de volta pela trilha do Morro do Morcego. Fizemos a via em um bom tempo.

Aproveitei para conhecer a área de reflorestamento e manejo do capim colonião, que está sendo executada pelo voluntariado. Um excelente e duro trabalho. Dessa vez, não foi uma escalada no estilo aventura, como da última vez, mas valeu demais a volta ao Morro do Morcego!


Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick


sábado, 12 de julho de 2014

Escalada em Niterói - Morro do Morcego e Jurujuba

Por Leandro do Carmo

Piratininga


Escalada em Niterói - Morro do Morcego e Jurujuba

Escalada no Morro do Morcego
Na ponta do Bairro Jurujuba, do cume do Morro do Morcego se tem uma vista privilegiada da Fortaleza de Santa Cruz, entrada da Baía de Guanabara, Charitas, Icaraí, Mac, Ponte Rio-Niterói, Aterro do Flamengo, Pão-de-Açúcar, etc. É alvo constante da especulação imobiliária, o que tornaria esse paraíso ainda mais inacessível!!! O lugar é fantástico. Possui 4 vias tradicionais e 1 projeto, além de 3 esportivas. Tem algumas pequenas chaminés que dão um bom treino. O cume do Morro do Morcego pode ser acessado também por caminhada.

Localização



Face Norte do Morro do Morcego

Para se acessar a face norte pode-se costear o morro, a partir da praia de Adão. É uma caminhada chata. Pode-se chegar por mar, mas o desembarque só se dá com o mar calmo. Já tentei desembarcar na praia do Morcego, mas como é propriedade particular, tive que ir embora. Na época da conquista da Moby Dick, todo o acesso foi feito por um sítio no final de Jurujuba, perto da Igreja, porém algum tempo depois, o Leandro Pestana, antigo presidente do CNM, teve o acesso negado, fica aí a dúvida...

Segue o acesso até a face norte, feita por caminhada
Linha vermelha: Acesso à Face norte
Linha verde: Caminhada de volta, após o rapel


Escalada no Morro do Morcego
Editado por Claudney Neves























Linha das vias da Face Norte do Morro do Morcego

Escalada no Morro do Morcego


Vias da Face Norte do Morro do Morcego


Projeto do Leandro Pestana

Mari do Metrô - 3º IV E2 D1 --------- + RELATO DA CONQUISTA  + CROQUI

Paredão Juratan Câmara - 3º IVsup E1/E2 D1

Moby Dick - 3º  IV E1 D1 --------- + RELATO  + CROQUI  +VÍDEO

Projeto não identificado

Morcego Nervoso - 3º IV (A2/VI) E3/E4 D1 -------- +  CROQUI


Face Sul do Morro do Morcego


Para acessar a Face Sul, pode-se passar por uma casa, a última da direita de quem vai para as praias de Adão e Eva, caso o morador permita a entrada, ou seguir um vara mato a partir da praia de Adão. Seguindo pela casa, pegar a rua de chão (as vezes o caminho está tomado por mato) até um ponto onde tem uns eucaliptos, dali seguir para a esquerda, costeando uma ruína de um muro, nunca o ultrapasse. Assim você chegará na rocha (nesse ponto costuma ter muito mato também). Moradores do local falam de abelhas, mas em todas as vezes que fui, não as encontramos, ou melhor, elas não nos encontraram! Segue o tracklog para acessar a base.

Linha das vias da Face Sul do Morro do Morcego

Escalada no Morro do Morcego

Vias da Face Sul do Morro do Morcego

Verdana Grill

Cristais em Colapso - VIsup E2 - Esportiva

Olho Grande - Vsup E2 - Esportiva

Via não identificada - Projeto iniciado pelo Curso de Guias do CEB

Bat Caverna 4° V+ E2 D1 60m 

Paredão Sangue Bão - 3º V E2 D1 ------- + CROQUI   + RELATO  + VÍDEO

Visão Oposta - 3º IV E2 D1 ------- + CROQUI + RELATO + Vídeo



Setor das Praias


Via Aposentado e de Folga - V E1 30m --------- + Croqui / Relato / Vídeo

Conquistadores: Leandro do Carmo e Marcos Lima - 2019

Seguindo em direção  à Fortaleza de Santa Cruz, a via fica bem em frente à descida da praia de Adão. Os grampos são bem visíveis. É uma via curta com o crux bem na saída, entre o primeiro e o segundo grampo. A partir daí, segue bem tranquila até uma parada dupla. Não é tão alto, mas o visual é fantástico.

Acesso Negado - VIIa (top rope)
Conquistadores: Leandro Pestana

O nome da via deve-se ao fato que durante uma conquista no Morro do Morcego, o Leandro Pestana foi proibido de entrar para terminar a conquista e acabou indo até praia e conquistou essa via.

