segunda-feira, 18 de março de 2019

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Por Leandro do Carmo

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Local: Maricá
Dia: 12/05/2018
Paticipantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos, Cris Anderson e Felipe Ayres

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado





Relato

Depois que terminei o Guia de Trilhas de Niterói e Maricá, ainda não havia voltado ao Silvado, mas a vontade era grande. Assim como a vontade de andar pelo Espraiado, Restinga, Cassorotiba, etc... Maricá, sem dúvidas, é um local fantástico! O Ary havia ido lá e mostrado algumas fotos de uma cachoeira. Falei para ele que havia uma outra que uma pessoa que conheci no Espraiado havia dito que existia. Mas como não sabia exatamente o local, falei para o Ary se ele gostaria de fazer uma exploração pelo local. O Ary topou a empreitada!



Convidei alguns amigos do Clube Niteroiense de Montanhismo, mas no final, além de mim e do Ary, somente o Cris Anderson e Felipe Ayres também foram. Nossa ideia era sair do Silvado, ir até Tomascar e depois para o Espraiado. Mas a logística não é das mais fáceis. Fizemos assim: Eu, Cris e o Felipe, fomos de carro e o Ary de moto. Deixamos a moto do Ary numa padaria, na esquina da estrada que leva até Itaboraí e de lá seguimos para o Silvado, onde deixamos o carro do Cris. A ideia, na volta, era pegar o ônibus que sai do Espraiado e ir até a padaria, pegar a moto do Ary e ir até o Silvado novamente, onde pegaríamos o carro e poderíamos, assim, ir na de volta pra casa.

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Fechamos a logística e assim seguimos até o Silvado, onde iniciamos a caminhada. O dia estava agradável e o bar do Sr. Célio ainda estava fechado. Seguimos andando pela agradável estradinha de terra, onde cruzamos o córrego por algumas vezes. Passamos por algumas casas e seguimos andando. A medida que andávamos a estradinha ia diminuindo até se transformar num caminho bem ruim. Mais acima, pegamos uma saída à esquerda e fomos até a Cachoeira do Segredo e subindo alguns metros o córrego, chegamos a uma bela gruta. Uma novidade que muitos não conhecem. É uma gruta em que o córrego desce por dentro dela, fazendo uma cachoeira bem ao fundo. Depois do banho, voltamos para a trilha e seguimos subindo.

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Olhando para trás podíamos ver a Pedra do Silvado ao fundo. Um espetáculo. Andando por esse lugar, com paisagens bucólicas, tinha a impressão de não estar à poucos quilômetros de uma metrópole. O barulho das águas, o som dos pássaros e vento cortando as folhas das árvores, corroboravam o meu sentimento. Continuamos a subida e passamos por uma casinha, onde havia uma cerca. O caminho continuava bem definido e alguns minutos após a casa, a Cachoeirinha do Silvado. A entrada fica numa discreta picada à direita. Haviam muitos galhos, que escondia a trilha. Mas como já sabíamos onde ficava, foi fácil identificar. Ali demos uma parada rápida, antes de começar a subir.

A partir desse ponto, a subida fica mais íngreme e vamos ganhando altitude com mais rapidez. Mas isso tem um custo! Logo estava mais ofegante... Agora, as pausas eram mais constantes, mas mesmo assim, progredimos rápido. Demos uma parada uma pouco mais longa, bem abaixo de uma grande jaqueira, após um cercado desativado, que servia de curral. Um descanso merecido, pois a subida a partir dali seria a mais forte e sem abrigo das árvores.

Na subida, o capim estava muito alto. Em vários pontos cobria as voçorocas deixadas pelas motos. Em alguns pontos estava até perigoso cair em uma delas, torcer o pé ali, não seria muito bom. A subida foi dura, mas rapidamente chegamos na cerca, onde atravessamos e subimos mais um pouco, também com capim alto, até chegar a um ponto bem aberto. Ali fizemos uma pausa para o lanche e descanso.

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Após a pausa, continuamos a subida. Cruzamos a cerca, bem ao lado de uma porteira e seguimos em frente. Após saírmos do trecho com mato mais alto, começamos a caminhar sem arranhar a perna. Assim que começamos a descer suavemente, passamos por uma porteira e mais a frente subimos em direção à cerca, passando para o outro lado. De lá andamos com o capim quase na cintura. Foi duro, mas vencemos esse trecho. Mais a frente, paramos para um lanche. Uma pausa merecida! Aproveitamos para analisar o local e ver onde poderia estar a grande cachoeira que estávamos procurando. Com as poucas informações que tinha, seguimos caminho.

