segunda-feira, 9 de julho de 2012

Travessia Petrópolis-Teresópolis - Born to Be Wild

Segue relato da travessia feita por uns amigos meus. A galera Bor To Be Wild está de parabéns!!!! Excelente relato. Deve ter sido de mais!!!!!!


Relato da Travessia Petrópolis - Teresópolis na chuva (07, 08 e 09/06/2012)

Galera Born To Be Wild, aqui vai o relato da Travessia Petrópolis-Teresópolis realizada no feriado de Corpus Christi, do dia 07/06 ao dia 09/06.
A idéia da aventura surgiu do Sandro Montanha, cujo senso de organização planejamento estão de parabéns! Inicialmente éramos um grupo de 5 pessoas e foi crescendo até estar com o número absurdamente grande de 11 pessoas. Mas como tudo sempre muda de última hora, tivemos muitas desistências como o Carlos Pederneira que fissurou o calcanhar e o Rafael Calango que sentiu o joelho na semana anterior à travessia; e uma galerinha que entrou na última semana. Acabou que a equipe fechou em 8 integrantes mais os dois guias:
- Sandro Damásio, Rana Cerise, Renzo Solari, Marcelo Corrêa, Victor Coutinho, Vinicius Aguera, Frederico Passini, Tairi Ikeda, Efraim Filho (Guia) e Felipe Lucena (Guia)


Na semana que antecedeu a travessia entrávamos no site do Clima Tempo de hora em hora e tínhamos sempre a mesma má notícia: chuva nos 3 dias da travessia! O que fazer? Desistir? Equipe Born To Be Wild não desiste!! Perrengue é o nosso lema!! Kkkkk

1º DIA (07/06) Portaria do Bonfim ao Castelo do Açu

Nosso encontro foi  na pracinha da Urca às 7h (1h depois do planejado em virtude da indisponibilidade do motorista da van), o dia estava nublado e ameaçando chuva, mas a vibe era positiva. Conhecemos a galera, pois muito não se conheciam, e de cara já tivemos afinidade; afinal éramos um grupo diversificado, tínhamos escaladores, trilheiros, escoteiros, mas todos com uma mesma paixão: aventura e natureza.
Enquanto esperávamos a van fomos abordados por uma galera da night que decidiu sair da balada e molhar os pés na Praia Vermelha. Ao nos verem com as mochilonas começaram as piadas: “o que vocês estão fazendo aqui? Trilha? Vão dormir porraaa!” “Táxiiii, por favor me salve, somos náufragos!!” rsrsrs
Depois do táxi ter resgatado os náufragos, nossa esperada van chegou com apenas 1hora de atraso e partimos para Petrópolis às 8h (não 6h como planejado). Pegamos chuva na Linha Vermelha, da onde tivemos, ou melhor, não tivemos a vista da Serra, pois estava completamente encoberta. Depois de um belo engarrafamento na BR-040 devido ao feriado, chegamos em Petrópolis e encontramos com os guias na Praça Correas.
A chuva tinha dado uma trégua quando chegamos na portaria da Sede do Parque, os vigias foram super educados, nos deram conselhos, falaram sobre os riscos, etc... Dois amigos meus da faculdade, o Rubens e o Vinícios, que também iriam fazer a travessia, só que sem guia, já tinham chegado e começado há 1 hora.Começamos a trilha às 11h, 2horas depois do planejado devido ao atraso da van e do engarrafamento. Confesso que estranhei o peso da mochila no início, nunca tinha usado mochila cargueira, mas comparada ao do meu primo Tairi até que estava levinha.
Passamos pelo Circuito das Bromélias, a encruzilhada do Véu da Noiva e começamos a subida em zigue-zague da Pedra do Queijo. Um guia ficava na frente e o outro atrás varrendo os atrasados e dando chicotada para acelerar o ritmo. De tempo em tempo parávamos para beber água e comer alguma coisa, galera tinha comida de tudo o que é tipo, desde caixa pesada cheia de fruta até granolaaaa!
 E a subida continuava sempre constante até chegarmos à Pedra do Queijo, que marca a metade do caminho do 1 dia. Nesse mirante natural, São Pedro nos concedeu alguns minutinhos de sol, abrindo uma janela nas nuvens (dessa vez abriu mesmo, rsrsrs) e pudemos ver o Vale do Bonfim, e o Chapadão e o Morro do Açu atrás. 
Renovados com a beleza do lugar seguimos caminho, apressando o passo, pois tinha um grupo logo atrás. Nisso o Efraim solta a pérola: “Gostaram da subidinha? Quero ver vocês na Isabeloca...” kkk
Pô... isso não se fala!! Descobrimos mais tarde que Isabeloca era a tranquilíssima subida para o Chapadão. Tranquilíssima se ela tivesse seca talvez...
Começando a descer o Morro do Queijo vimos algo parecido com uma barraca subindo o morro lá longe à frente. Frederico, que tinha uma máquina “semi”-profissional, 100 vezes melhor que a minha bateu uma foto e deu um zoom e a cara do meu amigo Vinicios apareceu nitidamente!! Gritei, mas ele não ouviu...
Continuamos a trilha até uma outra subida. Nesse ponto meu primo, que estava levando a casa e mais alguma coisa na mochila, começou a sentir o cansaço... Aliviamos um pouco o peso distribuindo pra galera.
Subimos e subimos até chegar numa pedra que parecia um cérebro, o Ajax. Outro mirante em que pudemos apreciar a beleza da cor branca das nuvens, e só, rsrsrs. São Pedro não parecia mais amigável como antes. Tivemos certeza disso quando o Efraim disse: “aqui marca o início da Isabeloca!” e aí a chuva caiu....
Pusemos anorak, capa de chuva e encaramos a Isabeloca na chuva, no frio, na merda....
Alguns trepa-pedras formavam pequenas cachoeiras e eu dava graças a deus pelas pedras de Petrópolis serem bem aderentes, pois cair com mochila pesada no mínimo causaria uma torção de pé. Subimos num ritmo bom, o pior era quando parávamos para esperar alguém e sentíamos o frio atacando. Nessa hora o anorak de todo mundo já tinha se tornado inútil e tava todo mundo mais que molhado. Ao chegar no Chapadão que foi a pior parte, a subida tinha ficado para trás, o corpo tinha esfriado, o vento batia com mais força e estávamos vendo quase nada a frente devido à neblina... Meu primo e o Felipe estavam um pouco atrás. Percorremos todo o Chapadão até o Morro do Açu. A chegada nos Castelos do Açu foi.... fria, tinha uma galera bivaqueando dentro dos castelos, eram 17h30. Seguimos direto para o abrigo do Açu, a galera toda entrou quando eu lembrei que tinha comprado ingresso para mim e para o Tairi no camping, não para o abrigo....
Um pouco depois chega o Felipe com o meu primo, mais morto do que vivo, que senta na escada da varanda, encosta a cabeça na parede e dorme. “Caracaaaa, leva o cara pra dentro, coloca uma roupa seca nele e enfia ele no saco!” Enquanto isso eu fui com o Efraim nas áreas de camping. Minha idéia era achar o Rubens e o Vinicios que também estavam acampando. Passava de barraca em barraca chamando e delas saíam as respostas: “Sou o Vinicios não.” “Meu irmão se chama Vinicios, mas eu sou o Pedro” ”Depende, para que você quer o Vinicios”. Porra...
Voltei para o abrigo eram umas 18h 15, estava tudo escuro. Na varanda me falaram que o Tairi tinha desabado no saco de dormir. Aí eu desconsiderei a hipótese de ir pra barraca com ele, ia ficar no abrigo mesmo. Tentei tirar o tênis, mas meus dedos tinham perdido as forças por causa do frio e não conseguia desamarrar o cadarço, tive que pedir ajuda. Entrei no abrigo e fui direto descongelar minhas mãos na água quente de um cara que tava fazendo miojo (o coitado teve que esperar mais 15 minutos para ferver outra água, rsrsrs)
Todo mundo da equipe ficou no abrigo, menos o Frederico que acampou na chuva, tranquilão... Galera jantou miojo e a famosa comida liofilizada (de canja, feijão, estrogonofe, risoto, sorvete!). Fiz um macarrão com carne seca que deixou babando uma galera de outro grupo que errou a mão no estrogonofe liofilizado. Acabei compartilhando o macarrão e eles compartilharam a goiabada com queijo, muito bom! De tempos em tempos chegava mais gente, inclusive uma mulher que tremia dos pés à cabeça com início de hipotermia.
Mais tarde a equipe toda se reuniu na mesa, rolou chocolate, queijo e chá e ficamos conversando sobre a aventura do dia e o mais importante: se íamos continuar a travessia no dia seguinte, pois lá fora a chuva não parava.

