domingo, 13 de abril de 2025

Trilha do Alto Mourão

Por Leandro do Carmo

Dia: 29/12/2024
Local: Itacoatiara – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho, Carla Komora, Priscila e Massimo

Relato

Aproveitando que a Alice estava super animada com a escalada que ela havia feito, aproveitei para leva-la também ao Alto Mourão, também conhecido por Pedra do Elefante. Era sábado de manhã, quando mandei uma mensagem no grupo do Clube Niteroiense de Montanhismo, avisando que iria levar a Alice. Logo a Karla confirmou, assim como a Priscila e seu filho. Combinamos tudo na manhã de domingo, seguimos para o início da trilha.

Como o Massimo era da idade da Alice, eles logo se enturmaram e foi mais fácil do que eu esperava. Estava calor, mas começar cedo tem suas vantagens. Subimos rápido e demos uma parada no trecho onde tem uma laje e uma área mais aberta. Ali, praticamente termina a subida inicial. Fizemos um lanche rápido para carregar as baterias e seguimos andando.

A caminhada estava muito agradável e fomos conversando e contando histórias. Paramos novamente para algumas fotos no primeiro mirante. De lá, conseguíamos ver várias pessoas subindo o Costão de Itacoatiara. Caminhamos para o trecho mais técnico. Já na base, Mássimo e Alice subiram devagar, mas sem problemas. Foram sem medo. Passamos por diversos obstáculos e logo estávamos no cume. Subimos a pequena pedra que corresponde ao ponto mais alto e de lá fomos para o mirante para Itaipuaçu e ficamos numa sombra para podermos fazer um lanhe e descansar.

Fizemos algumas fotos e iniciamos nosso retorno. Descemos sem nenhum problema e cruzamos com algumas pessoas que subiam na hora mais quente da manhã. Fizemos novamente uma parada naquele trecho mais aberto e dali, sabíamos que teríamos só descida, o que fizemos rapidamente até o carro. Missão cumprida! Nada mal para dois estreantes na trilha: Mássimo e Alice!

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão

Trilha do Alto Mourão



Remada Ilha Grande

Por Leandro do Carmo

Dia: 14/12/2024
Local: Ilha Grande - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Jefferson Figueiredo



Vídeo

Relato

Ilha Grande é um verdadeiro paraíso localizado na Costa Verde do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis. Com uma área de 193 km², é a maior ilha do estado e a sexta maior ilha marítima do Brasil. Já fui à Ilha Grande diversas vezes, conhecendo locais fantásticos. Mas chegar à ilha remando, ainda não havia feito e estava na minha lista fazia tempo. Falta arrumar companhia. Eu já havia conversado com o Jefferson sobre essa remada e de vez em quando falávamos sobre. Em novembro, havia surgido, enfim, uma data possível.

Remar de Conceição de Jacareí até Abraão não é uma tarefa das mais complicadas. São aproximadamente 12 km. Na semana anterior, estávamos preocupados com as condições do tempo, pois o Jefferson iria com a família e ficaria alguns dias a mais. Mas a previsão melhorou e confirmamos nossa ida. Na sexta feira a noite, amarramos os caiaques em cima do meu carro. No sábado cedo pegamos a estrada e seguimos para Conceição de Jacareí. Ele chegou um pouco mais cedo e nos encontramos numa padaria próximo à estrada. Dali seguimos para o local onde estacionamos os carros.

Dali da praia, conseguia ver o Pico do Papagaio e com isso, ficava fácil identificar a vila de Abraão, nosso destino. Arrumamos tudo e levamos os caiaques para água. Era aproximadamente 9h 30min quando começamos a remar. O dia estava nublado, mas firme. Aquela condição bem agradável. Rapidamente, contornamos a Ilha da Sororoca, que fica em frente a Conceição de Jacareí. O mar estava liso, com pequenas ondulações. Uma leve brisa soprava. Remamos até chegar ao balizamento do canal entre o continente e a Ilha Grande. Foi ali que fizemos nossa primeira parada rápida. Nem sinal de navio, então era remar e cruzar logo o canal. Falo isso, pois já tive algumas experiências de ver um grande navio e achar que dá para cruzar o canal antes dele chegar. Engana bastante e num piscar de olhos ele já está em cima. Só que um grande navio não tem freio como um carro e um caiaque na água é quase imperceptível. Risco grande de um acidente.

Remamos e logo havíamos passado o outro balizamento, indicando que já estávamos fora do canal. O silêncio de vez em quando era quebrado pelas embarcações que faziam o transporte de passageiros para a Ilha Grande. Em alguns momentos nos afastávamos, mas logo estávamos juntos novamente. O ideal é estar sempre o mais próximo possível. Já próximos à entrada da enseada do Abraão, uma corrente mais forte nos obrigava a corrigir o rumo constantemente. Mais alguns minutos e estávamos em frente à praia do Abraão.

Procuramos um melhor local para desembarcar e acabamos saindo em frente ao largo onde fica à Igreja de São Sebastião. Foram cerca de 2h 30min de remada. Já na areia, descansei um pouco e levamos os caiaques para guardar no Hostel onde eu me hospedaria. Carregar aquele peso foi a parte mais difícil. Até tentamos carregar os dois juntos, mas não deu muito certo. O hostel ficava logo após a ponte e demorei um pouco para encontrá-lo. Me surpreendi com a quantidade de pessoas circulando pelas pequenas ruas e vielas de Abraão. Até barulho de carro e máquinas eu estava ouvindo. Coisa que pareceria impossível, se comparado à primeira vez que estive ali, em 2002. Esse trecho que tive que caminhar carregando o caiaque me cobrou um preço. Senti um pouco as costas, mas só sentiria mesmo no dia seguinte.

Com tudo arrumado, tomei um banho e arrumei as coisas. Dei uma volta pela vila e nos encontramos para almoçar, bem próximos de onde ficamos hospedados. Após o almoço, andei até a praia e descansei um pouco num banco em frente à praia. À noite, ainda comemos uma pizza e fui dormir cedo, pois voltaríamos no dia seguinte.

Amanheceu chovendo. Havíamos combinado de tomar café da manhã numa padaria próxima, mas resolvemos esperar mais um pouco, até que a chuva passasse. Isso atrasou um pouco nossa saída. A dor nas costas estava um pouco mais forte e estava com um hematoma na lateral do quadril, justamente onde o caiaque encostava na hora de carregar. Com isso, levamos um caiaque de cada vez do hostel até a praia. Arrumamos tudo, fizemos algumas fotos e iniciamos nosso retorno. Saímos um pouco mais pela esquerda, aproveitando um pouco mais a remada.

Remamos bem e fui tentando encontrar o balizamento do canal. Mas de longe, fica imperceptível. Mais um pouco remando e consegui avistar de longe. Nas minhas contas, metade do caminho. Seguimos no rumo da Ilha da Sororoca. As ondulações estavam um pouco maiores que no dia anterior, mas nada que preocupasse. Estávamos um pouco mais distantes. As costas incomodavam um pouco, mas estava próximo do fim.

Aos poucos a praia foi se aproximando e o fluxo de barcos aumentou consideravelmente. De longe, vi o Jefferson parada já bem próximo da ilha. Cheguei perto e parei também para dar uma descansada. Faltavam poucos metros. Comemoramos o sucesso da remada e fizemos os últimos metros bem devagar. Já na praia, levamos os caiaques para cima e arrumamos tudo. Deu um pouco de trabalho, mas não tinha jeito. Tomei um banho para relaxar e aproveitamos para almoçar um peixe frito num quiosque em frente ao estacionamento. Dali, o Jefferson seguiu para o cais, retornando para Abraão, pois iria embora somente na terça feira. Eu, peguei a estrada de volta para. Enfim, consegui chegar à Ilha Grande remando. 







Via Recuperação, a primeira escalada da Alice

Por Leandro do Carmo

Via Recuperação – Primeira Escalada da Alice

Dia: 19/12/2024
Local: Campo Escola Ary Carlos – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho

Escalada na via Recuperação

Vídeo

Relato

Fazia um tempo que a minha filha Alice estava me pedindo para escalar. Aproveitei que tiraria uns dias de férias em dezembro e perguntei se ela queria escalar. Ela ficou toda empolgada. Peguei uma sapatilha infantil no Clube Niteroiense de Montanhismo, pois a que tinha em casa ainda não era o tamanho do pé dela. Chamei o Velhinho para nos acompanhar. Assim ele poderia ir dando um porte ao lado dela, caso precisasse. Tem uma via no Campo Escola Ary Carlos que conquistei junto com o Marcelo e o Luis que é ideal para a primeira escalada de alguém. É a Via Recuperação. São quase 90 metros e se emendar na Via Didática, fica uma escalada bem interessante e com uma vista bem bonita, para o grau da via.

Acordamos cedo e passei na casa do Velhinho e de lá seguimos para início da trilha. A caminhada foi rápida e perto da base encontramos dois filhotes de urubu que se afastaram logo assim que chegamos perto da base. Ali no arrumamos e passei algumas orientações para a Alice. Subi puxando a corda e parei logo na primeira dupla, com quase 30 metros. Não queria ficar muito longe. A Alice veio subindo, passando o primeiro crux sem problemas. O velhinho seguiu solando bem perto. Pensei que a Alice fosse se enrolar para tirar as costuras, mas ela foi bem e não teve problemas.

Da primeira parada, segui para a segunda, passando por um trecho bem mais sujo. Alice subiu em seguida e ainda falei para ela ter cuidado com os espinhos de um cacto próximos. Vimos uma cordada na Golpe da Cartão. Mostrei para ela a vista e como já estávamos alto. O negócio dela era saber o quanto nós subiríamos. Ela estava tranquila e isso foi dando mais confiança. Saí da segunda parada, e subi mais um pouco, passando pelo segundo crux. Um trecho de aderência e um pouco mais técnico. Mas ela subiu rápido e logo estávamos na terceira parada, já no final da via.

Dali, emendamos na via Didática e paramos um pouco mais acima. Estávamos num excelente ritmo e seguimos subindo. Pulei uma parada e parei numa proteção simples mais acima, um pouco mais confortável. Alice estava bem feliz e nem sinal de cansaço. Saímos para o último trecho da escalada e o mais bonito, com lances mais verticais. Ela veio rindo e brincando com o Velhinho e logo chegou ao Mirante do Carmo. Batemos uma foto para deixar registrado, a primeira escalada a gente nunca esquece! Será?

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação



Via Entre Quatro Paredes - Invasão

Por Leandro do Carmo

Dia: 20/11/2024
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ricardo Bemvindo

Via Entre Quaro Paredes


Relato

O Clube Niteroiense de Montanhismo organizou mais uma invasão em comemoração ao aniversário do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Nos encontramos as 7h 30min para a tradicional foto, no gramado em frente ao Costão de Itacoatiara. Quando cheguei já tinham algumas pessoas e aos poucos fomos organizando as cordadas. Algumas pessoas nem esperaram e já seguiram para a base das vias. O dia estava aberto e a previsão era de forte calor.

Aos poucos, todos se organizaram e iria fazer cordada com meu amigo de trabalho, o Ricardo. Já fazia uns três anos que ele não escalava e sugeri seguir para a face leste, pois é o local com vias mais acessíveis e onde tem menos procura, comparada com a faze oeste, a que sai da praia.  Dali seguimos andando. Minha ideia era seguir até a base e ver qual via tinha menos gente.

Já na base, vi que a Entre Quatro Paredes só tinha a cordada do Leandro Conrado com a Amanda. Perguntei se daria para fazer também. Com tudo acertado, nos equipamos aguardei o Leandro Conrado subir até a primeira parada para começar a escalar. A Ideia era não atrapalhar muito. Assim que ele chegou, iniciei minha subida. Segui rápido, passando pelo crux. Passei pelo Leandro, fazendo a horizontal. Dá um arrasto na corda, mas optei por seguir para não atrapalhar muito.

Na última vez que fiz essa via, havia feito a horizontal mais por cima, dessa vez, resolvi fazer bem por baixo, próximo à vegetação. Isso facilitou bastante. Do outro lado da horizontal, subi um pouco e montei a parada no grampo acima. O Ricardo veio em seguida. Sentiu um pouco os quase 3 anos sem escalar. Já após a horizontal, parou um pouco e reclamou da panturrilha. Avisei que o pior já havia passado.

Segui para a próxima enfiada, subindo tranquilo. Em alguns trechos é possível subir andando pela positividade da parede. Montei a parada e o Ricardo subiu em seguida. Dali podíamos ver várias outras cordadas, tanto na Novos Horizontes, quanto na Mário Motta Jr e Alan Marra. A cordada do Leandro veio em seguida. E optei por fazer uma variante que conecta a via Entre Quatro Paredes com a Mário Motta Jr, também conhecida como Bombeiros. Essa variante eu havia feito há alguns meses e achei uma ótima opção, pois faríamos mais uma enfiada.

Subi, encontrando uma cordada na Mário Motta Jr. Passei direto e dei segurança já no final da via. O Leandro fez a via normal, terminando um pouco mais abaixo. Ali nos encontramos com várias outras cordadas que haviam subido por outras vias e faces do Costão. Era hora de arrumar as coisas e seguir para churrasco. Que venham mais eventos como esse.

 

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes


terça-feira, 8 de abril de 2025

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Por Leandro do Carmo

Dia: 15 a 17/11/2024
Local: São José do Barreiro SP/Mambucaba RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Simone d'Oliveira, Andréa Vivas, Alexandre Bibiani, Aline Vaz, Carla Rosa, Daniel Candiotto, Fabienne, Juliana, Juliana Silva, Maria Fernanda Patrício, Nerval Roedel, Silvana e Sérgio Molina

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba


Histórico

O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) foi criado em 1971 com objetivo principal de proteger as últimas áreas de Mata Atlântica e ecossistemas marinhos do litoral sul-fluminense. É a segunda maior Unidade de Conservação Federal de Mata Atlântica, com 104 mil hectares, e abrange parte dos municípios de Ubatuba, São José do Barreiro, Areias e Cunha, no estado de São Paulo; e Paraty e Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.