Descemos e entramos novamente na mata fechada. O caminho estava bem definido e ouvíamos o barulho da água. Poderia ser por ali... Cruzamos um córrego e fui seguindo-o para ver se achávamos algo. Andei bastante e nem sinal da cachoeira. Resolvi voltar e continuar a caminhada. A partir desse ponto, havia algumas fitas vermelhas penduradas em algumas árvores na borda da trilha. Fomos seguindo-as. Nunca havíamos passado por ali. Veio uma bifurcação e resolvemos seguir as fitas. Mas o caminho afastava-se muito da direção de onde deveríamos seguir. Voltamos e seguimos para a direita. Como tínhamos que contornar um morro, parecia que estávamos indo no caminho certo novamente.

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Depois de caminhar alguns minutos, encontramos uma bela cachoeira que passava ao lado de uma grande raíz. Demos uma pausa e continuamos andando. Mais a frente, havia um caminho menor que descia e depois começava a subir. Como o que estávamos era mais definido, resolvemos continuar nele. Depois de muito andar, já no alto de um morro, percebemos que estávamos errado novamente. Só que dessa vez, já havíamos andado uns 30 minutos... Não teve jeito. Demos meia volta e entramos no caminho visto antes. Subimos forte num trecho sem sombra. No alto do morro, podíamos ver Tomascar bem ao fundo.  Havia ainda um longo caminho à percorrer.

Enfim começamos a descer. O caminho estava bem erodido em alguns trechos. Descemos e depois de cruzar uma cerca, estávamos no caminho da Travessia Espraiado x Tomascar. Já estávamos atrasados com relação ao horário que havíamos programado. Tínhamos que pegar o ônibus do Espraiado para Maricá. Ainda tínhamos uns 40 minutos para chegar até Tomascar, o que resultaria em mais 40 minutos para voltar... O tempo que perdemos procurando o caminho foi o que causou Paramos, conversamos e resolvemos dar meia volta.

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Voltamos caminhando num ritmo mais forte, apesar do cansaço. Paramos num córrego para encher tomar uma água, encher as garrafas e nos preparar para a última subida. O calor estava forte e aquela água gelada veio numa excelente hora! Dali seguimos até o Espraiado. Chegamos por volta das 17:00 numa venda, onde fizemos um lanche rápido. Pedimos informação sobre o horário do último ônibus. Estávamos cansados e o tempo foi passando, quando nos demos conta, já era 17:30, só aí lembramos de perguntar sobre o ônibus... A resposta não foi nada animadora... O ônibus saía as 17:30. Como estávamos longe do ponto final, não tinha mais jeito. A esperança era que ele atrasasse. Andamos mais alguns minutos e quando chegamos, confirmamos: já tinha ido... O próximo, somente as 19:00h. Não teve jeito, tivemos que esperar.

Depois de muito esperar, embarcamos no ônibus gratuito da Prefeitura de Maricá e seguimos até onde havíamos deixado a moto do Ary. Dali, fomos buscar o carro do Cris e de lá, seguimos para casa. Um longo e maravilhoso dia!

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado

sábado, 2 de março de 2019

Escalada na Via Olha Lá - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Olha Lá - Costão de Itacoatiara

Local: Costão de Itacoatiara – Niterói - RJ
Data: 29/10/2017
Participantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos, Igor Holzer e Marcos Velhinho

Escalada Via Olha Lá


Dicas: A via começa depois do caminho para a via do Tetinho. Segue andando mais um pouco até antes de um platô de vegetação. A primeira proteção, mas chegar até ela bem tranquila. A via seguem assim até o final. No crux, costuma ficar bem sujo, devido à vegetação. Depois seguirá andando por entre bromélias até encontrar a trilha que segue para a Pata do Gato. 


Relato

Combinamos de escalar no Costão de Itacoatiara. Havia uma via que ainda não havia feito e já fazia um tempo que pensava em ir lá. A via é daquelas com poucas proteções. Tem que sair para escalar sem ver o próximo grampo. Bom, esse não era o maior dos problemas. Difícil é achar a base... Nos encontramos em Itacoatiara e de lá seguimos andado pelo Costão, no caminho dos pescadores, até passar pela entrada para a via do Tetinho. Chegamos num ponto onde avisei que teríamos que subir. 

Escalada Via Olha Lá
O Ary havia visto uns grampos um pouco mais para o lado há um tempo atrás, então segui por onde ele havia falado. Fui subindo e achei um grampo. Continuei subindo e passei por outro. Continuei subindo e mais um. Como havia um bom platô. Parei ali e peguei o croqui para dar uma olhada. Não batia com o traçado da via. Era uma sequência de grampos que para abruptamente. Não havia sinal de mais nada. Ficamos em dúvida se continuávamos ou não. Resolvemos então nos equiparmos e escalar.

