quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Pico Menor e Médio - Três Picos

Por Leandro do Carmo

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Data: 07/07/2021
Local: Parque Estadual dos Três Picos
Participantes: Leandro do Carmo, Susana Selles, Gustavo Chicayban, Vander Silva e Mariana Fernandes

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos





Vídeo

Drone

Relato

Havíamos programado de fazer uma travessia passando pelo Pico do Faraó, entre Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu. Porém, dois dias antes, meu irmão acabou desistindo e conversando com o Gustavo, achamos melhor deixar para outra oportunidade. Mas como a mochila estava arrumada, sugeri de irmos para Três Picos, aproveitando que o Vander estaria por lá. Não seria nenhum esforço ir para Três Picos...

Saímos cedo. Por volta das 5h. Estava frio em Niterói e lá não seria diferente. A viagem foi tranquila e fizemos uma parada em Vieira para o café da manhã. De lá seguimos viagem. Por volta das 8:20h, estacionamos o carro e subimos andando até a República Três Picos, do Mascarin. O Vander e a Mariana já estavam lá. Deixamos nossas coisas e nos preparamos para subir. Apesar do cansaço da viagem, era melhor deixar para relaxar na volta.

Essa era a minha segunda vez no Pico Médio e Menor. Iniciamos a caminhada por volta das 10h. O dia estava bem agradável e o céu bem limpo. Não ventava... Não fazia calor. Enfim, um dia perfeito! Saímos do Mascarin e subimos até a grande Araucária e dali, entramos na trilha propriamente dita. Seguimos andando, passamos por uma casa e logo cruzamos um córrego, passando por uma porteira um pouco mais a frente. Fomos andando até ao ponto onde dá acesso à base da Via Leste, no Pico Maior.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Continuamos subindo num bom ritmo e logo estávamos cruzando mais um córrego. Mas esse é bem largo e tem pouca água. A trilha continua na outra borda. Veio um trecho mais íngreme. Diminuir o ritmo foi inevitável. Mas continuamos a subida. Mais acima, caminhamos por uma crista até chegar numa laje, onde tem o primeiro trecho técnico, com alguns metros de escalada, mas bem tranquilo pra quem já está acostumado. Andamos mais um pouco e chegamos a mais um trecho técnico.

Subi e fixei uma corda para auxiliar os demais. Aos poucos, todos subiram. Enrolei a corda e toquei pra cima. Passamos por uma gruta e com alguns minutos estávamos colados na rocha do Pico Menor. Dali fomos paralelos à rocha até chegar à base dos degraus. Na primeira vez, ainda era uma corda, num terreno bem instável, mas devido aos problemas de erosão, esses degraus foram instalados.

Todos subiram e continuamos paralelos à rocha por um curto trecho até começarmos a subir o trecho que considero mais delicado. Nesse ponto achamos um pedaço de gelo, já era quase meio-dia! Dava para ter uma noção do frio. Essa face da montanha fica na sombra durante boa parte do ano. Fomos com bastante cuidado. Alguns trechos estavam molhados e escorregavam bastante.

Passado esse trecho, contornamos o cume do Pico Menor e seguimos até o ponto onde fixamos a corda para descermos até o colo entre o Pico Menor e o Maior. Já havia um grupo do Centro Excursionista Friburguense. Todos desceram e apenas a Susana resolveu ficar. Pegamos a última subida antes do cume, por sinal bem forte. Até que foi rápido e em poucos minutos estávamos no cume. A vista impressionava. O Pico Maior roubava a cena bem a nossa frente. Lá no fundo, podíamos ver o Pico do Faraó, mas esse vai ficar para uma próxima.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Foi só parar que o frio começou a bater. Coloquei logo o anorak e fiz um lanche antes de voltar. Fiz algumas imagens com o drone e voltei para fazer companhia à Susana que havia ficado. Na volta, aproveitamos para subir o Pico Médio, tendo que fazer mais um lance curto de escalada. Mais uma visão impressionante. Ficamos ainda mais um tempo lá em cima até começarmos a descida, que não seria tão fácil.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Fomos com muito cuidado até estar de volta ao Mascarin. Quando chegamos o sol já tinha ido embora. O frio foi aumentando. Armamos a barraca e foi duro, mas muito duro tomar o banho frio! A água fria batia na cabeça e chegava doer! Depois de colocar uma roupa mais quente, foi hora de preparar a janta. Nos reunimos em volta da fogueira portátil do Vander, o que fez a temperatura ficar bem agradável. Na hora de dormir, meu pé estava tão frio, que tive que ferver água e encher uma garrafa para colocar dentro do saco de dormir. Foi o suficiente para aquecer e permitir que eu pegasse no sono...


Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Escalada no Dedo de Deus

Por Leandro do Carmo

Data: 07/08/2021
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Participantes: Leandro do Carmo Luis Augusto Avellar



Relato

Com a pandemia, havia um bom tempo que não escalava o Dedo de Deus. Já tinha combinado algumas vezes, mas sempre acontecia alguma coisa que não dava. Dessa vez quase que desmarquei... Já escalei algumas vezes do Dedo Deus e falei para o Luis que não estava muito a fim de ir com o tempo ruim. A previsão não era das melhores, mas também não havia previsão de chuva forte. Havia sim, uma pequena possibilidade de chuva e o tempo ficaria encoberto.

Depois de alguma insistência do Luis em ir e alguma insistência minha em não ir, resolvemos manter. Decisão acertada, vocês verão. Encontrei o Luís as 5 horas e de lá seguimos em direção à Teresópolis. Ainda estava escuro e seguimos por Magé. A viagem foi rápida e sem contratempos. Nem vi a hora que chegamos lá, mas deve ter sido por volta das 6h30min. Não tinha nenhum carro estacionado, provavelmente não encontraríamos nenhuma cordada pela frente.

O tempo estava aberto com poucas nuvens. Ainda bem que o Luis insistiu. Nem reclamei. Estava um pouco de frio. Fomos caminhando pelo acostamento e logo entramos na trilha. Seguimos subindo. Esse trecho é bem forte, aproximadamente 40 minutos de subida bem íngreme. O Luis ficou um pouco para trás. Fui andando num bom ritmo. Quando cheguei ao lance inicial do artificial, vi que estava seco. Somente o lado próximo à vegetação que estava um pouco úmido, mas isso não atrapalharia em nada.

Assim que o Luis chegou, nos preparamos e ele saiu para guiar. Subiu bem rápido e montou a parada numa dupla de chapeletas mais a direita com quase 60 metros de corda. Subi logo em seguida, bem rápido também. Dali, o Luis tocou novamente até a próxima parada, aonde cheguei logo depois. Dali subimos andando. Passamos pelos cabos e demos uma parada rápida na bifurcação para o polegar. Esse trecho tem alguns lances bem delicados, já bastante erodidos. Mais alguns minutos e chegávamos à base.

Fizemos uma parada mais longo, aproveitando para fazer um lanche reforçado e descansar um pouco. A subida foi forte! O Luis pegou alguns betas e saiu para guiar mais essa. Talvez o crux dessa enfiada aí seja a saída. Um lance bem bacana que passei rápido e segui num trepa pedra até a parada. Dali, o Luis tocou novamente, passando pelo lance de onde caiu uma arvorezinha que ajudava bastante. O lance ficou bem exposto. Protegemos numa outra árvore mais ao lado. O lance em seguida é bem vertical, mas tem excelentes agarras. Dali segui até gruta, onde bifurca para a Blackout ou Maria Cebola.

Seguimos pela Maria Cebola. Com uma esticada no braço já deu para clipar a primeira costura, subindo mais tranquilo. A saída tem boas agarras e vai ganhando altura com boas agarras. Mais acima, uma passada para entrar no diedro alucinante. A vista impressiona. Dali dá para ver a estrada serpenteando muito lá embaixo. Na última vez que fui, montei a parada mais acima, mas o Luis resolveu entrar na chaminé e dar segurança lá de dentro. Já na base da chaminé, mostrei para ele de onde saía a Blackout.

Saímos para mais uma. Agora um trecho longo de chaminé, dividido em duas etapas. Segui para cima de um grande bloco e mais para o lado tem um grampo e dali segue até o topo, onde tem uma parada dupla. A chaminé fica melhor fazer de costa para o grampo. Da parada, segui no corredor, fazendo uma pequena chaminé até chegar ao lance do cavalinho. Dali o Luis seguiu e entrou meio por fora na próxima chaminé. Eu fui mais por dentro, acompanhando um friso. Estávamos na base do lance do Passo do Gigante. Passamos rápido e seguimos direto para base da escada. Aproveitamos para tirar algumas fotos. Dava para ver um grupo no cume do Cabeça de Peixe.