O PNSB faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e a é unidade núcleo do Mosaico da Bocaina, um dos mais significativos remanescentes brasileiros do bioma da Mata Atlântica, e que, juntamente com outras unidades de conservação, compõe o Corredor Ecológico da Serra do Mar.

O grande diferencial do PNSB está em seu enorme gradiente altitudinal que vai de áreas marinhas em Paraty/RJ, até os mais de 2.000m do “Pico do Tira Chapéu”, no estado de São Paulo. A vegetação que acompanha este gradiente envolve as Restingas, presentes nas áreas litorâneas; a exuberante Floresta Ombrófila em diferentes formações conforme sua altitude; até chegar aos Campos de Altitude nas áreas mais altas da serra. Sua grande extensão permite a sobrevivência de animais de grande porte e ameaçados de extinção tais como: mono-carvoeiro, sagüi-da-serra-escuro, bugio e felinos diversos. Estas características resultam em uma imensa variedade de climas, paisagens, cachoeiras e espécies que elevam o Parque Nacional da Serra da Bocaina ao grau de extrema importância para a conservação da biodiversidade.

Trilha do Ouro – Caminho de Mambucaba

A região do Parque Nacional da Serra da Bocaina é cortada por diversas trilhas que guardam remanescentes da história da interiorização do país. Dentre essas trilhas, a que perfaz o Caminho de Mambucaba tem a sua operacionalização turística consolidada há bastante tempo, o que a consagra como a mais famosa das “Trilhas do Ouro” que cortam a Bocaina.

A travessia pode ser feita em três ou quatro dias de caminhada acompanhando o Rio Mambucaba desde sua nascente em São José do Barreiro, no estado de São Paulo, até desaguar na Baía da Ilha Grande, entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty, no estado do Rio de Janeiro. No seu percurso é possível visualizar parte do calçamento histórico, belíssimas paisagens e a biodiversidade da Mata Atlântica. Além disso, pode se aproveitar diversas cachoeiras como a de Santo Izidro, a das Posses e a espetacular cachoeira do Veado.

A trilha histórica contribui para a integração cultural da Bacia do Rio Paraíba do Sul e da região do litoral sul-fluminense. Nos municípios paulistas de Bananal, São José do Barreiro e Areias, por onde passam o caminho dos tropeiros e a antiga estrada Rio-São Paulo, aflora a cultura caipira e tropeira e se festeja a Folia de Reis. Na região litorânea, onde Angra dos Reis é conhecida pela beleza das praias e ilhas e Paraty reconhecida pelo seu conjunto histórico-cultural do período colonial, têm-se a influência da cultura caiçara. Esse patrimônio ambiental, histórico e cultural situado próximo a importantes centros urbanos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais aumenta ainda mais a importância do Parque Nacional da Serra da Bocaina, no que tange à conservação e ao turismo. Dessa forma torna-se ainda mais necessário manter e ampliar o seu grau de conservação.

O Caminho de Mambucaba - “Trilha do Ouro” é citado por alguns historiadores como um dos “descaminhos” do ouro, rotas de contrabando, fugindo às barreiras dos caminhos oficiais.

O “ciclo do ouro” ocorreu entre o final do século XVIII e início do século XIX. Nesta época este caminho seria uma trilha indígena sem nenhum tipo de calçamento e com movimento mínimo. Ao longo do século XIX, quando ocorreu o apogeu do café no Vale do Paraíba, cresceu na via o transporte de café até o porto de Mambucaba, e de mercadorias “Serra Acima”.

Por conta das inúmeras tropas de mulas que por ali trafegaram carregadas de café, a estrada recebeu calçamento, pontes e benfeitorias diversas, além da instalação de vendas e ranchos, para abastecimento e descanso das tropas e dos tropeiros, e de um registro para fiscalização e cobrança dos direitos devidos.

Originalmente a estrada partia de São José do Barreiro, distrito de Areias até 1859, recebendo em seu percurso variantes de Bananal, e de Campos de Cunha.

Do porto de Mambucaba o café era transportado para embarcações até o porto do Rio de Janeiro. No retorno, as tropas de mulas levavam mercadorias para suprir as necessidades das fazendas e das vilas cafeeiras do interior.

O período de maior atividade desta rota ocorreu entre 1840 e 1864. Seu declínio começa na década de 1870 quando o café passa a ser transportado pelos trens da Estrada de Ferro D. Pedro II e ramais intermediários. O segundo e derradeiro golpe no movimento da estrada ocorre com a abolição da escravidão em 1888, que reduziu de forma drástica e rápida a produção de café do Vale do Paraíba. Sucumbiram a estrada assim como as vendas e ranchos para pouso dos tropeiros que, com a interrupção do tráfego regular das tropas de mulas subindo e descendo a serra, desapareceram. Declinaram também o porto e a freguesia de Mambucaba, uma das mais importantes localidades comerciais da Baía da Ilha Grande.

Vídeo da Trilha do Ouro 

Relato

A logística para fazer essa travessia não é das mais fáceis e eu tinha vontade fazer já fazia um tempo. Quando a Andréa e a Simone abriram essa atividade no CNM, aproveitei para me inscrever e já tirar da minha lista de pendências. Aproveitaríamos o final de semana prolongado com o feriado de 15 de novembro.

Para a logística, optamos por contratar uma van para nos levar até São José do Barreiro e depois nos buscar em Mambucaba. Para os pernoites, ficaríamos hospedados nas super modestas pousadas Barreirinhas e Zé do Zico. Definida a logística era esperar o dia.

O tempo não estava bom. Havia chovido nos dias anteriores e a previsão não era das melhores para o final de semana. Algumas pessoas desistiram, mas ao final éramos 15 pessoas. Marcamos de sair lá da sede do CNM, às 4h da manhã do dia 15, sexta-feira. Como havia tido reunião social no clube, optei por dormir lá. Assim não precisaria acordar tão cedo. Ainda passamos num posto na Praça da Bandeira, lá no Rio, para pegar parte do grupo. Era uma atividade em conjunto entre o CNM e o CEB.

A viagem foi tranquila e chegamos por volta das 7h na padaria que havíamos feito contato para tomarmos café da manhã. Depois de tudo pronto pegamos a estrada que leva à portaria do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Foram 26 km, na qual fizemos em aproximadamente 1 h. A estrada estava em boas condições. Já na portaria, preenchemos os termos e nos preparamos para o início da caminhada.

Dia 1: Portaria do Parque x Pousada Barreirinhas

Depois de tudo pronto, foi hora de colocar a mochila nas costas e iniciar a caminhada. Como não iria levar barraca, a mochila foi leve. Era por volta das 9h 30 min quando iniciamos a caminhada. Seguimos por uma estradinha e logo cruzamos um rio, passando por uma ponte, a primeira de muitas ao longo desses 3 dias de caminhada. Estávamos paralelos ao rio Mambucaba. Aos poucos fui aumentando o ritmo da caminhada, à medida que o corpo ia aquecendo. Fomos num bom papo até chegar à primeira cachoeira do dia, a Cachoeira do Santo Isidro.

A cachoeira do Santo Isidro é a que fica mais próxima da portaria do parque, são aproximadamente 1,5 km de caminhada. Entramos no caminho onde havia uma placa indicativa e logo chegamos ao topo da cachoeira, dali começamos a descer. A cachoeira tem uns 50 metros e forma um grande poço com fundo arenoso. Como o tempo estava bastante nublado e muito quente, aproveitei para tomar um banho e garantir logo o mergulho, não sabia o que me esperava pela frente. A temperatura da água estava bem agradável.

Depois do mergulho, era hora de voltar. Só que agora era subida. De volta a estrada, continuamos nossa caminhada. Passamos por trechos com bastante lama. Alguns carros passaram por nós, indo em direção a algumas pousadas dentro do parque. Pegamos um atalho sinalizado pelo parque. Nesse ponto já estávamos divididos em alguns pequenos grupos. Aproveitei para conhecer a Cachoeira dos Mochileiros. Bem pequena, mas sempre vale a pena. A descida é que não é muito boa. São trechos bem íngremes e escorregadios. C

De volta a caminhada, acabei encontrando novamente com algumas pessoas do grupo que haviam passado direto pela Cachoeira dos Mochileiros. Continuei andando sempre desviando das poças de lama. Existiam vários trechos em recuperação, onde árvores exóticas estavam sendo retiradas para dar lugar a mata nativa. Novamente na dianteira do grupo, veio uma placa indicando a Cachoeira da Posse. Era uma entrada bem aberta e num largo, deixamos as mochilas num canto se seguimos descendo novamente. Nesse ponto, há um bom lugar para camping, mas é muito perto da portaria. Estávamos a apenas 8 km. Mais uma bela cachoeira. Dessa vez não mergulhei, mas na volta parei para fazer um lanche.

Nesse ponto, nos reunimos novamente. Nossa ideia era parar para juntar o grupo de tempo em tempo. Era hora de voltar a caminhar e resolvi voltar antes do corpo esfriar totalmente. A Maria Fernanda me acompanhou nesse trecho e andamos bem. Um pouco após a Cachoeira das Posses, passamos por uma placa que indica um ponto de controle do parque. Mais à frente, entramos numa área mais aberta e agradeci por estar nublado, porém, não tínhamos muita vista. Não dá para ter tudo nessa vida.

Durante a caminhada, fomos encontrando diversos grupos e a gente ainda se encontraria diversas vezes durante esses 3 dias. Foram nossos amigos de trilha. Numa bifurcação, onde indicava Barreirinha e Pousada Vale do Veado, fizemos mais uma parada rápida. Nesse ponto encontramos mais um grande grupo, o último desse primeiro dia.  Seguimos e continuamos num trecho bem aberto. Pegamos algumas subidas e em determinado ponto a Maria Fernanda me disse que era a última subida do dia, mas ao final, ainda tinha mais. Ainda brincamos que toda subida na qual pegamos era a última. Finalmente a última subida havia chegado.

Num determinado ponto, a chuva começou a apertar. Foi necessário colocar a capa. Chegamos a uma placa, indicando Pousada Barreirinhas. Ela saía da estradinha e o caminho era bem fechado. Mas resolvemos seguir por ele. A descida foi meio ruim, estava bem molhado e escorregadio. Mas logo avistamos uma casa ao fundo e foi fácil identificar que era a pousada. Descemos um e voltamos para a estradinha que levava direto à pousada.

Chegamos e entramos na varanda, onde fomos recebidos pelo Sr. Tião. Ele nos orientou onde poderíamos deixar as coisas, sendo bem objetivo. Estava bem cansado, havia caminhado num bom ritmo. Como a casa estava vazia, aproveitei para tomar um banho. Aí sim consegui relaxar.

A chuva apertou e o Daniel chegou dando uma má notícia: O Sérgio havia torcido o pé logo na saída da cachoeira das Posses, desmaiou e ele estava lá sem condições de andar. Primeiro grande problema do dia. Logo em seguida, chegou o Marcelo, confirmando a má notícia. Tínhamos um problema, estávamos com uma pessoa, mais ou menos na metade do caminho sem conseguir andar, segundo informações que havíamos recebido. Já tinha, aproximadamente, 1 hora que eu havia chegado na pousada.

A chuva apertou e por volta das 17h, a Andréa, Silvana, Carla, Juliana e Alexandre. A situação não era nada animadora. A informação era de que o Sérgio não tinha condições de andar. Por outro lado, ele estava acompanhado de mais 4 pessoas, inclusive a Simone, guia do CNM. Com isso, tentamos conversar com o Sr. Tião para buscá-lo de carro, mas ele disse que não podia, pois precisava arrumar as coisas para os outros hóspedes. Enquanto isso, outras pessoas foram chegando e a casa foi ficando cheia.

Eu não podia sair naquele momento para ajudar, pois ainda não havia comido nada. A janta seria servida as 18h. A Carla ofereceu um pacote de comida liofilizada, na qual aceitei. Minha ideia era comer e depois sair. Uma das coisas que aprendi é que em um resgate, você não se deve colocar em risco, se não, serão dois a serem resgatados. Sair sem ter comido nada, seria um grande erro. Afinal de contas, até o ponto onde o Sérgio estava, seriam uns 9 km e voltar para a pousada ou seguir para a portaria, seriam mais uns 9 km, depois de já ter andado 18 km no dia.

Assim que já estava quase pronto para sair, conseguiram convencer o Sr. Tião em sair para buscar o Sérgio. Foi um alívio. Para compensar, ajudamos na arrumação da janta. Em pouco tempo ele foi e voltou. Ele os encontrou a aproximadamente 2 km da pousada. Depois de um tempo, o Sérgio conseguiu andar com bastante dificuldade. Assim que chegou, vimos a situação dele. Estava bem ruim, tremia bastante, já quase desenvolvendo uma hipotermia. Falei para ele ir para o banho. O que deu um pouco de ânimo. Já mais aliviado, jantei e aí pensei que fosse descansar.

Mas a vida é uma caixinha de surpresas, dizia Joseph Climber... Logo após a janta, a Juliana começou a sentir uma falta de ar e seu rosto começou a inchar. Estava desenvolvendo uma alergia a alguma coisa que havia comido. Seu rosto inchou a ponto de não conseguir enxergar direito. Mais um grande problema. Demos um anti-alérgico e esperamos um pouco até amenizar. Aos poucos ela foi conseguindo respirar melhor, mas o rosto ainda estava muito inchado. Tínhamos dois problemas agora.

Após uma conversa com o Sr. Tião, soubemos que ele iria embora no dia seguinte e cobrou R$ 1.000,00 para levar os dois e mais um acompanhante até São José do Barreiro. Se ele já iria embora, por que é que mesmo assim ele cobrou por um socorro médico? São coisas difíceis de entender. Cada um que faça sua avaliação.

Dia 2: Pousada Barreirinhas x Pousada Zé do Zico

Choveu a noite inteira. A noite não foi boa. Pensei muito no que poderia ter acontecido. Ainda não havia passado por nada parecido, mas tudo tem sua primeira vez. Levantei-me ainda bem cedo e fui à varanda. Condições desanimadoras. Tomamos café e ficamos esperando a chuva dar uma trégua. O Sérgio caminhava com dificuldade e Juliana ainda estava um pouco inchada, mas conversava bem. A Carla acompanharia os dois de volta até São José do Barreiro. Eles voltaram bem e ficamos sabendo dois dias depois que o Sérgio havia quebrado o tornozelo e rompido o ligamento, tendo que operar. A Juliana foi atendida em Rezende e passava bem.

Como a chuva não parava, resolvemos sair assim mesmo. A caminhada continuava numa estradinha, agora um pouco pior que o trecho do primeiro dia. Foi mesclando áreas abertas e mais fechadas. Aos poucos fui acostumando-me com a caminhada num dia molhado e sem aquela vista. Inclusive, foi uma das coisas que senti falta no primeiro dia. Passamos por uma casa à esquerda da trilha, pegamos mais uma área de pasto e passamos pela Pousada e Camping da Dona Palmira. Cruzamos uma porteira e seguimos subindo por um caminho que por conta da chuva estava bem escorregadio. Optei por seguir pela margem, onde havia um pouco da grama do pasto.

Passamos por alguns trechos de calçamento com bastante cuidado, pois as pedras costumam escorregar bastante. Em alguns trechos foi bem complicado. O barro vermelho molhado vira um sabão. Passamos na margem de um pequeno lago e mais frente paramos na entrada da Fazenda Bananeira, onde fizemos um lanche rápido. De volta a caminhada, passamos por duas casas um pouco distante, mas não encontramos ninguém. Com um tempo nessas condições, seria pouco provável encontrar alguém por ali, que não estivesse fazendo a Trilha do Ouro.

A chuva foi diminuindo, mas o dia continuava bem instável. Parece que o tempo passa mais rápido nessas condições. Chegamos á um córrego. Estava com bastante água e seria necessário tirar a bota para passar. Havia uma pinguela com dois troncos de árvore, mas que estavam em péssimas condições. Achei melhor passar por ela do que tirar a bota. Eram dois troncos de espessura diferentes e ainda estavam soltos. Balançava bastante, então foi preciso passar com bastante cuidado. Só ao final que percebi que o arame que segurava um tronco na qual servia de corrimão estava quase soltando. Bom que deu tudo certo. Mas se também não desse, daria apenas um banho no azarado do dia.

Cruzamos por diversos grupos, uns conhecidos outros não. Em algum momento todos se encontram, pois cada um vai pernoitando em locais diferentes. Mais à frente, passamos por uma casa bem bonita. Sem sinal de gente. Andamos bem e cruzamos uma porteira bem à beira de um grotão. Só era possível ouvir o barulho forte do rio ao fundo. Descemos num trecho bem escorregadio e logo chegamos a um descampado. Havia um senhor e uma criança cuidando de uns cavalos. Um pouco depois, descobrimos que eles são os responsáveis por levar os mantimentos de Mambucaba até o Zé do Zico. Ali era o entroncamento para quem quisesse conhecer a Cachoeira dos Veados, talvez a mais bonita da travessia, quiçá do Parque. Optei por deixar a cachoeira para mais tarde e segui até o ponto onde faríamos nosso pernoite. Atravessamos a ponte pênsil. Já na primeira passada, dei um leve escorregão. A madeira do piso estava bem molhada e escorregava bastante. Segui com mais cuidado, pois o rio estava cheio e a corrente era forte. Cair ali não estava nos planos.

Chegando ao Zé do Zico, foi hora de descansar um pouco. Arrumei minhas coisas e dei uma volta para conhecer o local. A estrutura é boa e há um gramado onde fica a área de camping. A casa é bem grande, mas simples. Já tinha bastante gente e todos se organizaram. Para que ficássemos todos juntos, me voluntariei em dormir num beliche na varanda. Aproveitamos para ir conhecer à Cachoeira dos Veados. Chovia um pouco e estava tudo molhado pelo caminho. Passamos por dois grandes pontos de acampamento e foi só chegar de frente à cachoeira que podíamos sentir a sua força. Um forte deslocamento de ar, unido ao barulho das águas, tornava a cena amedrontadora. Mas era impossível não ficar hipnotizado pela beleza. Havia possibilidade de ir à parte alta, mas como estava tudo molhado, achei melhor ficar por ali mesmo.

Voltando ao Zé do Zico, ficamos batendo um papo descontraído na fila do banho. Jantei logo em seguida. Em algum momento da noite, olhei para céu e vi algumas estrelas. Foi a esperança de que pudéssemos pegar um tempo bom no último dia de caminhada.

Dia 3: Pousada Zé do Zico x Ponte de Arame

Acordei cedo e a primeira coisa que fiz foi conferir o tempo. Estava levemente encoberto, mas com cara de que iria abrir em breve. Como havia dito anteriormente, dormi na varanda, mas foi ótimo, não tendo nenhum problema. Tomei meu café da manhã e arrumei a mochila. Não me preocupei muito com a organização, pois não teria que tirar mais nada de dentro dela. Dei uma volta pelo local e fui até a margem do rio, onde percebi que já havia baixado o nível.

Estávamos todos prontos. Tiramos a foto oficial de partida e iniciamos a caminhada. Pelos relatos que havia lido, esse último dia seria mais complicado pelas pedras do histórico calçamento. Devido as chuvas e a grande umidade, o caminho fica muito escorregadio e tombo pode ser perigoso. Todo cuidado era pouco. Passamos da entrada da ponte e seguimos paralelos ao rio durante um bom tempo, inclusive, sendo nosso companheiro durante toda a caminhada. Ora ele estava mais perto, ora mais longe, mas sempre lá.

Logo de cara, tive uma surpresa quando vi a cachoeira dos Veados ao fundo, uma vista espetacular. Estávamos em meio a uma mata muito bem preservada. Um verde exuberante.  O dia estava bem firme e foi a primeira vez que vi o céu azul. Mas tudo tem seu preço. Era bem cedo e já estava calor. Corria água por todos os lados. Tinha bastante lama e a umidade era forte.

Aos poucos fui tomando a dianteira da caminhada, ultrapassando diversos grupos. Tinha que andar com bastante cuidado para não escorregar. Muitas vezes era preciso usar a borda da trilha, pois tinha muita lama, daquelas que afunda o pé por inteiro. Achei uma picada no meio do caminho e pelo barulho da água, deveria dar em alguma cachoeira. Resolvi descer para conferir. Era um trecho do rio bem largo, com uma pequena corredeira, mas um grande refluxo. Não seria ali que tomaria meu banho. De volta a trilha, continuei andando.

Até o momento, só havíamos pegado descida e seria assim até ao final. Depois de andar bastante, havia chegado em um novo rio. Andei um pouco e vi que ele se encontrava com o rio Mambucaba, na qual havíamos acompanhado desde o início da caminhada. Andei um pouco para tentar encontrar o ponto de passagem e percebi que mais acima havia um outro caminho, fui seguindo e cheguei a uma ponte que estava em péssimas condições. Inclusive, havia muitos galhos obstruindo a passagem. Eu não quis arriscar. Voltei até ao ponto do rio e percebi que a trilha continuava na outra margem.

Ali, fiz a minha parada para reencontrar o pessoal que havia ficado para trás. Aproveitei para lanchar e tomar um banho. A água estava numa excelente temperatura e pude ainda pegar um sol. Depois de alguns minutos passou aquele senhor com a criança que estava com os cavalos, quando havíamos chegado ao Zé do Zico no dia anterior. Eles atravessaram o rio com uma facilidade e velocidade que me impressionou. Aos poucos, o pessoal foi chegando e todos aproveitaram para tomar banho também. Vi que alguns grupos optaram por atravessar a ponte. Como ainda faltavam algumas pessoas, fui à frente para tentar encontrar com o motorista da van já ao final da caminhada. Então segui andando.

Atravessei o rio e subi um pequeno trecho, voltando à trilha principal. O calor foi aumentando à medida que estávamos mais próximo ao nível do mar. E era um calor sufocante. Mas tinha que continuar e faltava pouco. Andei num bom ritmo e logo cheguei a tão esperada ponte de arame. Nesse ponto já não sabia muito bem para onde ir, ficando na dúvida se teria que atravessar a ponte ou seguir pela estrada a minha frente.  Tinha um carro estacionado e veio uma van. Eu todo bobo achei que tivesse chegado, mas quando fui falar com o motorista, era para outro grupo. Andei um pouco mais para frente, mas resolvi voltar até a ponte e esperar um pouco.

Esperei um pouquinho e algumas pessoas foram chegando. Resolvemos andar, pois pela hora, o motorista já deveria ter chegado. Andamos alguns minutos e ela estava lá, estacionada na entrada de um sítio. Fiquei mais aliviado. Tinham algumas pessoas lá também e aproveitei para entrar. Consegui comprar uma jarra de suco, que até agora não sei qual era o sabor, mas estava fantástico. Com o grupo reunido, seguimos para o local onde faríamos nosso almoço. Comemos e tomamos banho, nos preparando para nosso retorno.

Já com sinal de internet, tivemos a notícia de que a Juliana havia sido medicada em Resende, no próprio sábado e que estava em casa, estava tudo bem com ela. O Sérgio havia quebrado o tornozelo em dois lugares e ainda rompeu o ligamento. Iria operar na segunda feira.  Bom, como diz o ditado: “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”. Mais uma travessia para a conta.

Fotos dia 1
Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba



Fotos dia 2
Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba



Fotos dia 3

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba


Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba