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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Caixa de Fósforo - Parque Estadual dos Três Picos

 Por Leandro do Carmo

Caixa de Fósforo - Parque Estadual dos Três Picos

Data: 08/07/2021
Local: Parque Estadual dos Três Picos
Participantes: Leandro do Carmo, Susana Selles, Gustavo Chicayban e Clara



Relato

Depois de uma noite congelante, acordei para ver o sol nascer. O dia estava bem aberto e ainda estava bem frio. Havíamos cogitado a possibilidade de acordar mais cedo para ver o sol nascer do cume da Cabeça do Dragão, mas acabamos desistindo antes mesmo de dormir. De onde estava acampando, tinha uma visão privilegiada de quase todo o vale. Preparei um café para ver se dava uma esquentada. O sol foi nascendo e tínhamos uma visão fantástica. Com os primeiros raios de sol, o frio foi dando lugar a uma manhã bem agradável.

Depois de deixarmos tudo organizado, fomos para o destino de hoje: Caixinha de Fósforo. Saímos do Mascarin em direção ao Vale dos Deuses. Deu cerca de 30 minutos de caminhada. Aproveitamos para conhecer as novas instalações da área de camping. De lá, continuamos a caminhada. Seguimos andando com o Capacete , imponente, bem a nossa esquerda. Depois de uma subida, começamos a descer levemente. Entramos num trecho com bastante sombra. Esse caminho também leva ao Vale dos Frades, saindo na Fazenda Itatiba.


Um pouco mais a frente, entramos na trilha para a Caixa de Fósforo. Seguimos por uma leve subida, que logo ficou bem íngreme. De longe foi possível ouvir algumas pessoas mais acima. Apesar de íngreme, a trilha é bem curta. Como o dia estava bem agradável, estávamos subindo num bom ritmo. Passamos pela escadinha e depois de mais alguns metros, estávamos num mirante, bem de frente para essa impressionante formação rochosa.

Fizemos uma pausa bem rápida. A Susana resolveu ficar por ali junto com a Clara que chegou um pouco depois. Eu e o Gustavo continuamos, nosso objetivo era escalar o artificial que dá acesso ao cume. Do mirante, descemos e chegamos à base da pequena chaminé. Antigamente havia uma corrente que auxiliava a subida, mas agora, deve-se escalar, obrigatoriamente.

Subimos rápidos e logo estávamos na base da escalada. Nos arrumamos e procurei algum galho para improvisar um “clip stick”, pois a primeira proteção é bem alta e impossível de fazer em livre. Eu até havia pensado em pegar um pelo caminho, mas havia esquecido. Por sorte, havia um na medida. Clipei o estribo e uma costura, já com a corda passada. Com um pouco de força, cheguei à primeira proteção. Me “ensolteirei” para poder descansar um pouco. A saída é bem complicada e exposta.

Agora era dar continuidade. Demora um pouco até sincronizar o movimento. Fui sempre na sequência: Sobe, passa a costura na proteção de cima, prende a solteira, tira o estribo de baixo e coloca em cima. E daí, começa tudo de novo. Apesar de estar tudo na mente, esse primeiro trecho é levemente negativo, ficando levemente positivo à medida que vai subindo. E fui subindo, chapeleta por chapeleta. Depois que via vai saindo para a esquerda, vai ficando mais fácil. Já não precisava fazer tanta força.


Na primeira vez que subi a Caixa de Fósforo, subi “prussikando”. Dessa vez foi bem diferente. Já bem no alto, conseguia ver as últimas proteções e mais algumas passadas estava no cume. Montei a parada e tomei um gole de água. Preparei a segurança para o Gustavo subir. Ele veio e sentiu a mesma dificuldade que eu nos trechos iniciais. Demorou um pouco mas chegou. Agora sim podia descansar um pouco. Dei uma organizada no equipamento e fiz algumas imagens com o drone. Depois de uns 20 minutos no cume, montamos o rapel. Desci primeiro, com o Gustavo logo em seguida. Arrumei todo o equipamento na mochila e pegamos a trilha de volta. A volta foi bem mais tranquila, o trecho de subida forte, agora era descida. Seguimos conversando até chegar ao Mascarin novamente.













quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Pico Menor e Médio - Três Picos

Por Leandro do Carmo

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Data: 07/07/2021
Local: Parque Estadual dos Três Picos
Participantes: Leandro do Carmo, Susana Selles, Gustavo Chicayban, Vander Silva e Mariana Fernandes

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos





Vídeo

Drone

Relato

Havíamos programado de fazer uma travessia passando pelo Pico do Faraó, entre Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu. Porém, dois dias antes, meu irmão acabou desistindo e conversando com o Gustavo, achamos melhor deixar para outra oportunidade. Mas como a mochila estava arrumada, sugeri de irmos para Três Picos, aproveitando que o Vander estaria por lá. Não seria nenhum esforço ir para Três Picos...

Saímos cedo. Por volta das 5h. Estava frio em Niterói e lá não seria diferente. A viagem foi tranquila e fizemos uma parada em Vieira para o café da manhã. De lá seguimos viagem. Por volta das 8:20h, estacionamos o carro e subimos andando até a República Três Picos, do Mascarin. O Vander e a Mariana já estavam lá. Deixamos nossas coisas e nos preparamos para subir. Apesar do cansaço da viagem, era melhor deixar para relaxar na volta.

Essa era a minha segunda vez no Pico Médio e Menor. Iniciamos a caminhada por volta das 10h. O dia estava bem agradável e o céu bem limpo. Não ventava... Não fazia calor. Enfim, um dia perfeito! Saímos do Mascarin e subimos até a grande Araucária e dali, entramos na trilha propriamente dita. Seguimos andando, passamos por uma casa e logo cruzamos um córrego, passando por uma porteira um pouco mais a frente. Fomos andando até ao ponto onde dá acesso à base da Via Leste, no Pico Maior.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Continuamos subindo num bom ritmo e logo estávamos cruzando mais um córrego. Mas esse é bem largo e tem pouca água. A trilha continua na outra borda. Veio um trecho mais íngreme. Diminuir o ritmo foi inevitável. Mas continuamos a subida. Mais acima, caminhamos por uma crista até chegar numa laje, onde tem o primeiro trecho técnico, com alguns metros de escalada, mas bem tranquilo pra quem já está acostumado. Andamos mais um pouco e chegamos a mais um trecho técnico.

Subi e fixei uma corda para auxiliar os demais. Aos poucos, todos subiram. Enrolei a corda e toquei pra cima. Passamos por uma gruta e com alguns minutos estávamos colados na rocha do Pico Menor. Dali fomos paralelos à rocha até chegar à base dos degraus. Na primeira vez, ainda era uma corda, num terreno bem instável, mas devido aos problemas de erosão, esses degraus foram instalados.

Todos subiram e continuamos paralelos à rocha por um curto trecho até começarmos a subir o trecho que considero mais delicado. Nesse ponto achamos um pedaço de gelo, já era quase meio-dia! Dava para ter uma noção do frio. Essa face da montanha fica na sombra durante boa parte do ano. Fomos com bastante cuidado. Alguns trechos estavam molhados e escorregavam bastante.

Passado esse trecho, contornamos o cume do Pico Menor e seguimos até o ponto onde fixamos a corda para descermos até o colo entre o Pico Menor e o Maior. Já havia um grupo do Centro Excursionista Friburguense. Todos desceram e apenas a Susana resolveu ficar. Pegamos a última subida antes do cume, por sinal bem forte. Até que foi rápido e em poucos minutos estávamos no cume. A vista impressionava. O Pico Maior roubava a cena bem a nossa frente. Lá no fundo, podíamos ver o Pico do Faraó, mas esse vai ficar para uma próxima.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Foi só parar que o frio começou a bater. Coloquei logo o anorak e fiz um lanche antes de voltar. Fiz algumas imagens com o drone e voltei para fazer companhia à Susana que havia ficado. Na volta, aproveitamos para subir o Pico Médio, tendo que fazer mais um lance curto de escalada. Mais uma visão impressionante. Ficamos ainda mais um tempo lá em cima até começarmos a descida, que não seria tão fácil.

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Fomos com muito cuidado até estar de volta ao Mascarin. Quando chegamos o sol já tinha ido embora. O frio foi aumentando. Armamos a barraca e foi duro, mas muito duro tomar o banho frio! A água fria batia na cabeça e chegava doer! Depois de colocar uma roupa mais quente, foi hora de preparar a janta. Nos reunimos em volta da fogueira portátil do Vander, o que fez a temperatura ficar bem agradável. Na hora de dormir, meu pé estava tão frio, que tive que ferver água e encher uma garrafa para colocar dentro do saco de dormir. Foi o suficiente para aquecer e permitir que eu pegasse no sono...


Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Pico Menor e Médio - Parque Estadual dos Três Picos


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato

Por Leandro do Carmo

Data:10/12/2017

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato

Dicas para Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato

A trilha pode ser divindade em duas partes. Na primeira você caminha no leito de um trecho da antiga rodovia RJ116 e no outro, no leito da antiga Estrada de Ferro que ia até Cantagalo. No primeiro trecho, caminhamos literalmente sobre o asfalto, sendo possível ver olho de gato e até as faixas amarelas em alguns pontos. No segundo, passamos por pontes antigas e até trechos contam ainda com trilhos. Por todo o percurso, passamos por pontos de água e locais para banho.

Na logística, se tiverem em dois carros, vale a pena deixar um na rua que leva à Sede do Parque Estadual dos Três Picos, um pouco acima de onde terminará a caminhada. Se tiverem com apenas um carro, pode-se deixar o carro no mesmo local e pegar um ônibus ou van, até o posto da Polícia.

Vídeo

Como Chegar

O início fica na rua ao lado do Posto da Polícia na RJ 116, nos limites do município entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo.

Relato da Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Ponte que cruzamos durante a travessia
Nos dias de calor, nada melhor do que caminhar em meio a mata e com diversos pontos para banho. Mas será que existiria um lugar assim? A resposta é sim e é em Cachoeiras de Macacu. Caminhar pelas trilhas da região é garantia de poder se refrescar em dias quentes... O destino dessa vez foi a Travessia Theodoro x Boca do Mato. Uma bela e peculiar caminhada, pois caminhamos por cima de um trecho da antiga estrada que ligava Cachoeiras de Macacu à Friburgo e depois pelo leito da antiga Estrada de Ferro Cantagalo.

Saímos bem cedo de Niterói e seguimos viagem até Cachoeiras de Macacu. O dia não estava dos melhores e parecia que não teríamos sol. Chegamos à entrada da sede do Parque Estadual dos Três Picos em Cachoeiras de Macacu, deixamos um carro lá e seguimos para o início da trilha, 15km serra acima.

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Início da travessia
No início do caminho, logo após o posto policial, que fica no limite entre os municípios entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, estacionamos os carros e nos preparamos para nossa caminhada. Como nem todos se conheciam, nos apresentamos antes de iniciar a caminhada. Dali, seguimos andando. Fomos andando pela estradinha até que tem uma saída discreta à esquerda, com uma barreira impedindo o acesso de carros. Passamos pelo canto e entramos definitivamente na trilha, ou melhor, no asfalto, ou seria trilha mesmo? Mas como assim asfalto? Pois é, essa parte da trilha segue pelo trecho desativado da antiga rodovia e literalmente caminhamos no asfalto. A vegetação tomou conta e ficou apenas um caminho limpo no centro da estrada.

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Caminho asfaltado
E fomos andando. Por hora, víamos as faixas amarelas pintadas na estrada e até olho de gato. Coisas bem inusitadas para uma trilha. Passamos por diversos pontos de água e por muitos deslizamentos, talvez um dos motivos pela desativação desse trecho. Mais a frente, uma bela cachoeira. Continuamos a descida, esse é um detalhe que não havia comentado, mas a trilha é uma suave e constante descida, o que a torna um passeio perfeito. Passamos por uma grande ponte, de onde podíamos ouvir e ver o rio bem ao fundo.

Passamos por diversos pontos de água. Em dias quentes, uma boa pedida para um banho. Como o piso é bem regular, rapidamente chegamos novamente ao asfalto. Nesse ponto, a trilha volta para o leito da rodovia. Paramos para fazer um lanche e seguimos descendo por cerca de 1km pelo acostamento até entrarmos novamente na trilha. A entrada é meio discreta.

Começamos a descida por um caminho bem definido até chegarmos a uma construção, tipo uma torre, que servia para abastecer de água as locomotivas à vapor. Uma pausa para as fotos. Percebi em meio a vegetação algumas vestígios de construções, talvez do tempo da Estrada de Ferro. A partir desse ponto, começávamos a caminhar no leito da rodovia. Em um trecho, é possível ainda ver um pedaço do trilho. Novamente passávamos por grandes pontes, o que proporcionava uma aventura a mais... Uma dessas pontes, impressionava pelo tamanho. O Rio corria pequeno ao fundo. Continuamos a descida até chegarmos à uma área bem aberta da antiga Estrada de Ferro. O local está bem cuidado. Ali paramos para um descanso e um lanche reforçado. Eu saquei meu fogareiro, preparando um rápido almoço e o tradicional café.

Ainda ficamos por mais algum tempo, até começarmos a caminhada de volta, onde pegamos uma estrada de chão, passando por diversas propriedades até estar de volta à rodovia. Dali, caminhamos até a entrada o Parque Estadual dos Três Picos, onde um grupo subiu para pegar o outro carro. Aprovei para conhecer a Trilha do Jequitibá, próximo a sede o Parque. Um refrescante banho fechou o dia! Ainda paramos na estrada para comermos algo. E de lá, seguimos viagem de volta. Missão cumprida.

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Posto policial

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Rio durante a caminhada
Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Início da trilha

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Trecho que caminhamos na rodovia

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Durante travessia, já no trecho da Estrada de Ferro

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato

Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato