segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pedra do Sino - Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Por Leandro do Carmo

Pedra do Sino - Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Local: Teresópolis – Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Data: 25 e 26 de maio de 2013
Participantes: Adriano Paz, Rachel, Leandro do Carmo e Leonardo Carmo















Dicas:

O pagamento das taxas, abrigo, camping, entre outros serviços do parque, podem ser feitos no site: www.parnaso.tur.br. A subida é longa devido as curvas de nível, porém a torna menos pesada, cerca de 11km. Encontra-se água em abundância no caminho. A trilha é bem marcada e não há bifurcações que podem confundir, apenas algumas saídas que se vê claramente que não é a trilha principal. No inverno a temperatura pode chegar fácil a 0º. Opção de banho quente no Abrigo 4. Levar lanterna, principalmente se for fazer um bate e volta.

Relato

Passei a semana monitorando o tempo. Previsão de chuva na quinta e na sexta, sábado e domingo, tempo nublado, não chove. Pegar chuva, com esse frio, não estava nos meus planos. Tinha programado de fazer o Sino num bate e volta num único dia, mas surgiu essa oportunidade do pernoite, então resolvi fazê-lo como um treino para a Travessia Petrópolis x Teresópolis que pretendia fazer em breve.

“O primeiro registro conhecido de ascensão à Pedra do Sino é a expedição do botânico escocês George Gardner, em abril de 1841. Gardner estava fascinado pela paisagem da serra e se propôs a conquistar seu ponto culminante então conhecido, a Pedra do Assu. No entanto, ao chegar próximo ao cume, foi possível avistar a mais elevada Pedra do Sino. Gardner então mudou seu trajeto seguindo trilhas abertas por antas, animal então ainda abundante nos campos de altitude, e chegou ao cume da Pedra do Sino no dia 11 de abril de 1841 (Gardner, 1942).”

Definida a missão, foi decidir o que levar. Entre roupa, barraca, saco de dormir, comida, etc., foram 9,5 km na mochila. Pensei que tivesse exagerando nas roupas, mas no final das contas, vi que foram extremamente necessárias! Levei duas calças, dois casacos, 4 pares de meia, anorak, luva e toca, além da capa de chuva.



Marquei com o Adriano no sábado, às 07:00. Depois de um pequeno atraso, iniciamos a viagem, mas não tínhamos muita pressa... A viagem foi tranquila, seguimos pela Niterói-Manilha, Magé e pegamos a serra. Chegamos na portaria do parque por volta das 09:15. Seguimos os procedimentos burocráticos e subimos até o estacionamento, na pousada. De lá, até o início da trilha, caminhamos +/- 1km. Na represa, onde marca o início da trilha, enchemos as garrafas de água e aproveitei para dar uma amarrada no saco de dormir que ficou pendurado na mochila do meu irmão. Algumas fotos para registrar o momento e iniciamos a subida às 09:15.

No começo, fomos conversando bastante, mas aos poucos, as conversas foram diminuindo. De vez em quando dava uma esticada, e mais a frente diminuía o passo para caminhar junto com o grupo. A trilha inicial tem muita pedra pequena no chão e fica bem chato caminhar. Fomos subindo e chegamos ao ponto onde era o Abrigo 1. Uma pedra a direita da trilha, de onde observa-se uma pequena gruta. O Abrigo1 era uma simples loca de pedra, com um pequeno puxado na face, coberto de telhas de fibro cimento, e dotado de um fogão de lenha. Não dispunha de água encanada, banheiro ou qualquer conforto, nem guardas ou vigias. Foi desmontando e hoje só se vêem pequenos indícios de construção.


Ao longo da trilha, sempre escutamos o barulho das águas, que nos acompanha durante toda a subida e até cruzamos pequenos rios em alguns pontos! Num desses pontos, acima do antigo Abrigo 1, nos deparamos com a primeira cachoeira, a Véu da Noiva, isso às 10:48. Até comentamos que em todo lugar existe uma cachoeira que se chama Véu da Noiva! A primeira parada, com 1h 03min de subida. Um rápido lanche, água e um pequeno descanso para recuperar as baterias.

Atravessamos o rio com cuidado para não molhar o tênis. Deixando a cachoeira para trás, seguimos trilha acima. Sempre naquele incansável zig zag... Por vezes, parava para tentar identificar um pássaro que tinha um canto incomum, mas sem sucesso, talvez pelo tamanho. Como o local é rico em água! A todo momento, pequenos filetes de água cortavam a trilha e muitos casos, a transformavam em grandes poças de lama. Cuidado redobrado para não afundar o pé. Bem que falaram do zig zag da trilha... Quase toda ela seguindo as curvas de nível, o que facilita a subida, porém aumenta a distância.

Mais subida e chegamos à Cachoeira do Papel, às 11:47 e paramos para encher as garrafas d’água e seguimos caminhando. Passamos pelo lugar onde ficava o Abrigo 2. Fácil identificar por uns canos de ferro no chão da trilha, durante alguns metros. O Abrigo 2 era o mais confortável e luxuoso. Acomodava 20 pessoas em dez beliches com colchões e cobertores. O abrigo tinha baldrames de alvenaria e o piso do banheiro e da cozinha eram cimentados, mas o piso do salão era de terra batida. Ali perto, fica o início da trilha conhecida com “Passagem da Neblina”, numa saída bem visível à esquerda de quem sobe. Lá, decidimos que a próxima parada seria no antigo Abrigo 3.

Seguindo trilha acima, passamos por um ponto onde as árvores, visivelmente, diminuíram de tamanho, cheguei até comentar, pensando que já estava chegando... Mas nada, faltava muito ainda! Enfim uma clareira! Um lugar bem amplo, deve ser o Abrigo 3! Esperei alguns minutos até o Adriano chegar e confirmei minha suspeita! Era 13:10. O abrigo 3 teve três versões: a primeira era de taipa, sem alicerces, com cobertura de sapé, estrados com colchões e fogão a lenha; a segunda era de taipa “melhorada”, com alicerces de alvenaria e cobertura de telhas de fibro cimento, beliches e cobertores; a terceira foi um aperfeiçoamento da segunda, com substituição da taipa por blocos de cimento e melhoramento da cozinha. Tempos depois, foi demolido e os restos levados de volta para não poluir o local. Descemos alguns metros, numa saída à direita, até um mirante, de onde dava para ver a cidade de Teresópolis. Como estava muito nublado, vimos pouca coisa, mas já tinha noção de como seria a vista lá em cima. Depois de algumas fotos, voltamos ao ponto do Abrigo 3 e “almoçamos”.

Dali para cima, não programamos mais nenhuma parada. Seguiríamos até o Abrigo 4. Fomos subindo num rítimo constante, onde passamos por uma pedra grande à direita e paramos numa que fica no meio da trilha. Aguardamos o Adriano e Rachel e quando eles chegaram, nos falaram que ali era a Cota 2000,  ponto onde marca a altitude de 2.000 metros. Faltavam apenas 263 metros!!! Ah se fosse tão fácil assim! Um pouco a frente de onde estávamos, numa saída à esquerda, segue o caminho para a Agulha do Diabo, um dos meus grandes sonhos! Mas essa vai ter que ficar para um próxima...

Caminhamos e paramos para encher novamente as garrafas. Descemos numa pequena queda d’água, a esquerda da trilha e nos reabastecemos. Novamente na trilha, seguimos em direção ao nosso destino. O tempo cada vez mais fechado, com nuvens muito baixas, frustrou toda minha expectativa de ter uma vista cinematográfica. Mas seguimos sempre com bom humor, afinal de contas, a experiência de estar ali, já contava bastante.

A característica da vegetação mudou. As grandes árvores deram lugar a uma vegetação de pequeno porte. A mudança era muito visível! Um pouco parecida com a do Pico das Agulhas Negras, região de Itatiaia. De longe, já avistávamos o Abrigo 4. Só mais alguns metros e estaríamos lá!

Chegamos! Era 15:10. Fomos muito bem recebidos pelo guarda-parque. Depois de 5h 25min, estávamos no nosso destino. Uma pequena pausa para descansar e começamos a montar as barracas. Tudo pronto às 15:47. O termômetro do Abrigo marcava 9ºC. Nem tão frio assim, mas talvez devido ao cansaço senti  um pouco mais. Depois da barraca montada, arrumei tudo dentro dela, comi um sanduíche e fui tomar meu tão aguardado banho quente. Ainda esperei um pouco, até conseguirem colocar o aquecedor para funcionar. Já estava quase desistindo, quando chegou minha vez... Foram 5 minutos de felicidade!!! Terminando, já meti logo o agasalho e o frio foi passando.

