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domingo, 13 de abril de 2025

Remada Ilha Grande

Por Leandro do Carmo

Dia: 14/12/2024
Local: Ilha Grande - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Jefferson Figueiredo



Vídeo

Relato

Ilha Grande é um verdadeiro paraíso localizado na Costa Verde do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis. Com uma área de 193 km², é a maior ilha do estado e a sexta maior ilha marítima do Brasil. Já fui à Ilha Grande diversas vezes, conhecendo locais fantásticos. Mas chegar à ilha remando, ainda não havia feito e estava na minha lista fazia tempo. Falta arrumar companhia. Eu já havia conversado com o Jefferson sobre essa remada e de vez em quando falávamos sobre. Em novembro, havia surgido, enfim, uma data possível.

Remar de Conceição de Jacareí até Abraão não é uma tarefa das mais complicadas. São aproximadamente 12 km. Na semana anterior, estávamos preocupados com as condições do tempo, pois o Jefferson iria com a família e ficaria alguns dias a mais. Mas a previsão melhorou e confirmamos nossa ida. Na sexta feira a noite, amarramos os caiaques em cima do meu carro. No sábado cedo pegamos a estrada e seguimos para Conceição de Jacareí. Ele chegou um pouco mais cedo e nos encontramos numa padaria próximo à estrada. Dali seguimos para o local onde estacionamos os carros.

Dali da praia, conseguia ver o Pico do Papagaio e com isso, ficava fácil identificar a vila de Abraão, nosso destino. Arrumamos tudo e levamos os caiaques para água. Era aproximadamente 9h 30min quando começamos a remar. O dia estava nublado, mas firme. Aquela condição bem agradável. Rapidamente, contornamos a Ilha da Sororoca, que fica em frente a Conceição de Jacareí. O mar estava liso, com pequenas ondulações. Uma leve brisa soprava. Remamos até chegar ao balizamento do canal entre o continente e a Ilha Grande. Foi ali que fizemos nossa primeira parada rápida. Nem sinal de navio, então era remar e cruzar logo o canal. Falo isso, pois já tive algumas experiências de ver um grande navio e achar que dá para cruzar o canal antes dele chegar. Engana bastante e num piscar de olhos ele já está em cima. Só que um grande navio não tem freio como um carro e um caiaque na água é quase imperceptível. Risco grande de um acidente.

Remamos e logo havíamos passado o outro balizamento, indicando que já estávamos fora do canal. O silêncio de vez em quando era quebrado pelas embarcações que faziam o transporte de passageiros para a Ilha Grande. Em alguns momentos nos afastávamos, mas logo estávamos juntos novamente. O ideal é estar sempre o mais próximo possível. Já próximos à entrada da enseada do Abraão, uma corrente mais forte nos obrigava a corrigir o rumo constantemente. Mais alguns minutos e estávamos em frente à praia do Abraão.

Procuramos um melhor local para desembarcar e acabamos saindo em frente ao largo onde fica à Igreja de São Sebastião. Foram cerca de 2h 30min de remada. Já na areia, descansei um pouco e levamos os caiaques para guardar no Hostel onde eu me hospedaria. Carregar aquele peso foi a parte mais difícil. Até tentamos carregar os dois juntos, mas não deu muito certo. O hostel ficava logo após a ponte e demorei um pouco para encontrá-lo. Me surpreendi com a quantidade de pessoas circulando pelas pequenas ruas e vielas de Abraão. Até barulho de carro e máquinas eu estava ouvindo. Coisa que pareceria impossível, se comparado à primeira vez que estive ali, em 2002. Esse trecho que tive que caminhar carregando o caiaque me cobrou um preço. Senti um pouco as costas, mas só sentiria mesmo no dia seguinte.

Com tudo arrumado, tomei um banho e arrumei as coisas. Dei uma volta pela vila e nos encontramos para almoçar, bem próximos de onde ficamos hospedados. Após o almoço, andei até a praia e descansei um pouco num banco em frente à praia. À noite, ainda comemos uma pizza e fui dormir cedo, pois voltaríamos no dia seguinte.

Amanheceu chovendo. Havíamos combinado de tomar café da manhã numa padaria próxima, mas resolvemos esperar mais um pouco, até que a chuva passasse. Isso atrasou um pouco nossa saída. A dor nas costas estava um pouco mais forte e estava com um hematoma na lateral do quadril, justamente onde o caiaque encostava na hora de carregar. Com isso, levamos um caiaque de cada vez do hostel até a praia. Arrumamos tudo, fizemos algumas fotos e iniciamos nosso retorno. Saímos um pouco mais pela esquerda, aproveitando um pouco mais a remada.

Remamos bem e fui tentando encontrar o balizamento do canal. Mas de longe, fica imperceptível. Mais um pouco remando e consegui avistar de longe. Nas minhas contas, metade do caminho. Seguimos no rumo da Ilha da Sororoca. As ondulações estavam um pouco maiores que no dia anterior, mas nada que preocupasse. Estávamos um pouco mais distantes. As costas incomodavam um pouco, mas estava próximo do fim.

Aos poucos a praia foi se aproximando e o fluxo de barcos aumentou consideravelmente. De longe, vi o Jefferson parada já bem próximo da ilha. Cheguei perto e parei também para dar uma descansada. Faltavam poucos metros. Comemoramos o sucesso da remada e fizemos os últimos metros bem devagar. Já na praia, levamos os caiaques para cima e arrumamos tudo. Deu um pouco de trabalho, mas não tinha jeito. Tomei um banho para relaxar e aproveitamos para almoçar um peixe frito num quiosque em frente ao estacionamento. Dali, o Jefferson seguiu para o cais, retornando para Abraão, pois iria embora somente na terça feira. Eu, peguei a estrada de volta para. Enfim, consegui chegar à Ilha Grande remando. 







quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mergulho Noturno - Lagoa Azul - Ilha Grande

Por Leandro do Carmo

Mergulho Noturno na Lagoa Azul


Local: Lagoa Azul – Ilha Grande RJ
Data: 17/12/2011

Profundidade máxima: 10 m
Tempo total de mergulho: 1:20 h
Temperatura da água: 22ºC
Visibilidade: 20 m


Já fazia um bom tempo que não mergulhava a noite. O último foi a quase um ano e meio atrás, um mergulho fantástico no naufrágio do Pinguino, na Ilha Grande. Para se ter uma idéia, do barco dava para ver a placa de homenagem colocada no naufrágio. Visibilidade de pelo menos 25 metros!!!!!!

A expectativa era grande. Nos encontramos na PRF da Ponte Rio-Niterói, às 12:00 h e partimos em comboio. Um calor que só podia piorar se estivesse engarrafado. Dito e feito: acidente na Av. Brasil e trânsito lento. Quando passamos da entrada da Dutra, o trânsito foi melhorando.

Quando chegamos na pousada, nos foi avisado que o barco que iria nos levar, tinha dado problema. Tentamos outros, porém nada. Enquanto aguardávamos o desfecho do problema, pegamos uma praia. Água transparente, porém um pouco fria. Com o sol que estava, tudo ficava bom.

Depois de muita discussão, resolvemos que faríamos apenas o noturno quando do Mis. Princesa chegasse. Esperamos até quase nove da noite. Alguns foram embora. Mas a recompensa veio!!!! Chegamos a Lagoa Azul por volta das 10:00h. Visibilidade por volta dos 20m, temperatura da água agradável, mar parado, sem vento, tudo perfeito.

Com o equipamento já montado e as lanternas testadas, fomos para água. Decidi que não levaria a máquina agora. Deixaria para depois. Estava afim de curtir o mergulho sem ter que carregar nada. Já dentro d’água, eu, Gerog´s e o Thiago decidimos em que direção iríamos e combinamos alguns procedimentos, caso fossem necessários. Nessa hora, o Georgs percebeu que sua caixa estanque tinha alagado. Aí, já era tarde de mais.

Ele devolveu a máquina para o barco e começamos o mergulho. Bem devagar, fomos em direção ao canal. Já embaixo do barco, no areal, algumas raias pequenas e um cação viola.  Muitos peixes pequenos passavam por nós. A quantidade ia aumentando, a medida que nos aproximávamos dos corais.  O coral sol era um espetáculo a parte. Suas cores laranja e amarela ficavam cada vez vibrantes com as luzes das lanternas.

Algumas esponjas de pé se alimentando completavam a paisagem que só a noite é possível de observar. Já entrando no canal, fizemos um pequeno drift. Depois de 30 minutos de mergulho, subimos depois que o Thiago sinalizou. Chegamos na superfície e já não avistávamos mais o barco. Resolvemos voltar.

Na volta um grande tartaruga verde repousava no fundo, junto aos corais, além dos muitos peixes que circulavam. Chegando ao barco peguei minha câmera e voltei para o fundo. Como não tenho equipamento de iluminação, tive que usar a lanterna na mão esquerda e a máquina, na direita. Ainda bem que estou com um controle de flutuabilidade muito bom, pois se não... O Georgs ajudou bastante, ia colocando o foco da lanterna dele junto ao meu.

Um grande caranguejo vermelho roubou a cena. Ele se alimentava calmamente numa toca. Nem se incomodou com a minha presença. Mais a frente, uma lesma do mar caminhava lentamente sobre uma pedra. Enquanto observava a beleza do coral sol, o Georgs avistou um uma concha no formato de búzios, viva, de mais ou menos um palmo. Muito bonita.

Nadamos mais um pouco e olhei para o relógio, já tinha 1:20 h de mergulho. Já estava cansado. O tempo passa e a gente nem percebe. Sinalizei para o Georgs e subimos. Nadamos em direção ao barco. Foi excelente.

Valeu a pena a espera.