segunda-feira, 12 de maio de 2014

Escalada no Morro do Morcego - Relato da via Visão Oposta

Por Leandro do Carmo

Escalada no Morro do Morcego - Relato da via Visão Oposta

Local: Morro do Morcego – Jurujuba – Niterói RJ
Data: 12/04/2014
Participantes: Leandro do Carmo, Michael, Ary, Giovani e Arley






Relato

Estava com muita vontade de voltar ao Morro do Morcego. A minha primeira ida até lá foi em 01/09/2012. Na oportunidade fizemos a via Paredão Sangue Bão. Já estava mais que na hora de voltar!!!!


Na reunião social do Clube Niteroiense de Montanhismo, perguntei ao Ary se ele estava a fim de voltar lá. Ele aceitou o convite e logo chamamos outras pessoas também. Dessa vez, o Michael, Giovani e o Arley nos acompanharam. Marcamos as oito da manhã, em frente a Igreja de Jurujuba.

Cheguei uns 10 minutos antes do horário e parei o carro um pouco mais a frente, bem próximo da casa onde costumamos pedir autorização para entrar. Voltei para o ponto de encontro e o Michael estava chegando. Logo depois, veio Giovani. O Ary demorou um pouco, pois teve um pequeno problema na sua moto. Como já havia passado de 8:30, o Ary resolveu ligar para a casa do Arley, que por desencontro de informações, não sabia que a escalada estava confirmada. Como ele mora relativamente perto, esperamos ele chegar.

Depois de todos reunidos, nos dirigimos para o começo da trilha. Na casa, perguntamos se poderíamos entrar para acessar o caminho. Fomos muito bem recebido pela dona da casa, mas não pelo seu cachorro. Ainda bem que estava preso! Ela nos alertou sobre umas abelhas, que tem lá por cima. O caminho, que é uma rua, estava bem mais limpo que da última vez, pensei que dessa vez seria moleza chegar até a base. Seguimos até a parte dos eucaliptos e viramos para a esquerda. O mato ali estava um pouco mais alto que da última vez, mas nada que atrapalhasse.

Mas na frente, quando começamos a subir para a direita, em direção às ruínas de um muro, minha surpresa. Era tanto capim, que formava uma barreira! Eu pensando que seria moleza... O Ary já prevendo que teríamos bastante mato, levou um facão. Foi a nossa sorte, pois abrir o mato com as mãos e pernas, não seria uma tarefa muito agradável....

Por vezes tínhamos que ir e voltar, pois a cada caminho que tomávamos o mato parecia que aumentava. Com o Ary sempre a frente, abrindo caminho com o facão, conseguimos chegar até a base. Quando vi a pedra na minha frente, pensei: “Que bom que chegamos, agora vai!!!” Mais um engano! Estava tudo fechado. Havia caído uma árvore e estava tudo embolado com um tipo de cipó, fechando bastante o caminho. Pensei até que não fosse dar para continuar. Mas o Ary foi guerreiro! Abriu bem o caminho e descemos em direção á base da via. Ali já estava bem limpo. Acho que o problema tinha sido a queda da árvore e também ao incêndio que ocorreu no final do ano passado. Nessas circunstâncias, o mato cresceu com força.

É fácil de identificar a base. Tem um fenda que sobe em diagonal para a direita, com uma palmeira no meio. Dividimos as cordadas e o Giovani e o Arley foram com o Ary. O Michael foi comigo. Pedi para o Ary começar, queria filmar alguém fazendo aquele lance do começo. Depois que o Ary começou a segunda enfiada, eu comecei a escalar.

A saída é boa e é um lance de equilíbrio até chegar na palmeira. Abraçando a palmeira, a contornei e segui até o primeiro grampo. Costurei e dei uma descida até um degrau, um pouco mais embaixo e depois subi, continuando na fenda até o segundo grampo. Dali dava para ver a cordada do Ary em ação. Ele acabara de sair de sua primeira parada e estava reclamando da sujeira da via. Parede suja é complicado! Como eles estavam demorando um pouco, resolvi mandar o Michael subir, assim ele não ficaria lá em baixo sozinho. Quando o Arley saiu da parada, eu comecei a escalar.

A ponta onde montei a minha primeira parada, é o alto de uma chaminé. Fui cumeando a chaminé até um trepa pedra, onde tem um grampo. Costurei e pensei em colocar uma costura longa para diminuir o arrasto, pois ali a corda faria uma curva de quase 90°.  Pensei até em fazer uma parada ali, como o Ary fez, mas resolvi seguir, mesmo aumentando o arrasto. Dali para cima a parede vai ficando mais vertical. Porém as boas agarras compensam. Aquela camada grossa de líquen, por vezes cobre as agarras e é necessário ficar limpando para descobrir a melhor.

Via Visão Oposta

Passei por uma parada dupla quase escondida na vegetação e fui tocando para cima. A visão dali era muito bonita. A enseada de Jurujuba tomava forma. O sol batia de frente, bem na direção da cabeça quanto olhava para cima, buscando as agarras. Num lance, olhei para cima e vi o grampo um pouco distante. Pensei: “Tá longe...” Concentrei e com mais duas passadas, quando olhei de volta, ele já estava na altura da minha cabeça, ainda bem... Fui costurando os grampos até que a parede perdeu um pouco de inclinação, ponto onde existe um parada dupla.

Via Visão Oposta

Montei ali mesmo a nossa segunda parada e o Michael veio escalando. Subiu rápido e seguro. Mandando muito bem. Dali para cima, a via se encontra com a Pardedão Sangue Bão, tendo em comum os mesmos lances. Ofereci ao Michael a oportunidade de guiar, mas ele preferiu deixar para uma próxima oportunidade.

Fiz os lances finais e quando cheguei ao cume, fiz segurança de corpo para o Michael e ele subiu rapidamente. A via é curta mas muito boa. O cume do Morcego tem uma visão fantástica. Aproveitei para dar uma olhada em volta e ver se achava algum grampo de cume da via Moby Dick, mas nada. Deu para ver somente o lugar da base lá em baixo e mais nada.

Rapelamos direto com duas cordas. Aproveitamos para melhorar duplicar o ponto de rapel, caso fosse feito com apenas uma corda. Havia apenas um grampo mau batido no meio da parede. Agora, dá para escalar com uma corda só e com segurança. Na base, nos arrumamos caminhamos de volta. Ainda bem que o mato já estava baixo!


Até a próxima!

Via Visão Oposta
Vista do final da diagonal

Via Visão Oposta
Morro do Morcego, visto da praia de Charitas

Via Visão Oposta
Face sul do Morro do Morcego

Via Visão Oposta
Vista da trilha de acesso

Via Visão Oposta
Michael na base da via

Via Visão Oposta
Giovani no cume do Morcego

Via Visão Oposta
Galera reunida no cume

Via Visão Oposta
Jurujuba vista do alto


Via Visão Oposta
Fortaleza de Santa Cruz e Pão de Açúcar

Via Visão Oposta
Fortaleza de Santa Cruz

Via Visão Oposta
Acordada do Ary na primeira parada

Via Visão Oposta
Na base da via

Via Visão Oposta
Chegando na segunda parada

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Escalada em Niterói - Relato da via Entre Quatro Paredes

Por Leandro do Carmo

Escalada em Niterói - Relato da via Entre Quatro Paredes

Local: Costão de Itacoatiara – Niterói RJ – Face Leste
Data: 13/04/2014
Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo e Vinícius Araújo

















Relato da Via Entre Quatro Paredes

Havia proposto uma invasão, mas não tivemos muitas adesões lá no clube. Minha ideia inicial era escalar a Guarischi novamente, mas não dava para fazer uma cordada de 3. Ainda mais com o calor que vem fazendo nesses últimos meses. Durante a semana, resolvi mudar a atividade para a Alan Marra, pois essa eu ainda não havia feito e com certeza seria bem mais rápida.