2º DIA (08/06) – Travessia Petrô - Terê

Acordamos às 7h da manhã. Não vimos o nascer do sol porque não tinha o que ver além de nuvem. Dormi mal pela falta de travesseiro, pelo frio (descobri que meu saco de dormir era uma bosta) e teria dormido pior se o Felipe não tivesse me dado um protetor auricular para abafar a sinfonia de roncos do bivaque.... Abafou quase tudo, menos o da pessoa ao meu lado que me fazia acordar várias vezes assustada! Kkkk
De repente, enquanto tomávamos café uma janela se abriu no meio do céu e limpou tudo!! O céu ficou azulzinho, as nuvens estavam abaixo de nós! Foi a parte mais bonita da Travessia! Conseguimos ver o Castelo do Açu direito, os 3 picos e o nosso destino do dia a: Pedra do Sino, que com a abertura do sol não restava dúvida de que iríamos continuar!  
Arrumamos tudo e partimos, eram 8h. Descemos o morro do Açu com o visual de tirar o fôlego das montanhas, quase esquecíamos de olhar para o chão, que estava todo escorregadio. Subimos o morro do Marco e de lá tivemos uma vista de 360º graus dos picos mais altos da Serra dos Órgãos: o morro do Açu, a Pedra do Sino, os 3 Picos, o Morro da Luva... O sol estava começando a queimar quando começamos a descida do morro do Marco. Chegamos num vale embaixo, passamos por um riacho e começamos a subir o Morro da Luva, 2º morro mais alto da serra. Foi aí que a janela se fechou e começou a garoar... e ficou assim até o final do dia.
Incrível como São Pedro sempre sabia quando estávamos para subir alguma encosta íngreme e mandava chuva... O cume do morro da Luva estava um verdadeiro lamaçal, tínhamos que ser muito criativos para não enfiar o pé na lama e não os sujar mais do que já estavam. Nesse ponto comecei a sentir a altitude, pois estávamos a 2.263 m. Descemos o morro da Luva, atravessamos uma cachoeirinha com o auxilio de uma corrente que foi posta depois da morte de um montanhista que escorregou ali.
Andando mais um pouco chegamos na subida chamada de “Elevador”. Elevador uma ova, a subida era meio vertical, feita por uns tachões de ferro fincados na rocha, alguns meio soltos, era importante testar cada um antes de soltar o outro. Um deles saiu por completo na mão do Renzo, outros já tinham saído por outros e só restava os buracos.
Depois de ter subido tudo adivinha, descemos de novo. Chegamos na descida que dava acesso ao chamado Crista do Dinossauro, um lance um pouco íngreme de pura aderência, que no molhado ficava bem mais divertido. Descemos devagar usando a corda como auxilio, acabamos demorando um pouco mais, pois ajudamos um outro grupo que estava sem corda a descer.
Subimos a Crista do Dinossauro (não vimos crista nenhuma devido à neblina) e descemos em direção ao Vale das Antas, inicialmente pelas lajes, aonde tivemos um festival de gente escorregando, e terminamos numa trilha meio fechada, antiga trilha da travessia que ninguém mais utilizava. Inclusive os totens foram postos na outra direção, mas todos caminhos seguiam para o mesmo local, para baixo.
Paramos no vale para comer alguma coisa e encher os cantis (lá passava o maior rio da travessia). Já não estávamos mais sozinhos, uns dois grupos já tinham nos alcançados devido à demora para o auxílio na descida para a crista. Apareceu um grupo de paulistas do nada saindo do meio do mato dizendo que estavam perdidos há 1 hora.
Seguimos caminho subindo numa trilha aonde podíamos ver algumas flores típicas da alta altitude. O caminho acabava numa laje chamada Pedra da Baleia, era um descampadão que nos dava a impressão de estarmos no meio do nada, pois olhávamos em volta e adivinha, não víamos nada.
Atravessamos o Vale dos Sete Ecos e chegamos no chamado lance do “Mergulho” aonde podíamos ver, se prestássemos bastante atenção, os paredões da Pedra do Sino logo à frente. Colocamos em prática nossa habilidade de rapeleiro, pois as pedras estavam escorregadias, e continuamos caminho até o famoso lance do “cavalinho”. Galera montou no pônei como se tivessem anos de prática, rsrsrs.
Logo a frente tinha um trepa pedra não esperado que fazendo uma oposição dava para passar numa boa. Uma escada de ferro surgiu mais à frente que me fez lembrar a escadinha do filme “O chamado”. A partir daí foi uma tranqüila caminhada subindo até quase o cume da Pedra do Sino, aonde se encontrava o abrigo 4. Chegamos às 16:30h, embaixo de uma leve garoa de montanha que nos acompanhou fielmente durante todo o dia.
   O abrigo e a área do camping estava lotado. Acampei com o Tairi em frente ao abrigo, mas praticamente só entrei na barraca para dormir. Jantamos todos no abrigo, rolou até um parabéns para o Vinicius que estava fazendo aniversário na montanha! Com direito a bolinho e tudo! Ficamos até tarde conversando sobre as escaladas na Serra dos Órgãos e da beleza de tirar o fôlego da vista dos cumes, vista essa que durante toda a travessia mais sentimos do que de fato vimos.

3º DIA (09/06) – Pedra do Sino à Barragem em Teresópolis


A noite foi menos fria que a anterior, mas a sensação para mim foi exatamente o oposto. Descobri que a barraca não era a mais indicada para montanha, muita menos na chuva. Devido à garoa entrou água na barraca que, graças a deus, estava inclinada para o lado do meu primo e escorreu tudo para ele, rsrsrs. Tairi teve que acordar no meio da noite, passar um pano na barraca e torcer do lado de fora. Às 4h30 ouvi o barulho de um pessoal acordando no abrigo e levantei também, não agüentava mais o frio. Aos poucos a galera foi levantando na expectativa de ver o nascer do sol, mas foi em vão. O sol nasce, mas, mais uma vez, não pudemos apreciá-lo.
Deixamos tudo arrumado e fomos até o cume da Pedra Sino, o ponto mais alto na Serra dos Órgãos (2.275m). Chegar ao cume foi simplesmente maravilhoso! A sensação de realização que só o cume transmite alegrou mais ainda a galera, não precisávamos ver a imensidão do lugar para saber que fizemos o que poucos fazem.
   Ainda no cume o Efraim nos mostrou a famosa Pedra da Bandeja, uma pedra solta chapada na parte inclinada da beirada de um dos abismos do Sino. Obviamente que ninguém perdeu a oportunidade de subir em cima dela! “Se subir mais um talvez ela escorregue abismo abaixoooo, sobe aeee!” kkkkkk.
   Descendo da Pedra do Sino encontrei meus dois amigo da faculdade que tentava achar a 2 dias, o Rubens e o Vinicios. Descobri que os dois se perderam na travessia, tiveram o saco de dormir todo molhado e um deles ainda tinha esquecido de levar isolante! E eu pensando que tinha passado perrengue... rsrsrs
Deixamos o abrigo 4 umas 10h e seguimos para a trilha que dava acesso ao Sede de Teresópolis do Parque. Pessoalmente foi o dia mais desgastante da travessia, estava me sentindo muito bem fisicamente até começar a descer a trilha que parecia que nunca acabava. A trilha era um eterno zigue-zague bem definido que passava por diversas cachoeiras e riachos, descendo, sempre descendo. Nesse dia eu percebi que tinha joelhos, panturrilha.... descida é sempre a pior parte.
Enfim, 13 km de descida depois chegamos na sede de Teresópolis, às 13h30. Travessia concluída, objetivo concluído! Espírito renovado! Quando entramos na van começou a cair a chuva. 
É claro que depois de 3 dias só comendo macarrão não podíamos simplesmente ir para a casa, fomos forrar o estômago com os croquetes e os sanduíches de lingüiça com queijo na Casa do Alemão, sem esquecer o bom e velho choppinho para comemorar!! Afinal não é todo dia que um bando de maluco, que em vez de ficar no conforto de suas casas tendo comida no prato e assistindo filminho, parte para uma travessia de 3 dias nas montanhas embaixo de chuva!! Kkkkk
Em seguida partimos todos para o Rio e às 16h já estava em casa tomando o tão esperado banho!


É isso aí galera! Foi um imenso prazer ter feito essa aventura com vocês, não vejo a hora de fazer a próxima! Parabéns aos guias Felipe e Efraim pela excelente guiada e dinamismo de todo o percurso, e pela paciência de nos contar as histórias de cada lugar. E parabéns a equipe toda pela determinação, auto estima e espírito de equipe! 

BORN TO BE WILD!
Relato por Rana Montana



“Foi uma aventura inesquecível. O grupo, o lugar, o sentimento de aventura e até mesmo a chuva fizeram com que essa aventura fosse maravilhosa. Aguardando ansiosamente pela próxima. Born To Be Wild.”
Sandro Montanha


“Algumas semanas antes da travessia, muitos falavam em participar, mas no final éramos apenas 8. Um grupo que não se conhecia, porém com as dificuldades aparecendo mostrou o espírito de montanhista, com todos se ajudando e com bastante animação durante todo o trajeto. Durante esse tempo novos amigos se formaram. Três dias inesquecíveis para esse grupo.” 
Marcelo Carrasqueira 




terça-feira, 3 de julho de 2012

Treinamento de Auto Resgate - TAR

Treinamento de Auto Resgate – TAR
Por Leandro do Carmo

Participantes: Eny Hertz e Leandro do Carmo

Data: 23/06/2012
Local: Via Emil Mesquita – Morro do Telégrafo – Serra da Tiririca

Para poder ser guia do Clube Niteroiense de Montanhismo – CNM, é preciso completar um quadro de etapas, uma espécie de roteiro para testar seu conhecimentos e técnicas. Para mim, ainda faltam algumas, entre elas o TAR. Porém, a Eny se prontificou a me passar o treinamento. Sabia um pouco da teoria, mas nunca havia posto em prática. Conseguimos uma data e ela sugeriu que fôssemos para a via Emil Mesquita, visto a disposição dos grampos.

Chegamos cedo à entrada do parque e logo iniciamos a pequena trilha. No alto, onde a trilha se divide para o Bananal, Costão e Telégrafo, ela me passou uma noção sobre orientação. Após alguns minutos, nos dirigimos até a base da via. Quando chegamos, vimos que o começo estava muito molhado, ficaria muito difícil subir. Ainda tentamos outros grampos para a direita, porém eles estavam em estado duvidoso. Voltamos até a base da Emil e um pouco mais a direita, havia uma árvore com um grande galho que seguia até quase o terceiro grampo. Resolvi subir usando o galho como apoio. No final, coloquei uma fita e uma costura para proteger, pois escalaria dali até o terceiro grampo. Foi tranquilo, apesar da parede estar muito úmida, às vezes temos que improvisar!!!!

Já no terceiro grampo, me foi passado algumas orientações de como deveríamos proceder. A situação seria a seguinte:

- O guia escalou até a comprimento da corda, utilizando-a toda sua extensão e ainda tiveram que “francesar”  para chegar a parada. O participante ao começar a escalada se machuca e não tem condições de se mexer. Não há corda suficiente para rapelar ou descer o participante.

Dado a situação, iniciei os procedimentos. Não há uma verdade absoluta, coisas do tipo “isso sempre deve ser feito assim”, porém, a medida que íamos conversando, chegamos a um consenso sobre como poderíamos fazer:

1- Sempre manter a calma, pois se não, serão dois a serem resgatados. Independente da situação, é necessário se concentrar e tentar analisar a gravidade;
2- Verificar se há sinal de celular, a fim de solicitar ajuda; no nosso caso, não havia sinal de celular e o guia deveria chegar até ao participante para descê-lo;
3- Para poder liberar as mãos, dar o nó de mula para travar a corda, caso esteja dando segurança com atc no loop; caso seja atc guide ou grigri, já estará travado;
- Porque usar o mula: Fácil de fazê-lo e desatá-lo; além de travar o sistema com segurança.
4- Colocar um prussik na corda e prendê-lo a parada; fazer o backup desse prussik com uma aselha prendendo-a, também a parada (ter cuidado para não deixar muita folga entre o prussik e o aselha, pois caso o prussik falhe, não dará tranco no ferido); desfazer o nó de mula e transferir o peso para o prussik;
- Porque usar o prussik: A corda estará tensionada, não havendo possibilidade de dar outro nó.
- Problemas em usar o prussik: Necessidade de backup.
5- Faça um prussik na corda para descer até o ferido, lembrando de sempre usar um backup; se desencorde e desça; nesse momento você estará preso somente pelo prussik e seu backup;
6- Estabilize a vítima e faça os primeiros socorros; retire todo o equipamento não utilizado, você poderá precisar;
7- Transfira a vítima para o grampo, pois não há como descê-lo; para isso, precisará subi-lo, utilizando-se de um sistema de tacionamento; no grampo, faça o nó mariner e prenda-o; faça um backup desse nó e já poderá soltar a corda; a corda já está liberada e você já poderá subir prussikando para preparar o rapel;
- Porque usar o mariner: Fácil de desatar, mesmo tencionado.
- Problemas em usar o mariner: pode correr rapidamente na hora de desatá-lo e necessita de backup.
8- Desça rapelando até a vítima; monte o novo rapel, agora com o atc alongado, para poder transferir o ferido para o sistema de rapel; nesse caso você já pode montar o rapel com o atc alongado, pois quando chegar até a vítima, o sistema já estará pronto;
9- Prenda a vítima no mosquetão do atc; conecte-se, também a ela, fazendo um backup; desfaça o backup do mariner e o mariner da vítima; tomar cuidado ao desfazer o mariner para não soltá-lo rapidamente; para
10- Desça rapelando.