Um luxo ter água quente! Mas nem sempre foi assim... O Abrigo 4 teve duas versões: a primeira muito semelhante ao Abrigo 3, versão 1 (taipa sem alicerces, fogão a lenha, estrados, colchões); a segunda em madeira serrada, com alicerces que ainda persistem, com beliches. Nunca teve água encanada ou banheiro. A água provinha de uma bica em nível mais baixo. Na primeira versão havia um cômodo anexo, de uso da administração, que o cedia a visitantes, autoridades e excepcionalmente a excursionistas, quando o abrigo estava lotado.

Depois que todos estavam de banho tomado, ou quase todos... né Leonardo Carmo????? Resolvemos ir à Pedra do Sino. Subimos uns 20 minutos e lá estávamos: 2.263 metros! Pena que o tempo não ajudou. Não dava para ver muita coisa. Mas de vez em quando, as nuvens davam uma brecha e a beleza se mostrava, mas rapidamente tudo se fechava de novo. Dava para ver uma pontinha do Dedo de Deus, o Dedo de Nossa Senhora, o Escalavrado e quase nada mais.

Começou a escurecer e resolvemos descer. Acendi a hedlamp e voltamos até ao Abrigo. Fui preparar a
janta. Foi bem rápido. Aproveitei uma panela com água quente e coloquei no macarrão instantâneo e mandei pra dentro. O Frio estava tenso! Combinei com meu irmão a hora de acordar, pois tínhamos que sair bem cedo no dia seguinte, era aniversário dele e não poderíamos nos atrasar para o churrasco! Coloquei o celular para despertar às 5 da manhã. Não eram nem 7 da noite e já estava deitado. Entrei no saco de dormir e fui até o dia seguinte. De vez em quando acordava com algum barulho. Quando tentava me mexer, sentia o saco de dormir gelado. Não dava para mudar de posição.

Por volta das 4:30, a movimentação no abrigo começou. Geralmente nessa hora o pessoal começa a levantar para se preparar para ver o nascer do sol lá do alto do Sino. O grande momento de quem dorme lá. Mas não seria dessa vez que eu o veria, ficaria para a próxima! Ás 04:40, levantei e não acreditei quando olhei para o céu: todo estrelado! A lua, tão clara e iluminada, que fazia sombra nas barracas. Parecia uma lanterna gigante!

Levantamos acampamento em tempo recorde. Foi um problema colocar a mão na capa da barraca, por pouco não congelou! rs... Coloquei tudo na mochila. Quando terminei, a mão doía... Coloquei a luva e comecei a esfregá-la para tentar aquecer e aos poucos foi voltando ao normal. Calcei o tênis com 3 meias, pois ele estava muito gelado e meu pé, bem quente e confortável. Tomei um guaraná natural quase congelando que ficou numa garrafa dentro da barraca e às 5:10, começamos a descer. A temperatura era de 2ºC. Tudo escuro ainda. Seguimos caminho.

Depois de uns 20 minutos num rítimo forte para aquecer, tive que tirar duas meias, pois o tênis estava apertando. Comentei com meu irmão que pelas minhas contas, certamente encontraríamos o primeiro grupo subindo, lá na Cachoeira do Véu da Noiva, pois o Parque só permite a entrada a partir das 6 da manhã. E quem sabe não seria o Collares?

Decidimos que tomaríamos café da manhã lá no mirante do antigo Abrigo 3 e assim poderíamos ver o sol nascendo. Descemos rápido e chegamos lá às 06:09. Fomos direto para o mirante e batemos algumas fotos. Não foi como se estivesse lá do Sino, mas dali a vista já era fantástica. Valeu a pena todo o esforço para estar ali. Comi um sanduíche e bebi um suco. Mais alguns minutos e começamos a descer novamente.