Já com equipamento, fui subindo por um lado e o Ary do outro. Fomo reto e nada. A parede foi ganhando inclinação e já deveríamos estar há uns 40 metros. Não era por ali! Uma queda naquele ponto daria um problema. Como seguir reto estava descartado, fui para a esquerda na intenção de ficar acima de uma vegetação. Foi quando olhei bem longe e vi uma chapeleta. Olhei para baixo e vi o quanto de corda que tinha e resolvemos ir até lá. Esticando completamente a corda, foram 60 metros exatos. Sorte nossa. Dali, vieram o Velhinho e o Igor.

Na parada consegui me orientar e percebi que agora estávamos na Olha Lá. Dava para ver um grampo abaixo. Deduzi que estávamos no terceiro grampo da via. Dali, o Velhinho subiu guiando um trecho e fez uma enfiada mais curta, parando assim no segundo grampo. Tinha que ser ali, pois a próxima enfiada seria um esticão de 60 metros.  Subi e logo cheguei na parada. A via fica meio suja em alguns trechos, pois é uma via com muito pouca frequência. Da parada tínhamos uma bela vista de Itacoatiara, um pouco diferente da qual estamos acostumados. Na sequência, guiei a quarta enfiada, esticando totalmente a corda até a próxima parada. A via seguia tranquila. Na parada, já dava para ver o final da via.

Escalada Via Olha Lá
Foi a vez do Velhinho guiar a próxima enfiada. Ele saiu e não demorou muito até chegar ao final. Comecei a subir e cheguei logo ao crux, um degrauzinho em meio a vegetação. Em dias úmidos ou após chuvas, deve ficar estranho esse trecho. Acima do crux, a via vira um costão em meio a um mar de bromélias. Esperamos a galera chegar e de lá seguimos até o cume do  Costão, onde descansamos um pouco, antes de descer... Mais uma escaladinha concluída!

Escalada Via Olha Lá

Escalada Via Olha Lá

Escalada Via Olha Lá


terça-feira, 1 de janeiro de 2019

5 Pontões e Pancas, ES.

Circuito 5 Pontões e Pancas, ES.

De 22/12/2018 a 01/01/2019.

Participantes: Leonardo Carmo / Carina Melazzi.


Dia 1 (22/12) - Rio x 5 Pontões (Itaguaçu) 636 km

Saímos do Rio às 6h com destino a 5 Pontões (ES). A viagem foi super tranquila, porém quando chegamos em Campos dos Goytacazes, cidade que faz divisa com o ES, nos deparamos com um grande engarrafamento. Graças ao atalho indicado pelo Google Maps, cortamos a cidade margeando a linha do trem e fugimos do trânsito.

Paramos já em solo capixaba, num desses restaurantes de beira de estrada. Aproveitamos também para abastecer.

Depois de alimentados e com o tanque cheio, seguimos em frente. O GPS sinalizou pra gente entrar no primeiro acesso de Cachoeiro de Itapemirim, mas resolvemos entrar no segundo, pois considero esse caminho mais bonito, uma vez que é possível ver parte dos picos Frade e Freira.

Um pouco mais adiante, em Alegre, a gente se deparou com a Pedra de Itabira, uma imponente montanha em formato de agulha.

Chegando em Vargem Alta, pegamos uma chuva e resolvemos dar uma parada pra dar uma proseada com o pessoal local.

Continuando viagem, fomos nos deparando com mais montanhas como Três Pontões.

Chegando em Afonso Cláudio, paramos rapidamente e mais à frente o GPS nos indicou um caminho diferente do que eu tinha feito em 2015. Cortamos 58 km de estrada de terra em ótimas condições. Diria que em melhor estado do que muita rodovia dita pavimentada.

Daí pra frente foi levantar poeira até o Recanto da Pedra, em 5 Pontões. Já chegamos bebendo uma cerveja e a tão esperada Itaraninha, uma cachaça da região de Itarana, cidade vizinha de Itaguaçu.

Dia 2 (23/12) - 5 Pontões

Acordamos por volta das 7h e fomos tomar o café da manhã capixaba feito pelo pessoal do Recanto da Pedra. O café parece mais um almoço.