Bom, esses foram os procedimentos que foi definido no treinamento. Sempre há uma outra maneira segura de se fazer. Mas alguns procedimentos básicos de segurança como sempre utilizar um backup, são tido como regras básicas. Complementando esses procedimentos, algumas questões foram levantadas, tais como: utilizar UIAA no mariner, em vez de duas voltas no mosquetão, para na hora de soltar a vítima, conseguir controlar a descida; no sistema de tracionamento, utilizamos, também, o nó GARDA, porém, tivemos dificuldade em destravá-lo, a fim de descer a vítima. Para subir ele atendeu perfeitamente e tornou-se até mais prático. Pensamos até em propor um grupo de analisá-lo melhor e verificar a possibilidade de utilização nos casos de TAR.

Até a próxima!!!!

domingo, 24 de junho de 2012

Eslcalada na Urca - Via Vilma Arnaud

Por Leandro do Carmo

Vilma Arnaud – 4º V E2/E1 D2 185 metros


Local: Morro da Babilônia, Urca RJ
Data: 17/06/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Leonardo G Carmo


DICAS: A base da via fica após a Roda Viva; uma pedra deitada, forma um pequeno platô; a primeira proteção é uma chapeleta; na primeira enfiada a proteção é mais distante que as outras; existem parabolts sem chapeletas entre os grampos; na segunda enfiada, a proteção está bem próxima, nela o grau aumenta; possibilidade de rapelar por fora da via, usando duas cordas.

Depois de um final de semana de chuva, nada como olhar na previsão do tempo e ver que a probabilidade de chover no sábado seria de 0%!!!! Éramos em quatro, dois guias e dois participantes: Eu, Guilherme , Leonardo e Luiz, respectivamente. Dei uma olhada no croqui e sugeri entrar na Vilma Arnaud e IV Centenário, lá no Babilônia. São duas vias que tem a mesma graduação, vão seguindo quase paralelas e terminam muito próximas uma da outra.

Chegamos cedo à Urca. Encontramos o mestre David, esperando dois alunos e trocamos um idéia. Na portaria, vimos que já tinha uma cordada na IV Centenário. Não mudamos os nossos planos e caminhamos até a base. Lá, eu e Leonardo, ficamos na Vilma Arnaud e  Guilherme e Luiz foram até a IV Centenário, onde estavam dois escaladores se preparando para subir. Eles aguardariam um pouco e subiriam logo depois. Me arrumei, repassamos a corda, dei a última olhada no croqui e comecei a escalar. Pararia, na segunda parada dupla, depois de 10 costuras.

O começo foi tranquilo. Fui costurando e percebi que existiam alguns parabolts entre os grampos. Isso me confundiu um pouco, não sabia se os contava ou os pulava. Porém, como os lances estavam relativamente tranquilos, continuei subido.  Passei pela primeira parada dupla e depois alcancei a segunda. Esse começo seria um aquecimento para o resto da via, pensei... Quando cheguei a primeira parada, vi que o Guilherme começava a iniciar sua subida. A cordada da frente demorou um pouco para subir. Nessa hora, avisei ao Leonardo par subir. Ele se preparou e começou a limpar a via. Veio subindo devagar. Em alguns lances lembrava para ele “testar os lances”, coisas que o participante tem que aproveitar... E assim ele fez...

Quando chegou a parada, percebi que ele estava esgotado. O sol não era tão forte, mas dormir tarde... Isso sim acaba com qualquer um. Acho que a próxima enfiada, por ser mais difícil, aliada a saída que era bem vertical, o fez desistir. Pensei: “vou fazer a próxima enfiada e depois rapelo até onde ele está.” Beleza, comecei a subir.

Na saída, costurei logo a chapeleta, com receio da queda. Ela é baixa, duas passas e logo está nela. Costurada, fui mais tranquilo até o segundo grampo. Apesar de vertical, existem boas agarras, o que torna o lance não muito complicado. Continuei subindo e pelo que já tinha lido no guia, viria alguns lances de V, com pequenas agarras. Fui subindo com precisão. Além de pequenas agarras, era uma parte com muitos cristais, o que tornou a parede muito lisa e escorregadia em alguns lances. Apesar da dificuldade, os lances são bem protegidos, o que torna a escalada bem tranquila. Senti o grau bem constante nesses lances. Fui subindo até a parada, quando puxei a corda para repelar.

Quando estava descendo, ouvi um barulho e logo olhei para a cordada do Guilherme. Só vi o cara rolando parede abaixo. Bateu no Luiz que lhe dava segurança e continuou caindo, até que só o ouvi gritando: “SEGURA, SEGURA, SEGURA”. Foi tão rápido que nem deu tempo de pensar em nada. Assim que ele parou de cair, já levantou. Então vi que estava tudo bem. Fiquei mais despreocupado. Nessa hora, comecei pensar em um monte de coisas. Como que ele havia caído, por que será que ele desceu tanto, etc.

Cheguei a parada onde meu irmão estava e continuei a observar o Luiz e o Guilherme. Eles começaram a rapelar. Também nos preparamos e começamos a descer. Quando chegamos à base, entendi o que havia acontecido.

O Guilherme caiu quando foi costurar o primeiro grampo após a primeira parada, ocasionando uma queda fator 2. Quando a corda deu o baque, puxou a mão do Luiz, esfolando os dedos no atc e na corda. O Guilherme ainda desceu mais um pouco e depois dos gritos de “segura”, o Luiz prendeu a corda. O Guilherme ralou os dedos da parte de fora da mão e o ombro na queda. Foi aí que lembrei de alguns procedimentos bem simples que poderiam ter minimizado o impacto da queda. Mas isso aí vai ficar para uma outra postagem...


Fotos

Via Vilma Arnaud

Via Vilma Arnaud

Via Vilma Arnaud

Via Vilma Arnaud

Via Vilma Arnaud


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Homem sem pernas chega ao cume do Kilimanjaro

E você ainda reclama da vida...


