segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conquista no Morro do Forte do Pico - Jurujuba - Niterói RJ

Por Leandro do Carmo


Data: 10/06/2013
Local: Morro do Forte do Pico – Jurujuba – Niterói RJ

Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo Castinheiras e Ary Carlos.

Relato

A ideia de conquistar ali veio do Alfredo. Há um tempo atrás, após uma conquista de uma pequena via lá no Forte do Pico, fizemos um reconhecimento de caiaque em todo o paredão que termina no Forte do Pico. Saímos da Praia do Forte Rio Branco e remamos até ver um pedaço da Fortaleza de Santa Cruz. Havia visto uma linha que acreditei que daria para conquistar.

Não deu outra. Em uma investida com outro grupo, o Alfredo conquistou uma parte da via. Ao todo foram cerca de 19 grampos batidos, contando as paradas duplas. Depois de vários convites para finalizá-la, desmarcados por causa da chuva e outros compromissos, finalmente conseguimos ir! Marcamos às 08 da manhã, lá na entrada do Forte, em Jurujuba.

Quando já estava quase chegando, lembrei que tinha deixado a sacola com os grampos em casa. Já voltando para pegar, encontrei o Ary no caminho, como ele estava de moto, seria mais rápido para ele ir buscar.

Com tudo pronto e os grampos em mãos, fomos dar uma olhada no local para tentar encontrar o acesso. De cara já dava para ver que rocha estava muito molhada. Não chovia há algum tempo e não entendi o motivo de tanta água. Acho que a grande vegetação que tem na parte de cima ou a muralha que tem antes do Forte do Pico que formar um grande reservatório de água de chuva que minando lentamente...

Bom... o fato que já estávamos ali, e ninguém pensou em abandonar a missão sem antes tentar! Seguimos pela praia até as pedras, tentando achar um caminho para subir, porém ali estava muito fechado. Voltamos e seguimos à direita, subindo um barranco muito instável. Foi difícil, mas passamos. Mais a frente, a vegetação foi ficando bem fechada e foi preciso o uso do facão para ir abrindo caminho. Fui marcando algumas árvores durante a subida, para facilitar a volta. Com a mata fechada, perdemos muito tempo, até que encontrei um acesso a parede. Quando cheguei, vi a quantidade de água que escorria pela pedra. Passar dali, ficaria perigoso, pois escorregava demais. Decidimos colocar o primeiro grampo.

Com a segurança e corda, avancei até um outro platô, onde colocamos mais um grampo. Mais um pouco depois, o terceiro, onde o Ary fez um rapel de 30 metros até mais embaixo. Dali, seguimos uma linha reta, paralela ao mar, até o começo da via. Tudo estava bem fechado.  Fui abrindo caminho. Cheguei à primeira canaleta e pelas fotos que tinha visto do Alfredo, seria mais a frente. O Alfredo não se lembrava muito bem de onde a via se iniciava, foi uma verdadeira caça aos grampos!

Após a primeira canaleta, tem um lance exposto, onde uma queda, pode levar a umas pedras junto ao mar. Todo cuidado era pouco. Passei o lance e finalmente cheguei à linha que tinha visto no reconhecimento de caiaque e onde, pelas fotos, a via começava. Mas cadê os grampos? Não via nenhum!!! Como estava muito molhado, decidi deixar a mochila, que estava muito pesada e subi leve pelo lado da vegetação, muito mais seguro. O Ary e o Alfredo, procuravam a via na primeira canaleta.

Fui subindo e nada. Olhava com cuidado para ver se encontrava os grampos e mais ou menos uns 30 metros acima, avistei a primeira parada dupla. A via começava ali! Avisei ao Ary e ao Alfredo que havia encontrado. Então, eles vieram até onde eu estava. Dei a dica para o Ary subir pelo caminho que fiz. O Alfredo, como estava de sapatilha, tirou onda! Veio pela parte aberta, mesmo molhada.

