Já sabia que seria ótimo... Depois do primeiro dia de mergulho, não tinha dúvida de que iria bombar novamente!!! Só se o tempo virasse, mas depois do dia que fez... Muito pouco provável. Dessa vez não dei mole, tomei um dramin antes de dormir e um quando acordei. Não queria passar por tudo novamente! rs. Tomamos o café da manhã e saímos um pouco mais tarde do que o dia anterior. Como já havíamos mergulhado com a operadora, não precisamos passar na loja, fomos direto para o cais e já sabíamos os lugares onde deveríamos ficar. Tudo pronto, navegamos em direção ao ponto de mergulho.
De acordo com a programação, seriam dois mergulhos, um na Ilha Rasa de fora e o outro, no naufrágio Bellucia. Até lá, seriam uns 50 minutos de navegação. Foi um pouco mais mexido que o dia anterior, mas já estava preparado e ainda para garantir, tomei um outro dramin.
Depois da explicação sobre o local do mergulho. Fomos para a água. Aquele mesmo esquema: nadamos até a bóia e aguardamos que todos estivessem prontos, daí descemos pelo cabo até o fundo. O grupo bem modificado dessa vez, mas com uma galera nota 10. Suavemente percorremos os corais e algumas pedras que abrigavam grande quantidade de peixes. A visibilidade estava excelente e com a baixa profundidade, estávamos na casa dos 12 metros, o raios de sol penetravam com mais facilidade, o cenário ficou perfeito!
Fomos percorrendo aquelas formações rochosas e percebi que existia muito mais vida que na ilha Escalvada. Entramos num ponto onde a corrente estava muito forte. Batíamos perna e para superá-la foi difícil. Entramos num corredor, tipo um canyon, onde estávamos abrigado da corrente. Aí ficou mais tranquilo. O local era fantástico, que visual! Bem devagar fui percorrendo e olhando para as paredes. Todas elas bem coloridas e com muita vida. Mais a frente chegamos num local onde o fundo é de cascalho. Lugar muito bonito. Os peixes nadando de um lado para o outro, saindo e entrando por aquele corredor na qual passamos. Aproveitei para fazer algumas fotos do pessoal que estava mergulhando.
Na volta foi mais tranquilo, estávamos a favor da corrente. Um verdadeiro “drift”. Fomos nos deixando levar, até que a corrente acabou, estávamos de volta a parte abrigada. Ficamos mais um pouco explorando o local. Muitos peixes, alguns que não tinha visto no mergulho do primeiro dia, como o peixe cofre, por sinal bem exótico.
Numa toca, uma lagosta bem camuflada, que passava despercebida pelos menos atentos. Fiquei ali durante algum tempo tentando encontrar a melhor posição para uma foto. Com isso, tiveram que voltar e me chamar para ir embora... E fui eu acompanhando grupo.
Mais um pouquinho e estávamos de volta ao ponto de partida, olhei para cima e vi a silhueta do barco. Como o ar estava no limite que havíamos programado, voltamos a superfície. De volta ao barco, agora muito tranquilo, sem enjôo, fiz aquele lanche esperto! E aguardei ansiosamente o próximo e último mergulho!
Depois de terminado o primeiro mergulho, tínhamos algumas opções para o segundo. Como a corrente estava forte, mergulhar no Bellucia, seria muito complicado. No Victory, novamente, o pessoal achou também que seria difícil. Me deu uma vontade de falar que queria, mesmo com as condições não muito favoráveis, mas sabendo que seria voto vencido, fiquei na minha. Decidiu-se que faríamos novamente outro mergulho na Ilha Escalvada.
E assim fomos... Chegamos na Ilha Escalvada e nos preparamos para descer. Descrever aqui o mergulho novamente, ficaria repetitivo. Mas uma coisa posso dizer: por mais que você mergulhe duas, três, quatro, etc. vezes no mesmo local, ele sempre será diferente... Como já tinha filmado o local no primeiro dia, deixei para fotografar.
Depois de terminado, voltamos para o barco. Aquele banho de água doce renova as baterias! Voltamos contando mentira até o cais... rs
Na operadora, tomamos um banho e paramos para lanchar, seguindo viagem. Uma final de semana fantástico! Dois dias de mergulho que valeram a pena. Valeu Corsários Divers!!!!
À partir das 8:00 – Workshops de Segurança oferecidos pela Aguiperj
Auto-resgate - R$50,00 para federados e R$80,00 para não federados Ancoragens - R$35,00 para federados e R$50,00 para não federados Técnicas de Guiada - R$35,00 para federados e R$50,00 para não federados Oficina de Ascensão em Corda Fixa - R$35,00 para federados e R$50,00 para não federados Batismo de escalada - R$35,00 para federados e R$50,00 para não federados Clique aqui para fazer sua inscrição
14:30 –17:30 – Stand FEMERJ Inscrições para o Desafio 5.10 ATM de Boulder Filiação à Femerj
17:30 -19:45 – Palestras com convidados 17:30 -18:20 – Palestra ‘Escalando os Desafios da Vida’, com Raphael Nishimura (Prata no Mundial de ParaClimb). 18:30 -19:45 – Palestra ‘Conquista Brasileira no Cerro Fitz Roy’, com Flávio Daflon e Sérgio Tartari. 20:00-21:30 - Cine Montanha na Praça Domingo, 28/04 À partir das 06:00 – Escalar! 09:00 - 18:00 – Festival de Montanha: Exposição dos Stands da Femerj, Clubes, Lojistas e Patrocinadores Stand da FEMERJ:Filiação à Femerj Arrecadação de alimentos para o sorteiro (até às 16:00)
10:00 - 18:00 - Stand Cultural 10:00 - 18:00 - Venda de livros, DVD e artigos sobre cultura de montanha 13:00 – 15:00 - Lançamento da 5a edição do Guia de Escaladas da Urca de Flávio Daflon e Delson de Queiroz.
13:30 – 15:30 - Oficinas de Segurança 13:30 - Via Ferrata, com Hans Rauschmayer - Grátis para Federados e R$20,00 para não federados 14:30 - Técnicas de Segurança em Escalada, com Flávio Daflon - Grátis para Federados e R$20,00 para não federados Clique aqui para fazer sua inscrição
08:00-17:00 - Desafio 5-10 ATM de Boulder 08:00 - 9:15 - Entrega dos kits e inscrições (no Stand da Five Ten) 09:30 - 13:00 - Festival 14:30 - 15:15 - Final Feminina 15:30 - 16:15 - Final Masculina 16:45 - Premiação Clique aqui para fazer sua inscrição
17:00 - Sorteio de brindes Para ganhar um cupom, doe 1kg de alimento não perecível na barraca da FEMERJ ou se filie à FEMERJ durante a ATM, até às 16:00 do dia 28/4.
Há um tempo atrás, conversando com o Leandro Pessoa, da Corsários Divers, comentei sobre a vontade que tinha de mergulhar no naufrágio artificial Victory 8B, mas ele tinha me falado da logística, um pouco complicada devido a distância, mas quem sabe um dia... Falei que quando rolasse, estaria dentro! Passado alguns meses, recebi o convite. Não pensei duas vezes... Aceitei... é claro!
Faltavam ainda alguns meses, mas a ansiedade era muita. Quando recebi um e-mail com a as orientações finais, vi que já estava perto! Agora era só preparar o equipamento e “correr pro abraço".
Como previsto, partimos de Manilha às 13:00. Demos uma parada para o almoço e seguimos viagem. Foi tudo tranqüilo e por volta das nove, chegamos no Hotel, onde passaríamos as noites entre os mergulhos. Equipamento arrumado nos quartos, saímos para comer algo. Afinal de contas, ninguém é de ferro!!!! Demos uma volta pela centro de Guarapari, meio sem saber para onde estávamos indo... rs! Depois de algumas informações, achamos alguns lugares bem legais. Alguns encararam a famosa moqueca. Eu preferi ficar na pizza.
No sábado de manhã, conforme combinado, estávamos às 06:30 para o café. Com tanta gente, acho que 20 pessoas, fiquei com receio da galera atrasar, mas tudo saiu como programado. De barriga cheia, partimos para sede da Operadora Atlantes. Passamos na loja para alguns procedimentos burocráticos e fomos para o cais.
Lá, ouvimos as orientações do pessoal da operadora que nos indicou as nossas posições no barco. Tudo muito bem organizado, tinha certeza de que teríamos uma excelente operação (estava certo!). Embarcamos e conhecemos os procedimentos do barco, os dive masters e o que deveríamos fazer durante a navegação.
O nosso primeiro mergulho seria na Ilha Escalvada, cerca de 50 minutos de navegação e o segundo, no naufrágio Victory 8B. A navegação foi tranqüila, com o mar um pouco mexido, mas nada de mais. Montei o equipamento enquanto navegava, para que quando chegasse no ponto, já estivesse tudo arrumado. No caminho, ouvimos atentamente o briefing sobre o mergulho na ilha. O barco atracaria na parte de dentro da ilha, a mais abrigado do vento e corrente, e seguiríamos para o lado esquerdo até quase a parte de fora.
Com as duplas e grupo definido, entramos na água equipados e fomos direto para bóia, onde aguardamos o “OK” do dive master para descer. A temperatura estava muito agradável, na casa dos 22ºC. Tudo pronto, fomos nos guiando pelo cabo da bóia até o fundo. Lá, demos uma parada até que todos estivessem prontos. Rapidamente controlei minha flutuabilidade e já estava neutro. Começamos o nosso passeio! Os primeiros minutos foram de aclimatação, já estava há quase um ano sem mergulhar, porém fiquei bem a vontade.
Fomos recepcionados por uma grande água-viva,
que movimentava-se suavemente pela água. Passei bem perto para fazer algumas fotos. Já nos primeiro minutos, encontramos muitos peixes como salema, borboleta, trombeta, frade, bicolor, jaguariça, entre outros. Durante todo o mergulho, encontramos alguns grandes cilindros no fundo, que eram usados para abastecer o farol, antes de funcionar a energia solar. Alguns corais são bem diferentes do que costumo ver aqui pelo Rio. Em alguns locais parecia uma floresta com grandes folhas e alguns, que pareciam galhos secos, mas coloridos. Fantástico!
Chegamos no ponto onde começamos a retornar. Ali, quase na parte de fora, a corrente já era forte. Seguimos um pouco mais para o fundo, em direção oposta a ilha até chegarmos ao areal. Quase não tinha vida, se déssemos sorte, avistaríamos algum peixe de passagem. Mas nada. Então, rapidamente retornamos para perto dos corais, pois a vida era muito mais intensa. Na volta, passamos por cima de uma grande fenda, onde nos deparamos com uma imensa moréia verde, onde vagarosamente ela abria e fechava sua boca. Com aqueles dentes, ela assusta os menos experientes! rs... e acho que os mais também!!!! Dei uma parada para filmar e continuei seguindo o grupo.
Fiquei concentrado na vida marinha que era abundante e de repente deu uma escurecida, quando olhei para cima, estava embaixo do barco. Demos mais algumas voltas por ali mesmo e subimos à superfície. Primeira parte da missão cumprida!!! Voltei ao barco com aquela imensa vontade de contar à rapaziada o que vi lá em baixo, como se eles não estivessem ido...rs. Acho que devem ter sentido a mesma coisa... Sempre há um detalhe que passa despercebido! Ali não seria diferente!
No barco, foi só esperar a galera que saiu depois voltar, para podermos ir até o ``mergulho`` do dia! Depois de um lanche, navegamos mais uns 30 minutos até o Victory 8B. Mais uma vez o pessoal da Atlantes caprichou no briefing, explicando detalhadamente a história do navio, do projeto para afundamento, como era o naufrágio, os pontos de penetração, como seria o desembarque, etc.
Enquanto navegávamos, comecei a marear de leve. Mas nada que pudesse atrapalhar o mergulho. Tivemos uma pequena mudança no grupo que iria fazer o próximo mergulho. O desembarque no Victory seria diferente. Depois de colocada uma bóia presa ao naufrágio, outras duas são amarradas a essa principal, formando uma linha de três bóias que indicam o sentido da corrente. Daí, o barco passa por trás dessa linha e nós descemos, nadando a favor da corrente até alcançá-las.
Acertado os detalhes, fomos para a água. Devido a forte corrente, logo chegamos na bóia sem muito esforço. Esperamos que o grupo se reunisse e descemos pelo cabo. Fomos seguindo-o até que ele apareceu! Um gigante adormecido no fundo do mar. Difícil até de descrever a sensação de vê-lo ali. Imagina aquela cena de filme de guerra: meio escuro e nublado, sem nada em volta e com aquele prédio abandonado, só na estrutura... Mais ou menos isso! Dava para ver claramente que ele estava adernado a boreste, uns 30º graus. No final do cabo, fomos recepcionados por uma grande enxada,uma das maiores que já vi.
Grupo reunido, começamos a explorá-lo. Demos uma volta do centro à boreste do casario, isso por volta dos 25 metros. Por todos os lados, apareciam cardumes de peixes. A visibilidade estava na casa dos 10 a 15 metros, a temperatura também muito agradável.
Depois de uma volta completa, descemos até o fundo pelo centro do casario, onde uma forte tempestade colocou abaixo os costados de boreste e bombordo. Ali já batia uns 34 metros. Alguns poucos minutos explorando a área e voltamos para mais acima, fazendo algumas pequenas penetrações. Quase na chaminé me afastei um pouco para ver o naufrágio um pouco mais de longe.
Depois de uns 28 minutos de mergulho, começamos a subida pelo cabo e fizemos uma parada de segurança aos 5 metros. Passado o tempo da parada, subimos até a superfície. Como orientado pela operadora, nos desprendemos da bóia e ficamos a deriva, até que o barco passou, lançando um cabo para nos apanhar. Para conhecer o navio inteiro, acho que precisaríamos de pelo menos uns 3 ou mais mergulhos...
Simplesmente fantástico, um mergulho fora de série... Não via a hora de chegar no hotel para poder ver as imagens. Mas o enjôo na volta foi mais forte que na ida e não via mesmo, era a hora de voltar à terra firme e parar de balançar! Guardei todo o equipamento, tomei um banho de água doce e fui para o alto do barco pegar um sol para relaxar.
A navegação de volta parecia não ter fim! Mas quando entramos no canal de Guarapari, o barco parou de balançar e vi que já estava chegando. Mais uns minutinhos e já estávamos desembarcando. Terra firme!!! Sensação ótima!!! Cheguei ao hotel, tomei um banho e saí para comer alguma coisa e claro comprar um dramin para dia seguinte!!!
Aí, foi esperar o dia seguinte para mais dois mergulhos!
Segue o vídeo da remada que fiz à Ilha Mãe em Itaipú. Pra quem costuma ver a ilha da praia... O visual é fantástico. Com um pouquinho de esforço, você chega ao paraíso!!!!!
Segue abaixo um tipo de parada equalizada, usando fitas e o mosquetão mãe, sem a necessidade de usar mosquetões no grampo. Deve ser usado uma fita longa, para que o ângulo formado entre as fitas, seja menor que 45º.
O caso apresentado serve para o caso em que se não tenha mosquetões suficiente, foi esquecido na parada abaixo, tenha caído, etc.
Qualquer consideração, utilizar o campo comentário, logo abaixo.
Eu e Leandro nos encontramos em Itacoatiara (mesmo ponto onde havíamos nos conhecido meses antes na invasão do Tucum)Eu reencontraria aquela fascinante parede, a primeira depois do CBM.
Leandro, um grande entusiasta das vias de Nikiti me surpreendeu com a proposta de fazermos uma via curta de nome bem interessante “A Linha Enígena” 5ºsup. A princípio achei que iria participar, tendo em vista que eu havia pedido que fosse uma via de 5º para cima por estar ralando para firmar este grau. Eu já havia guiado alguns trechos deste nível, na minha “longa” prática de sete meses de escalada.
Surpresa minha, ao chegarmos na base meu generoso parceiro me deu o seguinte papo: você vai guiar a via toda, estou cansado de guiar isso aqui!!!
Bem, não sou de fugir de briga, tendo em vista que levo o GUERRA no nome. Equipo pronto, parti ”pra riba”. A via com uma linha bem interessante, no segundo grampo a parada já totalmente vertical, a rocha bem quebradiça, “mente forte” escolhendo bem as passadas até me deparar com um crux bem legal (meu parceiro me avisa que na primeira vez ali ele levou 15 minutos para fazer o lance), isso já me deixou bolado - pô o cara escala a pampa!
Na fé e no jeito, fui conseguindo vencer o lance de poucas agarras e... vruuuuupt, tô eu metros abaixo com o coração a milhão, foi-se a última coisa que faltava, a primeira vaca de verdade guiando. Estranho dizer isso: “maravilhoso!!!”. Adrena em alta, toquei para cima. Depois de alguns minutos de... quem escala deve entender o que rola, passei o lance, cheguei na parada com aquela sensação de quem acaba de ter um orgasmo tipo completamente relaxado, puxei o Leandro para cima, claro “missão dada émissão cumprida parceiro”.
Leandro deu um treino no tetinho ao lado, rapelamos de volta, mergulho no maravilhoso mar de Itaquá e nos despedimos. O interessante é que estou escrevendo esse relato e a cada vez que fecho os olhos vejo a parede passando e ouço o som do esticão da corda e uma vontade louca de estar logo de volta na pedra.
Ah! um amigo uns dias atrás me dizia que o que faltava era o delicioso sabor da queda.
Era para ser a travessia Itaipu-Itaipuaçú, mas tempo não deixou. Foi uma semana de tempo bom, mar extremamente calmo, sem vento e muito calor. No sábado anterior, quando fui escalar em Itacoatiara, vi a galera do stand up e voltou a idéia de fazer essa travessia. Partindo de Itaipu, são uns 5 km, nada muito complicado, com mar calmo, é claro! Monitorei o tempo e as condições do mar durante toda a semana, cheguei a fazer convites a alguns amigos, mas dessa vez ninguém podia.
Fechado para a missão, só eu e meu irmão. E assim nós fomos... Na sexta-feira, já deixamos os caiaques amarrados no carro e as coisas arrumadas para não termos que fazer tudo no sábado, assim ganharíamos tempo. Com tudo pronto, saímos às 05:30 e partirmos em direção a Itaipú. Chegamos cedo e quando paramos o carro já percebi que o vento não iria ajudar. Dei uma olhada de longe e vi o mar bem encrespado. Não seria dessa vez... Uma semana inteira de tempo bom, ia virar logo agora??? rs
Pois é... virou!!!! Tiramos tudo do carro, nos preparamos e fomos para a areia. Voltei para comprar uma água e conversando com alguns pescadores, eles me avisaram que entrou um vento sudoeste nessa noite e que quase ninguém saíra para pescar do lado de fora, somente quem tinha motor. Já estava decido: iríamos ficar por ali mesmo, nada muito longe.
Aquele vento, tornava o clima extremamente agradável. Os barcos chegando com muitos peixes, outros puxando as redes... Pessoas esperando para comprar o mais fresco dos pescados. Aquela movimentação de praia de pescador! Um contraste com aquelas paredes de tijolo e carros parados no estacionamento... Um ontem e hoje separados por alguns metros... Um belo visual!
O mar... nem tão bom assim...muitas marolas... Mas fomos assim mesmo. Colocamos os caiaques na água e começamos a remar. Rapidamente chegamos no canal formado pelo Morro das Andorinhas e a Ilha Menina. Já tinham muitos barcos pescando. O peixe da vez era o Olho de Cão. Apesar do vento e do mar meio grosso, resolvemos ir até a Ilha Mãe. Bem devagar, levamos uns 25 minutos. Chegando à ilha, dava para ver os peixes pulando, uma mostra da grande quantidade que havia no local. Procuramos um local para desembarcar e ficamos numa enseada. No desembarque tivemos ajuda de um pescador local, que nos indicou o melhor lugar e ainda deu uma força para colocar os caiaques para cima da pedra.
Fomos muito bem recebido pelo Geraldo, que possui até uma cabana na ilha, onde passa dias sem precisar voltar a terra, como ele próprio diz. O grande problema na Ilha é a falta de água, não há nenhuma nascente ou outra fonte. Isso torna a permanência limitada. Porém, o fato é que a torna mais preservada, pois se existisse água, talvez a frequência fosse maior.. Aí já viu! Ele nos contou sobre a quantidade de lixo que algumas embarcações deixam na enseada, bem como a atuação muitos pescadores que, mesmo vivendo do mar, não tem o menor cuidado.
Conversando ele nos falou sobre a trilha que leva ao cume da ilha e aproveitei para perguntar onde fica. Ele gentilmente nos levou até o começo dela. Como já estava ali... Aproveitei a oportunidade... rs. Resolvi subir e quando já estava no alto, meu irmão me gritou e me avisou que eles iriam subir também. Aproveitei para tirar algumas fotos e apreciar a vista.
Depois de alguns minutos, eles chegaram e continuamos a caminhada. O sol começou a esquentar, mas a beleza do local me fazia esquecer do calor. Continuamos subindo e ouvimos algumas histórias, inclusive sobre um grande incêndio causado por um balão e também, sobre a última ressaca, onde tiveram que ficar uns 15 dias sem poder sair da ilha, como a comida já havia acabado, tiveram que ser resgatados por um helicóptero...
Mais alguns minutos de caminhada e chegamos ao cume da ilha, bem no local onde havia uma bandeira, que hoje já não existe mais, somente as marcas na rocha. Como o tempo estava bom, a vista era completa: Morro das Andorinhas, Itaipú, Lagoa de Itaipú, Camboinhas, Piratininga Pão de Açúcar, Copacabana, etc. Mesmo não tendo feito o que tinha planejado, aquilo já valera a pena. Não fiquei nem um pouco frustrado.
Depois de algum tempo apreciando a vista, resolvemos descer, pois o sol estava forte e não levamos água. Caminhamos mais um pouco e já estávamos de volta, em frente a cabana do pescador Geraldo. Fizemos uma pausa para o lanche, bebi uma água e resolvemos voltar. Colocamos os caiaques na água e remamos. Fomos em direção à Ilha Menina e meu irmão seguiu direto para a praia e fui beirando o Morro das Andorinhas. Mais a frente encontrei um amigo que mergulhava na enseada, conversamos um pouco continuei, sempre bem próximo ao Morro.
Quando cheguei à praia, tive a surpresa de encontrar meu pai, minha mãe e meu filho curtindo um solzinho... Fiquei um pouco lá e seguimos para arrumar toda a tralha!!!! rs. Mas a aventura não acabou por aí... Na volta, o Jeguinho enguiçou!!! Mas fusca é assim: dá uma mexida aqui outra ali, aperta um parafuso... E tá rodando de novo.