Cheguei cedo à sub sede em Itacoatiara. O Alfredo já estava lá me esperando. Faltava apenas o Vinícius. Ficamos lá ainda algum tempo. Aos poucos o pessoal do CEB foi chegando, hoje eles iriam ter aula do curso básico e fariam algumas vias, também na face leste. A Eny e a Patrícia chegaram e foram fazer a trilha do Costão. Seguimos a trilha e quando chegamos à base da Alan Marra, duas cordadas, uma de três e outra de dois, se preparavam para subir. Não tinha como esperar... Resolvemos fazer outra via, acabamos na Entre Quatro Paredes. Antes tivéssemos ido fazer alguma via na face oeste. Mas já que estávamos ali...

O dia estava nublado.  O sol tentava dar as caras, mas não tinha força para superar as nuvens. Apesar do sol estar escondido, o calor na trilha estava insuportável. Fazia tempo que não suava tanto, apesar do forte calor dos últimos meses. Voltamos um pouco até a entrada do caminho que leva a base. Não tem trilha definida, mas é só pegar uma linha reta até a parede e ir desviando dos blocos que se chega lá. Aí, é só encontrar os grampos.

Chegamos à base literalmente derretendo! O calor estava insuportável, estava abafado. Não ventava. Nos arrumamos e eu guiei o primeiro lance. Subi tranquilo. A via nesse começo é bem protegida, o que deixa o psicológico um pouco mais a vontade. No grampo antes da horizontal, montei a parada e o Alfredo veio escalando. Deu uma parada para colocar os óculos e logo chegou. Dali dava para acompanhar as cordas do curso básico do CEB. Eram uma cordada de três na Novos Horizontes e mais duas cordadas, uma de 3 e outra de 2 na Alan Marra. O visual estava bonito. O Vinícius escalou logo em seguida e ainda ficamos conversando um pouco antes de continuar.

Na segunda enfiada, foi a vez do Vinícius guiar. Passou pela horizontal e tocou reto para cima. O Alfredo foi no meio e eu, logo em seguida. Aquela horizontal tem uma boa de passar, não muito em cima, não muito em baixo. Se cair, vai pendular em cima de uma vegetação. Mas segui tranquilo, o lance não é muito complicado. Depois que termina a horizontal, segui reto para cima até a parada, onde o Alfredo e o Vinícius me esperavam.

Na parada conversávamos sobre o prazer de estar escalando. Não precisa ser uma via difícil, ou coisa parecida. Basta estar ali, num completo silêncio, que só é quebrado pelo som de: “escalando”, “vem”, “preso”, “puxa”, etc. É nessas horas que eu agradeço a Deus pela oportunidade de estar ali. Um momento completo de harmonia entre o querer e o fazer.

Como eu já havia guiado uma enfiada e o Vinícius, outra, era a vez do Alfredo seguir. E ele foi. Tocou para cima com segurança. Chegou num ponto onde ele perguntou: “cadê o grampo, é para onde”. Eu já havia feito a via há bastante tempo e não fazia a mínima ideia de onde estava o grampo. Falei para ele: “É aí para cima!!!!!” Ficamos rindo... Ele subiu e montou a parada em um laca e o Vinícius subiu. Eu segui logo depois e fui direto para a direita, até o caminho para o costão.

Quando estávamos arrumando o equipamento, encontramos a Eny e a Patrícia Gregory que haviam feito o Costão. Logo depois veio o Ricardo Barros, do CEB, que subiu pela Uma Mão Lava a Outra. Depois que foi a vez do Léo Nobre passar. Aproveitamos para tirar algumas fotos e descemos. Na base nos despedimos. Não deixamos nada marcado, mas quem sabe no próximo final de semana...

Até a próxima.

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes

Via Entre Quatro Paredes





Via Entre Quatro Paredes

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Palestra: Planejando Remadas e Travessias

Olá pessoal!

Dia 06 de maio acontecerá uma palestra sobre planejamento de travessias, ministrada pela Luiza Perin e equipe Itaipu SurfHoe, entrada grátis!!!! Confira!!!!!


Já sentiu aquela vontade de sair desbravando o mundo por aí de canoa ou SUP? Esta é uma das paixões que mais move os amantes de esportes a remo: conhecer ilhas, fazer travessias e descobrir! A melhor remada é aquela que começa antes de entrarmos no mar, na fase do planejamento. Para que imprevistos não acabem com sua expedição, remadas curtas e longas precisam ser planejadas. Venha participar deste bate papo sobre remadas e travessias com Luiza Perin e a galera do Itaipu Surf Hoe.`


Escalada em Niterói - Morro do Cantagalo

Por Leandro do Carmo

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Escalada em Niterói - Morro do Cantagalo

O local é muito pouco frequentado. Possui a Chaminé Campello, segunda via de escalada conquistada em Niterói. O acesso pode ser feito pelo bairro do Jacaré, pela comunidade atrás do Cemitério Parque da Colina, ou pela Vila Progresso, em Pendotiba. Hoje o Cantagalo faz parte do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Já houvi relatos de pessoas encontrarem bandidos armados nas trilhas de acesso. Existem várias carcaças de carros queimados por todo o caminho. Uma pena... O local tem um potencial fantástico.

Relato da trilha que fiz - Trilha Pedra do Cantagalo - Niterói RJ
Artigo sobre a primeira via de escalada de Niterói - Chaminé CEI, a primeira via de escalada de Niterói?

Localização

Exibir mapa ampliado

Vias

Almas Penadas, Chaminé - IV ------ + CROQUI
Campello, Chaminé - 3º IIIsup A1
Fissura Ritos Macabros - VIsup E2 ------ + CROQUI
Fissura Vozes do Além - Vsup ------ + CROQUI

Link para relato de uma das trilhas de acesso

Fotos

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Escalada em Niterói - Conquista da Via Golpe do Cartão

Por Leandro do Carmo

Escalada em Niterói - Conquista da Via Golpe do Cartão




Via Golpe do Cartão – 2º III E2 D1 105 metros - DOWNLOAD DO CROQUI
Conquistadores: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Marcelo Sá e Eny Hertz
Material utilizado: Corda de 60 metros e 6 costuras

Relato da Conquista da Via Golpe do Cartão


Depois de ter conquistado a via Bruno Silva, existia ainda mais um local, bem à direita da via, após uma linha de vegetação que vai da base até um grande diedro, em forma de teto. Talvez um novo setor... Não tinha nenhuma informação, somente que era um setor verde, denominado de “Aderências da Serrinha”, dentro do plano de setorização do PESET. Tinha que ir lá para conferir.

A Eny havia me falado sobre a vontade de começar uma conquista só com as mulheres do CNM, mas ela ainda não tinha nenhum local em vista. Sugeri que fôssemos nesse lugar para darmos uma explorada. Quem sabe não seria ali... Aproveitei que estava de férias e marcamos uma investida durante a semana. Não tínhamos a mínima ideia de como chegaríamos e se chegaríamos a algum lugar!!! Conquistar não é só bater um grampo ou escolher a melhor linha na parede... Nesse caso tínhamos, também, que encontrar o melhor caminho, na verdade, abrir uma trilha. A nossa preocupação era que fizéssemos uma trilha que ficasse acessível e causasse o mínimo impacto.

Paramos o carro num recuo, na subida da serrinha de Itaipuaçú e descemos até uma gruta. Ali, vimos muito lixo e vestígios de que alguém frequentava o lugar. Fiquei até meio preocupado, pois ali, não tínhamos mais contato com a estrada. Seguimos caminho. Achei um passagem entre os blocos, subindo para a esquerda, onde saímos numa área mais aberta. Dali, fomos seguindo até que bem a ao fundo avistei a parede, estávamos no caminho certo. A base era relativamente limpa, identificada por um tucum. Dali, conseguimos identificar a linha de possíveis vias. Um grande achado!!!! Principalmente por se tratar de um local com acesso relativamente fácil...

Aproveitei para dar mais uma marcada na trilha e fazer alguns totens para orientar a próxima investida. Voltamos e conseguimos fazer o mesmo caminho da ida.

Alguns dias depois a Eny voltou lá com a Alessandra e limparam muito mais a trilha, deixando o caminho bem consolidado e sem dúvidas.

Foi feita uma terceira investida pela Eny e Alessandra para baterem o primeiro grampo de um projeto que começaram. Na quarta investida ao novo setor, fomos bem mais preparados e com um pelotão maior!!!!! Fomos eu, Leonardo Carmo, Marcelo, Alessandra, Eny, Ary e Alexandre. Eu e Leonardo, encontramos o Marcelo no posto de gasolina no Largo da Batalha e quando o Leonardo foi pagar a gasolina que ele colocou no carro, seu cartão não passou, ele me falou que eu tinha que passar o meu... Pronto! Levei o golpe do cartão!!!!! Ainda reclamei, mas não teve jeito.... fiz o pagamento!!!

Seguimos e paramos o carro no mesmo local da outra vez e refizemos a trilha. Chegamos até a base rapidamente, nos arrumamos e conversamos um pouco sobre o local. O Ary e o Alexandre ficaram dando um suporte à Alessandra e a Eny na conquista delas. Aproveitei para dar uma subida e dar uma reconhecida na área. Vi uma linha interessante bem a esquerda e sugeri que começássemos uma conquista ali. Deixei para o Leonardo Carmo iniciar a batida do primeiro grampo. O Marcelo foi acompanhando da base.

Batido o primeiro grampo, o Leonardo desceu e foi a vez do Marcelo subir e iniciar a batida do segundo. Seria a primeira vez dele e passei algumas orientações. Ele seguiu subindo e achou um bom lugar para se apoiar para bater o grampo. Na marreta é diferente. Demora mais. Com o sol forte que está em cima do Rio de Janeiro nesses últimas semanas, qualquer cinco minutos é uma eternidade. Até que foi bem para uma primeira vez. Depois de um tempo marretando, ele desescalou e eu subi para terminar o furo. Mais alguns minutos e coloquei o segundo grampo. Observei a possível linha dali para cima, mas teria que ficar para uma próxima... O calor estava forte!!!!!

Descemos e na base via que a Alessandra já estava colocando o terceiro grampo. As vias já estavam tomando forma e o local ganhado sua identidade! Bonito ver a galera marretando os grampos!!!!! Outros com a furadeira.... Muito bom!!!! Bem a direita, o Ary iniciou um projeto na linha que imaginei no primeiro dia que vim na parede. Essa vai ficar boa! Mas ficará para a próxima...

Na quarta investida, agora só eu, Leonardo e o Marcelo estávamos presente. O resto do pessoal não pode comparecer. Decidimos continuar a conquista daquela via a esquerda. Marcamos no posto de gasolina no largo da Batalha, já cheguei avisando que tinha esquecido meu cartão em casa!!! Não iria cair novamente no golpe do cartão!!!! rs.

Na trilha, percebi que já estava bem consolidada e não tinha como errar o caminho. Rapidamente, chegamos à base e já nos preparamos, coloquei todo o equipamento no baudrier, separei alguns grampos e deixei a mochila num canto. Comecei a subir. Fui primeiro para terminar a primeira enfiada. Costurei os dois primeiros grampos e segui mais para cima. Parei coloquei o terceiro grampo, subi mais um pouco e coloquei o quarto. Numa saída para a esquerda, acima de um buraco, no melhor lance até agora. O calor começou a apertar e rapidamente subi deixando o lance bem exposto, coloquei dois grampos para uma parada dupla. Já queria deixar a via pronta. O Leonardo veio e quando o Marcelo ia começar a escalar, lembrei que tinha deixado o resto dos grampos lá em baixo. Pedi para ele descer e pegá-los na mochila. Com todos na parada, perguntei quem gostaria de continuar a conquista. Como ninguém se manifestou, falei: “Já que ninguém vai, deixa comigo!”

Comecei a subir. Já tinha visualizado o local onde gostaria de colocar os próximos grampos. Nesse começo da segunda enfiada, a via perde um pouco de inclinação, coloquei os grampos um pouco mais espaçados. Fui subindo e aproveitei para colocar mais um grampo, antecedendo um lance com boas agarras, um pouco sujo mas bem bacana, acho que o ponto mais vertical da via.

Logo acima, o final da via. Da para seguir numa diagonal para a direita, mas não valia a pena. Escolhi o melhor lugar para furar e quando comecei, a furadeira foi perdendo rotação. A bateria tinha acabado! Fiz a parada numa árvore, na qual fazia uma sombra bem agradável. O Leonardo e o Marcelo subiram em seguida. Pensei até em fazer o furo na marreta, mas o calor estava tão forte que deixei para uma próxima investida. Agora ficaria faltando a parada dupla do fim da via e intermediar um lance na primeira enfiada.

A via estava conquistada!!! Faltavam apenas detalhes, mas detalhes são detalhes... rs. Voltei lá mais uma vez com a Eny. Bati os últimos grampos que faltavam e ainda duplicamos os pontos de rapel.

Mas e nome da via? Essa foi unanimidade. Depois do golpe do cartão que levei no posto de gasolina...

Até a próxima!

Fotos


Vista da última parada

Leonardo Carmo escalando

Marcelo Sá escalando

Leonardo Carmo dando seg para o Marcelo

Na hora do rapel

Na última parada

Ultima parada montada num pequena árvore

Eny no rapel

Leonardo dando seg na base para o Marcelo Sá

Marcelo Sá indo para o segundo grampo

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Escalada em Niterói - Morro das Andorinhas

Por Leandro do Carmo

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Escalada em Niterói - Morro das Andorinhas

Dentro dos limites do Parque Estadual da Serra da Tiririca, o Morro das Andorinhas divide as praias de Itaipú e Itacoatiara. Sem dúvida um belo local para escaladas e trilhas. A via mais acessada nesse local é a Leila Diniz. As vias são acessadas tanto pela praia, quanto pela trilha do Morro das Andorinhas. Possuem um visual fantástico. Para quem não quiser escalar, vale a pena seguir a trilha até a ponta do Morro das Andorinhas, com visual para o alto mar. 


Localização

Setor Oeste

A base da via Leila Diniz, fica na praia, na altura das amendoeiras. Antigamente existia um bar, que foi demolido em 2013. O primeiro grampo é de fácil visualização e não tem como errar a base. Para chegar a Lúcia Ladeira, Conexão Guerrilheira e Caminho do Bonsai Perdido, deve-se pegar um caminho pelas pedras até passar a pequena enseada. As vias Guerrilha Mental e Amigo É Pra Essas Coisas, devem ser acessadas pela trilha do Morro das Andorinhas (link do google para o início da trilha) e saindo para o Setor Casa de Pedra.

Essa é a visão geral da Face Oeste do Morro das Andorinhas (Clique na foto para aumentar)


Leila Diniz, Paredão - 2º IIIsup E1 D2 ------- + Relato / Fotos / Vídeo
Lúcia Ladeira, Paredão - 3º V E1 D1 -------+ Croqui
Caminho do Bonsai Perdido - 2º IIIsup solo D1 -------+ Croqui
Conexão Guerrilheira - 2ºII E3/E4 D1 ------- + Croqui
Guerrilha Mental - 5º V (A1/Vsup) E3 D2 ------- + Croqui
Amigo É Pra Essas Coisas - 3º VIIa (A0) E2 D1 -----+ Croqui / Relato da Conquista / Fotos ---- + Vídeo


Setor Casa de Pedra - Esportivas

Visão geral - -------- + Croqui

Deve-se acessar pela trilha do Morro das Andorinhas. É a enseada que vemos da praia. É lá que fica a base da Guerrilha Mental e Amigo É Pra Essas Coisas.


Chaminé Rala Ricota - V E3
Fissura do Luiz - VIIb/c
Fissura PQP - VIIa E2/E3
Pinguim Perdido - IIIsup Solo
Baiacú Stopper - V E3
Marimbondo Jiló - VIIa/b E1



Linha aproximada da Via Leila Diniz


Visão geral do Morro das Andorinhas

Parede da Lúcia Ladeira,  Conexão Guerrilheira, Caminho do Bonzai Perdido e Guerrilha Mental



domingo, 13 de abril de 2014

Vídeo: Itacoatiara - Nosso Amor, por Léo Nobre

Por Leandro do Carmo

Fala Pessoal,

Segue um vídeo, filmado e editado por Léo Nobre, que mostra as belezas desse paraíso que se chama ITACOATIRA! São cenas de surfe, escalada, boadyboard, skate, natureza, paisagem, etc., representando Itacoatiara como um centro poliesportivo natural.