Escorria água pela via, estava tudo muito molhado. Consegui avistar mais alguns grampos acima e todos estavam na água. O Alfredo me disse que na primeira investida, eles tiveram muito cuidado em colocar os grampos fora da linha d’água, mas dessa vez, tinha muita água e a faixa molhada, tinha mais ou mentos um metro e em alguns pontos, dois.

Chegamos lá às 11:00. Levamos duas horas para acessar a base. Comentei com o Ary que com esse tempo de acesso à base, fica ruim. Tinha que haver uma maneira mais fácil! Com duas horas, se chega a base do Dedo de Deus! Como ficaria muito difícil, resolvemos aproveitar o tempo para encontrar um caminho melhor para voltar, para que nas futuras investidas, ganhássemos tempo.

Seguimos de volta optamos por não subir no ponto de onde descemos de rapel, seguimos reto num vara mato, um pouco fechado até onde ficou inviável seguir. Dali, segui para cima costeando a vegetação, até que cheguei no primeiro grampo que colocamos. Dali foi descer um pouco e pegar a trilha recém aberta. Fui com o facão, abrindo e marcando mais caminho. A volta foi bem mais tranquila. Só aquele barranco que está meio complicado. A missão foi parcialmente cumprida! Tivemos que alterá-la no meio do caminho, mas pelo menos o acesso vai ficar mais fácil!!!

Até a próxima!














sexta-feira, 7 de junho de 2013

Corrida da Ponte 21km


O que te move? Por Guilherme Belem.


Ponte Rio-Niterói





 Cerca de 2 meses atrás, estava tomando meu café matinal na lanchonete da academia (café maravilhoso ), quando a meu lado Bruno  fazia todos os trâmites da inscrição de uma corrida. Ele junto com o Rafinha (Personal trainers como “eu”, e trabalham na mesma academia) tem uma equipe, e estão sempre participando de muitas competições. 

Sou do tipo corredor amador. Gosto muito de treinar  qualquer atividade, vivo em movimento, porém ultimamente tenho pedalado muito, e corria 5km no máximo 10km.
 Ao inscrever o Alex (também professor), o Bruno me pergunta: - E aí partiu ponte? Meio receoso parei para pensar... 
Alex que se inscrevera logo pressionou: - Bora Guilherme! Você é caveira, treina um pouco e mandará bem.
Aceitei o convite. Tive um frio na barriga, pois com meus conhecimento em treinamento pensei logo no trabalho que teria. Afinal a ponte tem 13 km, contudo o percurso total marcaria 21km, MEIA MARATONA!Não é pitbull aventura?!Comecei a treinar.
Com exatamente duas semanas de treinamento me senti confiante e já executei longas distâncias.
Alex Bichara, Romulo (Romalô) e Bruno.
O grande dia chegou! Fui com tudo! Reunimos a equipe de Niterói, e marcamos antes para uma pequena troca de idéia no Clube Regatas em frente a Academia Tio Sam cuja equipe faz parte. 


