Esse é o vídeo do VIII° Encontro do Amigos da Canoagem de Itaocara, promovido pela ACAI - Associação de Canoagem de Itaocara. É o segundo ano que participo. Um evento muito bem organizado num dos trechos mais belos do Paraíba do Sul. Confira...
domingo, 19 de novembro de 2017
Pedra do Papudo e Morro da Cruz
Por Leandro do Carmo
Pedra do Papudo e Morro da Cruz
Abertura da Temporada de Montanhismo
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Para a ATM desse ano, havia me programado para fazer a
Travessia da Neblina. Já havia marcado algumas vezes e sempre o tempo pregava
uma peça. E dessa vez não foi diferente... Desmarquei novamente a Travessia da
Neblina. Como iria estar no Parque para a Abertura da Temporada de Montanhismo,
escolhi um cume na qual ainda não havia feito e que, mesmo sob chuva, daria
para fazer. A pedida do dia seria o Papudo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2-Gcd1IHMcwo4Ws4ufHbrEGSAbAgX-6oVoy8I1l-YJg-UeCvRUnHVAjNC9cZTbou87u4WMbLBLCm0AV2oyflpaAFdsYVSbHL7Kc41qgpOmJ_tIzX72AWEe5XN2AfPWNrr0VwgzO2Pp5WS/s320/16.jpg)
Chegamos cedo ao Parque e cada grupo foi indo para seu
destino. Seguimos subindo pela molhada trilha do Sino. No caminho, fomos
passando por vários grupos. O tempo estava fechado, mas sem chuva. O PARNASO é
um parque fantástico. Mesmo com tempo ruim, ele estava belo. A neblina entre as
árvores, contrastando com a claridade que passavam entre as folhas da densa
floresta, davam um toque especial ao dia.
O dia anterior havia sido de forte chuva. Havia um grupo do
CNM na Pedra do Sino. Não via a hora de encontrar com eles para saber como
havia sido a subida. Passamos pelo local do antigo Abrigo 1, Cachoeira Véu da
Noiva, local do antigo Abrigo 2, Cachoeira do Papel, local do antigo Abrigo 3,
até que chegamos à Cota 2000. Lá fiquei esperando a galera chegar. Já estávamos
próximo à entrada da trilha. Assim que todos chegaram, seguimos para o nosso
destino. Dali até a entrada da trilha, são uns 10 minutos. Mas antes, parei
para pegar um pouco de água.
A entrada da trilha fica a direita, pode estar meio
escondida, se estiver com baixa frequência, mas vc vai perceber nitidamente o
caminho batido. O caminho a partir daí, muda completamente. Se antes você
estava acostumado com a larga e suave trilha do Sino, agora terá que suar em
alguns trechos. Fui subindo. O caminho estava bem escorregadio. Pensei na
volta... Mas pra que sofrer por antecedência? Continuei a subida e ela foi
ficando cada vez mais íngreme até termos que fazer uns lances segurando em
algumas raízes. Era um bom trepa mato misturado com pedra...
Após esse lance, chegamos a um falso cume, isso porque não
enxergávamos dois metros à frente... Dava a impressão que tínhamos chegado, mas
havia um pouco mais. Continuamos subindo e logo passamos por algumas grutas,
até que estávamos no nosso destino. O dia continuava totalmente encoberto. Não
dava para ver absolutamente nada. Para completar, o local era bem exposto ao
vento. Coloquei o anorak e procure um local menos exposto. Aproveitei para
fazer um café. Ficamos batendo um papo e fui dar uma explorada pelo local. Mas
como não conseguia enxergar nada, não tinha muita referência. Dali onde estávamos, podíamos ouvir algumas pessoas passando
pelo trecho final, antes da chegada ao Abrigo 4.
Após um tempo ali em cima, resolvemos descer. O caminho para
baixo não seria dos mais fáceis, apesar de toda ajuda da gravidade... Num
terreno íngreme e escorregadio, parece ser até mais difícil descer. E foi assim
até o final. Com alguns escorregões e muitas risadas, todos chegaram ao final.
De volta à Cota 2000, o tempo dava sinais de melhoras e resolvemos ir até o
Morro da Cruz. Era nossa única oportunidade de ver alguma coisa. Descemos o
trecho inicial do Caminho das Orquídeas e na primeira bifurcação, pegamos a da
esquerda, pois a da direita, segue para o Mirante do Inferno.
Mais alguns minutos e estávamos no cume da Pedra da Cruz com
um visual bem diferente de onde estávamos... A vista para parte da cidade de
Teresópolis estava boa e a imponente Agulha do Diabo roubava a cena. O sol
apareceu durante pouco tempo, o suficiente para dar uma aquecida. As nuvens iam
e vinham ao sabor do vento, formando um impressionante ballet. Após um lanche,
foi hora de descer.
Na descida, optamos por seguir pelo caminho do Paredão
Paraguaio, cortando um pedaço do caminho. Dali em diante, foi descer e
descer... Aproveitei para tomar um banho na área de camping do parque, o que
deu um gás para curtir a parte final do evento. Um grande dia.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Grande abraço para salvar a Laguna de Itaipu!
SOS LAGOA E PARQUE: Em Defesa do Patrimônio Ambiental,
Cultural, Social e Cênico de Itaipu e seu entorno no Plano Diretor de Niterói –
RJ
Por proposição da Prefeitura Municipal de Niterói, o atual
Projeto de Lei do Plano Diretor, em trâmite na Câmara de Vereadores, NÃO
considera no seu Mapa extensa área do entorno da Lagoa de Itaipu e de sua
Frente Marítima; NÃO contempla os Sítios Arqueológicos da Duna Grande, Duna
Pequena e Sambaqui Camboinhas; bem como o secular Cemitério São Lázaro; NÃO
delimita as Áreas de Proteção Cultural, Social e Turística de Itaipu e NÃO
preserva o atual padrão de construção do bairro.
Sabemos que a Transoceância reacendeu a voracidade da
especulação imobiliária, que insiste em querer ocupar as áreas alagadas do
entorno da lagoa de Itaipu e toda sua frente marítima. O projeto mais evidente
é o que planeja a construção de 210 prédios em suas margens. Já vimos esse filme,
em 1979 quando a empresa Veplan ocupou a área, destruiu Sambaquis de 8 mil
anos, abriu o Canal e fez diminuir o espelho d`água em cerca de 50? (por
cento), aterrando áreas de brejo e desabrigando dezenas de pescadores
tradicionais que viviam em suas margens.
Razão pelo qual os movimentos ambientalistas, comunitários,
culturais e esportivos da região, juntamente com os moradores indignados com
esse vergonhoso projeto; se unem para PETICIONAR à Prefeitura de Niterói e à
Câmara de Vereadores a DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO
AMBIENTAL, CULTURAL, SOCIAL E CÊNICO DA REGIÃO DE ITAIPU E SEU ENTORNO NO
PROJETO DE LEI DO PLANO DIRETOR que entrará em primeira votação no dia 26 de
Outubro.
Um grande ABRAÇO À LAGOA DE ITAIPU foi realizado no DOMINGO
DIA 22 DE OUTUBRO. e reuniu cerca de 1000 pessoas. Um grande sucesso! Seguem as belas imagens!
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Sexta Invasão ao Costão de Itacoatiara
Por Leandro do Carmo
Está chegando o maior evento de escalada da cidade!!!!!!! Monte sua cordada e vem!
Está chegando o maior evento de escalada da cidade!!!!!!! Monte sua cordada e vem!
domingo, 3 de setembro de 2017
Guia de Trilhas na Bienal do Livro!
Por Leandro do Carmo
Olá Pessoal, no dia 09/09, estarei na Bienal do Livro
apresentando o Guia de Trilhas de Niterói e Maricá. Somente entre 12 e 13h.
Conto com sua presença!!!!!!!
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Serra do Cipó - Travessia Alto Palácio x Serra dos Alves
Serra do Cipó
Travessia Alto Palácio x Serra dos Alves
3 dias, 2 noites e 45 km de pura aventura
14, 15, 16 e 17/06/2017
Participantes: Leonardo Carmo & Carina Melazzi
O Parque Nacional da Serra do Cipó está situado na área central do Estado de Minas Gerais, entre as coordenadas 19º 12` e 19º 34` latitude Sul e 43º 27` e 43º 38` longitude Oeste, na parte Sul da Cadeia do Espinhaço.
A área total do PARNA Serra do Cipó é de aproximadamente 34.000 hectares. O acesso pode ser realizado pelas rodovias MG-10 e MG-424. A rodovia MG-10 está asfaltada até o km 100. A entrada para a sede do Parque Nacional da Serra do Cipó é feita no Km 94 da rodovia MG-10.
Planejamento:
A organização da viagem começou com aproximadamente um mês de antecedência. Foi necessário entrar em contato com a administração do parque para fazer a reserva e receber o tracklog, pois o trecho que iríamos percorrer ainda era um projeto em andamento, ou seja, uma trilha inacabada com marcações limitadas. Precisamos enviar também o termo de responsabilidade para liberarem a nossa entrada no parque.
Em relação à logística da travessia, fechamos o transfer do carro com o Chiquinho, da Pousada Serra dos Alves. Optamos pelo transfer em nosso próprio carro, o que custou R$ 200. Teríamos a opção de irmos com o carro dele, mas custaria R$ 400.
Da Serra dos Alves até Alto Palácio são aproximadamente 188 km, sendo que 20 km em estrada de terra. Em condições normais, esse trajeto é feito entre 2h/2h30, mas por conta do trânsito caótico de BH e da entrada que dá acesso à Serra do Cipó, demoramos o dobro do tempo previsto.
Sobre a hospedagem, optamos por ter um pouco mais de conforto após o término da travessia. Depois de várias tentativas, conseguimos uma vaga na Casa de Cultura, na Serra dos Alves. Foi difícil encontrar vaga nas pousadas, pois teria festa junina no vilarejo.
1º dia – Alto Palácio x Casa de Tábuas (16 km)
Como entramos na triha atrasados devido aos imprevistos, precisaríamos percorrer os 16 km em apenas 4 horas para chegarmos ao primeiro ponto de acampamento ainda com luz do sol. Em condições normais, isso seria fácil. Com cargueiras pesando mais de 20 kg, fica difícil rsrs.
O início da trilha é bem marcado e bem óbvio até a parte das pinturas rupestres. Logo em seguida, vem o trecho do Travessão. A partir desse ponto, o bicho começou a pegar. Não conseguimos encontrar o local certo para passar e para não perder tempo, resolvemos descer reto passando por um trecho superexposto. Depois de vencermos a descida, atravessamos o rio e subimos por uma encosta íngreme com pedras soltas até entrarmos na trilha novamente.
Até então, estávamos navegando com o auxílio de um mapa impresso. Quando começou a escurecer, resolvemos usar o GPS do celular.
Andar à noite foi complicado. Justamente quando escureceu, pegamos um trecho bem complicado onde não tinha trilha definida e raríssimas marcações. Depois de andarmos um bom tempo no escuro e com campo de visão reduzido, o GPS do celular nos abandonou e não tínhamos a menor condição de continuar. Em meio à situação crítica, resolvemos acampar antes do primeiro ponto.
2º dia – Meio do nada x Casa de Tábuas x Casa dos Currais (11 km)
Acordamos bem cedo na expectativa de visualizarmos a trilha, mas o intenso nevoeiro nos surpreendeu. Começamos então a explorar um pouco a área até que encontramos um rastro. Ligamos o GPS do celular e assustadoramente ele indicou que estávamos na trilha... e nela seguimos.
Tudo parecia ir bem até que o rastro desapareceu e o GPS resolveu nos abandonar mais uma vez. Um pouco antes disso acontecer, a gente já estava achando estranho, pois não havia marcação no caminho. Depois de andarmos vários quilômetros, decidimos voltar para onde havíamos acampado e explorar o outro lado.
Por sorte ou coisas do destino, encontramos com um ser solitário e igualmente “perdido” que surgiu em nosso caminho. Ele estava vindo do lugar para onde queríamos ir, e a gente estava voltando da trilha que ele queria seguir. Paramos por alguns minutos, trocamos informações e cada um seguiu seu rumo.
Seguimos confiantes até que achamos algumas estacas amarelas marcando o caminho. Mais adiante, as marcações desapareceram novamente, juntamente com o rastro. Do nada, novamente por sorte ou coisas do destino, começamos a ouvir assovios. Prontamente respondemos e assim estabelecemos uma comunicação. Era um grupo de MG, Sabará, que estava esperando um casal de amigos que, assim como a gente, tinha entrado na trilha com atraso.
Dali partimos e pegamos uma carona num verdadeiro GPS que eles estavam utilizando. Mais na frente, encontramos outro grupo, também de MG, e resolvemos seguir com eles. Esse grupo também usava GPS de verdade.
Nesse segundo trecho é praticamente impossível navegar sem GPS. O curioso é que a maioria das marcações estavam em pontos óbvios.
Rumamos então para o nosso segundo ponto de acampamento: Casa dos Currais.
Por volta das 15h chegamos à Casa dos Currais. A estrutura é bem melhor do que a da Casa de Tábuas. Esse ponto é base dos guarda-parques. É possível tomar banho quente esquentando a água no fogão à lenha improvisado. Outra opção é tomar banho gelado no rio que passa pertinho da casa.
3º dia – Casa dos Currais x Serra dos Alves (8 km)
Esse terceiro trecho também é praticamente impossível fazer sem GPS. Não vimos nenhuma marcação e raramente a trilha seguia uma linha óbvia. Após percorremos a metade do último trecho, chegamos à pousada da Lucy. A pousada está desativada e a área agora pertence ao parque. Ali paramos para almoçar. Nesse ponto existe um cânion espetacular. Mais para o final da trilha, passamos por outra casa que também foi desapropriada e uns 500 m depois paramos para tomar um gostoso e merecido banho de rio. Dali pra frente foi só mirar o vilarejo, atravessar um rio, subir um morro e pronto rsrsrs.
A missão estava concluída.
Curtimos a festa junina local para dar aquela relaxada. Afinal, no outro dia teríamos que pegar a estrada de volta pra casa.
PS.: Não sabemos se o projeto da travessia evoluiu desde junho, por isso, quem quiser se aventurar por lá, mas sem passar muitos perrengues, vale a pena dar uma pesquisada e, com certeza, levar um GPS.
Contato do parque: http://www.icmbio.gov.br/parnaserradocipo/
Contato do Chiquinho: http://pousadaportaldaserra.com/
Contato da Casa de Cultura: https://www.facebook.com/casadeculturaserradosalves/
Mapa para chegar à Serra dos Alves:
A área total do PARNA Serra do Cipó é de aproximadamente 34.000 hectares. O acesso pode ser realizado pelas rodovias MG-10 e MG-424. A rodovia MG-10 está asfaltada até o km 100. A entrada para a sede do Parque Nacional da Serra do Cipó é feita no Km 94 da rodovia MG-10.
Planejamento:
A organização da viagem começou com aproximadamente um mês de antecedência. Foi necessário entrar em contato com a administração do parque para fazer a reserva e receber o tracklog, pois o trecho que iríamos percorrer ainda era um projeto em andamento, ou seja, uma trilha inacabada com marcações limitadas. Precisamos enviar também o termo de responsabilidade para liberarem a nossa entrada no parque.
Em relação à logística da travessia, fechamos o transfer do carro com o Chiquinho, da Pousada Serra dos Alves. Optamos pelo transfer em nosso próprio carro, o que custou R$ 200. Teríamos a opção de irmos com o carro dele, mas custaria R$ 400.
Da Serra dos Alves até Alto Palácio são aproximadamente 188 km, sendo que 20 km em estrada de terra. Em condições normais, esse trajeto é feito entre 2h/2h30, mas por conta do trânsito caótico de BH e da entrada que dá acesso à Serra do Cipó, demoramos o dobro do tempo previsto.
Sobre a hospedagem, optamos por ter um pouco mais de conforto após o término da travessia. Depois de várias tentativas, conseguimos uma vaga na Casa de Cultura, na Serra dos Alves. Foi difícil encontrar vaga nas pousadas, pois teria festa junina no vilarejo.
1º dia – Alto Palácio x Casa de Tábuas (16 km)
Como entramos na triha atrasados devido aos imprevistos, precisaríamos percorrer os 16 km em apenas 4 horas para chegarmos ao primeiro ponto de acampamento ainda com luz do sol. Em condições normais, isso seria fácil. Com cargueiras pesando mais de 20 kg, fica difícil rsrs.
O início da trilha é bem marcado e bem óbvio até a parte das pinturas rupestres. Logo em seguida, vem o trecho do Travessão. A partir desse ponto, o bicho começou a pegar. Não conseguimos encontrar o local certo para passar e para não perder tempo, resolvemos descer reto passando por um trecho superexposto. Depois de vencermos a descida, atravessamos o rio e subimos por uma encosta íngreme com pedras soltas até entrarmos na trilha novamente.
Até então, estávamos navegando com o auxílio de um mapa impresso. Quando começou a escurecer, resolvemos usar o GPS do celular.
Andar à noite foi complicado. Justamente quando escureceu, pegamos um trecho bem complicado onde não tinha trilha definida e raríssimas marcações. Depois de andarmos um bom tempo no escuro e com campo de visão reduzido, o GPS do celular nos abandonou e não tínhamos a menor condição de continuar. Em meio à situação crítica, resolvemos acampar antes do primeiro ponto.
2º dia – Meio do nada x Casa de Tábuas x Casa dos Currais (11 km)
Acordamos bem cedo na expectativa de visualizarmos a trilha, mas o intenso nevoeiro nos surpreendeu. Começamos então a explorar um pouco a área até que encontramos um rastro. Ligamos o GPS do celular e assustadoramente ele indicou que estávamos na trilha... e nela seguimos.
Tudo parecia ir bem até que o rastro desapareceu e o GPS resolveu nos abandonar mais uma vez. Um pouco antes disso acontecer, a gente já estava achando estranho, pois não havia marcação no caminho. Depois de andarmos vários quilômetros, decidimos voltar para onde havíamos acampado e explorar o outro lado.
Por sorte ou coisas do destino, encontramos com um ser solitário e igualmente “perdido” que surgiu em nosso caminho. Ele estava vindo do lugar para onde queríamos ir, e a gente estava voltando da trilha que ele queria seguir. Paramos por alguns minutos, trocamos informações e cada um seguiu seu rumo.
Seguimos confiantes até que achamos algumas estacas amarelas marcando o caminho. Mais adiante, as marcações desapareceram novamente, juntamente com o rastro. Do nada, novamente por sorte ou coisas do destino, começamos a ouvir assovios. Prontamente respondemos e assim estabelecemos uma comunicação. Era um grupo de MG, Sabará, que estava esperando um casal de amigos que, assim como a gente, tinha entrado na trilha com atraso.
Dali partimos e pegamos uma carona num verdadeiro GPS que eles estavam utilizando. Mais na frente, encontramos outro grupo, também de MG, e resolvemos seguir com eles. Esse grupo também usava GPS de verdade.
Nesse segundo trecho é praticamente impossível navegar sem GPS. O curioso é que a maioria das marcações estavam em pontos óbvios.
Rumamos então para o nosso segundo ponto de acampamento: Casa dos Currais.
Por volta das 15h chegamos à Casa dos Currais. A estrutura é bem melhor do que a da Casa de Tábuas. Esse ponto é base dos guarda-parques. É possível tomar banho quente esquentando a água no fogão à lenha improvisado. Outra opção é tomar banho gelado no rio que passa pertinho da casa.
3º dia – Casa dos Currais x Serra dos Alves (8 km)
Esse terceiro trecho também é praticamente impossível fazer sem GPS. Não vimos nenhuma marcação e raramente a trilha seguia uma linha óbvia. Após percorremos a metade do último trecho, chegamos à pousada da Lucy. A pousada está desativada e a área agora pertence ao parque. Ali paramos para almoçar. Nesse ponto existe um cânion espetacular. Mais para o final da trilha, passamos por outra casa que também foi desapropriada e uns 500 m depois paramos para tomar um gostoso e merecido banho de rio. Dali pra frente foi só mirar o vilarejo, atravessar um rio, subir um morro e pronto rsrsrs.
A missão estava concluída.
Curtimos a festa junina local para dar aquela relaxada. Afinal, no outro dia teríamos que pegar a estrada de volta pra casa.
PS.: Não sabemos se o projeto da travessia evoluiu desde junho, por isso, quem quiser se aventurar por lá, mas sem passar muitos perrengues, vale a pena dar uma pesquisada e, com certeza, levar um GPS.
Contato do parque: http://www.icmbio.gov.br/parnaserradocipo/
Contato do Chiquinho: http://pousadaportaldaserra.com/
Contato da Casa de Cultura: https://www.facebook.com/casadeculturaserradosalves/
Mapa para chegar à Serra dos Alves:
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Escalada no Nariz e Verruga do Frade - Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Por Leandro do Carmo
Escalada no Nariz e Verruga do Frade - Parque Nacional da Serra dos Órgãos
![Escalada Verruga do Frade Escalada Verruga do Frade](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQU7HkW-1VKaAyCXQZ_JBj8OUjPOqGEJmg8fDegbYOB_IHCBNY887LOxjX4kKvIysobdCPkcimwLBBbmzgmBM1wpEdIKGm0EAGFwCIiOBFQQmrXvfHw7i-mtYPZbGCmFXQkQ3y-A4mAeNT/w648-h486/verruga+1.jpg)
Bom, definimos os aventureiros dessa empreitada: Eu,
Leonardo Carmo, Ary Carlos, Vander Silva, Rafael do Carmo e Guilherme Gregory.
Fizemos as compras da entrada do Parnaso com antecedência, pois nossa ideia era
entrar bem cedo no parque, pois ele só abre as 8 da manhã e se quiser entrar
antes disso, tem que comprar as entradas com antecedência. E assim fizemos... Marcamos
nossa saída de Niterói às 5 da manhã, quanto mais cedo começarmos, mais cedo
acabaríamos...
O tempo estava firme, porém com algumas nuvens, mas a
previsão não era de chuva. Mas queria dessa vez, pegar uma vista boa, pois na
primeira vez, acabei não tendo esse prazer... Seguimos na estrada ainda de
noite. Tomamos um café na Parada Modelo e de lá seguimos para nosso destino.
Entramos no Parque e estacionamos o carro na Barragem e de lá seguimos subindo
a trilha do Sino.
Na altura do antigo Abrigo 2, pegamos o caminho da Travessia
da Neblina. Já no começo, percebe-se a diferença. Apesar de consolidada, a
trilha é bem menor que a “avenida” do Sino. Ela segue uma descida suave.
Cruzamos alguns córregos até que iniciamos uma subida forte, o pior trecho da
caminhada de aproximação. É uma subida íngreme, que por diversas vezes,
precisamos utilizar as mãos para ajudar. Ao final dessa subida, dobramos a
direita e seguimos pela crista até avistar o nosso objetivo do dia! Passamos
pelo Paredão Roi Roi e num mirante, demos uma parada para fazer algumas fotos.
Dali dava para ver um grande desmoronamento, deixando uma grande marca na
floresta.
Continuamos a subida até que chegamos à base do Nariz do
Frade. Ali nos arrumamos e foi hora de decidir quem guiaria... Eu já falei
logo: “Já guiei isso aí e não vou de novo!” Deixei a rabuda para o próximo da
lista. Bom, os responsáveis pela empreitada foram Ary e Guilherme. Para colocar
na lista das vias completas, tem que guiar! Avisei logo. Só olhando de baixo
foi mais fácil. Fiquei só dando as dicas.
O tempo estava muito agradável e algumas nuvens que vinham
por trás do Parque não assustavam, mas ligavam o sinal de alerta. Assim que os
dois subiram, eles fixaram as cordas e eu subi em seguida, levando mais uma
corda, assim, daria para fazer a próxima enfiada. Na subida, fui relembrando
dos lances feito ano passado. Subir participando é bem mais tranquilo, mas
mesmo assim percebi que ela é bem exigente e se não estiver bem com a técnica
de chaminé, pode ter um pouco de dificuldade.
No Platô, já preparamos a subida para o próximo lance e a
entrada para a chaminé horizontal é meio estranha. O Guilherme me perguntou: “É
por aqui mesmo?” Eu ri e disse que sim... Falei: “Segue na chaminé, fazendo uma
horizontal, que nem um siri!” Lá tem boas agarras de pé e se for devagar e entender a
dinâmica, vai tranquilo. O Guilherme subiu e fui em seguida. Subi e cheguei à
base da Verruga, uma “pequena” pedra, se comparada ao grande Nariz, é claro...
Aproveitei para dar uma acelerada na galera, pois a concentração de nuvem havia
aumentado. Depois de descansar um pouco, percebi como o dia estava bonito.
Olhando para baixo, consegui ter a noção exata da altura. Da última vez, a
visibilidade estava prejudicada e a única vista que tinha, era um tapete de
nuvens...
Garanti algumas fotos e me preparei para subir o lance
final. Era hora de subir a Verruga. São dois lances para fazer, até conquistar
seu cume. Lá no alto, aproveitei para descansar um pouco, enquanto a galera ia
chegando. Desci e assinei o livro de cume, deixando mais uma vez minhas
lembranças, dificuldades de alegrias em poder fazer mais um impressionante
cume. Difícil numa hora dessas conseguir descrever em palavras o sentimento em
estar ali...
Comecei a arrumar as coisas e quando fui puxar a corda ela
travou, desci ainda um trecho e consegui liberar a corda. Abri o rapel. Levei
uma corda e o próximo a descer, foi com outra, assim pude arrumar o segundo,
com duas cordas, indo até à base. Mas antes, ainda tive que fazer um lance para
recuperar a mochila na entrada da segunda chaminé. Depois de resgatada a
mochila, desci até a base e fiquei o aguarda da galera.
Preparei um risoto de frango com creme de leite, uma das
ótimas opções de comida liofilizada que temos e para fechar o almoço, um
cafezinho, já clássico nas montanhas por onde passo. Aí foi hora de arrumar as
coisas e seguir descendo, o caminho era longo...
Como o carro do Vander havia ficado na Barragem, desci um
pouco mais rápido para aproveitar e tomar um banho. Ele me disse que deixou o
carro aberto. Bom, segui na frente e assim que cheguei à Barragem, o carro
estava fechado. Ainda procurei a chave e se havia alguma porta aberta. Pensei:
“O Vander acabou levando a chave”. Aproveitei para tomar um banho gelado. Assim
que o Vander chegou falei que o carro estava fechado e ele me disse que deixou
aberto. Ficamos um tempo procurando e
ele disse que nunca fechava o carro e que a chave tinha que estar ali.
Só existia uma explicação, o guarda que fica ali, fechou o
carro e levou a chave. Não deu outra. O
Marcos Velhinho e o Leonardo desceram até a sede da segurança e a chave estava
lá. Atrasou um pouco, mas não teve jeito. Todo queria saber: “Por que o Vander
não fecha o carro e leva a chave?” Já no carro, seguimos viagem de volta... Um belo dia...
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