E conforme eu havia previsto, encontramos o primeiro grupo subindo justamente na Cachoeira do Véu da Noiva e nenhum sinal do Collares. Fomos descendo e nada. Quando as pedras começaram na trilha, vi que já estávamos no final. Pronto! Chegamos! Era 07:48. Fui até a represa bater algumas fotos e começamos a descer até o estacionamento e quando chegamos no carro, às 07:57, o Collares estava chegando também. Nos cumprimentamos e seguimos viagem. Ainda paramos para o tão esperado café da manhã, lá no paraíso das plantas e fiquei impressionado com vista para o Dedo de Deus. Nenhuma nuvem, nada que pudesse atrapalhar a vista. É claro que parei para fazer algumas fotos...

Missão cumprida! Até a próxima!













Um pouco da história...






quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vídeo da Via Paredão Emil Mesquita - Niterói RJ

Por Leandro do Carmo


Um escalada com uma vista diferente do Costão de Itacoatiara... Paredão Emil Mesquita! Estavam lá o Leonardo Carmo e o Marcos Duarte.

Segue o link para o relato:
http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/04/escalada-na-via-paredao-emil-mesquita.html



Vídeo em HD




domingo, 30 de junho de 2013

O sonho da Ás de Espada

Por Vitor Pimenta


Enfim, foi realizado um sonho! E claro, foi preciso uma jornada para realizar esse feito!

Essa jornada começou meio sem querer onde conheci essa via pela primeira vez a convite do Marden e Huani.onde fizemos "apenas" a 1º enfiada guiados pelo Huani. Dali nasceu a paixão.

Passado um tempo, surgiu a oportunidade de voltar lá, dessa vez,  acompanhado pela Nereida. Tomei coragem e assumi a ponta da corda até a 1º dupla, o que seria, mais ou menos, a metade da 1º enfiada. O restante fui participando e no primeiro lance de 6sup cai 2 vezes. Quando cheguei no segundo lance de 6sup, que fica na 2º enfiada, não aguentei de dor no pé e resolvi descer. Agradeço a paciência de minha irmãzinha em ter descido comigo dali, rs.

Procurei desde então focar um treino no urubu alternando nos regletes do fingerboard e voltei mais uma vez participando com a Bia e os betas do Guizzard que nos guiou até a P2. E como fui bem, resolvi entrar guiando na primeira oportunidade. 

Assim que me senti mais forte chamei o Paulo Guerra pra entrar comigo. Sabia que ele vinha com o treino focado e ganhando volume na escalada e percebi logo que ele era outro de quando o conheci no Morro Tucum. Assim que ele chegou na P1 com o dedo mindinho enfaixado ele vira com cara de "cão sem dono" e pede pra guiar... negar guiada é que nem negar água:  nunca sabemos o dia de amanhã, rs. Ele assumiu a guiada e tocou 4 grampos. Montou a parada, me puxou e logo me vi guiando o primeiro lance de 6sup. No meio do lance dei uma escorregada, mas por sorte minha mão tava boa e consegui me segurar dominando o lance. Passei pela retinha do Ás e puxei o Paulo pra P2. O lance seguinte (a diagonal de 5º) estava molhada e rapelamos dali felizes por termos dado nosso melhor.

Mas o melhor não foi o suficiente. Queria terminá-la. Colocá-la no curriculum. Então fui pra cima. Nesse meio tempo procurei saber tudo o que podia sobre a 3º enfiada e a maioria das pessoas falavam que ela era mais forte e mais exposta.

Coloquei na lista pra ver quem se animava e o Sandro logo se prontificou. Peguei vários betas no dia anterior com a Nereida que foram fundamentais e me senti mais confiante.

Decidimos deixar as mochilas na base e rapelar da P3 e que o Sandro ficaria com a 1º enfiada. Sandro tocou a enfiada úmida e mesmo com o coração na mão tocou com agilidade e logo foi minha vez de assumir. Passei pela 2º enfiada com muito mais confiança e logo me preparava para começar a diagonal da 3º. Adrenei bem na saída, diagonal com queda de platô, mas haviam muitos pés e enfim havia chegado no  lance de 6º. Os grampos são um pouco mais longes enfeitados por micro agarras numa parede bem vertical. Dentro do lance percebi que tinha entrado errado e que estava preso com o pé direito numa merdinha e minha mão esquerda num biquinho pontiagudo que começava a ferir meu indicador pela pressão da adrenalina. Analisei a queda e vi que não me machucaria, porém... se eu conseguisse trocar os  pés terminaria o lance com uma pernada alta. Desescalei e consegui entrar certo. Enfim, tinha superado o lance e o resto foi só subir a cristaleira e me ancorar.

Sandro seguiu ainda mais a direita de um buraco que tem no meio do lance e terminou com maestria. A P4 é uma enfiada de 3º com 2º grau que preferimos não fazer para subir sem peso.

Tiramos fotinhas com o teto ao fundo, e rapelando, fiz uma anotação mental: apresentar o Sandro ao Dino para comungarem suas piadinhas do pavê ou pra comer.


Born to Be + Pitbull Aventura 




terça-feira, 25 de junho de 2013

Stand Up em Icaraí - Mais um vídeo: de Icaraí até São Francisco

Por Leandro do Carmo

Niterói é um lugar abençoado! Um passeio pela praia de Icaraí até São Francisco. Na volta eu e o Guilherme pegamos um vento contra que deu um pouquinho de trabalho... Mas valeu a pena!

Confira!!!




Vídeo em HD

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vídeo da Trilha das Torres de Bonsucesso

Por Leandro do Carmo

Escrevi o relato há um tempo atrás, mas nem sempre as palavras são capazes de descrever a beleza de uma lugar... Por isso gosto de postar os vídeos também. De certa forma, se completam!

Torres de Bonsucesso é um lugar fantástico! Confira.

Link para o relato: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/05/trilha-torres-de-bonsucesso.html

Video em HD

terça-feira, 11 de junho de 2013

Vídeo da Escalada na Via M2 - Babilônia - Urca RJ

Por Leandro do Carmo

Fala Pessoal,

Segue o vídeo que fiz da escalada na via M2, no Morro da Babilônia. Um escalada num fim de tarde muito agradável, junto com meu amigo Leandro Pestana. A Urca é sempre a Urca....

Link para o relato: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/04/escalada-na-via-m2-babilonia-urca-rj.html



Vídeo em HD

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conquista no Morro do Forte do Pico - Jurujuba - Niterói RJ

Por Leandro do Carmo


Data: 10/06/2013
Local: Morro do Forte do Pico – Jurujuba – Niterói RJ

Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo Castinheiras e Ary Carlos.

Relato

A ideia de conquistar ali veio do Alfredo. Há um tempo atrás, após uma conquista de uma pequena via lá no Forte do Pico, fizemos um reconhecimento de caiaque em todo o paredão que termina no Forte do Pico. Saímos da Praia do Forte Rio Branco e remamos até ver um pedaço da Fortaleza de Santa Cruz. Havia visto uma linha que acreditei que daria para conquistar.

Não deu outra. Em uma investida com outro grupo, o Alfredo conquistou uma parte da via. Ao todo foram cerca de 19 grampos batidos, contando as paradas duplas. Depois de vários convites para finalizá-la, desmarcados por causa da chuva e outros compromissos, finalmente conseguimos ir! Marcamos às 08 da manhã, lá na entrada do Forte, em Jurujuba.

Quando já estava quase chegando, lembrei que tinha deixado a sacola com os grampos em casa. Já voltando para pegar, encontrei o Ary no caminho, como ele estava de moto, seria mais rápido para ele ir buscar.

Com tudo pronto e os grampos em mãos, fomos dar uma olhada no local para tentar encontrar o acesso. De cara já dava para ver que rocha estava muito molhada. Não chovia há algum tempo e não entendi o motivo de tanta água. Acho que a grande vegetação que tem na parte de cima ou a muralha que tem antes do Forte do Pico que formar um grande reservatório de água de chuva que minando lentamente...

Bom... o fato que já estávamos ali, e ninguém pensou em abandonar a missão sem antes tentar! Seguimos pela praia até as pedras, tentando achar um caminho para subir, porém ali estava muito fechado. Voltamos e seguimos à direita, subindo um barranco muito instável. Foi difícil, mas passamos. Mais a frente, a vegetação foi ficando bem fechada e foi preciso o uso do facão para ir abrindo caminho. Fui marcando algumas árvores durante a subida, para facilitar a volta. Com a mata fechada, perdemos muito tempo, até que encontrei um acesso a parede. Quando cheguei, vi a quantidade de água que escorria pela pedra. Passar dali, ficaria perigoso, pois escorregava demais. Decidimos colocar o primeiro grampo.