Estavam todos os atletas: Carrete, Diego Vilela, Alex , Bruno, Rafinha , Márcio , Romulo, Patrícia, Fábio Castelo, Ariane , Erico entre outros alunos. Encontramos o restante no centro.
A largada é no Teatro Popular de Niterói, próximo ao centro e a chegada é no início do Aterro do Flamengo. 
Chegamos cedo, preparamos todos os adereços característicos de um corredor como: Filtro solar, boné ou viseira, Ipod, carb UP, chip, numeração na camiseta e etc. A documentação e chaves podem ficar no guarda-volume dos organizadores, pois serão levados ao destino final.
       O Nervosismo fazia o coração bater mais forte. A multidão estava animada.
Que energia maravilhosa! 
       Tribo muito diferente da galera da montanha, parecia um peixe for d’água. Meus amigos  davam algumas dicas bem estratégicas, como não queimar a largada (definição para não forçar a barra no início) e terminar a competição bem, racionar o gel e administrar a água.
Muita gente reunida e nenhum tumulto, parecia , na verdade uma grande festa.
A largada é fracionada, para que os amadores não atrapalhem o pelotão de elite.
        Dada a largada, a galera se desloca eufórica e cada um que passava ou era ultrapassado do meu lado, incentivava. Rapidamente procurei me afastar da multidão e acabei acelerando no início. O primeiro km dá um passeio pelo centro de Niterói até chegar à ponte pela contra mão, passado o pedágio descemos uma ladeira por debaixo da ponte, fizemos o retorno e seguimos na via correta.
Próximo ao vão central
        Olho para o lado e tenho um maravilhoso presente, uma vista linda do Rio e ao lado Nikity city! A cada passo fico mais ofegante e cansado não obstante feliz por cada feito.
        Durante essa trajetória passo por muitas pessoas, cada um com sua história, fantasia, ideal. Muitos, mas não a maioria, fora do shape, o que me fez pensar que não importa o físico, mas sim a vontade de vencer. 
        No segundo para o terceiro km começa a brincadeira: O vão central que dura quase 4 km, como escalador a ladeira nunca foi problema para mim, e lá não fora diferente. Vencido tal percurso controlei a velocidade movida por um ritmo forte que Bruno imprimia desde o início.
          O 8º km foi sob controle depois de um gelado copo de gatorade.
Os postos de hidratação não tinham quilometragem fixa e variavam a cada 2km salvo engano. A minha lista de reprodução (no ipod) parecia sincronizar com a pista, no 14ºkm tocou um rock ‘n’ roll pesadão na temida “Perimetral”, pensei: É hora do ataque! Comentei com Bruno para aumentarmos o ritmo, ele disse: - Demorô! Daí começou a rolar: Enter Sandman , Saint Anger (Metallica) em seguida Slipknot, aí ferrou!
No 19ºkm tinha até chuveiro para a galera refrescar, dispensei ,pois, não queria escorregar na pista.
Bruno Pereira, Guilherme Belem e Iuri Galdino
               Encontramos com Iuri e Carrete no finalzinho que nos deram muita força e partiram juntos. No 20ºkm já estava mortinho, mas nem pensava em parar, nem olhava para os lados e parecia estar fora do corpo só assistindo. 
               O último km foi fácil, exceto pelos 100m onde ficou uma galera gritando, impulsionando de uma forma tão bacana, que eu e o Iuri demos um sprint que só deus sabe como tenho pernas hoje.
                Fim de prova! 
                   Tempo: 1:42’ 
                Ufa! Pitbull Aventura vencendo mais um lance!
Galera Tio Sam Running
Lembrança da conquista!
Tô pronto para outra, partiu!?
Nada como treinar consciente e vencer o percurso, e pensar que o vencedor fez em 1:06’!
O corpo não é nada, a mente sim é tudo. “Só vemos obstáculos em nossos objetivos, quando deixamos de focalizar as metas”

Abraço! Guilherme Belem- Personal Trainer . 
Márcio, Rafael Vianna (Rafinha) e Alex.
Assista o vídeo:

domingo, 26 de maio de 2013

Trilha - Torres de Bonsucesso

Por Leandro do Carmo

Trilha - Torres de Bonsucesso

Torre Central

Local: Bonsucesso/Teresópolis
Dia: 27/04/2013
Participantes: Leandro Collares, Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Alexandre Valadão, Eny Hertz, Neuza Ebecken, Renata Garcia e Mariana Abunahman

Trilha Torres do Bonsucesso


Dicas: Subida moderada, pequena exposição em pequenos lances, mas nada de dificuldade, só . A trilha se inicia próximo a umas caixas d’águas. Bem marcada. O início é bem protegido pelas árvores, mas na crista, fica exposto ao sol. O último ponto com água é a +/- 30 minutos do início da trilha, numa saída à esquerda (seguir o barulho das águas).