Léo Nobre foi presidente do CNM e é o autor do Guia de escaladas de Niterói.


Abraço.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Escalada em Niterói - Córrego dos Colibris

Por Leandro do Carmo

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Escalada em Niterói - Córrego dos Colibris

Início da Trilha do Córrego dos Colibris
Ainda dentro do Parque, no começo do Engenho do Mato, é um setor com vias tranquilas, não muito repetidas. A parede possui muita vegetação em alguns pontos. Possuem as mesmas características, mais fácil no começo e crux mais pro final, são todas bem protegidas num padrão E2 de exposição, além do rapel ser obrigatório em todas as vias. O início da trilha fica no final da Rua do Engenho do Mato (Link para o google maps).

Para acessar as vias, deve-se pegar a trilha do Córrego dos Colibris e chegando numa cisterna, siga em frene pela esquerda da cisterna e quando chegar a uma grande árvore. Saindo pela esquerda dessa árvore, você acessa as vias Paredão Fogo do Inferno e Variante Irmandade Felina. Seguindo a esquerda da árvore e seguindo um leito seco de rio, chega-se a via Paredão Mabele Reis. As outras vias, segue-se a direita da grande árvore, seguindo por um discreto caminho de água.

Localização da Parede

Exibir mapa ampliado



Linha das Vias


Visão geral das vias. Fonte: www.niteroiense.org.br

VIAS

01 - Mabelle Reis, Paredão - 4  IVsup E2 D1 ------- + RELATO  + CROQUI
A melhor via do setor. Para chegar a base, deve- se seguir pela esquerda, passando a grande figueira ao final da trilha do Córrego dos Colibris. Bem acima, você deve ir ser aproximando da parede. Você verá um grande bloco a direita e os grampos bem ao alto. A primeira enfiada segue por um trecho mais vertical, com grandes agarras. Depois a via segue as mesmas características das vias do setor.

>>>> ATENÇÃO <<<< As vias 2 e 3 foram desequipadas em 2017 devido ao crescimento excessivo de vegetação.

02 - Fogo do Inferno, Paredão - 3  IVsup E2 D2 ------ + RELATO  + CROQUI 
03 - Irmandade Felina, Variante - 3º E2 ------- + RELATO  + CROQUI

04 - Aline Garcia, Paredão - 3º IV E2 D2 ------- + RELATO  + CROQUI
Tem o início em comum com a Chuva de Guias. Ótima para quem está começando a guiar. O crux fica na última enfiada. Para acessar a base, siga reto depois de passar a grande figueira ao final da trilha do Córrego dos Colibris. Subirá um pouco mais para a direita até chegar a um costão. Verá a sequência de grampos. O início é bem fácil e há muitas bromélias em alguns trechos da via.

05 - Chuva de Guias, Paredão - 2º Vsup E2 D2 ------ + RELATO  + CROQUI
Tem o início em comum com a Aline Garcia. Ótima para quem está começando a guiar. O crux fica na última enfiada. Para acessar a base, siga reto depois de passar a grande figueira ao final da trilha do Córrego dos Colibris. Subirá um pouco mais para a direita até chegar a um costão. Verá a sequência de grampos. O início é bem fácil e há muitas bromélias em alguns trechos da via.

06 - Estela Vulcanis, Paredão - 3º VI E2 D1------- + RELATO  + CROQUI
Fica após as vias Chuva de Guias e Aline Garcia. A via segue bem tranquila com lances fáceis. Passa por umas grandes bromélias até chegar ao crux.

Coelhinhos Peludos - 3º
Essa via começa por outra entrada, devendo pegar o caminho para a Falésia do Peixoto. Segue por uma sequencias de grampos até entrar num diedro, protegido por móvel, ou seguir mais exposto até o fnal.

Fotos

Visão geral do Setor Córrego dos Colibris

Setor Córrego dos Colibris