Chaminé Saí Ralado - V ------ + CROQUI / Relato da Conquista
Conquistadores: Leandro do Carmo e Guilherme Belém - 2013

Não é uma chaminé com paredes paralelas, ela é em formato de V. O começo é um pouco alto, sendo difícil a saída. Tem uma agarra alta e para vencer o lance, tendo que usar o braço, pois fica sem apoio para os pés. Muitas agarras quebrando. Tem um dupla de grampos para rapelar até a base, caso esteja em maré alta.


Setor Morro dos Macacos

Localização

Exibir mapa ampliado

Via

Chaminé do Forte - 4º V A2 E3 D3 ------- + CROQUI

terça-feira, 8 de julho de 2014

Escalada na Via Moby Dick no estilo Aventura!

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Moby Dick no estilo Aventura!

Local: Morro do Morcego - Jurujuba - Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Claudney Neves

Via Moby Dick
Via Moby Dick – 3º IV E1 D1 205 metros

Material necessário: 7 costuras e corda de 50m

Acesso: Pode ser acessado de duas maneiras: Uma, por um sítio, no final da praia de Jurujuba, no ponto final do ônibus 33, próximo a Igreja, mas essa é uma opção que não tentamos, pois há um tempo atrás, um amigo meu teve problemas com o acesso por ali;  a outra, é contornando o morro do Morcego, a partir da praia de Adão, seguindo pelo costão.

Dicas: A via é bem tranquila e bem protegida, porém muito suja em alguns trechos, mas nada que prejudique. Na caminhada, em alguns pontos, tem que abrir caminho no capim, principalmente num platô na Face Norte, mais ou menos no ponto da via Morcego Nervoso.

Acesso à base:
Via Moby Dick
Linha Vermelha: Acesso à base / Linha Verde: Caminho de volta após o rapel








 

Vídeo


Relato


Agora foi!!! 

Via Moby Dick
Na primeira vez que marcamos o tempo não ajudou, mas agora deu tudo certo. Depois de aproximadamente 3 horas, estávamos terminando o rapel na face sul. Tínhamos cumprido nosso objetivo. A via Moby Dick, no Morro do Morcego, em Jurujuba, sempre me despertou curiosidade. Na verdade, qualquer via que eu não tenha nenhuma informação me desperta curiosidade! Já havia feito duas vias lá, mas na face sul, a Paredão Sangue “Bão” e Visão Oposta. Já havia, também ido até a base dela, porém, remando. E essa era a minha idéia dessa vez, mas a logística não seria uma das tarefas mais fáceis! Acabamos ficando com a mais simples: vamos seguir caminhando pelo costão até chegar a base e ponto! Poderíamos pedir autorização a uma residência no final de Jurujuba, mas por algumas pessoas terem tido problemas lá, preferi ficar com a possibilidade de chegarmos por um caminho que não dependesse da boa vontade de ninguém.

Via Moby Dick
Ah, já tinha até esquecido de falar que o meu companheiro de aventura, seria o Claudney, do Clube Excursionista Light. Trocamos vários e-mails sobre a via e tínhamos um objetivo em comum: escalar e conhecer a via Moby Dick. Tínhamos poucas informações. O Claudney me passou um relatório do conquistador, o Theotônio da Silva, que na verdade não tinha muitos detalhes, além de um esboço do croqui, mas, também, sem muita informação. Eu sabia onde era a base e tinha a teoria de que dava para chegar passando por cima de um grande platô com vegetação. Mas para saber se a teoria iria funcionar na prática, tínhamos que ir conferir pessoalmente. Essa era única maneira.

Marcamos dia 07/06, sábado, às 07:30, em frente a Igreja de Jurujuba. Fomos pontuais e nos dirigimos à praia de Adão, onde começaríamos nossa caminhada. Uma foto para registrar o momento e seguimos. Caminhamos pela areia e começamos a subir. Fomos contornando o pequeno costão e passamos por alguns pescadores. Em alguns pontos a pedra estava úmida, o que nos fez redobrar a atenção. Continuamos caminhando e logo pegamos nosso primeiro capinzal. Felizmente curto, mas já dava para sentir o que
Via Moby Dick
encontraríamos pela frente. Contornamos uma grande fenda, próximo ao mar e seguimos caminho por uma enseada. Havia bastante lixo trazido pela maré, e também, muita coisa deixada, provavelmente, por pescadores que frequentam o local. Mais adiante, vi que o costão ficava bem vertical, impossível de passar. Porém, havia uma saída para uma pequena trilha, de início bem óbvio. Seguimos por ela e passamos por cima dessa parte vertical, até chegarmos novamente num costão, onde deu para caminhar tranquilamente.

Andamos mais um pouco e já dava para imaginar que para acessar o cume do Morcego, deveríamos começar a subir, mas esse não era nosso objetivo, pelo menos por esse caminho. Seguimos em frente. Já estávamos entrando na face norte e fomos em uma diagonal para cima, com o intuito de contornar o grande platô. Seguimos tranquilos e passamos por um ponto, onde provavelmente começaria a via Morcego Nervoso. Dali para frente era um incógnita, mas meu instinto me dizia que estávamos indo no caminho certo.

Via Moby Dick
Por enquanto, dava para caminhar no costão, mas alguns metros à frente, não seria assim tão fácil. Cogitei até continuar no costão, mas estava tão sujo, que ficaria até perigoso. Na pior parte, o Claudney abriu o capim, fazendo praticamente um túnel. Ainda o ouvi dizer que “não estava tão ruim assim”... Acho que era para levantar a moral!!! Quando cheguei no final, percebi que realmente, não estava tão ruim assim e que o pior já havia passado. Descemos um pouco chegamos no ponto onde eu havia chegado de caiaque. Mais alguns metros e estávamos na base. Primeira parte da missão foi cumprida!

Na base, dava para ver pelo menos uns 4 ou cinco grampos. Combinamos que iríamos revezar a guiada. Nos equipamos e o Claudney guiou até a primeira parada. A via nesse começo está bem suja, assim como, no meio e no final, resumindo: toda suja! Mas os lances são bem tranquilos e rapidamente também cheguei na parada. Como já estava com as costuras, peguei mas algumas e parti para a segunda enfiada. Subi rápido e fui à esquerda de um grande platô com vegetação. Quando já estava acima do platô, não via mais o próximo grampo, olhava para um lado e para o outro e nada. Tinha certeza de que a via seguia para a esquerda, mas nem sempre o óbvio é o caminho! (depois eu fui entender o porquê dela não ir pela esquerda...) Sem querer olhei e vi o grampo bem a direita, um pouquinho acima do platô e abaixo de mim. Segui para lá, o costurei e fui subindo numa diagonal até chegar na parada dupla. Ainda bem que era dupla! Esses grampos não estavam muito bem batidos...

Via Moby Dick
Lá montei a parada e o Claudney veio escalando e de vez em quando parava para atualizar o esboço do croqui que fazia. Na parada, passei o resto do equipamento que estava comigo e ele seguiu guiando a via. Fez uma enfiada mais curta, até a próxima parada dupla, uns trinta metros. Subi rápido e me juntei a ele. Atualizamos o croqui. A via seguia sempre bem protegida, um ou outro lance com os grampos um pouco mais espaçados, mas bem tranquila. A vista dali era fantástica. O tempo estava ajudando, o sol típico de inverno não era forte, mas o suficiente para deixar o as condições extremamente agradáveis.

Comecei a guiar a próxima enfiada, um pouco mais forte que as anteriores, mas ainda sim, a via seguia tranquila, porém sempre suja. Mais uma enfiada curta, uns 35 metros. Montei a parada e o Claudney chegou. Dali, deu para perceber o porquê da via não ter seguido pela esquerda, como mencionei anteriormente: ela chegaria a uma linha enorme de vegetação, com muito capim, talvez fosse impossível passar... Talvez não fosse impossível, mas com certeza não seria a melhor ideia. Como disse, nem sempre o óbvio é o caminho!

Via Moby Dick
Faltava apenas uma enfiada. Pela verticalidade da parede, parecia que o crux era ali. O Claudney seguiu guiando e foi subindo até que não consegui mais vê-lo. Comecei a subir e passei pelo melhor lance da via, justamente no final. Mais alguns metros e já estava no local onde também terminam as vias Visão Oposta e Paredão Sangue “Bão”. A missão estava cumprida!!!! Aproveitei para fazer um lanche e seguimos para o rapel. Ainda bem que havia colocamos mais um grampo no meio da parede, pois o que estava lá, está tão mal batido, que seria difícil parar nele!

Quando pensava que o capim já tinha acabado, lembrei que faltava descer o caminho de acesso à face sul. Como da última vez que estive ali, o capim havia tomado conta de tudo. Pouco restava do caminho que havíamos feito. Mas passamos e quando chegávamos no final, o caseiro que toma conta do local nos avisou que o dono não queria mais ninguém passando ali... Ele nos deixou passar pelo portão. Agradecemos e fomos embora. Tomara que seja só mau humor!!!!!


Valeu pessoal!!!!!!

Via Moby Dick
Mais uma por fazer

Via Moby Dick
Na parada

Via Moby Dick
Claudney terminando mais uma enfiada

Via Moby Dick
Claudney registrando a vista do cume

Via Moby Dick
Praia de Adão, o começo da caminhada