Da entrada, em Bonsucesso, até o início da trilha(o google não reconhece a estrada):

Exibir mapa ampliado


Relato

Quando vi o local no programa Montanhistas do Canal OFF, pensei: tenho que ir lá! Pesquisei alguma coisa sobre o lugar e o deixei guardado para uma futura investida. Quando vi que o Leandro Collares abrira uma atividade no Clube, tratei logo de me organizar para aproveitar a oportunidade.

Marcamos para sair de Niterói às 06 da manhã e eu e meu irmão, pontualmente, estávamos lá. Seguimos pelo Rio, pois a estrada que vai para Magé, seguindo por Itaboraí, não está muito boa. No Paraíso das Plantas, quase chegando à Teresópolis, encontramos o Alexandre Valadão, que já nos aguardava. Deixei meu carro lá estacionado e fomos de carona com ele. Dali até o Distrito de Bonsucesso, roda-se uns 60 km.

Assim que chegamos à Bonsucesso, entramos à direita, numa leve subida, com uma Igreja no alto. Há uma placa indicando Lucios. Seguimos numa rua asfaltada, em condições razoáveis, até que tudo virou barro. Era tanto buraco que, por vezes, achava que o carro não iria subir. Mas ele foi guerreiro! No caminho tortuoso, estava tão concentrado nos buracos que nem percebi a beleza do local. Quando vi, estava no meio de um monte de alface! Ali é um lugar de plantação de hortaliças, das mais variadas. Mais acima, já dava para ver as Torres.

Estacionamos o carro ao lado de uma casa e, para variar, ao lado de uns pés de alface! Olhei para frente e lá estavam: as Torres... Um paredão imponente, onde afloram duas torres, cortadas por grandes fendas, dando a impressão de que estão coladas na parede. Com altura de quase meio quilômetro, elas se estendem por toda a cabeceira do lugar conhecido como Vale do Lúcio.

As Torres de Bonsucesso é um conjunto formado por três torres de granito: a Torre Maior (2.000 m), a Torre Central (1.860 m) e o Ferro de Passar Roupa (1.630 m).

O nosso destino seria a Torre Central. Acertado os detalhes, alongamos, tiramos algumas fotos e iniciamos a caminhada. No começo, é por uma estradinha de chão, até que passamos por uma porteira e seguimos até umas caixas d’água. Dali, entramos numa pequena porteira e realmente começamos a trilha. A subida começa tranquila e encontramos algumas bifurcações, mas rapidamente vemos o caminho principal, um pouco mais aberto. Algumas fitas nas árvores, ajudam na orientação.

Depois de uns 45 minutos de subida, entramos numa parte mais íngreme. Estava na frente e de repente, ouvi um barulho nas árvores e uma bomba caiu sobre minha cabeça... rs. Conferi logo para ver se não era de urubru! A sorte é que eu estava de boné... se não! Demos uma pequena parada e continuamos a subir. As árvores fechavam nossa visão e ainda não víamos o nosso destino. Um barulho de água corrente nos acompanhou nesse começo. Deveríamos estar perto da nascente, pois mais para cima era a parede.

Trilha Torres do BonsucessoDepois de mais alguns minutos, elas apareceram. As Torres estavam lá. E mais a direita já dava para ver a crista. Não conhecia a trilha, mas tinha certeza que passaríamos por ali. As árvores foram diminuindo e a vegetação foi se transformando, diminuindo o tamanho a medida que subíamos. Mais alguns metros e estávamos numa pedra, um verdadeiro mirante. Subi para bater algumas fotos e aguardar o pessoal chegar. Todos aproveitaram para tirar algumas fotos também.

Continuei subindo, agora com toda a visão aberta, nada atrapalhava.... Só uma dorzinha de cabeça que me acompanhava desde lá de baixo.
Trilha Torres do Bonsucesso
Chegamos à Pedra do Ferro de Passar. Dizem que parece um ferro, dali não percebi. Vou esperar chegar mais acima para ver se tenho outra impressão, pensei. Muitas orquídeas espalhadas por toda a trilha na parte alta, principalmente depois do Ferro de Passar. Outras flores também dão um toque especial ao local. O dia que estava aberto, deu uma nublada de leve, com o sol saindo de tempo em tempo. Isso foi tornando a subida mais agradável. Nos dias de calor deve ficar puxado!