Subimos a escada e foi cume! Eram cerca de meio dia. Ali ventava um pouco. Logo esfriou. Tirei o anorak da mochila e coloquei. Aproveitei para comer alguma coisa e assinar o livro de cume. Tinha algumas nuvens, mas dava para ver até Itacoatiara. Nos preparamos para descer. Tirei da mochila uma corda extra que levei e fizemos o rapel direto do cume. Depois emendamos mais dois rapeis até estar na base da Teixeira. Arrumamos as coisas e iniciamos a caminhada de volta. Na descida, encontramos o Charles. Seguimos descendo num bom ritmo, até chegar ao carro por volta das 15 horas.

Ainda deu tempo de lanchar no Paraíso da Serra. Chegamos em casa ainda de dia. Um excelente sábado!

  

















quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Pico da Tijuca

Por Leandro do Carmo

Data: 19/06/2021
Local: Parque Nacional da Tijuca
Participantes: Leandro Carmo, Susana Selles, Gustavo Chicayban e Clara



Curiosidades:

O pico da Tijuca está localizado na Floresta da Tijuca, que é parte do Parque Estadual da Tijuca. Este é o ponto mais alto do Parque, com 1.022 metros de altitude, e o segundo ponto mais alto da cidade do Rio de Janeiro, sendo o primeiro lugar o Pico da Pedra Branca, com seus 1.024 metros de atitude.

Inicialmente acredita-se que a primeira pessoa a abrir uma trilha até o Pico da Tijuca foi o biólogo alemão Hermann Burmeister em 1853. Ele estava fazendo pesquisas sobre a fauna e flora em nossa Mata Atlântica. Somente em 1885 o então administrador da floresta, o Barão D’Escragnolle resolveu sinalizar esta trilha para auxiliar os próximos montanhistas.  

Com relação à escadaria do Pico da Tijuca, há algumas controversas em relação a construção que leva ao cume. A versão mais aceita é que foi realizada pelo Presidente da República Epitácio Pessoa. O presidente estava na expectativa de facilitar a subida de um ilustre convidado. A importante visita seria o Rei Alberto I da Bélgica, que veio visitar o local em 1920, a convite do presidente.  

Mas essa história tem um detalhe: apesar da homenagem, o rei era um experiente montanhista e achou um absurdo fazer a escadaria na pedra. Ele preferiu subir pela rocha e descer pelo costão, que é uma trilha com alto nível de dificuldade.

Então naquela ocasião, a escadaria não teve muita serventia. Depois de alcançar o topo do Pico da Tijuca e observando a paisagem ali, o rei ficou maravilhado com a beleza do nosso Brasil. O rei ainda afirmou que a nossa natureza é a mais bela e empolgante do mundo!

Vídeo

Relato

O dia amanheceu meio nublado. Um friozinho gostoso. Tínhamos que chegar cedo à Praça Afonso Viseu para conseguir lugar para estacionar, visto que durante a pandemia, estava proibida a entrada de carros no Parque Nacional da Tijuca. Combinei de encontrar a Susana a 6:50h e de lá seguimos para o nosso destino. Levamos cerca de 40 até lá e conseguimos uma vaga bem localizada, sem maiores problemas. Já havia bastante gente no entorno, todos esperando a hora de abertura do parque.

Às 8 horas, entramos e iniciamos nossa caminhada pela estradinha que leva ao Bom Retiro, são cerca de 4,5 km até lá. A caminhada foi bem agradável e fomos bem rápidos. Já no Bom Retiro, aproveitamos para dar uma parada. Quem precisou, foi ao banheiro. Aproveitei para deixar os nomes junto ao guarda. Dali em diante, iniciaríamos a trilha, propriamente dita, pois até agora, havíamos só caminhado pela estradinha.


A trilha segue muito bem cuidada e seu início serve de acesso para diversas outras da região. Seguimos andando num ritmo bem tranquilo. O dia continuava bem agradável, porém com muitas nuvens. Minha preocupação agora era já não ter vista lá de cima. Fomos subindo e em alguns trechos conseguia ver alguma coisa bem ao fundo. Estávamos contornando o Pico da Tijuca e logo chegamos num largo, onde a trilha se dividia: para a esquerda, seguia para o Tijuca Mirim, par a direita, o Pico da Tijuca.

Seguimos para a direita e em pouco tempo chegávamos ao início das escadas. Seus grandes degraus chegam a impressionar. Fomos subindo bem devagar para apreciar a vista. As nuvens estavam bem altas e dali já tínhamos uma visão privilegiada. Num trecho mais confortável, parei para fazer algumas filmagens com o drone. Depois de uns 15 minutos parados, continuamos a subida e mais alguns degraus, estávamos no cume!

Uma caminhada bem rápida, mas muito bonita. A vista era a grande recompensa. Uma pena não estar naquele dia de céu azul... Mas isso pouco importava. Como havíamos entrado cedo, não tinha quase ninguém lá em cima. Mas aos poucos, foi chegando mais gente. Já era hora de ir embora! Começamos a descida e foi muito mais rápido do que a subida. Como diz o ditado: “pra baixo todo santo ajuda”.

Já no Bom Retiro, mais uma parada rápida,  e seguimos descendo até a portaria. Tudo conforme programado. Foram cerca de 13 km de uma caminhada muito agradável.













segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Travessia Itapebussus x Mar do Norte

Por Leandro do Carmo

Travessia Itapebussus x Mar do Norte

Data: 26/06/2021
Local: Rio das Ostras
Participantes: Leandro do Carmo e Leonardo Carmo
















Dicas

Duração:
Distância:

Início da Trilha

Como chegar:


Já havia um bom tempo que estava querendo fazer essa travessia. Há uns meses atrás, fomos até umas praias, mas não avançamos muito por conta do forte calor. Esperamos que estive num tempo mais fresco. O outono estava aí. Previsão de tempo aberto e temperatura amena. Condições perfeitas!

Acordamos nem tão cedo, afinal de contas era perto da nossa casa. Saímos por volta das 8 horas e nosso pai nos deu uma carona até próximo do início da trilha. Dali caminhamos alguns metros até o início propriamente dito. Entramos num caminho bem aberto. A trilha seguia num trecho com areia mais fofa, mas logo ela foi ficando bem compactada. A caminhada foi ficando mais agradável. As poucas árvores do início deram lugar a uma vegetação rasteira e bem florida. Não havia mais abrigo do sol. Mas estávamos numa época em que no sol não era problema.

Era quase uma estradinha, de tão larga. Dali, conseguíamos ver a região serrana de Macaé bem ao fundo, bem como Pico do Frade. O São João mais a oeste também se destacava. Fomos andando num bom ritmo e fizemos uma parada de uns 15 minutos para filmar com o drone. Não passava ninguém, com exceção de um pescador que passou enquanto filmávamos. De volta a caminhada, passamos por um trecho onde corria um pouco de água e mais a frente estávamos na praia.

Continuamos andando e passamos pela Lagoa de Itapebussus. Dali seguimos pelo costão e cruzamos a segunda de muitas praias que viria pela frente. O mar estava bem agitado, era mudança de lua. As pedras estavam bem molhadas e todo cuidado era pouco. Continuamos andando passando por costões e praias. A formação rochosa do local é espetacular. Depois de passar por pequenas praias, caminhamos por uma maior. A areia era muito fofa e seria assim por todo o caminho.


A cada quilômetro andado, estávamos mais isolados. A paisagem era bem peculiar. Ventava bastante. A areia fofa dificultava bastante, mas seguimos andando. Mais costões e praias resolvemos fazer mais uma parada para uma nova filmagem com o drone.  Mais uns 15 minutos e continuamos. Já havíamos caminhado cerca de 7 quilômetros. Faltavam, aproximadamente 3 quilômetros para completarmos nossa travessia.

Desse ponto em diante, passamos por diversos desenhos talhados nos costões. Já estávamos próximos do fim. Percebi que a medida que chegávamos ao Mar do Norte, já encontrava mais vestígios das pessoas. Era uma fogueira apagada, uma cabana feita de bambus... De longe avistei algumas pessoas. Era a certeza de que chegávamos ao final.