Homem sem pernas chega ao cume do Kilimanjaro



O canadense Spencer West, 31 anos, subiu recentemente o Monte Kilimanjaro (5.895 metros), o maior pico da África.  Anualmente, cerca de 35.000 pessoas tentam chegar ao cume da montanha, localizada no norte da Tanzânia, mas muitas delas não têm sucesso na expedição devido ao ar rarefeito. Mas o fato inusitado não gira em torno da dificuldade de se chegar ao topo do continente africano. A curiosidade fica por conta do aventureiro do Canadá.

Desde os cinco anos de idade, Spencer West não possui as suas duas pernas, devido a um problema genético. Mas isso nunca foi um motivo para ele se esquivar das dificuldades. Além de querer inspirar os outros a alcançar o impossível, West desafiou o Monte Kilimanjaro por uma causa muito nobre: o canadense arrecadou a partir da expedição 500 mil dos 750 mil dólares necessários para construir um sistema de água potável para cerca de 20.000 quenianos.

Apesar de quando criança os médicos relatarem que West deveria se restringir a atividades como leitura e escrita, os pais do então menino de três anos amputado na altura do joelho nunca deixaram esse fato desanimar seu filho. O canadense ainda passou por outra amputação aos cinco, esta na altura da pélvis. No entanto, a partir de trabalhos de fortalecimento muscular, Spencer há anos consegue se locomover utilizando as mãos como os pés. Aliás, o canadense anda com tanta facilidade que correr não é nenhum problema para ele.

A expedição no Monte Kilimanjaro durou sete dias e contou com uma equipe de 50 pessoas, a qual deu suporte a Spencer para realizar com sucesso o desafio, o qual pode ser feito todo caminhando. O Kilimanjaro está na lista dos sete cumes do mundo e é alvo constante de aventureiros na busca por alcançar o topo das sete maiores montanhas da Terra.

Confira abaixo outras fotos da expedição de Spencer West no topo da África:





Criação do Parque Estadual da Pedra Selada

Mais uma notícia encaminhada à lista de discussão da FEMERJ(femerj@yahoogrupo.com.br), falando sobre a criação de mais um parque estadual, o da PEDRA SELADA.

Por André Ilha.
Reproduzido na íntegra.
"Caros e caras,

É com grande satisfação que informo que foi publicado hoje no Diário Oficial o decreto criando o Parque Estadual da Pedra Selada, com pouco mais de 8.000 hectares, na Serra da Mantiqueira, mais precisamente no município de Resende, com uma lasquinha em Itatiaia.

O novo parque forma um corredor ecológico com o PNI e quatro RPPNs, e é a primeira unidade de conservação estadual do RJ na Mantiqueira. Ele abriga uma vasta extensão de floresta estacional em ótimo estado de conservação, um pouco de campos de altitute, e tem em seu centro, claro, o belíssimo conjunto da Pedra Selada, destino consolidade de caminhadas e escaladas em rocha. O parque foi pedido siimultaneamente por ambientalistas e pelo setor turístico daquela região, que assim reforça a nossa proposta de aproximação entre meio ambiente e turismo, de forma a tornar nossos parques mais conhecidos, valorizados e defendidos.

A pedido da prefeitura de Resende foi incluída, no parque, uma área pública no chamado "Lote 10", de Visconde de Mauá, para deter o avanço das ocupações irregulares ali.

Com isso, passamos de 200.000 hectares incluídos em unidades de conservação de proteção integral - parques, reservas biológicas e estações ecológicas - um aumento de cerca de 72% em relação à área protegidas por tais unidades no início deste governo, o que é um índice fantástico sob qualquer ponto de vista.

Aproveito a oportunidade para informar que nos últimos 30 dias começaram as obras de construção do complexo da sede (sede, centro de visitantes, alojamentos de guarda-parques e de pesquisadores e residência funcional do chefe da unidade) da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, em São Francisco de Itabapoana; e de reforma e ampliação das sedes do Parque Estadual da Ilha Grande, na Vila do Abraão, e da Reserva Biológica da Paraia do Sul, na Praia do Aventureiro, ambas na Ilha Grande. Quando estiverem prontas, convidaremos todos a conhecê-las.

Abraços,

André"


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Criação da Unidade de Policiamento Ambiental do Rio de Janeiro - UPAm

Segue nota enviada pelo André Ilha à lista de discussão da FEMERJ (femerj@yahoogrupos.com.br) sobre a criação da UNIDADE DE POLICIAMENTO AMBIENTAL - UPAm.

Reproduzido na íntegra.

"Caros e caras,

Além da criação do Parque Estadual da Pedra Selada, o Diário Oficial do RJ de hoje trouxe outro importante avanço: a transformação do antigo Batalhão de Polícia Ambiental e Meio Ambiente (BPFMA), que ficava numa posição muito subalterna no organograma da PMERJ, no Comando de Polícia Ambiental, vinculado dirtamente ao Estado-Maior da PM do Rio de Janeiro, e ao qual ficarão vinculadas as UPAm - Unidades de Polícia Ambiental, cuja estrutura administrativa segue o bem-sucedido projeto das UPPs.

As UPAm:

1) serão instaladas, paulatinamente, em TODAS as unidades de conservação de proteção integral (parques, reservas biológicas e estações ecológicas) estaduais, o que significa que as teremos de norte a sul do estado;

2) terão um efetivo mínimo de 20 policiais a serem comandados por um oficial de patente intermediária (capitão ou, no mínimo, tenente);

3) atuarão preferencialmente nestas UC e em sua zona de amortecimento, mas seu efetivo poderá ser programado para agir em outras áreas próximas, inclusive nas UCs federais, municipais e RPPN; e

4) terão suporte constante do Serviço de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança, para fazer a coisa como deve ser feita: identificar quais são as quadrilhas de caçadores, palmiteiros, madeireiros, passarinheiros etc. para tentar desarticulá-las, sem o que teríamos apenas uma mera redistribuição de contingente, sem a perspectiva de resultados mais concretos.

Isso significará um reforço extraordinário para os nossos chefes de UC, que passarão a contar com um poder coercitivo contra infratores e criminosos de que não dispunham antes. Importante destacar que as funções dos policiais ambientais (que ganharão gratificação paga pelo INEA igual à dos policiais das UPP, que é bancada pela prefeitura do Rio) NÃO se confunde com a dos guarda-parques: guarda-parque, que trabalha desarmado, é para promover o ordenamento do uso público nas UC estaduais, fiscalizar e reprimir INFRAÇÕES administrativas ambientais, manejar trilhas e outros ambientes naturais em nossos parques e reservas e prevenir e combater incêndios florestais. Já os policiais reprimirão os CRIMES ambientais em todas as suas formas, e darão suporte, quando necessário, às operações dos nossos servidores.

O tempo dirá se a experiência será exitosa ou não, mas nossa expectativa é que isto significará um enorme salto qualitativo no combate aos crimes ambientais em nossos parques e reservas e em todo o restante do estado, até porque o Comando de Polícia Ambiental disporá de uma força extra para continuar o trabalho de repressão a baloeiros, tráfico de animais, areais clandestinos etc. etc. Isso desmente categoricamente os rumores de que a Secretaria de Segurança estaria "desmantelando" o BPFMA; na verdade, ele será requalificado, embora num primeiro momento alguns postos de baixo retorno em termos de resultados estejam de fato sendo desativados por medida de economia, mas é uma situação transitória.

Só poderá haver UPAM onde tivermos um imóvel disponível para alojá-la, e por esta razão o projeto começará em apenas cinco unidades: Parques Estaduais da Ilha Grande, Desengano, Pedra Branca, Serra da Tiririca e Reserva Ecológica da Juatinga.

Estamos trabalhando neste projeto há muito tempo, mas agora finalmente aconteceu, e até o final do ano estas primeiras já deverão estar funcionando, após os imóveis disponíveis serem adaptados e móveis, utensílios, equipamentos etc. serem adquiridos.

Abraços,

André"

domingo, 17 de junho de 2012

Exposição fotográfica "A Terra vista do Céu"

Fui à exposição e indico!!!!


O meio ambiente visto por um ângulo diferente. Esse é o foco da exposição “A Terra vista do Céu” do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, que chega pela primeira vez ao Brasil.

Através de 130 imagens de grandes dimensões, a mostra convida o público do Rio de Janeiro a admirar a beleza e pensar sobre a fragilidade do nosso Planeta, propondo uma reflexão sobre sua evolução 20 anos após a realização da “Eco 92”, que desencadeou o trabalho do fotógrafo.

Às vésperas do evento “Rio+20”, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a exposição funcionará como um prelúdio da cidade ao evento, contribuindo de forma lúdica e crítica para o debate de temas tão fundamentais.

O projeto também realiza uma grande ação de educação ambiental envolvendo escolas da rede municipal, além de exibições populares do documentário “Home – Nosso planeta, nossa casa”.

O inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da exposição "A Terra vista do Céu" será realizado pela Voltalia Energia do Brasil. As emissões relativas ao evento serão compensadas através de um projeto de restauração florestal na bacia hidrográfica do rio São João, no âmbito do projeto "Corredores Florestais" da Associação Mico Leão Dourado http://www.micoleao.org.br/

Visitas Guiadas
Segunda a sexta - 10h  às 11h | 13h às 14h | 15h às 16h | 17h30min às 18h30min
Sábados e domingos - 11 às 12h | 15h às 16h

Horário da exposição

O horário do Centro de Visitantes e dos monitores é de 9h às 19h em dias úteis
e de 10h às 18h aos finais de semana.

A iluminação dos expositores ficará acesa diariamente até às 23h.

Foi difícil escolher... Segue abaixo algumas dessas belas imagens. Para ver todas as fotos, vistite o site oficial: http://terravistadoceu.com/

VILAREJO DE KOH PANNYI NA BAÍA DE PHANG NGA, TAILÂNDIA
Banhado pelo mar de Andaman, o litoral do sudoeste da Tailândia apresenta uma sucessão de baías com inúmeras ilhas, dentre elas a turística Phuket. A baía de Phang Nga é formada pelo derretimento do gelo ocorrido há 18.000 anos. A elevação das águas submergiu as áridas montanhas calcárias, só deixando de fora os cumes, atualmente cobertos de vegetação tropical. Transformado em parque marinho em 1981, a baía abriga o vilarejo sobre pilotis de Koh Pannyi, construído há dois séculos por pescadores mulçumanos de origem malásia. À atividade tradicional de pesca se junta o turismo. O vilarejo é um local muito procurado por turistas. Até 3.000 pessoas desembarcam a cada dia na hora do almoço. À noite, restaurantes e lojas de souvenirs fecham e o vilarejo de pescadores retoma sua tranquilidade. Protegido por sua configuração, o fundo da baía sofreu muito menos com o tsunami de 26 de dezembro de 2004 do que os locais vizinhos. Em 2011, a Tailândia recebeu 19,1 milhões de turistas estrangeiros, quase 2 vezes mais do que há 10 anos.



CORAÇÃO DE VOH EM 1990, NOVA CALEDÔNIA, FRANÇA
O manguezal, floresta semiterrestre e semiaquática, desenvolve-se nos solos lodosos tropicais expostos às alternâncias de marés. Constituído por diversas plantas halófitas (capazes de viver em solos salgados), com uma predominância de mangues, ele reveste quase 1/4 dos litorais tropicais e cobre cerca de 15 milhões de hectares no mundo. Esse meio frágil recua continuamente diante da excessiva exploração de recursos, da expansão agrícola e urbana, do desenvolvimento das criações de camarões e da poluição. Contudo, o manguezal ainda é indispensável à fauna marinha e ao equilíbrio do litoral, assim como à economia local. A Nova Caledônia, conjunto de ilhas do Pacífico que cobre 18.575km2, conta com 200km2 de um manguezal bastante baixo (8 a 10m de altura) mas muito denso, principalmente na costa oeste da Grande-Terre, ilha mais importante do arquipélago neocaledônio. No interior das terras, onde a água marinha só penetra no momento das grandes marés, a vegetação cede lugar a extensões nuas e extremamente salgadas chamadas tanne, como perto da localidade de Voh, onde a natureza desenhou essa clareira em forma de coração estilizado.



GELEIRA PERITO MORENO, PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ, ARGENTINA
No sul da Patagônia, perto da fronteira chilena, o parque nacional de Los Glaciares, criado em 1937, foi inscrito em 1981 na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Esse espaço abriga 47 geleiras oriundas da calota de gelo continental da Patagônia, a maior do mundo após as da Antártica e do Ártico. Com uma largura frontal de 4km e uma altura de 60m, Perito Moreno se estende por 52km e avança sobre um dos braços do lago argentino, levando em sua descida destroços de rocha arrancados das encostas das montanhas. Periodicamente, na confluência dos dois braços do lago, a geleira interrompe o fluxo da água, e a pressão crescente sobre a barreira de gelo acaba por rompê-la, produzindo uma detonação que pode ser ouvida a muitos quilômetros do local. O fenômeno, que ocorreu 16 vezes no século XX, aconteceu novamente em julho de 2008, em pleno inverno austral. As geleiras e as calotas polares representam 9% das terrasemersas do globo. O aquecimento do planeta, em parte ligado às atividades humanas, por meio do derretimento do gelo e sobretudo pela dilatação da água sob o calor, pode elevar o nível dos oceanos em 50cm em média antes do final do século XXI e inundar litorais férteis e habitados.




VULCÃO DE RANO KAU NO PARQUE NACIONAL DE RAPA NUI, ILHA DE PÁSCOA, CHILESituado a sudoeste da ilha, esse vulcão teve sua última erupção há cerca de 150.000 a 210.000 anos. Os ataques do oceano Pacífico entalharam altas falésias, transformando o vulcão numa espécie de cidadela. É lá, 250m acima do oceano, nos lábios da caldeira, que os pascoenses, habitantes originais da ilha, construíram um vilarejo cujas marcas ainda são visíveis. Batizado de Orongo, ele era o lugar de cerimônias e de iniciações ligadas ao culto do homem-pássaro. Esse culto, que sucedeu ao das estátuas gigantes, foi encerrado nos anos 1860, quando praticamente toda a população da ilha foi deportada e reduzida à condição de escravos ou arrasada por doenças importadas pelas tripulações dos navios e pelos missionários. A cristianização dos sobreviventes deu o golpe de misericórdia nessa cultura polinésia que tinha inventado uma escrita, o rongo-rongo, que hoje ninguém mais sabe decifrar. Reduzida a 200 habitantes no fim do século XIX, a população que vive de forma permanente na ilha chega a cerca de 4.000 pessoas nesse início de século XXI, com a chegada de novos habitantes. O turismo (mais de 50.000 visitantes por ano) traz novas ameaças para essa ilha, inscrita desde 1995 na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.



O CORCOVADO NO ALTO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Situada num pico rochoso a 704m chamado Corcovado, a estátua do Cristo Redentor se projeta sobre a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, promovendo uma visão privilegiada da cidade do Rio de Janeiro. A cidade deve seu nome a um equívoco dos primeiros navegadores portugueses, que jogaram âncora na baía, em janeiro de 1502, pois pensando ter entrado no estuário de um grande rio, ou – outra hipótese – a uma transcrição errada de ria (sinônimo de baía). Capital do Brasil de 1763 a 1960, e até capital de Portugal entre 1808 e 1821, o Rio de Janeiro tornou-se hoje uma megalópole que se estende por 50km e abriga mais de 11 milhões de habitantes. Ser a sede da final da Copa do Mundo de 2014 e organizar os Jogos Olímpicos em 2016 irá reforçar a notoriedade da cidade cujo nome se manteve ligado à Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, mais conhecida sob os nomes de Cúpula da Terra / ECO-92, em junho de 1992. Mas Rio e São Paulo, a maior cidade do país e sua capital econômica, podem, daqui a 20 anos, formar uma só área urbana que os geógrafos designam de megalópole. As duas metrópoles e suas cidades-satélites já agrupam 42 milhões de habitantes, ou seja, 23% da população brasileira.



ILHA ARTIFICIAL PALMEIRA JUMEIRAH, DUBAI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

Há 50 anos, Dubai tinha algumas casas de adobe, um mercado e um porto acessível aos boutres (pequenos barcos árabes à vela) que navegavam pelo golfo Pérsico e pelo mar de Omã. Enriquecido graças ao petróleo dos emirados vizinhos, esse Estado orientou sua economia para o turismo e se lançou num programa de construção de ilhas artificiais. Em forma de palmeira, Palm Jumeirah é a menor das três ilhas sendo preparadas. Um semicírculo de 11 km é ligado à extremidade da palmeira por um túnel submarino. Esse semicírculo, que acolhe palácios e hoteis de luxo, cerca uma gigantesca palmeira de areia composta de um tronco de 2km, ligado ao continente por uma ponte a partir da qual se abrem 17 palmeiras destinadas às casas. Começado em 2001, esse canteiro custou quase 12 bilhões de dólares, e hoje está quase terminado apesar da crise financeira que em 2009 quase levou os Emirados à falência. Quase 94 milhões de metros cúbicos de areia foram drenados do fundo do mar para criar a ilha, e 40.000 pessoas participaram da sua realização. Essa proeza técnica, realizada graças ao trabalho de engenheiros holandeses especializados na construção na água, não teria sido possível sem o emprego em massa de uma mão de obra “importada”. Dubai conta com 1,8 milhão de habitantes, dos quais 80% são trabalhadores imigrantes e mal pagos. Nessa cidade-Estado não democrática, onde os sindicatos são proibidos, e mais ainda nos Emirados Árabes Unidos, as condições de trabalho são qualificadas de “sub-humanas” pela associação Human Rights Watch.

sábado, 9 de junho de 2012

Mergulho em cavernas desconhecidas na Rússia

Segue notícia interessante sobre mergulho em caverna. Sem contar as fotos: Sensacionais!!!!!
Impressionantes fotos submarinas mostram labirinto de cavernas desconhecidas na Rússia

Publicado em 5 de junho de 2012 por Dive Bay Brasil

Um mergulhador desliza através de uma lagoa de cristal azul sob um dossel de estrelas de tirar o fôlego. Em outra foto outro mergulhador examina uma parede de musgo verde brilhante, iluminado por uma lâmpada subaquática. Estas maravilhosas fotografias foram tiradas pelo fotógrafo da National Geographic Victor Lyagushkin que acompanhou uma equipe de mergulhadores para explorar uma rede de cavernas subaquáticas. Tiradas no Lago Azul, perto das montanhas do Cáucaso na Rússia, estas cenas incríveis foram capturadas pela câmera, repletas de sensibilidade sobre esse único ambiente.



O apneísta desliza através de uma lagoa de cristal, debaixo de uma árvore no Lago Azul na Rússia.


Um mergulhador examina uma parede de musgo verde brilhante iluminado por uma lâmpada subaquática.

O lago possui 770 metros de comprimento, 400 metros de largura e 800 pés de profundidade, o Lago Azul é atualmente considerado um dos mais profundos lagos do mundo, chamado de lago Karsk na Rússia. É praticamente intocado e espera-se que essas maravilhosas fotografias chamem a atenção dos cientistas para pesquisar esse ambiente único.

O Lago Azul está situado a uma altitude de 800 metros e é cercada por montanhas “, disse Lyagushkin. .O céu é claro e aberto e não possui a luz difusa de cidades próximas. “Eu vim com a idéia de fazer uma tentativa que vai combinar o meu amor por estrelas cadentes e fotografia subaquática.

Esses tipos de lago são geralmente formados a partir de rocha calcária que sofre erosão pela água. “Mergulhadores russos tentaram localizar no sistema, a fonte de água do sistema mais profundo de caverna submarina do mundo”, disse ele. “Tais mergulhos complicados e profundos precisa de uma grande equipe de mergulhadores treinados e experientes, que trabalham juntos como um único homem.

O perigo é que não foi explorado tudo ainda. – não sabemos quase nada sobre a caverna.“O objetivo do projeto era fazer com que os cientistas prestem atenção a este lago e comecem a pesquisá-lo. Queríamos que as pessoas compreendessem que esta não é uma poça gigante, mas um desconhecido e maravilhoso mundo sob a água “, disse Lyagushkin.




Um mergulhador se depara com uma árvore praticamente intocada no sistema de cavernas submarinas.



Uma mulher usa debaixo d’água um vestido preto e um pano amarelo na cabeça, complementando a parede de verde musgo.







Mais informações: http://www.underwatertimes.com/

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Exposição de Fotografia Sub - Centro Cultural dos Correios

Eu fui e indico. Excelente exposição, fotos sensacionais. Não vão se arrepender!!!! O filme deve ser excelente, aguardo ansioso.

Leandro do Carmo 

 

Exposição no Rio mostra imagens raras do fundo do mar

Mostra no Centro Cultural Correios esta aberta desde o dia 17 maio e ficará até o dia1º de julho.
As 35 fotos foram feitas por equipe de filme que ganhou o 'Oscar francês'.

 Do G1 em São Paulo

Imagem da exposição 'Oceanos', que traz imagens inéditas do fundo do mar e abre no Centro Cultural Correios, no Rio, em 17 de maio de 2012 (Foto: Richard Herrmann ) 
Foto da exposição 'Oceanos', que traz imagens inéditas do fundo do mar (Foto: Richard Herrmann )
Com imagens captadas pela mesma equipe responsável pelo documentário "Océans" - ganhador do César, "o Oscar francês", de melhor documentário em 2011 -, a exposição "Oceanos" está aberta parade para visitação desde 17 de maio, no Centro Cultural Correios, no Rio. Até 1º de julho, ficam à mostra no espaço 35 fotos. De acordo com a assessoria de imprensa, a inciativa pretende "contribuir para a conscientização ambiental por ocasião da Rio+20". Trata-se da conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, que acontece entre 13 e 22 de junho na mesma cidade.

Digirido por Jacques Perrin e Jacques Cluzaud, e coproduzido pela Disneynature, "Océans" partiu da ideia de "ser peixe entre os peixes", explica o texto de divulgação de "Oceanos". "A equipe de Perrin e Cluzaud chegou a construir três tipos de câmeras inéditas, a fim de poder circular naturalmente entre os habitantes dos cinco oceanos da Terra."

Na exposição, chamam a atenção as imagens de animais raros, caso de exemplar ancestral da iguana marinha, descrita como "um lagarto passeando embaixo da água". O material de imprensa explica que as iguanas "voltaram ao mar para obter o alimento que as ilhas Galápagos, quase desertas, não ofereciam a eles".

Já o elefante marinho da ilha de Guadalupe destaca-se pela grande proximidade da câmera, enquanto "o peixe shrek [...] é munido de monstruosos tumores que incham seu crânio e seu queixo". Segundo a nota, as mudanças surgem conforme o animal envelhece: "a jovem fêmea 'elegante' se transforma em 'macho velho', ou seja, o peixe nasce fêmea e morre macho".

O texto cita ainda uma imagem, captada no sul da Austrália, em que aparecem milhares caranguejos juntos: eles estão ali para a mudança de pele, e chegam a cobrir o fundo do mar até uma altura de um metro. “Últimas testemunhas de uma riqueza acabada, essas indescritíveis abundâncias eram comuns antes do homem industrial”, observa Perrin, codiretor de "Océans", na nota.

“E elas nos lembram que a ‘amnésia ecológica’ está nos atingindo, pois cada um considera a natureza que descobre em sua infância como original. Assim, de geração em geração, aceitamos o inaceitável empobrecimento, pois não podemos medir a extensão global do desastre.”

Exposição Oceanos
Onde: Centro Cultural Correios (Av. Visconde de Itaboraí, 20, Centro, Rio).
Quando: de 17 maio a 1° de julho (terça a domingo, das 12h às 19h).
Quanto: entrada franca
Classificação: livre
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/05/exposicao-no-rio-vai-mostrar-imagens-raras-do-fundo-do-mar.html

 

 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Escalada no Bananal - Itacoatiara - Parque Estadual da Serra da Tiririca

Por Leandro do Carmo

Vias do Bananal – Diversas – Campo Escola Helmut Heske

Local: Bananal – Itacoatiara- Parque Estadual da Serra da Tiririca
Data: 02/06/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Guilherme Belém e Luiz Gabriel

DICAS: Várias vias em top rope; verificar estado de conservação dos grampos

O tempo estava ótimo, mas foi só o final de semana se aproximar, que as nuvens foram aparecendo. No final de semana passado, tentamos organizar uma invasão ao Costão, mas sem sucesso. A chuva implacável interromperam nossos planos. Fiquei com medo de também não conseguir fazer nada nesse final de semana. Recebi algumas ligações de pessoas interessadas em escalar conosco, mas a minha resposta era sempre a mesma: “se o tempo deixar... me ligue amanhã de manhã para confirmar”.

Para piorar, na sexta, por volta das nove da noite, caiu uma chuva, que desanimaria até mesmo os mais otimistas!!!! Mas sou brasileiro!!!! Então, no sábado, às sete da manhã, já estava de pé. O tempo havia melhorado, abri a janela e me empolguei. Comecei a arrumar as coisas. O Guilherme ligou e falei com ele que já saindo. Me atrasei um pouco, pois tive que colocar meu filho para dormir. O Luiz me ligou e queria saber se estava tudo certo. Ele ainda estava no Rio, mas a caminho. Como ele conhecia o local, marquei com ele direto Bananal.

E assim fomos, demos uma pequena parada para o café da manhã e partimos para Itacoatiara, que por sinal estava linda com o mar agitado. Chegamos a entrada o parque, assinamos o termo de compromisso e começamos a trilha. O caminho bem molhado devido a chuva da noite anterior. Chegamos rápido ao Bananal. O tempo estava agradável. O sol aparecendo entre as nuvens deu uma esquentada, mas nada de mais. Subimos o primeiro bloco e decidimos onde montar os tops. O primeiro foi na primeira ponta, à esquerda, onde no alto tem um grampo. Preparei o top rope e desci para dar uma analisada na linha que pretendia fazer.

Preparei minha câmera nova, queria fazer outros ângulos com ela montada no capacete. O Guilherme subiu primeiro. Em top rope tem mais liberdade. Dá para  tentar lances e movimentos que talvez não se tentaria em outras situações. Chegou a crux, tentou e queda. Foi a minha vez, o começo é tranquilo, lá no alto, tem um negativo que exige bastante dos braços e dedos. Não deu... Queda também!!! Cada um tentou mais duas vezes e nada. Cheguei até a avançar uma passada, mas sem sucesso de chegar ao cume.

Para relaxar, fui pelo lado esquerdo da aresta. Mais fácil, porém bem técnica. A mão esquerda entalada numa fenda, ajuda a vencer um lance. Nessa via, a coisa foi mais fácil. Voltei até a base e o Guilherme, insistente, foi de novo. Subiu e quando estava quase lá...  toma!!! Foi tão forte, que subi uns dois metros do chão e ainda queimei a mão. Em compensação, ele veio parar na metade da via, pura adrenalina!!!!

Depois dessa, resolvemos mudar de via, fomos mais para a esquerda. Depois de lavar a mão que ardia, montei o top em outro grampo. Era uma linha mais suave, o crux um pouco mais com aderência. Enquanto montava, o Luiz apareceu, pensei que ele não viria mais.

Descemos até a base e dessa vez, fui o primeiro a subir. O começo é tranquilo, exceto por um cacto, que se der mole, ele fura suas costas. Essa linha é boa, tem oposição, aderência e um lance tipo boulder no final, onde tem que usar força e técnica. Todos completaram duas vezes a via e fomos para a terceira. Essa, virada para o mar. Já havia tentado subir antes, queria me livrar do cacto, mas sem sucesso. Montei o top junto com o Luiz e ele desceu rapelando. Não deu para tentarmos a via, a corda não corria. Tem uma barriga que dá muito atrito. Tem umas marcas na parede onde mostra que os grampos foram retirados, acho que devido a grande ação da maresia e por segurança, alguém resolveu tirá-los.

Abortamos o top naquela parede e como já era 13:30, resolvemos para por ali. Na próxima, montaremos o top com uma fita ou solteira maior, assim os mosquetões ficarão abaixo da barriga. A linha é bem interessante, muito vertical e técnica. Essa via ficar para a próxima.
Então galera, até a próxima!!!!


Clique aqui para ver todas as fotos.


Fotos