Chegamos no final da grande chaminé, a direita da Torre Central, para quem olha lá de baixo. Dali, passamos por trás dela até que chegamos no lado esquerdo. Subi junto com meu irmão, pois o resto do grupo ainda não haviam chegado. Um pequeno trepa-pedra, um pouco exposto. A única segurança são uns pequenos arbustos e depois disso, um paredão de quase 500 metros... O menos experientes devem usar alguma proteção.

Trilha Torres do BonsucessoO lugar é mágico! Um visual daqueles de tirar o fôlego. Como o dia estava bom, as montanhas se perdiam no horizonte. O verde predominava. Em direção a Teresópolis, vários morros riscados de marrom, marcados pelas fortes chuvas que arrasaram a cidade tempos atrás. Ao fundo, o Dedo de Deus, Escalavrado, Verruga do Frade e a Pedra do Sino se destacavam. O silêncio tomava conta. A sensação de que estava flutuando... A brisa e o sol, completavam a vida que eu pedi a Deus! Por um instante esqueci de tudo, parecia que fazia parte daquele lugar...

Aos poucos fui voltando à lucidez... Bati várias fotos e pedi para o meu irmão tirar algumas também. Voltei para ver o resto do pessoal e eles estavam praticando a montagem de um baudrier com o auxílio de fitas. De um lance de trepa-pedras, o Collares me passou as mochilas que ficaram lá em baixo e depois de alguns minutos, estavam todos lá em cima. Assinamos o livro de cume, lanchamos, batemos fotos e contamos mentira!!! Dava para ver o caminho que fizemos para subir, muitas vezes, marcado na vegetação rasteira.

Trilha Torres do Bonsucesso
Falaram que lá do alto dava para ver o ferro de passar.... Estou até agora tentando vê-lo!!! Não sei se estou exigente de mais... Por volta do meio dia, iniciamos a descida. Fomos devagar eu fui parando para tirar algumas fotos enquanto o resto do pessoal ia na frente. Cheguei numa pedra, abaixo do Ferro de Passar, onde subi e fui acompanhado o pessoal descer. Uma bela cena... As roupas coloridas zig zagueando no meio do verde, até sumirem em meio a vegetação...

Desci acelerado e em alguns minutos já estava junto com o resto do grupo. Fui fechando a fila. Cheguei no ponto onde o barulho da água estava maior, aproveitei e dei um pulo lá para me refrescar. Mas nem deu! A água estava tão gelada que doía até os dedos... Parecia que estava saindo da geladeira. Não sei se acontece com todo mundo, mas só na volta é que percebo o quanto subi!!!!!

Enfim chegamos. Descemos em 1:30h, praticamente a metade do tempo que levamos para subir. Voltamos até o carro. Todos vivos, agora se prontos para outra... essa eu não sei! Segui com uma fome de matar até ao Paraíso da Plantas e lá devorei um pastel com caldo de cana. Peguei mais um guaraná natural para ir acompanhado um biscoito salgado e seguimos viagem de volta... Aí foi só lembrar das belas imagens...

Até a próxima!

Trilha Torres do Bonsucesso
Trilha Torres do Bonsucesso
Trilha Torres do Bonsucesso

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Conquista na Praia de Adão e Eva - Chaminé Saí Ralado

Por Leandro do Carmo

No sábado, dia 11/05, eu e o Guilherme demos um pulo na praia de Adão e Eva a fim de darmos uma olhada num ponto onde já tinha visto uma possibilidade de conquista. Assim que cheguei, coloquei dois grampos para rapelar até a base e iniciar a subida pela chaminé. Com a maré alta, pode ser que nem dê para acessar a base direito.

Não é uma chaminé com paredes paralelas, ela é em formato de V. O começo é um pouco alto, sendo difícil a saída. Tem uma agarra alta e para vencer o lance tem que usar o braço, pois fica sem apoio para os pés. Muitas agarras quebrando. Fui subindo e por ser muito estreita no começo, fui bem devagar.  Dei uma parada num pequeno buraco, onde acomodei meu pé para descansar um pouco. 

Depois de pegar um fôlego, continuei subindo e o lance foi dificultando um pouco, tem que começar a sair e mais acima, já fica numa posição mais confortável. Dá para fazer em top rope, com proteção numa árvore no final dela

Ralei o joelho e os dois ombros... Depois de feita, não poderia termos dado outro nome: Chaminé Saí Ralado!

Ainda preciso confirmar o grau, mas acho que deve ficar em IVsup. Tem que alguém ir lá para confirmar o grau.

Ver mais conquistas 

Seguem algumas fotos:

No alto da chaminé


Linha da chaminé

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Trilha - Pedra do Cantagalo - Niterói RJ

Por Leandro do Carmo

Local: Niterói
Data: 06/04/2013
Participantes: Leandro do Carmo e Igor Holzer

DICAS: Apesar de bonita, li relatos de caminhantes terem encontrado pessoas fortemente armadas na trilha de acesso, logo, muito cuidado.


Relato

Um local fantástico e tão perto da cidade... Passar por pequenos córregos, nascentes, ver pássaros, micos... Um privilégio para poucos. Por que que eu ainda não tinha ido lá? Não faço a mínima idéia, mas já estava na hora. Aproveitando que o tempo estava meio instável, fiz um convite ao Igor, que mora perto da entrada da trilha, se ele gostaria de ir lá comigo. Ele aceitou o convite e marcamos sábado de manhã, por volta das sete.

A trilha começa na Estrada Fr Orlando, no bairro do Jacaré. É até fácil identificar o início da trilha, pois o local também é visitado pela galera do motocross, que com o passar do tempo, deixou, em alguns lugares, umas canaletas de quase 1 metro de profundidade.

No caminho passamos por vários sítios e o único barulho é o da natureza. Somente pássaros e o vento nas árvores. O Igor levou os dois cachorros dele para o passeio. Foram tocando o terror durante o caminho!!! rs. O caminho é bem fechado pelas árvores. São poucos os pontos onde conseguimos ver a Pedra do Cantagalo. O contato com a natureza é intenso.

Depois de uns 35 minutos de caminhada, chegamos ao ponto onde encontramos a bifurcação com a trilha que vem do Cemitério Parque da Colina. Subimos mais um pouco e já dava para ver a pedra bem de perto. Ao invés de seguirmos a trilha, descemos até a base da pedra para tentar identificar algumas vias de escalada que tem no local. Conseguimos identificar as três: a Chaminé Almas Penadas, Fissura Ritos Macabros e Fissura Vozes do Além. Com muito mato em volta, ficamos de voltar um outro dia para poder limpar a base e poder repetir as vias. Ficou difícil encontrar a Chaminé Campello, segunda via de escalada aberta na cidade. Sem um facão para abrir caminho no mato seria quse impossível prosseguir. Ficará para uma próxima investida ao local.

Depois de conhecer o local, seguimos até o cume. O visual é fantástico. 360º de pura beleza. Serra da Tiririca, Lagoa de Itaipú, Piratininga, Rio de Janeiro, Parque da Cidade, Serra do Órgãos... Difícil até de enumerar todos os locais vistos!!! O tempo ajudou bastante. A previsão era de tempo ruim, mas as nuvens se dissiparam um pouco e ficou um dia agradável.

Ficamos conversando que nem vimos a hora passar. Também, com uma vista dessas... Iniciamos a descida e logo já estávamos na casa do Igor. Tomamos um café e comemos um bolo. Manhã perfeita!

Igor, valeu pela trilha e pela companhia; pessoal, até a próxima!!!


Fotos cedidas por Igor Holzer

Cantagalo

Cantagalo

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Cantagalo

Cantagalo

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terça-feira, 7 de maio de 2013

Aventura, Liberdade, Sonho, Objetivo e Conquista.


Por Paulo Guerra


Não sei explicar o fascínio que o Pico das Agulhas Negras sempre exerceu sobre mim. Muito antes de praticar o montanhismo, “diga-se de passagem”, fazia trilhas e nem havia me dado conta do que se tratava, vivia repetindo que um dia queria chegar ao seu cume.

Deixei que a vida me levasse e ela me levou. “Tome cuidado com o que pede, pois vai que acontece, aconteceu!”.

Um dia um conhecido me mostrou fotos da Pedra do Sino, fiquei encantado e ele me disse que estava montando um grupo para ir ao Pico da Bandeira, claro que me pilhei e fui. Foi o start de um processo que tem enriquecido os meus dias. Daí para o Curso Básico de Escalada e o Curso de Guia de Cordada foi um pulo e não parei e não consigo parar de subir montanhas, pedras, paredes e etc...

Bem, alguns dias atrás um amigo convidou-me para escalarmos a Pedra do Picús em Itamonte, MG , aceitei o convite. Liguei para um parceiro em comum e estendi o convite.

No dia 20/04/13 partimos. No carro meu parceiro de aventura mandou o veneno: “cara o que você acha de pilharmos a galera para irmos ao Pico das Agulhas Negras”? Claro, achei a idéia ótima.

Chegamos à Itamonte, passamos o papo, a galera resistiu. Todos já haviam feito o Pico. Decidimos não

recuar, o dono do abrigo nos deu o bizu das vias de escaladas que poderíamos fazer.
Escolhemos a Oba-Oba 5º VIIa.

Na manhã do dia 21/04/13 acordamos cedo, Rodrigo comeu tudo que pode e ainda separou um pouco do macarrão com salsicha para levar, “isso mesmo o doido levou marmita!” Às 9:00h, estávamos no Parque, indo em direção ao nosso objetivo. Eu com o coração pulsando a todo gás, olhando aquelas tão almejadas agulhas.

Caminhada forte, para ganharmos tempo na estradinha que vai até o abrigo Rebouças.

Entramos na trilha com toda a sede, passamos pelo reservatório de água, que é belíssimo. “Valeria um banho se não estivesse tão frio”. Caminho que segue até uma pequena ponte, fotos e trilha que segue o caminho meio alagadiço. “Pra variar esqueci as botas e tive que encarar de tênis mesmo”. Depois disso, começou um trepa pedra e as pedras vão no Toddynho, ganhando tamanho.

Bem, esse trepa pedra parecia que não acabaria nunca, o ar rarefeito mostrando quem manda. De tempo em tempo, parávamos para recobrar o fôlego. Eis que ao meio dia encontramos a base da via no meio de um cânion, uma parede bem vertical com poucos pés e quase nenhuma mão. “Vale ressaltar que Rodrigo está escalando como gente grande”. O cara guiou a via toda. A segunda enfiada parecia fácil, só que aparecia no final dela um lance em diagonal, tipo meio corpo dentro da fenda e enfim estávamos.... não, não era o cume, Rodrigo saiu trepando pedra de novo e não deu em nada. Então resolvi que daria a volta neste bloco, à beira do abismo, e começou uma escalaminhada de 2º grau e eis que de repente estávamos no ápice da empreitada, com um céu azul e toda a imensidão a nossa volta.

Fotos, lanchinho. “Ah! Claro, Rodrigo atacou a marmita com direito a ovo cozido e tudo no macarrão”.

De repente umas nuvens chegaram não sei de onde “ou melhor de todos os lugares”, preparamos as coisas e começamos a descer, chegamos em dois grampos, montamos o rapel deste trepa pedra, e tome pedra pra descer, só que agora elas diminuíam, ao longo do caminho e logo estávamos na trilha, depois na ponte, depois na estrada de volta ao abrigo, rodovias.

Que a vida continue a me levar, que as missões sejam cumpridas.

E que os sonhos se transformem em objetivos de liberdade e conquistas.

Até a próxima aventura!