Já na última praia, entramos no acesso ao condomínio e na portaria, pedimos um UBER, que nos levou de volta para casa. Foram 2h40min de caminhada, contato as paradas. Uma excelente opção para quem for passar uns dias em Rio das Ostras!













segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Serra da Bolívia

 Por Leandro do Carmo

Serra da Bolívia

Data: 19/09/2021
Local: Aperibé
Participantes: Leandro do Carmo e Jefferson Figueiredo


Dicas:

Existem alguns caminhos para iniciar, mas todos se encontram mais acima. Dependendo de onde se começa, pode passar por 4 trechos mais técnicos. A caminhada é bem exposta ao sol.

Como chegar:https://goo.gl/maps/UmCH11NWtKXuWP7VA
(Caminho a partir da ponte em Itaocara)

Trilha no Wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/serra-da-bolivia-86730347

Relato

Já faz bastante tempo que fui a primeira vez à Itaocara e sempre tinha a Serra da Bolívia como um dos meus objetivos. Apesar de estar no município vizinho, Aperibé, de Itaocara temos uma vista privilegiada da pedra e sua beleza encanta que passa por perto e até quem passa longe... Ela está localizada bem próximo do Rio Paraíba do Sul e compõe uma bela paisagem, principalmente no por do sol.

Havia programado minha ida à Itaocara para fazer algumas aulas de canoagem com a ACAI e deixei o domingo livre para, finalmente, poder subir a Serra da Bolívia. Saí de Niterói as 4:30 da manhã e a viagem levou cerca de 4 horas. O dia estava firme e bem aberto. Passei o sábado remando nas belas águas do Rio Paraíba do Sul.

No domingo, acordamos bem cedo e chegamos ao início da trilha por volta das 5:30 da manhã. Nossa ideia era voltar antes que o sol estivesse forte. Iniciamos a caminhada ainda um pouco escuro. Passamos por uma casa sem fazer muito barulho e cruzamos uma cerca bem no alto. Dali seguimos pelo pasto. Fomos ganhando altura até chegarmos à primeira subida em rocha. Um pequeno obstáculo, mas que fez a Fabíola e a pequena Maitê desistirem. Elas ficaram nos esperando, enquanto continuamos a subida.

O caminho seguia óbvio e logo caminhamos paralelos a uma cerca até chegarmos ao segundo ponto técnico da trilha. Esse, talvez o mais difícil. Haviam duas pessoas já no alto com uma corda. Passamos por eles e continuamos subindo. O trecho fica bem íngreme até chegarmos em mais um costão. Esse mais fácil que o anterior. O som da natureza era impressionante. Muitos cantos de pássaros formavam uma sinfonia. A vista era fantástica e já podíamos ver a cidade de Itaocara e boa parte do trecho do Rio Paraíba do Sul.

Passado o trecho, cruzamos uma pequena parte com vegetação bastante seca. Minha mochila estava pesada. Um de nossos objetivos era colocar uma proteção fixa para que outras pessoas pudessem fixar corda e auxiliar a subida. O calor e o peso da mochila foram cobrando o preço, mas vista era tão impressionante que por certos momentos, nem lembrava...

Continuamos a caminhada e logo estávamos próximos ao topo do cume da direita, isso de quem olha a Serra da Bolívia de Itaocara. Desse ponto, descemos e contornamos a sela até subir o último trecho técnico. Era um trepa pedra bem tranquilo, mas que tem várias pedras soltas. Dali subimos em direção ao cume.

Em poucos minutos alcançamos o cume. A vista impressionava. O cume se destaca e temos uma visão 360° de toda a região. Dali podíamos ver algumas cidades do entorno. O rio Paraíba do Sul cortava a paisagem de forma suave. O rio já tivera a oportunidade de conhecer, mas a Serra da Bolívia era a primeira vez.

Ficamos ali no cume durante um tempo até que começamos a descer. Aproveitamos para colocar um grampo em um dos trechos técnicos e ainda ajudamos um grupo a subir. Descemos bem rápidos, até que encontramos novamente a Fabíola e a Maitê. Dali, seguimos para o carro. Dali de baixo, podia ver o quanto havíamos subido. 

Vídeos



Fotos