Por Leandro do Carmo
Conquista no Morro do Morcego – Projeto antigo do Leandro
Pestana – Segunda Investida
Data: 04/10/2025
Local: Jurujuba - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Marcos Lima
Vídeo da conquista
Relato da conquista
Depois que reiniciamos o projeto, fiquei pensando na linha
da conquista. Era hora de voltar. Estava fazendo muito calor, e minha ideia era
apenas acertar o que havíamos iniciado na investida anterior, quando a broca
quebrou e não consegui concluir o trecho. Perguntei ao Velhinho se ele queria
ir lá. Ele tinha um compromisso, então resolvemos nos encontrar às 6h da manhã.
Assim, ele ficaria livre cedo e, de quebra, evitaríamos o calor. Nos
encontramos em frente à Igreja de São Pedro de Jurujuba. Dali seguimos para a
base da via.
Nos arrumamos e eu segui guiando esse trecho, já preparado
para colocar uma chapeleta nos primeiros 30 metros, deixando pronto o ponto de
rapel. Dali, segui até a chapeleta que eu havia batido e que ficou para fora.
Nesse ponto, coloquei uma parada dupla. O Velhinho subiu e, já na parada,
resolveu continuar esse trecho. Pegou todo o equipamento de conquista e subiu
por um caminho diferente do que eu havia feito na investida anterior.
Lá no alto, colocou uma chapeleta e eu subi em seguida,
conferindo o caminho. Acabei indo para o local onde havia feito um furo na
investida passada, ponto onde a broca quebrou. Ali percebi que esse era o
melhor caminho. Foi difícil convencer o Velhinho, mas ele concordou. Peguei a
furadeira e o material de conquista, colocando mais uma chapeleta. Dali subi um
pouco e coloquei outra em um lance mais delicado. Me posicionei precariamente e
comecei a furar. A perna começou a tremer. Não havia colocado cliff e, se
caísse ali, iria em cima de um cacto e ainda pendularia, pois o Velhinho estava
bem mais à esquerda. Consegui aliviar um pouco o peso e dei descanso para a
perna. Antes mesmo de apertar a porca da chapeleta, já havia passado a
solteira. Cair, eu não cairia mais.
Nem eram 8h da manhã e o sol já estava forte. Ainda bem que
começamos cedo. Vi uma boa passada para cima e resolvi subir, colocando mais
uma chapeleta. Olhei um trecho claro da rocha e subi em sua direção. Achei um
bom pé e uma boa mão. Ali foi mais fácil e consegui colocar outra chapeleta.
Uma cordada formada pela Letícia e pelo Hebert estava na Paredão Juratan
Câmara, e desse ponto onde eu estava conseguia vê-los perfeitamente. Com a
facilidade dessa instalação, resolvi arriscar e subir mais um pouco. Fui em
direção a um buraco que ficava numa pequena diagonal para a esquerda. Com duas
passadas, cheguei nele por baixo e percebi uma grande agarra. Dali subi um
pouco e me posicionei no alto dele, colocando mais uma chapeleta.
Nesse ponto, fiquei na dúvida sobre o caminho a seguir.
Havia duas opções: seguir numa diagonal para a esquerda, chegando a um bom
platô e dali subir — mas eu não via boas agarras; ou seguir reto para cima de
onde estava. A segunda opção era a mais curta para chegar ao grande platô de
vegetação acima, mas talvez a mais difícil. Achei melhor descer e deixar para
uma próxima investida. Desci de baldinho até a parada e o Velhinho subiu para
repetir o lance recém-conquistado, rapelando em seguida. Tentamos tirar a porca
do parabolt que havia ficado mal batido, mas não conseguimos. Tentaremos na
próxima investida.
Na descida, aproveitei para duplicar o ponto de rapel. Já na
base, ficamos observando a cordada da Letícia e do Hebert repetindo a Paredão
Juratan Câmara. Conseguimos vê-los no crux. Ficamos ali vendo-os passar e só
fomos embora quando os dois estavam na parada dupla, antes do cume.
Para quem iria apenas colocar as chapeletas que faltavam,
até que avançamos bem na conquista.









Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui.