quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Canoagem em um paraíso desconhecido no noroeste fluminense

Por Jefferson Figueiredo

O Rio Paraíba do Sul é um rio extenso sendo recurso extremante importante para três estados do sudeste brasileiro: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nasce na serra da Bocaina em São Paulo e desemboca na praia de Atafona em São João da Barra-RJ possuindo 1.340 km de extensão abrangendo 150 cidades e 20 milhões de pessoas.

Ao longo de seu trecho o rio adquire várias formas e tem características bem específicas: ora estreito, ora largo, ora turbulento, ora calmo, às vezes represa e volta a ser rio, ora poluído, ora preservado, sim é isso mesmo, preservado e com mata ciliar e vegetação exuberante e é esse rio Paraíba do Sul que pouca gente conhece.

No Médio Paraíba, mais especificamente do trecho de Além Paraíba-MG a São Fidelis-RJ, o rio Paraíba do Sul possui águas turbulentas com corredeiras e cachoeiras, predominância de ilhas, é largo e com uma vegetação ciliar ainda bem preservada. Famoso pela piscosidade e referência na pesca esportiva de dourado e robalo.  Em uma grande extensão não existe cidades em suas margens, o que contribuí para renovação de suas águas, além da própria oxigenação causada pelas corredeiras. Ele também recebe as águas de vários afluentes.

O grande intuito deste artigo é revelar o potencial deste nosso amado Rio Paraíba do Sul, mostrando toda sua beleza e maravilhas. Também pretendo orientar aos interessados a usufruir todo esse potencial, principalmente os praticantes de Canoagem, Stand UP Paddle e Pesca Esportiva, além daqueles que querem simplesmente curtir um passeio de barco a motor, um banho de rio, um acampamento, enfim os amantes da natureza.

Sou itaocarense, amante do Paraíba e praticante de canoagem descida e freestyle.

Decidir dividir o passeio em dois trechos que são contínuos. Porto Velho do Cunha a Itaocara (65 km) e Itaocara a São Fidélis (48 km).

Primeiro trecho: Porto Velho do Cunha a Itaocara, 65 KM 
(MAPA ao final e link arquivo KMZ do Google Earth)

Comecei às 07h30min e cheguei em Itaocara às 17h. Fiz uma parada almoçar no Restaurante do Ernani de 30 minutos e aproveitei para reparar o caiaque que é de fibra. Infelizmente, meu caiaque estava vazando no compartimento traseiro e como o rio estava muito seco acabei batendo em algumas pedras nas corredeiras piorando a situação, sendo assim, tive que parar muitas vezes para retirar a água. Fiz os lanches e hidratação praticamente em movimento. O rio Paraíba estava seco demais, sinceramente nunca havia remado nele nestas condições, que são ruins para passeios longos, pois o rio torna-se muito lento e a pouca profundidade dificulta as remadas. Para compensar as águas estavam bem transparentes e as corredeiras íngremes e intensas.

Era 30 de maio de 2015, sábado com uma manhã de muita neblina, mas com um sol agradável, conforme é o inverno na região. Lembramos que 2014/2015 o nível do Paraíba do Sul quebrou vários recordes devido à seca intensa.

O primeiro trecho do Rio Paraíba do Sul começa em Porto Velho do Cunha, terceiro distrito de Carmo-RJ, um pouco abaixo da represa Ilha dos Pombos que pertence a Light SA. O rio divide os estados do Rio e Minas até o povoado de Porto Marinho.

É um trecho mais desabitado, em suas margens somente pequenos distritos e poucas fazendas. Muitas matas ciliares, ilhas e algumas corredeiras. Sinceramente nos sentimos mergulhados na natureza e chegamos a esquecer que existem cidades por perto. Corredeiras mais intensas só depois do Porto do Paulo Gama até o Porto Marinho, no mais só águas calmas.



Represa Ilha dos Pombos da Light perto de Porto Velho do Cunha distrito de Carmo-RJ.











Saindo de Porto Velho do Cunha












Já no 5º km do passeio na margem esquerda, que pertence a Minas Gerais, encontra-se o primeiro afluente do trajeto, Rio Angu e a partir dele uma mata fechada cobrindo cerca de 10 km desta margem.







Bela mata ciliar na margem esquerda, logo abaixo o Rio Angu, que percorre mais de 10 km.

























Bela colônia de veraneio de pescadores








No km 20 o vilarejo de São Sebastião do Paraíba, distrito de Cantagalo-RJ e do lado mineiro Conceição do Paraíba, distrito de Estrela Dalva.






São Sebastião - Barraca da Manuela














Conceição do Paraíba











Aos 25,5 km do início do passeio encontra-se a Barraca do Ernani, local simples onde pode-se saborear comidas típicas, existem quartos para pernoite. Contato (32) 99060393






















Marzão













Alfarroba









Corredeira do Urubu, km 31, de grau III é facilmente transponível pela margem, mas aos experientes vale a descida! Para chegar até ela deve-se manter a esquerda logo após a Fazenda do Paulo Gama (acompanhem o mapa)



Logo após o Porto do Paulo Gama( foto abaixo) deve-se seguir pela direita para chegar a Corredeira do Urubu. Neste trecho o rio se divide em dois.














Corredeira do Urubu



















Corredeira do Molha Saco km 32













Local de deságua Rio Pirapitinga 34












Vilarejo de Porto Marinho esta no km 35










Cabana do Peixe Frito (Km 42), ambiente rústico e aconchegante, parada obrigatória. Aos que não querem esticar o passeio será um ótimo lugar para pernoitar e jantar. Existem quartos e área de camping e a comida típica muito saborosa.  Atenção ao mapa, pois não é de fácil localização! Contato 22 999388539 e 22 997195198


















Siga a Serra da Bolívia

























Local aproximado das futuras instalações da Represa Itaocara
(http://uheitaocara.com.br/)










Corredeira da Mangueira 53 Km
























Batatal, 5º distrito de Itaocara já estamos bem próximos ao fim do passeio Km 57










 Majestosa Serra da Bolívia



























Fim do primeiro trecho do passeio, chegamos a querida Princesinha do Paraíba Itaocara e completamos os 65 km do primeiro trajeto.








Belo presente de inverno ao chegar!










Segundo trecho: Itaocara a São Fidélis, 48 km 
(MAPA ao final e link arquivo KMZ do Google Earth)

Fiz o percurso bem devagar, saí as 08h10min e cheguei em São Fidelis às 16h20min. Fiz paradas para almoçar e lanchar, além de várias para fotografar. Era 24 de abril de 2015, uma sexta-feira nublada, com o rio num nível muito baixo, muito mais baixo que a média histórica do período. Lembramos que 2014/2015 o nível do Paraíba do Sul quebrou vários recordes devido à seca intensa.

O segundo trecho do Rio Paraíba do Sul começa em Itaocara, onde continua prevalecendo a exuberância de um rio bem preservado, largo e com vários canais intermediários que vistos de cima parecem artérias que seguem para um fluxo principal.

É um trecho tranquilo (prevalência de águas mais calmas) e mais povoado que o primeiro que iremos retratar. Inclusive o sinal do celular permanece acessível até Pureza, ou seja, nos 32 primeiros quilômetros do passeio.




Corredeira do Zé Maria 2,18 km











Já no sétimo quilometro do passeio encontra-se a Ilha do Capixete, restaurante tradicional de comida típica e com opção de pousada. Contato 22 3861-4029.






















Cachoeira da Peroba km oito.
Confiram mais:







Corredeira do Miguel Cardoso 10 km de passeio.


















Corredeira do Quebra- Canga 11,5 Km de descida.












No Km 14,5 chegamos a Portela, 3º Distrito de Itaocara-RJ.























Até Portela encontramos boas corredeiras, mas de Portela para baixo a quantidade de corredeiras diminui muito e o rio segue seu rumo mais calmamente, mas a exuberância permanece.



















Ponte de Cambuci km 22















Aos 25 km cidade de Cambuci-RJ












Km 26,7 Cachoeira do Romão lugar muito apreciado por pescadores e uma boa corredeira






















Pureza, distrito de São Fidélis-RJ, km 32 do trajeto.











Belíssima bromélia





















Marzão...













Olha a mata ciliar!
























Cachoeira do Salto já chegando a São Fidélis-RJ.











Chegamos à cidade de São Fidélis-RJ encerramos os 48 km do segundo trajeto.








Observações Finais e IMPORTANTES.

Ressalto que o nível do rio é bem distinto ao longo do ano e as condições mudam para cada nível.  Logo é importante se informar sobre as condições da época.

No período de estiagem, aproximadamente de abril a setembro o rio Paraíba fica com nível mais baixo e com as águas mais claras. No pico da estiagem, geralmente de julho a setembro, suas águas ficam bem claras, como um rio de serra, as corredeiras ficam mais inclinadas e com ondas íngremes. Na época das águas, tempo das chuvas, o Paraíba do Sul tem seu nível elevado conforme a intensidade das chuvas. Em janeiro e fevereiro, ele geralmente está em seu nível mais elevado. Neste período, as águas se tornam bem densas e turvas e as corredeiras ficam extensas e com ondas enormes.

Outra coisa importante a revelar é que o nível de dificuldade das corredeiras é pequeno; em condições de normalidade, classe I e II em sua maioria; mas requer todo cuidado possível e o uso dos equipamentos de segurança torna-se obrigatório. Como o rio é bem largo há possibilidade de desvio de qualquer corredeira, inclusive as portagens são bem tranquilas de fazer, caso seja necessário. Em níveis normais, todo trecho do Paraíba é navegável com embarcações pequenas, barcos a motor modelo 9 pés que são usados pelos pescadores esportivos de dourado e robalo.

A comida típica que encontramos nos restaurantes do trajeto é peixe. Principalmente, caximbau, dourado, robalo, carpa, piau e traíra feitos fritos ou em moqueca acompanhados de pirão, arroz e salada.

Como sugestão de logística, proponho que tenham como base Itaocara, pois é a cidade que divide os dois trechos. Os hotéis podem ser verificados facilmente em uma pesquisa no Google. Aos que não vierem com apoio por terra é bem fácil conseguir motorista para levar até o início da descida (Porto Velho do Cunha), assim como buscar no final em São Fidélis.

É bom retratar que aos que possuem pouca disponibilidade de tempo e desejam um passeio mais curto e rápido o trecho de Itaocara a Portela é uma boa opção. Pode ser feito em torno de duas horas e, sinceramente, é o meu preferido, tanto pelas belezas quanto pelas corredeiras.

Percebam que o tempo de descida vai variar dependendo do tipo de caiaque ou embarcação e da intensidade do canoísta.

Equipamentos: Caiaque TS Adventure da Canoamm, remo de carbono modelo Rasmussem Italiano, colete Race Canoe, saia Shockwave Immersion Research e capacete WRSI.

É impossível demonstrar por algumas fotos toda beleza, ainda pelo fato de terem sido tiradas de dentro do caiaque, o que mostra somente um ângulo de um fotógrafo muito amador. Por isso é imprescindível que vocês confiram todos nossos álbuns principalmente os dos passeios.


Qualquer dúvida ou informação não hesite:
ACAI – Associação de Canoagem de Itaocara,   acainoagem@gmail.com / http://www.acainoagem.com.br

Mapas Google Earth

Primeiro trecho: Porto Velho do Cunha a Itaocara: 65 Km












Segundo trecho: Itaocara a São Fidelis: 48 Km













Equipamentos

























Link arquivo KMZ Google Earth, com as marcações e os caminhos, para baixar:

Links regionais interessantes:

RESUMO GERAL

Localizações: Porto Velho do Cunha, Carmo-RJ; São Sebastião do Paraíba, Cantagalo-RJ, Conceição do Paraíba, Estrela Dalva-MG; Batatal, Itaocara-RJ; Itaocara-RJ; Portela, Itaocara-RJ; Cambuci-RJ;Pureza, São Fidélis-RJ;São Fidélis-RJ.
Dificuldade: predominância da Classe I e II; III (Cachoeira do Urubu)
Distância: 113 km: 65 km + 48 Km
Tempo: 17 horas: 9 h + 8 h (varia de acordo com a embarcação)
Desnível: 125 m - 1,1 m/km
Portagem: muito fácil
Entrada: Porto Velho do Cunha, Carmo-RJ - 140 m de altitude
Saída: São Fidélis-RJ - 15 m de altitude
Resgate do Carro:144 km - 2h20min (Porto Velho do Cunha a São Fidélis)
Temporada: Abril a setembro (estiagem). Novembro a fevereiro (chuvas)
Contato: Jefferson – jeffersonvfigueiredo@yahoo.com.br


domingo, 9 de agosto de 2015

Trailer do Filme: 4 Dias na Dura Travessia da Serra Fina

Por Leandro do Carmo

Pessoal,

Segue o trailer do filme "4 Dias na Dura Travessia da Serra Fina". O filme que será lançado em breve mostra as imagens dessa bela travessia pela Serra da Mantiqueira, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. São cenários fantásticos, numa região quase intocada do sudeste brasileiro. Foram quase 40 km , percorridos em 4 dias, com direito a um pernoite na Pedra da Mina, 4º ponto mais alto do Brasil, com 2.798 metros.



Vídeo em HD


sábado, 8 de agosto de 2015

Trilha da Cabeça de Dragão - Parque Estadual dos Três Picos

Por Leandro do Carmo

Trilha da Cabeça de Dragão - Parque Estadual dos Três Picos

Local: Três Picos
Data: 10/11/2015
Participantes: Leandro do Carmo, Tauan Maia, Harry Vinagre, Annelise Gramacho e Andréa Vivas


A Cabeça de Dragão está localizada no Parque Estadual dos Três Picos, no Vale dos Deuses, e seu cume está a 2.075 metros acima do nível do mar.


Mapa do início da trilha, partindo do Ceasa de Nova Friburgo:



Desse ponto até ao Mascarim, nem todos os carros conseguem chegar. Se tiver chovendo, aí complica mais ainda. Porém existem alguns lugares no entorno da estrada que há possibilidade de estacionar. Existe a possibilidade de estacionar na sub sede do parque e seguir a pé.

A trilha

Partindo do Abrigo Três Picos (Mascarim), cruzar a porteira que tem uma placa do parque e seguir numa estradinha, cruzará mais uma porteira e terá um curral a sua direita. Mais a frente verá uma gigantesca Araucária e uma placa indicando as trilhas do local. Seguir reto subindo pelo pasto. Mais acima passará por outra porteira e seguirá novamente por uma estradinha. Acima cruzará mais uma porteira e mais a frente encontrará o Núcleo de Montanha do PETP, siga reto. Alguns metros depois, pegar uma descida para a esquerda, cruzará imediatamente uma ponte de madeira e estará no acampamento do Vale dos Deuses. Cruzar o gramado e ao lado direto da casinha, tem um portão. Deve-se cruzá-lo e virar a esquerda, seguindo a trilha, muito bem definida e sem bifurcações durante todo o percurso. No começo seguirá por mata fechada, cruzando um pequeno córrego e bem mais acima ficará mais aberto.  Seguirá por algumas lajes de pedra e cruzará uma parte com tufos de capim. Seguirá reto e virará sentido norte e depois noroeste, até começar a subir pela crista, seguindo nela até o cume.


Relato

Havíamos chegado ao Refúgio Três Picos, de propriedade do Zezinho, na sexta feira, por volta das 12:00. Deixamos as coisas lá e já partimos para o ataque. Seguimos de carro até onde dava. O carro estava cheio, com cinco dentro e pegar o trecho final, ficaria complicado.  Durante a subida já avistávamos de longe os Três Picos, formação rochosa que dá nome ao Parque. Uma das visões mais impressionantes e belas da região, quiçá do Brasil... O dia estava perfeito: Sol e sem nuvens. Garantia de um espetáculo lá do alto. Estacionamos o carro próximo a uma porteira e seguimos subindo pela estrada que leva ao Abrigo do Mascarim, algo em torno de 30 minutos. Cruzamos uma porteira que tem um aviso do Parque e seguimos ainda por uma estradinha.

Mais acima chegamos a outra porteira, onde tem algumas gigantescas Araucárias e um curral, a nossa direita. Mais a frente, existe uma placa rústica da indicação das trilhas da região. Seguimos subindo reto pelo discreto caminho marcado no pasto, até que cruzamos novamente outra porteira e pegamos uma antiga estradinha. A partir desse ponto, caminhamos na floresta, sem muita referência visual. Seguimos a leve subida e chegamos a última porteira. Cruzamo-la e passamos pelo Núcleo de Montanha do PETP. Nesse ponto, há uma saída à direita que chegará ao mesmo local, mas preferimos seguir reto na bem definida trilha.

Alguns metros adiante, pegamos uma saída a direita, onde há uma pequena ponte de madeira e que dá acesso à área de acampamento do Vale dos Deuses. Um grande gramado com uma construção onde tem banheiros e um fogão a lenha, servindo de base para quem vai escalar ou apenas curtir as trilhas da região. Passamos pelo portão que fica à direta da casa e dobramos à esquerda, logo após uma placa indicando “Cabeça de Dragão”. A trilha a partir desse ponto, voltou a estar por entre as árvores, seguindo muito bem definida. Cruzamos um minguado córrego e continuamos subindo. Aos poucos a densa floresta foi dando lugar a uma vegetação mais rala, até que estávamos novamente expostos ao sol. A visão ficava cada vez mais perfeita. O visual do Capacete e do Pico Maior tomava a atenção de todos. A caixinha de fósforo ao fundo, não ficava pra atrás...

Cruzamos alguns lajeados e mais a frente, alguns tufos de capim, até que começamos a subir pela crista, em direção ao cume. Nesse ponto já podíamos ver o nosso destino. O vento começava a ficar cada vez mais forte, afinal de contas, também estávamos mais alto. Mais um pouco de subida e estávamos no cume do Cabeça de Dragão. Aproveitamos para lanchar e é claro bater fotos. Uma grande nuvem cobriu o sol e com a ajuda do vento, fez a temperatura cair rapidamente. Era hora de voltar a andar. Começamos a nossa jornada de retorno, mas agora, com a sensação de dever cumprido!

Ainda paramos e recolhemos alguns lixos que foram deixados na área de camping e seguimos caminhando de volta até ao carro. Chegamos antes do entardecer no Refúgio e tomamos um banho refrescante e nos preparamos para um delicioso spaghetti .

Fomos dormir, pois o dia seguinte prometia...


Até a próxima!

Caixinha de Fósforo

Pico Maior e Capacete

Pico do Caledônia ao fundo

Visual do cume

Reunidos no cume



Projeto Nordeste - BTBW na Estrada

Por Sandro Damásio


O Projeto Nordeste - BTBW na Estrada consiste numa viagem de mais de 9.000km pelo litoral brasileiro, do Rio de Janeiro a São Luís do Maranhão, curtindo e registrando suas belezas naturais, em duas motos, realizada por Sandro e Fábio, amigos há mais de 30 anos, ou seja, mais que irmãos.

O tempo de viagem é estimado em 21 dias e conta, no seu trajeto, com os estados da região Sudeste Rio de Janeiro e Espírito Santo e todos os estados da região Nordeste. Em todos estes estados serão visitadas suas capitais e outras cidades, principalmente as litorâneas.

Viver a vida em sua plenitude, explorar seus limites, visitar lugares desconhecidos de suas memórias, divulgar o prazer de pilotar, conhecer e mostrar o Brasil pela ótica de dois motociclistas, com segurança e planejamento. Esses são os objetivos do Projeto Nordeste - BTBW na Estrada.

Vamos fazer vento???

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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

BTBW na Estrada - Projeto Nordeste - Sergipe

Por Sandro Damásio



Sergipe é o menor estado do Brasil em território (apenas 21,9 mil Km2), mas um estado cheio de história e com praias paradisíacas como Atalaia, Náufragos e Aruana. Constituída em 1534, a Capitania da Baía de Todos os Santos incluía, além das terras baianas, a Capitania de Sergipe del-Rey, cuja sede era Arraial de São Cristovão. Em 1820 a Capitania de Sergipe del-Rey emancipou-se da Bahia, tornando-se província em 1824 e, mais tarde, no Estado de Sergipe (1889).

A origem do nome Sergipe vem do Tupi e significa: "no rio dos Siris" em alusão ao Rio Sergipe. O estado é conhecido pelas sua história, ótima localização (litoral, no bloco mais oriental do Brasil), praias paradisíacas e pela sua bela capital Aracaju, considerada pela ONU a cidade com o maior IDH (0,77) e menor desigualdade da região nordeste. As montanhas são poucas, sendo 85% do território do estado abaixo da cota 300m. O ponto mais alto é a Serra Negra (742m), na divisa com a Bahia. Apesar de seu clima ameno (temperatura média em torno de 27 °C) é um estado muito afetado pelo rigor da seca nordestina. Um importante ponto turístico do estado é a cidade de São Cristovão, primeira capital de Sergipe e a quarta cidade mais antiga do país.Quem nasce no estado é conhecido como sergipano e, em sua capital, como aracajuano ou aracajuense.

Em 1942 o estado foi palco de um importante evento da Segunda Guerra Mundial. Na foz do rio Real, hoje conhecida como Praia dos Náufragos, o submarino alemão U-507, teria afundado vários navios mercantes brasileiros, vitimando mais de 650 pessoas, ocasionando, dias depois, a declaração de guerra contra os países do Eixo. A intolerância não prevaleceu sobre o sossego, aconchego e a beleza do lugar, ficando, na memória do povo, a lembrança daqueles que por ali passavam e por ali ficaram.

Terra de Tobias Barreto, Sergipe é um patrimônio histórico e um belo estado brasileiro. 

Durante a realização do Projeto Nordeste serão rodados cerca de 460km no estado de Sergipe. Além da Capital Aracaju, estão no trajeto do projeto a cidade de São Cristovão e demais cidades litorâneas.
É isso. BTBW na Estrada. Vamos fazer vento???
Born To Be Wild
Fotos: acervo próprio e internet. Quer contribuir? Mande fotos do seu estado para btbw@btbw.com.br

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