Com a segurança e corda, avancei até um outro platô, onde colocamos mais um grampo. Mais um pouco depois, o terceiro, onde o Ary fez um rapel de 30 metros até mais embaixo. Dali, seguimos uma linha reta, paralela ao mar, até o começo da via. Tudo estava bem fechado.  Fui abrindo caminho. Cheguei à primeira canaleta e pelas fotos que tinha visto do Alfredo, seria mais a frente. O Alfredo não se lembrava muito bem de onde a via se iniciava, foi uma verdadeira caça aos grampos!

Após a primeira canaleta, tem um lance exposto, onde uma queda, pode levar a umas pedras junto ao mar. Todo cuidado era pouco. Passei o lance e finalmente cheguei à linha que tinha visto no reconhecimento de caiaque e onde, pelas fotos, a via começava. Mas cadê os grampos? Não via nenhum!!! Como estava muito molhado, decidi deixar a mochila, que estava muito pesada e subi leve pelo lado da vegetação, muito mais seguro. O Ary e o Alfredo, procuravam a via na primeira canaleta.

Fui subindo e nada. Olhava com cuidado para ver se encontrava os grampos e mais ou menos uns 30 metros acima, avistei a primeira parada dupla. A via começava ali! Avisei ao Ary e ao Alfredo que havia encontrado. Então, eles vieram até onde eu estava. Dei a dica para o Ary subir pelo caminho que fiz. O Alfredo, como estava de sapatilha, tirou onda! Veio pela parte aberta, mesmo molhada.

Escorria água pela via, estava tudo muito molhado. Consegui avistar mais alguns grampos acima e todos estavam na água. O Alfredo me disse que na primeira investida, eles tiveram muito cuidado em colocar os grampos fora da linha d’água, mas dessa vez, tinha muita água e a faixa molhada, tinha mais ou mentos um metro e em alguns pontos, dois.

Chegamos lá às 11:00. Levamos duas horas para acessar a base. Comentei com o Ary que com esse tempo de acesso à base, fica ruim. Tinha que haver uma maneira mais fácil! Com duas horas, se chega a base do Dedo de Deus! Como ficaria muito difícil, resolvemos aproveitar o tempo para encontrar um caminho melhor para voltar, para que nas futuras investidas, ganhássemos tempo.

Seguimos de volta optamos por não subir no ponto de onde descemos de rapel, seguimos reto num vara mato, um pouco fechado até onde ficou inviável seguir. Dali, segui para cima costeando a vegetação, até que cheguei no primeiro grampo que colocamos. Dali foi descer um pouco e pegar a trilha recém aberta. Fui com o facão, abrindo e marcando mais caminho. A volta foi bem mais tranquila. Só aquele barranco que está meio complicado. A missão foi parcialmente cumprida! Tivemos que alterá-la no meio do caminho, mas pelo menos o acesso vai ficar mais fácil!!!

Até a próxima!














sexta-feira, 7 de junho de 2013

Corrida da Ponte 21km


O que te move? Por Guilherme Belem.


Ponte Rio-Niterói





 Cerca de 2 meses atrás, estava tomando meu café matinal na lanchonete da academia (café maravilhoso ), quando a meu lado Bruno  fazia todos os trâmites da inscrição de uma corrida. Ele junto com o Rafinha (Personal trainers como “eu”, e trabalham na mesma academia) tem uma equipe, e estão sempre participando de muitas competições. 

Sou do tipo corredor amador. Gosto muito de treinar  qualquer atividade, vivo em movimento, porém ultimamente tenho pedalado muito, e corria 5km no máximo 10km.
 Ao inscrever o Alex (também professor), o Bruno me pergunta: - E aí partiu ponte? Meio receoso parei para pensar... 
Alex que se inscrevera logo pressionou: - Bora Guilherme! Você é caveira, treina um pouco e mandará bem.
Aceitei o convite. Tive um frio na barriga, pois com meus conhecimento em treinamento pensei logo no trabalho que teria. Afinal a ponte tem 13 km, contudo o percurso total marcaria 21km, MEIA MARATONA!Não é pitbull aventura?!Comecei a treinar.
Com exatamente duas semanas de treinamento me senti confiante e já executei longas distâncias.
Alex Bichara, Romulo (Romalô) e Bruno.
O grande dia chegou! Fui com tudo! Reunimos a equipe de Niterói, e marcamos antes para uma pequena troca de idéia no Clube Regatas em frente a Academia Tio Sam cuja equipe faz parte. 


Estavam todos os atletas: Carrete, Diego Vilela, Alex , Bruno, Rafinha , Márcio , Romulo, Patrícia, Fábio Castelo, Ariane , Erico entre outros alunos. Encontramos o restante no centro.
A largada é no Teatro Popular de Niterói, próximo ao centro e a chegada é no início do Aterro do Flamengo. 
Chegamos cedo, preparamos todos os adereços característicos de um corredor como: Filtro solar, boné ou viseira, Ipod, carb UP, chip, numeração na camiseta e etc. A documentação e chaves podem ficar no guarda-volume dos organizadores, pois serão levados ao destino final.
       O Nervosismo fazia o coração bater mais forte. A multidão estava animada.
Que energia maravilhosa! 
       Tribo muito diferente da galera da montanha, parecia um peixe for d’água. Meus amigos  davam algumas dicas bem estratégicas, como não queimar a largada (definição para não forçar a barra no início) e terminar a competição bem, racionar o gel e administrar a água.
Muita gente reunida e nenhum tumulto, parecia , na verdade uma grande festa.
A largada é fracionada, para que os amadores não atrapalhem o pelotão de elite.
        Dada a largada, a galera se desloca eufórica e cada um que passava ou era ultrapassado do meu lado, incentivava. Rapidamente procurei me afastar da multidão e acabei acelerando no início. O primeiro km dá um passeio pelo centro de Niterói até chegar à ponte pela contra mão, passado o pedágio descemos uma ladeira por debaixo da ponte, fizemos o retorno e seguimos na via correta.
Próximo ao vão central
        Olho para o lado e tenho um maravilhoso presente, uma vista linda do Rio e ao lado Nikity city! A cada passo fico mais ofegante e cansado não obstante feliz por cada feito.
        Durante essa trajetória passo por muitas pessoas, cada um com sua história, fantasia, ideal. Muitos, mas não a maioria, fora do shape, o que me fez pensar que não importa o físico, mas sim a vontade de vencer. 
        No segundo para o terceiro km começa a brincadeira: O vão central que dura quase 4 km, como escalador a ladeira nunca foi problema para mim, e lá não fora diferente. Vencido tal percurso controlei a velocidade movida por um ritmo forte que Bruno imprimia desde o início.
          O 8º km foi sob controle depois de um gelado copo de gatorade.
Os postos de hidratação não tinham quilometragem fixa e variavam a cada 2km salvo engano. A minha lista de reprodução (no ipod) parecia sincronizar com a pista, no 14ºkm tocou um rock ‘n’ roll pesadão na temida “Perimetral”, pensei: É hora do ataque! Comentei com Bruno para aumentarmos o ritmo, ele disse: - Demorô! Daí começou a rolar: Enter Sandman , Saint Anger (Metallica) em seguida Slipknot, aí ferrou!
No 19ºkm tinha até chuveiro para a galera refrescar, dispensei ,pois, não queria escorregar na pista.
Bruno Pereira, Guilherme Belem e Iuri Galdino
               Encontramos com Iuri e Carrete no finalzinho que nos deram muita força e partiram juntos. No 20ºkm já estava mortinho, mas nem pensava em parar, nem olhava para os lados e parecia estar fora do corpo só assistindo. 
               O último km foi fácil, exceto pelos 100m onde ficou uma galera gritando, impulsionando de uma forma tão bacana, que eu e o Iuri demos um sprint que só deus sabe como tenho pernas hoje.
                Fim de prova! 
                   Tempo: 1:42’ 
                Ufa! Pitbull Aventura vencendo mais um lance!
Galera Tio Sam Running
Lembrança da conquista!
Tô pronto para outra, partiu!?
Nada como treinar consciente e vencer o percurso, e pensar que o vencedor fez em 1:06’!
O corpo não é nada, a mente sim é tudo. “Só vemos obstáculos em nossos objetivos, quando deixamos de focalizar as metas”

Abraço! Guilherme Belem- Personal Trainer . 
Márcio, Rafael Vianna (Rafinha) e Alex.
Assista o vídeo: