sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Remada em Rio das Ostras – Travessia Praia do Remanso x Praia da Joana

Por Leandro do Carmo

Remada em Rio das Ostras – Travessia Praia do Remanso x Praia da Joana

Data: 05/02/2022
Local: Rio das Ostras
Participantes: Leandro do Carmo


No dia anterior, havia ido até a Ilha do Costa, mas hoje meu objetivo era outro: sair da praia do Remanso e ir até a praia da Joana. A logística já é um pouco mais complicada, pois o ponto de partida é diferente do ponto de chegada. Optei por fazer assim, pois sempre rola um vento contra naquele trecho, seria mais difícil voltar remando.

Meu pai me deixou na praia e combinei com ele de ir me buscar mais tarde, lá na praia da Joana. O dia não estava tão bom quanto o anterior, mas já havia visto piores. O vento estava um pouco mais forte e o mar mais mexido. Levei o caiaque para a areia e me arrumei. Fui para a água e acabei deixando o caiaque tombar na hora que fui entrar. Voltei com ele para a areia para drenar a água.

Me preparei novamente e dessa vez, deu tudo certo. Dei algumas remadas e ultrapassei a linha da arrebentação. Acelerei um pouco e percebi como as vagas estavam maiores. Rumei em direção à ilha e depois tomei o rumo da praia Virgem. Passei por todo costão entre a Praça da Baleia e a Praia Virgem. Até que foi bem tranquilo. Quando passei pela praia das Areias Negras, vi que havia duas canoas havaianas e bastante gente na areia, talvez estivesse tendo algum evento.

Continuei a remada. Apesar das condições não tão boas quanto a do dia anterior, fui remando rápido. Fui me aproximando da ponta da praia Virgem, na entrada do canal entre a costa e a Ilha do Coqueiro. De longe, percebi que a ondulação estava bem grande, talvez pelo estreitamento. Me afastei um pouco da costa para me posicionar melhor e não ser pego de surpresa por alguma onda. O mar ficou mais mexido. Remei um pouco mais forte para sair dali o mais rápido possível. O caiaque subia e descia forte. Isso de uma certa forma ajudou. O vento havia ficado mais forte e assim que avistei a praia da Joana, optei em ir na direção da Ilha do Coqueiro, na esperança de me abrigar do vento.

Não deu muito certo e segui para entrada da barra. Ali o vento havia melhorado. Remei para dentro do canal. A maré estava vazando, mas consegui chegar rapidamente. Fui até o final de uma grande curva, onde pude descansar um pouco. Dali, voltei lentamente até chegar a praia da Joana e aguardar o resgate. Uma grande remada, sendo um bom teste para remadas em condições adversas.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Remada em Rio das Ostras – Ilha do Costa

Por Leandro do Carmo

Remada em Rio das Ostras – Ilha do Costa 


Data: 04 /02/2022 
Local: Ilha do Costa - Costazul 
Participantes: Leandro do Carmo

A primeira vez que havia ido a Ilha do Costa, em Rio das Ostras, foi em maio de 2011. Nessa época, o blog nem havia ido ao ar, mas já tinha feito um vídeo para o youtube Ilha do Costa - Rio das Ostras RJ . Foram quase 11 anos de espera, mas enfim, voltei! Quando fui para Rio das Ostras, já estava decido que voltaria lá. No dia que cheguei, dei um pulo na praia e percebi que estava bem calma e sem vento. Condições perfeitas para uma remada. A distância entre a praia do Remanso e a pequena Ilha é curta, cerca de 800 metros, mas em dias de vento forte, o mar naquele trecho fica bem mexido. 

Bom, deixei tudo certo e acordei cedo. Conforme minhas previsões, o dia estava ótimo. Sem vento e mar calmo. Coloquei o caiaque no carro e segui para a praia do remanso. Estacionei bem em frente, aproveitando que estava cedo e levei o caiaque para a areia. A praia ainda estava vazia. Arrumei tudo e coloquei o caiaque na água. Comecei a remar. 

A remada foi bem tranquila e em poucos minutos já estava na ilha. A maré estava baixa, deixando uma faixa considerável de areia. A água estava fenomenal. Clara e calma. Algumas ondas batiam do outro lado da ilha, a que fica voltada para o mar aberto, mas tudo dentro da normalidade. Fui até ao ponto mais alto da Ilha, de onde fiz alguns vídeos e fiz vários vídeos com o drone. Um pouco depois, chegou um grupo em uma canoa havaiana. Conversamos um pouco. Aproveitei para dar uma rápida caminhada pela ilha. Depois de alguns minutos, me preparei para voltar.  

A volta também foi tranquila e rápida. Voltei ainda com a praia vazia. Missão cumprida!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Stand Up - Ilha Mãe

Por Leandro do Carmo

Stand Up – Ilha Mãe

Data: 20/01/2022
Local: Charitas
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Carina, Flávia Figueiredo, Leandro Pestana, Fernando Marques e Luciana Caribé

Depois de remar duas vezes na Baía de Guanabara, resolvi ir para Itaipu. Minha ideia era remar até a Ilha Mãe. Dessa vez não fui sozinho. Marcamos de nos encontrar as 6h, na Lagoa de Itaipu. A ideia de sair da lagoa, era para evitar pegar a praia cheia na volta, além de caminhar pouco com a prancha e caiaques.

Chegamos na hora combinada e fomos arrumando as coisas até entrarmos na água. A maré estava cheia, corria pouca água no canal. Foi fácil iniciar a remada e chegar à arrebentação. Conforme o tempo passa, o canal fica mais assoreado. Tô vendo o dia dele fechar e voltar a ser como era. Muita gente não sabe, mas o canal não é natural, ele foi aberto de forma permanente na década de 70.

As ondas estavam pequenas e passar a arrebentação foi bem tranquilo. Dali, rumamos para a Ilha Mãe. A remada foi bem tranquila. Mais um dia bem agradável. Rapidamente chegamos lá. Ficamos um bom tempo parados deixando a maré levar. Aproveitei para dar uma remada em volta. Depois de um tempo, começamos a remar de volta. Ainda fomos à enseada da Casa de Pedra.

Não foi fácil entrar no canal de Itaipu com a maré vazando. Estava forte. Tive que remar com mais força para vencer a correnteza, logo após a arrebentação. Passado esse aperto, seguimos remando até ao ponto onde saímos. Uma boa manhã.








quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Stand Up - Remada: Clube Naval x Boa Viagem x Adão e Eva x Clube Naval

Por Leandro do Carmo

Stand Up - Remada: Clube Naval x Boa Viagem x Adão e Eva x Clube Naval

Data: 20/01/2022
Local: Charitas
Participantes: Leandro do Carmo


Depois da última remada, já quis ir um pouco mais longe. Aproveitei o feriado de São Sebastião, na cidade do Rio de Janeiro, e saí para remar. Desta vez, mudei o roteiro. Escolhi sair ao lado do Clube Naval, pois ali, consigo chegar de carro até bem próximo a água e estacionar o carro sem preocupação.

Mais um dia agradável, mas com um pouco mais de vento, mas nada que pudesse atrapalhar. Dessa vez, deixei para tomar café na praia. Trouxe um sanduíche e uma garrafa de café. Comecei a remar praticamente no mesmo horário da última vez. Com a prancha na água, comecei a remar. Contornei o Clube Naval, passando por vários barcos atracados. Hoje, a minha ideia era remar mais, já tinha a ideia de ir até a Boa Viagem, mas deixaria para decidir na hora. O bom de remar ali, é que tem várias opções.

Depois de alguns minutos na água, resolvi seguir até a praia da Boa Viagem. Mirei o bico da prancha e comecei a remar mais forte. Conforme o sol foi aparecendo, entrou um vento contra que me fez forçar um pouco mais. Aos poucos, fui me aproximando do meu primeiro destino. Já próximo, pensei em contornar a ilha em frente ao MAC, mas resolvi passar por baixo da ponte da Ilha da Boa Viagem, aproveitando a maré alta.

Após ter contornado a Ilha, rumei direto para a praia de Adão e Eva. Uma travessia bem tranquila. O vento havia cessado. Já próximo ao Morro do Morcego, cruzei com diversos remadores. O sol estava forte e cheguei bem perto das pedras para aproveitar um pouco da sombra. Já próximo a areia, dei meia volta e segui costeando o Morro do Morcego na volta.

A água estava bem suja, como manchas de óleo. Um cheiro bem desagradável. Há uns dias havia lido uma matéria sobre uma esponja que iria ajudar na despoluição da Baía de Guanabara, mas há anos eu ouço essa história. E não vai ser isso que vai resolver o problema, precisamos de investimento sério e responsável do poder público. Uma pena...

Mas voltando a remada, passe pela praia do Morcego e estava lotada, resolvi seguir remando e dali rumei em direção ao Naval, passando pela grande fazendo de mariscos, uma das maiores do estado do Rio. Segui remando e logo estava de volta. Hoje remei 10,9 km, em 2h 27min, sem paradas. Um bom dia e um bom treino!










terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Stand Up – Remada em Niterói: Aeroclube x Adão e Eva x Morcego X Aeroclube

Por Leandro do Carmo

Stand Up – Remada em Niterói: Aeroclube x Adão e Eva x Morcego X Aeroclube

Data: 15/01/2022
Local: Charitas
Participantes: Leandro do Carmo

Tinha uma meta para esse verão: mergulhar mais e remar mais! Bom, voltei a mergulhar, mas remar ainda não havia tido oportunidade. Choveu praticamente 1 mês inteiro. Esperei virar o ano e fui acompanhando as condições do tempo. Havia melhorado durante a semana e nesse sábado seria a oportunidade. Já estava há um tempo sem remar e queria ver como seria essa volta.

Acordei as 5 horas, ainda escuro. Tomei um café da manhã, coloquei a prancha em cima do carro e saí por volta das 5h30min. Cheguei rápido até a altura do Aeroclube, em Charitas, onde estacionei o carro. Não tinha ninguém ainda na praia e acho que fui o primeiro a entrar na água. O dia estava ótimo, sem vento. Isso facilitava muito as coisas. Aos poucos, outras pessoas começavam a ir para a água, de longe já conseguia ver.

Já estava na altura da praia do Morcego e resolvi ir até a praia de Adão e Eva. Remei mais um pouco e cheguei até lá. Dei meia volta e voltei ainda mais perto do Morro do Morcego até parar na praia do Morcego, destino de muitos remadores. Fiz algumas fotos e voltei para a água. Dali, segui direto para o ponto de saída.

Depois de tanto tempo, até que fui muito bem! Foram 8,65 km, em 2h 12 min. Nada mal...









segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Trilha do Alto Mourão

Por Leandro do Carmo

Dia: 02/01/2022
Local: Parque Estadual da Serra da Tiririca
Participantes: Leandro do Carmo

Aproveitando segundo dia do ano e uma trégua nas chuvas, fui ao Alto Mourão, depois de quase 2 anos! Já tinha tanto tempo que não subia... Sem dúvidas, uma das mais belas trilhas de Niterói e Maricá. Sim, de Niterói e Maricá, pois a trilha percorre boa parte da linha que divide os dois municípios. Confira o vídeo que fiz com dicas do início da trilha, bem como os trechos mais técnicos. 



segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Viagem ao Espírito Santo

Por Leandro do Carmo

Data: 03 a 06/06/2021

Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e Blanco P. Blanco, Flávia Figueiredo, Márcia, Leandro Conrado, Leonardo de Faria, Marcelo Correa, Ivison Rubin e Tatiana Arenaz

Dicas:

Hospedagem e alimentação: Pousada Chalés do Frade

Como chegar: Seguindo pela BR 101, sentido norte, após passar a segunda entrada para Cachoeiro do Itapemirim, uns 50 metros após, tem um bar, do outro lado da pisa, começa a subida, uns 4 km numa estradinha de chão.

Tempo de Viagem/Distância: 6h / 400km

Diversos: ideal para levar família e descansar; a alimentação é excelente; fica bem próximo a Cachoeiro de Itapemirim.

Relato

Depois de 7 anos, voltava ao Chalés do Frade. O local é fantástico! Quando conversei com o Marcelo Correa, haviam várias possibilidades, mas como também eu e o Blanco já estávamos tentando marcar de fazer a Chaminé Cachoeiro, no Pico do Itabira, há pelo menos dois anos, unimos o útil ao agradável. A idéia era fazer a viagem parecida como na última vez, por isso, enviamos o convite no grupo do CNM e aos poucos as pessoas foram animando. Depois de uma semana, havíamos fechado o grupo. Era feriado de Corpus Crhisti. Tínhamos bastante tempo para aproveitar.

Na segunda feira depois de ter feito a escalada na Chaminé Gallotti, minha costela não parava de doer e até coisas simples, como levantar da cama, estavam se tornando difíceis. Fui ao médico, mas por sorte não havia fraturado. Só uma inflamação forte. Só que o problema era a tão esperada viagem para escalar a Chaminé Cachoeiro... Bom, não tinha jeito... Era esperar e torcer para uma recuperação rápida.

A semana passou rápido, mas a dor não. Peguei a estrada, saindo as 5 horas da manhã do dia 03/06, eu, Flávia e Márcia. O Luis iria de moto, o Leandro e o Leon iriam de carro, o Marcelo e o Blanco já estavam lá. A viagem foi bem tranqüila e fomos conversando durante todo o trajeto. Ainda encontramos o Luis no Posto Oásis de Campos. Enfim, havíamos chegado. Do grupo, apenas eu já havia ido. Aproveitamos para almoçar e descansar um pouco da viagem.

Subida ao Pico do Frade
Dia 03/06/2021

Como todo mundo reunido, resolvemos subir o Frade. Seguimos de carro até a entrada da trilha. A estrada estava razoável. Só o carro do Marcelo que quase levantou vôo, mas nada demais... Haviam algumas pessoas por lá. A trilha até o costão é bem rápida. Fomos subindo até o trecho onde já conseguimos ver os grampos. Fui à frente, levando a corda. Passei uma barriguinha mais difícil, e subi direto, fixando-a bem mais acima. Dali, facilitou para que todos subissem bem rápidos.

Continuei a subida e parei somente na base do grande bloco, antes da escadinha de vergalhões. Aproveitei para fazer algumas filmagens com o drone enquanto todos chegavam. O Luis foi direto ao cume. O Blanco foi com a Sofia, filha dele. Pra eu subir o primeiro degrau já foi ruim. Ele é alto e não conseguia fazer muita força com o braço esquerdo. Fui meio de lado e consegui subir. Os degraus para cima, foram mais tranquilos, com exceção do penúltimo que é um pouco alto.  Com o pequeno esforço que fiz e a dor que senti, tinha certeza que escalar o Itabira no dia seguinte seria um pesadelo! Resolvi ali abortar a minha escalada...

No cume todos contemplamos um belo por do sol por trás do Complexo do Itabira. Um espetáculo! Rapelamos e começamos a preparar nossa descida. Tínhamos bastante gente e optamos por fixar a corda para que todos pudessem rapelar quase 60 metros. Assim foi um a um... A noite chegou, assim como da última vez que fui. Aquele céu estrelado estava fantástico. Uma noite bem agradável. A conversa rolava solta e as risadas eram inevitáveis.

O tempo passou e nem percebemos. Logo estávamos todos de volta aos carros. Chegamos no Chalé, ainda em tempo de pedir a janta. Optei por comer uma panqueca de frango que estava um espetáculo. Um pouco depois, avisei ao Blanco e ao Luis que havia desistido de subir o Itabira. Com certeza não daria para mim e seria mais prudente ficar...














Escalada no Morro do Tião e visita à Cachoeira Alta
Dia 04/06/2021

Acordamos cedo e fomos tomar o café da manhã. O Blanco e o Luis já tinham saído há bastante tempo. Fiquei imaginando. Por volta das 7:30h recebemos a mensagem de que eles estavam na base e que havia outra cordada. Seguimos para a escalada. Eu levei minha cadeira de praia para ficar sentado na base esperando. Chegamos rápido até o local. Descemos numa porteira que estava aberta. Fui até uma casa e falei com uma pessoa que iríamos escalar. Descemos e passamos por uma cerca elétrica e seguimos subindo pelo lado de uma cerca. Mais acima, tinha um boi que não queria sair. Cheguei um pouco mais perto, mas ele me encarou e começou a raspar a pata no chão. Fui embora rapidinho e atravessei a cerca para o outro lado.

Já na base, conseguia ver o Itabira bem em frente. O pessoal subiu e eu fiquei por ali. Estava uma manhã bem agradável. Aproveitei para dar uma volta enquanto o pessoal escalava. Na volta, sugeri irmos visitar à Cachoeira Alta, local onde passe minha a maior parte das minhas férias escolares e onde meus avós nasceram. Acho que foi ali que brotar a minha paixão pelas trilhas e montanhas... O pessoal aceitou minha sugestão. Como o Leandro o Leon ainda estavam subindo, deixamos o recado de que saímos. Na volta, quando olhei para baixo, quem estava lá nos esperando? O boi nervoso! Bem no ponto onde tinha uma pontezinha. Em volta tudo brejo! Só existia uma passagem e ele estava lá! Ficou nos encarando e tinha certeza que ele iria correr atrás da gente a qualquer momento! Fomos seguindo a cerca até onde dava e no primeiro descuido, saímos correndo! Pronto... Estávamos salvos!

Pegamos o carro, coloquei Cachoeira Alta no GPS e seguimos. Pela estrada imaginei como estaria a escalada do Blanco e do Luis... Seguimos caminho e quando estávamos na localidade de Gironda, o GPS ficou meio doido. Mandava entrar numa rua onde tinha uma placa escrita “Sem Saída”. Parei e fui perguntar a uma senhora se ali era o caminho para a Cachoeira Alta e tive que ouvir a seguinte frase: “Você não leu a placa não?” Quem mandou ser teimoso... Seguimos a estradinha e mais a frente pegamos informação. Subimos uma estradinha e nos perdemos de novo. Abandonamos o GPS  e fomos procurar alguém que pudesse nos ajudar. Achamos um cara de moto. Fiz sinal e ele parou. Ele nos disse para entrar no campo. E voltamos. Olha que alguém viu um campo. E nós entramos e fomos parar numa pedreira de extração de mármore. Voltamos e continuamos a procurar o tal campo!

Mais uma rodada e finalmente encontramos o campo de futebol e a estradinha que descia até Cachoeira Alta. A estrada era bem ruim, mas o carro não decepcionou. De longe pude ver a usina e a Cachoeira ao fundo. Nada mudou... tudo como sempre! Tinha tanto volume de água, que vinha uma nuvem. Parecia uma chuva! Dali seguimos até o Distrito de São Vicente para tentar comprar alguma coisa para comer. Tudo vazio e fechado, com exceção de uma venda. Já era hora de voltar, mas antes aproveitei para passar onde minha tia morava. Tudo muito diferente... O tempo passa... Na volta ainda fomos surpreendidos por uma obra numa ponte, o que nos fez pegar outro caminho. Entre perdidas e achadas, conseguimos chegar novamente na estrada e pegamos o caminho até os Chalés do Frade.

Chegando aos Chalés do Frade, tivemos a notícia de que as cordadas ainda estavam na P5 e já eram, aproximadamente 19:45h. Com certeza fariam um bivaque no cume. Estavam todos bem, porém bem cansados. Fui dormir com o coração apertado, mas sem muito o que fazer... No dia seguinte, havíamos combinado de escalar a Pedra Azul.









Pedra Azul, Cachoeira de Matilde e Túnel de Matilde.
Dia 05/06/2021

Acordamos bem cedo e improvisamos um café da manhã no carro. Eram 4:30h da manhã. Tínhamos que sair cedo, pois tínhamos hora para entrar no parque. Pegamos a estrada ainda noite. E o tempo estava bem ruim. Muito diferente dos dias anteriores. A minha impressão era de que iria abrir a qualquer momento. Mas na estrada, já perto do Itabira, uma chuvinha fraca molhava o para brisa do carro. Pensei logo no perrengue das duas cordadas lá no cume. Será que estaria chovendo lá também? Com certeza... Mas queria acreditar que não!

Recebemos mais uma mensagem de que estavam se preparando para descer. Era só questão de tempo... E continuamos a viagem. Nada do tempo melhorar. Quando chegamos lá, estava tudo molhado. Nada de escalada... A pedra Azul estava encoberta e por alguns instantes ela apareceu entre as nuvens, ao som das siriemas! Conversamos e optamos por ir conhecer um circuito bacana em Matilde, um distrito de Alfredo Chaves.

Passamos pela Cachoeira de Matilde que é um espetáculo. A chuva nos fez acelerar o passeio e voltamos rápido aos carros. Dali, fomos visitar a antiga estação de trem de Matilde. Vendo algumas fotos do local, a Flávia viu as fotos de um túnel bem bacana e fomos lá conferir. Realmente, valeu a pena a caminhada. O túnel segue o curso d’água. Fomos descendo até o seu final. São aproximadamente 65 degraus que servem para diminuir a força da água. Depois do passeio, fomos almoçar. Tivemos boas notícias. As duas cordadas estavam de volta. Foram 17 horas de escalada e bivaque no cume do Itabira. Uma grande aventura! Já aliviado, pegamos o caminho de volta. Na BR 101, já bem próximo dos Chalés, paramos no acostamento para fazer algumas fotos da Pedra do Frade e a Freira. Não tem como passar e não parar!

Estava chegando ao fim...

No dia seguinte, acordamos tarde. Sem compromissos, tomamos café da manhã e cada um foi saindo no seu horário. Fizemos uma viagem rápida e num piscar de olhos estávamos em Niterói. As montanhas capixabas deixaram saudades...









quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Mergulho em Arraial do Cabo

Por Leandro do Carmo

Data: 18/12/2021
Local: Arraial do Cabo
Participantes: Corsário Divers





1° Mergulho – Ilha dos Porcos (Ponta Sul)
Tempo de fundo: 48 min
Profundidade Máxima: 10,8 m
Temperatura da água: 19°C

2° Mergulho – Enseada dos Cardeiros
Tempo de fundo: 57 min
Profundidade Máxima: 8,6 m
Temperatura da água: 21°C

 

Relato

Com a pandemia do Corona Vírus, havia ficado cerca de 2 anos sem mergulhar. É muito tempo! Quando recebi o convite da Corsário Divers, informando do mergulho, tratei logo de confirmar minha presença. Tinha um pouco mais de 1 mês para colocar tudo em dia. Meu equipamento estava há todo esse tempo guardado. Meu colete já havia quebrado o encaixe da rosca das válvulas de segurança e da traqueia. Isso já sabia que tinha que consertar. Meu regulador, contando esses dois anos, mais o tempo da última revisão, já pedia manutenção urgente! Bom, não teve jeito... Enviei tudo de uma vez para a CPCATIV SUB – Manutenção de Equipamentos de Mergulho. Com tudo em mãos, foi só esperar o dia chegar...

Arrumei todo o equipamento na véspera. Dei uma conferida extra em tudo para ter certeza de que não iria esquecer nada. Os dias andavam chuvosos, mas isso não me preocupava muito. Queria mais era dar uma treinada e ver como iria me comportar depois de tanto tempo sem mergulho. O ponto de encontro foi marcado no Cais da Praia dos Anjos, as 08h 30min. Para chegar lá tranquilo, saí de Niterói as 5h da manhã. A viagem foi tranquila e cheguei lá as 07h30min, com tempo suficiente para estacionar o carro tranquilo e tomar um café da manhã.

Cheguei no Cais no horário combinado e foi só esperar todos chegarem. Com todo mundo reunido, embarcamos no Tora Tora para o tão esperado mergulho. Era uma manhã bem agradável. Nosso primeiro mergulho seria na Ilha dos Porcos. A navegação foi rápida, tão rápida que já tem que sair arrumando as coisas. Depois de assistir ao breafing da equipe da SeaQuest, dividimos os grupos e as duplas. Minha dupla seria o Fernando Pessoa.

Com tudo pronto, fomos para água. Levando em consideração que estávamos em Arraial do Cabo, nem estava tão frio assim, algo próximo dos 18°C. Já na água, juntamos nosso grupo e olhando a corrente, decidimos começar indo contra a corrente para depois voltar a favor dela. Era hora de ir para o fundo. Levantei a traqueia, esvaziei o colete e comecei a descer. Desci lentamente até próximo dos 6 metros, onde comecei a bater pernas e iniciei mergulho.

A visibilidade não estava muito boa. Minha preocupação era conseguir compensar o ouvido, mas estava tudo tranquilo. Nesse primeiro mergulho, nem trouxe minha máquina, achei que fosse mais uma coisa para me preocupar. Queria mesmo era curtir. Avistei vários peixes como Salema, Baiacu, Cofre, borboleta, etc. Muitas águas-vivas naquele ponto. Ainda avistei uma tartaruga e uma moreia. Eram vários cardumes. Além dos peixes, muitos corais e outros animais como estrelas do mar davam o um toque especial ao mergulho.

A todo momento acompanhava o tempo e a quantidade de ar. Havia começado meio tenso e com a respiração mais rápida, o que me fez consumir mais ar que o de costume, mas conforme o tempo foi passando, voltei ao meu ritmo de sempre. Com cerca de metade de ar na garrafa, começamos o retorno. Na volta, cruzamos com diversos outros mergulhadores. Chegamos num ponto e fomos para a superfície e vimos que o barco ainda estava um pouco longe, aí descemos novamente pois seria mais fácil ir pelo fundo do que nadando na superfície. Mais alguns minutos e subimos praticamente ao lado do barco. Primeiro mergulho completo, tudo certo. Agora era hora do descanso e se preparar para o próximo.

Entrou um vento mais forte, o que inviabilizava outro mergulho por aquele lado. O segundo mergulho foi no lado oposto de onde estávamos, um pouco depois da Praia do Forno. Em poucos minutos já estávamos no segundo ponto de mergulho, deu menos tempo ainda para se arrumar, mas já estava tudo meio que encaminhado e foi mais rápido. Aos poucos, todos começaram a ir para água. Equipamento arrumado, era hora de ir para água. Sempre acho o segundo mergulho mais difícil de iniciar. Com corpo já seco e quente, ter que colocar a roupa molhada e cair na água é um sofrimento, mas logo passa...

Já na água, nos distanciamos um pouco do barco. Quase não ventava e estava bem parado, sem corrente. Desinflei o colete e fui para o fundo. Já estava bem mais tranquilo. A temperatura estava bem agradável também, 21°C. Optamos por seguir para a direita e fomos nadando suavemente. Tinha menos peixe nesse trecho, mas estava mais agradável que o primeiro. Foi um mergulhos em muitas surpresas.

De volta ao barco, tratei de arrumar logo as coisas na bolsa, pois a navegação de volta também era rápida. Passamos pela Praia do Forno e logo estávamos de volta ao cais. Ali, nos despedimos e peguei a estada novamente para Niterói. Pra quem estava esse tempo todo sem mergulhar, até que foi excelente. Pronto para a próxima!