sábado, 3 de abril de 2021

Escalada na via Visão Oposta

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Visão Oposta

Via Visão Oposta


Dia: 03/04/2021
Local: Morro do Morcego, Jurujuba – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Blanco P. Blanco, Luis Avelar

Vídeo da Escalada na Via Visão Oposta


Relato da Escalada na Via Visão Oposta

Combinamos de voltar ao Morro do Morcego. Já fazia um tempo que não escalava por lá. Estava bem quente e optamos por escalar na parte da tarde. A Visão Oposta fica na face sul da montanha e faz sombra durante toda a tarde. Nos encontramos no final da praia de Jurujuba e seguimos para a praia de Adão, por onde subimos. Dessa vez, optamos por não subir pela casa. O trecho inicial estava limpo, porém, mais para cima ficou meio fechado e foi assim até a altura dos eucaliptos. Dos eucaliptos até a base da parede, estava com bastante capim. Aos poucos fomos subindo, já deixando o caminho preparado para a volta.

Já na base da via, nos arrumamos e o Blanco saiu para guiar a primeira cordada. Segui por último. O trecho é bem bonito e segue por uma canaleta em diagonal, passando por uma palmeira bem no meio. Parei ao final dessa canaleta. O Blanco seguiu para a segunda enfiada. Continuei indo por último e passei pela parada. O grampo estava escondido pela vegetação. Aproveitei para dar uma limpada. Dali, seguimos rápido até o cume.

De lá, seguimos para o rapel, onde emendamos duas cordas e descemos novamente até a base. Enquanto descíamos, o Charles apareceu. Ele disse que viria, mas já nem acreditava mais. Com todos na base, aproveitamos para entrar numas esportivas que tem ali, a “Olho Grande” e “Cristais em Colapso”. O Charles fez belas imagens com o drone, aproveitando o entardecer.

Com o sol se pondo, começamos a descer e já estava noite quando chegamos no carro. Um bela tarde.

Via Visão Oposta

Via Visão Oposta

Via Visão Oposta

Via Visão Oposta

Via Visão Oposta


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Escalada Noturna na Via Bruno Silva

Por Leandro do Carmo

Escalada Noturna na Via Bruno Silva



Dia: 03/02/2021
Local: Itacoatiara – Parque Estadual da Serra da Tiririca
Participantes: Leandro do Carmo, Flávia Figueiredo, Marcos Lima e Leandro Pestana

Relato

Saímos para mais uma noturna. Agora com o dente já consertado! Hoje, fomos para a via Bruno Silva. A Bruno Silva foi a primeira via que conquistei, junto com o Ary ali na Serrinha (Clique aqui para saber mais). A Flávia me encontrou perto de casa e de lá seguimos para Itacoatiara. Encontramos o Velhinho e o Leandro no posto da subida. Estacionamos os carros no mirante e fomos para a base da via. Chegamos bem rápido, apesar de já estar bastante escuro e não haver trilha marcada. A sorte é que a vegetação é bem espaçada no local.

Já na base, nos arrumamos e saí para a primeira enfiada, a mais difícil da via. Cheguei ao primeiro grampo e fui contornando até a parte mais baixa da esquerda, para subir e voltar para a direção do grampo. Um jeito de fazer o lance em livre. Ainda não consegui livrar. Fui ganhando altura até que costurei o segundo grampo. Dali, fui subindo até que cheguei à parada. Quando coloquei a lanterna para o alto, vi duas bolas refletindo um vermelho forte. Num primeiro momento achei que fosse um pássaro que por vezes encontramos durante a noite.

A Flávia veio subindo. Toda hora que eu olhava para cima, via o reflexo dos olhos. Como ele não vou, vi logo que não era o pássaro. Ele ficou ali me olhando e se moveu indo em direção a uma vegetação mais para a direita. Nesse momento, percebi que era um cachorro do mato. Ele ficou um tempo me vigiando. A Flávia chegou à parada e o Leandro Pestana veio logo em seguida. Comecei a subir e passei por um trecho bem positivo da parede, o ponto onde vi o cachorro do mato. Ele sumia e aparecia a todo momento, como se estivesse me acompanhando. Já próximo à segunda parada, ele chegou bem perto. Comecei a fazer barulho e jogar algumas pedras no mato para tentar assustá-lo. Nesse momento ele se afastou e eu o perdi de vista.

Já na parada, me preparei continuar. Comecei a subir e lembrei do trecho acima que passava por entre uma linha de vegetação. Fui subindo e passei rápido por lá. Mais acima, vi o cachorro do mato pela última vez. Ele veio nos seguindo desde a parte de baixo. Aos poucos, todos foram chegando e já no Mirante do Carmo, colocamos o livro de cume. A vista estava bem bonita e de lá seguimos descendo pela trilha.

Alguns dias depois, o Velhinho havia feito uma via e não achou o livro de cume. Será que alguém seria capaz de roubar? Achei estranho e fazendo uma via uns dias depois, fui dar uma olhada em volta e acabei achando o pacote amarelo com marcas de arranhado. Com certeza o cachorro do mato sentiu o cheiro e foi lá. Ele estava um pouco mais abaixo do mirante, atrás de uma grande bromélia. Isso aconteceu ainda mais uma vez. Na última vez que ele sumiu, o achei novamente em outro local. Aí, eu catei mais algumas pedras e o deixei bem acondicionado. Resolvido o problema. O cachorro do mato nunca mais tirou o livro de cume de lugar.




terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Cachoeiras de Macacu e seus encantos

Cachoeiras de Macacu e seus encantos

Por Leonardo Carmo

30/01/2021

Local: Santa Fé, Cachoeiras de Macacu, RJ

Desde muito tempo que frequento a região de Cachoeiras de Macacu. Conheço vários poços e cachoeiras, além das trilhas e montanhas e sempre que posso, estou por lá.

Com uma semana batendo recorde de calor aqui em Niterói, resolvemos fugir das altas temperaturas e da aglomeração. Afinal, estamos em época de pandemia.

Depois de tudo combinado, pegamos a estrada.  

Nosso destino foi Santa Fé, um lugarejo em Cachoeiras de Macacu. Na verdade nem chega a ser um lugarejo, apenas alguns sítios na região.

Pra chegar em Santa Fé, tem que seguir o caminho pra Pedra do Colégio e seguir até o final da estrada. Dependendo da época, não da pra ir com carro normal.

Pra evitar a ida de curiosos nessa região, decidi não detalhar o caminho. Quem tiver interesse, é só entrar em contato que passo as orientações. Vou deixar os contatos no final da postagem.

Como eu já tinha ido lá uma semana antes, já sabia que a estrada estava complicada, mas como Leandro (meu irmão) foi com o 4x4, deixei o meu carro lá no início e seguimos no dele. Andamos aproximadamente 16 km na caçamba comendo poeira.

A estrada acabada numa ponte onde só passa à pé. De lá fomos direto pro poço da Captação ou poço do Mapa do Brasil. Andamos aproximadamente 2 km até esse poço. A trilha é tranquila, porém em dias chuvosos fica um pouco escorregadia. O poço tem dois nomes. Poço da captação, pois lá é feita a captação de água pra região de Boa Vista e arredores e poço Mapa do Brasil, pois o fundo em pedra faz o formato do mapa do Brasil. Lá ainda tem uma queda que da pra descer escorregando.

A água estava numa temperatura excelente e foi só curtir o dia. João e Alice (meus sobrinhos) se esbaldaram naquela água transparente e refrescante. Foi difícil na hora de ir embora, pois eles não queriam sair de lá rsrs.

Depois de curtir o lugar descendo várias vezes no tobogã natural, fomos para outro poço e lá fizemos um lanche e demos mais alguns mergulhos.

De lá, ainda seguimos para outra cachoeira. 






A região é rica em poços, cachoeiras e trilhas.

Fique atento à condição climática para evitar acidentes em cachoeiras

Não alimente animais silvestres nem os capture

Procure andar em silêncio para não espantar a fauna local

Traga sempre o seu lixo de volta

Vamos cuidar da natureza, pois fazemos parte dela!








Contatos: 

Whatsapp 21 99796-0339
Instagram @leo.carmo1 / @pitbullaventura
Wikiloc leo.carmo1


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Escalada Noturna na via Luiz Arnaud

Por Leandro do Carmo

Escalada Noturna na Via Luiz Arnaud

Dia: 28/01/2021
Local: Itacoatiara – Parque Estadual da Serra da Tiririca
Participantes: Leandro do Carmo, Flávia Figueiredo e Marcos Lima



Relato

Mais uma escalada na série noturnas do verão. Com o calor que vem fazendo nos últimos dias, nada melhor do que escalar a noite. Depois de já termos ido à Serrinha, queria escalar em outro local. A melhor opção era o Costão de Itacoatiara. Mas lá, há o problema do horário de fechamento da subsede. Só restava irmos lá conversar com o guarda e pedir autorização para descer mais tarde. O responsável por fazer essa conversa foi o Marcos Lima.

Cheguei lá por volta de 18:30 e já estava tudo resolvido. O Velhinho havia feito bem o trabalho de convencimento, apesar da resistência inicial. Seguimos para a base da via. Ainda estava calor e a noite ainda não havia caído completamente, apesar de não termos mais o horário de verão. A aproximação da base foi tranquila e lá nos arrumamos. Saí para guiar a primeira enfiada já com a lanterna ligada. Eu já perdi as contas de quantas vezes fiz a Luiz Arnaud.

A primeira enfiada foi bem tranquila e rápida. A Flávia veio logo em seguida e ainda perguntei se ela queria guiar a próxima, mas ela achou melhor não. Então, peguei as costuras e continuei subindo. As luzes do bairro aos poucos foram acesas, dando um visual bem diferente daqueles que estamos acostumados. Com a segunda enfiada concluída, paramos para fazer algumas fotos.

Segui para o crux bem tranquilo e rápido. Passando, como sempre gosto de fazer, por fora linha, não costurando aquele grampo no alto do trecho mais vertical. Eu sempre gostei de ir direto para a parada acima, fazendo o lance mais exposto. Dali, segui fazendo a diagonal para a direita, indo direto à parada dupla do cume. Em pouco tempo, está vamos todos lá curtindo uma noite bem bonita. Escalar a noite tem seus atrativos. São novos desafios.

No dia seguinte a Flávia vendo as fotos que havíamos feito, ela falou: “Pela sua cara fechada nas fotos, você de ter odiado a escalada!”. É que eu havia esquecido de falar que estava com o dente da frente quebrado, não queria sai mal na foto!