Depois de bem alimentados, partimos para fazer o cume do Pontão Maior. A gente queria fazer a via, mas o tempo estava muito fechado e optamos por subir pela via ferrata mesmo. A via segue em paralelo à via ferrata. Em um determinado ponto elas se cruzam, então não bateu a frustração de não ter feito a via que queríamos. As duas vias têm 120 metros. Como o pessoal do Recanto da Pedra tinha levado um grupo pra fazer a via ferrata e eles estavam com uma corda de 130 m, aproveitamos e rapelamos por ela. Quando estávamos descendo, o tempo resolveu abrir um pouco e deu pra curtir o visual, só que o sol veio rachando. Por sorte ou não, o tempo voltou a dar uma fechada e ficou mais relax.

De volta ao Recanto da Pedra, foi hora de beber aquela gelada, prosear e partir pra dentro da comida capixaba .

Dia 3 (24/12) - 5 Pontões

Como já tínhamos feito o cume do Pontão Maior, resolvemos subir até a rampa de voo. O caminho até lá pode ser feito de carro. É uma subida estreita por meio do cafezal e só recomendo fazer quem tem um pouco de experiência em dirigir em terreno acidentado. Praticamente não tem área de manobra. É subir ou voltar de ré pelo estreito e sinuoso caminho. Muito fácil de se perder (marquei no GPS e está disponível no meu perfil do wikiloc). São aproximadamente 5,2 km (ida e volta a partir do Recanto da Pedra). Dá pra fazer a pé tranquilamente, mas o sol aqui tava rachando.

Depois de curtir o visual indescritível, voltamos para o Recanto, onde a cerveja gelada e a comida capixaba nos aguardavam.

Dia 4 (25/12) - 5 Pontões

Hoje era o dia em que iríamos para Pedra Azul. Choveu intensamente durante toda a madruga e quando estávamos tomando café, soubemos que havia um alerta de tempestade com granizo para 57 cidades do ES, incluído Domingos Martins, cidade onde fica situado o parque. Diante desse cenário, resolvemos abortar a ida para à Pedra Azul e ficar mais em 5 Pontões. Se é pra encarar o granizo, a gente encara aqui mesmo em 5 Pontões.

Dia 5 (26/12) - 5 Pontões x Pancas

Acordamos um pouco mais cedo, tomamos café e tiramos aquela foto bacana com o pesssoal do Recanto da Pedra. Depois da despedida, foi hora de meter o pé na estrada rumo a Pancas. A viagem foi tranquila, sendo que o GPS jogou a gente para mais um caminho de terror logo quando entramos no município de Colatina, mas com a gente não tem choradeira. Lá fomos nós percorrer mais 40 km de estrada de terra.

Depois de um tempinho, saímos no asfalto novamente e resolvemos ir até o Centro de Pancas beber uma gelada e depois partir pro sítio do Cantinho do Céu, local de hospedagem (acampamento).

Fomos super bem recepcionados pelo Fabinho, dono do sítio.

A partir daí foi montar acampamento, voltar pro centro de Pancas pra dar uma explorada na cidade.

Dia 6 (27/12) - Pancas

Depois de dar aquela descansada ouvindo o som da fauna local, acordamos e fomos tomar o café da manhã que a mãe do Fabinho tinha preparado. Café simples, porém gostoso.

O tempo não estava muito firme, resolvemos explorar a região começando por uma trilha. Fizemos a Pedra da Boca. Pra quem tem experiência e ta com o preparo físico em dia, ela é tranquila, mas pra quem ta despreparado fisicamente e não tem experiência com montanhismo, ela se torna difícil.

No meu perfil do wikiloc tem o GPS.

Obs.: o Fabinho é guia local, quem quiser, pode combinar com ele.

Depois de concluir a trilha, resolvemos almoçar no centro de Pancas e depois partir pra conhecer a rampa de voo livre da cidade. Não tem muitas placas indicando o local. Saindo de Pancas, tem que pegar a estrada que vai para Alto Mutum Preto e mais à frente, uma estrada de terra onde tem uma placa. Daí pra frente só tem uma outra placa meio que escondida no mato.

No meu perfil do wikiloc tem o GPS.

São 6 km de estrada de terra até a rampa. A estrada é razoavelmente boa, mas em época de chuva, forma um atoleiro mais ou menos na metade do trajeto. Um 4 x 4 passa fácil.

Depois de curtir o visual lá de cima, voltamos para o centro de Pancas e em seguida para o sítio, pois o tempo estava fechando.

Chegando no sitio, foi hora de bater um papo com o Fabinho até que os relâmpagos deram sinais de que viria chava pesada. Até que não choveu muito forte, mas choveu a noite toda varando a madrugada.

Dia 7 (28/12) - Pancas

Acordamos ainda com chuva e resolvemos ir até o centro para conhecer o Mercado Municipal e dar umas voltas pela cidade, pois não tinha muito o que fazer por conta da chuva. Depois voltamos para o camping e aproveitamos para explorar o sítio, mesmo debaixo de chuva.

Dia 8 (29/12) - Pancas

Acordamos com uma chuva fraca e por volta das 9h30 o tempo começou a abrir. Aproveitamos para fazer a trilha da Pedra do Vidal, que fica em Lajinha, distrito de Pancas, a aproximadamente 12 km do sítio.

A navegação da trilha é um pouco complicada, porque tem muitas bifurcações e não há qualquer tipo de sinalização. Como havia chovido pela manhã e na noite anterior, andamos por trechos de estrada de terra com bastante lama, tanto que o nosso carro não conseguiu subir até a porteira do Sítio Santa Maria, de onde começa a trilha. Em época seca, um carro normal consegue subir sem problemas. Em época chuvosa, só com 4x4 ou um fusca rsrs.

Segundo informações do Fabinho, dono do Sítio Cantinho do Céu, onde ficamos hospedados, a trilha tem aproximadamente 13 km (ida e volta). Por conta da chuva, acabamos começando a trilha tarde e não conseguimos chegar ao cume porque o tempo começou a fechar e achamos melhor retornar porque havia muita lama no caminho e um trecho grande de laje de pedra, sem falar que a navegação estava ficando cada vez mais complicada, pois não encontramos tracklog da trilha e não tínhamos qualquer outra fonte de informação.

No meio do caminho de volta, dava pra ver a chuva se aproximando e o som das trovoadas ficava cada vez mais alto. Daí foi o tempo certo de chegar no carro, encontrar um lugar para almoçar em Lajinha e a chuva começar a desabar.

Quando voltamos para o camping, a chuva estava se aproximando pelo outro lado da cidade, deixando a estrada de terra que dá acesso ao sítio ainda mais ensaboada.

Depois de um tempo a chuva deu uma trégua e aproveitamos para dar uma volta pelo sítio e curtir o visual.

Dia 9 (30/12) - Pancas

Como tinha voltado a chover, ficamos pelo sítio até que resolvemos dar uma saída e ir até à cidade. Nada de trilha ou escalada. O negócio era beber uma cerveja vendo a chuva cair. Ainda tentamos ir ate a base da pedra da Agulha, onde fica a chaminé Brasília, mas não conseguimos chegar por conta dos atoleiros. Na volta, mais um perrengue na ensaboada estradinha de terra até chegar no sítio.

Dia 10 (31/12) - Pancas

Esse dia foi agitado. Por volta das 6h acordamos e ao sair da barraca, vimos que a coisa tinha ficado seria demais. O Rio transbordou e a água já estava batendo na porta do carro. Foi o tempo de colocar o carro num ponto mais alto e só ficar observando. Não tinha mais o que fazer.

Depois de um bom tempo chovendo, o tempo foi dando uma acalmada e a chuva diminuindo. Como o rio era estreito e raso, não demorou muito pra água abaixar. Quando foi final de tarde, a situação já era mais tranquila. Deu até pra sair a pé e ver as condições da estrada de terra, pois teríamos que ir embora no dia seguinte.

Mais pro final do dia, o irmão do Fabinho convidou a gente e o outro pessoal que estava no camping para passar a virada de ano em sua casa. Rolou um churrasco, cerveja e a boa cachaça capixaba.

Essa viagem foi marcante. Passamos o Natal em 5 Pontões e a virada do ano em Pancas. Nas duas ocasiões, as famílias abriram as portas de suas casas pra gente passar com eles as festas de final de ano.

Dia 11 (01/01/2019) - Pancas x Rio (712 km)

Levantamos por volta das 6h30 e começamos a desmontar acampamento. A ressaca tava martelando a cabeça, mas nada que umas folhas de boldo e água gelada não resolvam.

A viagem de volta foi relativamente tranquila. Pegamos um trânsito pesado em Rio Bonito (RJ) e uma chuva forte em Tanguá (RJ). Tirando isso, tudo na normalidade.

Antes da gente terminar a viagem, já estávamos planejando a próxima. Agora é começar a organizar as coisas e meter o pé na estrada novamente.

Até a próxima!

Seguem alguns contatos:

Recanto da Pedra (5 Pontões): (27) 99767-5150 (Luzia)

Sítio Cantinho do Céu (Pancas): (27) 99620-9357 (Fabinho)

Meu perfil do Wikiloc com as marcações: https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=1945151

5 Pontões



















Pancas