sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Trilha da Serra da Bolívia, primeira vez da Alice

Por Leandro do Carmo

Trilha da Serra da Bolíva, primeira vez da Alice

Data: 28/09/2025
Local: Itaocara – RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo e Alice Carvalho

Serra da Bolívia
Vista do cume


Relato da trilha da Serra da Bolívia

Aproveitei que já estava em Itaocara e subi novamente a Serra da Bolívia, fazendo a dobradinha perfeita: remada e caminhada. Na verdade, eu estava em Aperibé, na casa do Jefferson, pois o rio Paraíba do Sul delimita as duas cidades.

Foi no XI Encontro dos Amigos da Canoagem, em 2022, que levei o João ao topo da Serra da Bolívia pela primeira vez. Na época, ele tinha 10 anos. Por coincidência, a Alice, também com 10 anos, faria sua primeira subida à serra. O João não quis ir dessa vez.

A Alice estava bem animada para subir e fomos dormir no sábado já fazendo os planos para o dia seguinte. Ela, como sempre, deixou tudo arrumado. Acordamos cedo, tomamos café e seguimos para o início da caminhada. Chegamos rapidamente ao ponto de partida e começamos a trilha. Entramos ao lado direito de uma porteira e seguimos por um caminho entre duas cercas até o início da linha de cumeada. Dali, viramos à esquerda e começamos a subir em direção à serra.

Serra da Bolívia
Caminhada no pasto


Passamos por algumas cercas, algumas delas eletrificadas, até começarmos a subir pelo pasto. O dia estava bem agradável e fomos ganhando altitude rapidamente. Um cachorro começou a nos acompanhar. Passamos pelo primeiro trecho técnico sem grandes dificuldades. Dali, subimos pelo pasto, sem um caminho muito definido, até chegar a um belo mirante. Já podíamos ver Itaocara dali. No alto, algumas cabras selvagens nos observavam. Demos uma rápida descansada e continuamos subindo, indo direto ao segundo trecho técnico — talvez o mais difícil da caminhada. Subimos rápido e passamos por um caminho bastante escorregadio. Um pouco mais acima, começamos a subir por um lajeado.

Estávamos num bom ritmo e a Alice sem reclamar. O cachorro continuava nos acompanhando e foi nosso companheiro durante toda a caminhada. Mais acima, passamos pelo terceiro trecho técnico da trilha e alcançamos o primeiro cume — olhando de Itaocara, é o que fica à esquerda. Dali, a vista já era fantástica. A manhã estava bem aberta e foi possível ver o horizonte com clareza.

Serra da Bolívia
Chegada ao primeiro cume


Após um breve descanso, voltamos a caminhar e, assim que entramos numa área com bastante vegetação, a Alice disse que viu um macaco. Começamos a procurar e consegui vê-lo num galho bem distante. Ele não ficou ali por muito tempo e logo o perdemos de vista.

Mais à frente, passamos por um bom local para acampamento e seguimos por grandes blocos. Descemos um pouco e chegamos ao último trecho técnico. O local estava bem erodido, como se muita gente passasse por ali. Mas percebi que havia bastante cocô de cabra no entorno — acho que elas são as responsáveis pela erosão. Nesse ponto, já não víamos mais o cachorro. Subimos com cuidado, passando por um trecho mais exposto, usando uma árvore seca como apoio. Dali, subimos mais um pouco e chegamos ao cume. Lá de cima, avistamos novamente um macaco-prego, que ficou nos observando por um tempo até desaparecer em meio à vegetação.

Do alto, podíamos ver o rio Paraíba do Sul serpenteando até perder de vista. Dava para ver o distrito de Batatal, Itaocara, Aperibé, a cadeia de montanhas do Parque Estadual do Desengano e, bem ao fundo, consegui pela primeira vez identificar a Pedra Lisa, em Campos. Um dia perfeito.

Já era hora de voltar, e iniciamos a descida. Quando chegamos à parte mais exposta, o cachorro estava lá. Acho que ele tentou subir e não conseguiu, ficando ali esperando. Meu irmão teve que pegá-lo no colo umas duas vezes, pois ele não conseguia descer. Dali para baixo foi mais tranquilo. Descemos rápido e logo chegamos ao carro novamente.

Ainda aproveitamos para dar um passeio de barco com o Jefferson, fechando mais um grande final de semana. Até o próximo encontro! 

Serra da Bolívia
Caminhada no pasto

Serra da Bolívia
Primeiro trecho técnico

Serra da Bolívia
Trecho próximo ao cume

Serra da Bolívia
Alcie e seu companheiro de trilha

Serra da Bolívia
Caminhada no lajeado

Serra da Bolívia
Serra da Bolívia vista de um trecho do Rio Paraíba do Sul

Serra da Bolívia
Ataque ao cume

Serra da Bolívia
Início da caminhada

Serra da Bolívia
Subida

Serra da Bolívia
Mirante

Serra da Bolívia
Área de acampamento

Serra da Bolívia
Segundo trecho técnico, o mais exposto


quarta-feira, 29 de outubro de 2025

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

Por Leandro do Carmo

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

Data: 27/09/2025
Local: Itaocara – RJ
Participantes: Leandro do Carmo, João Carvalho e Alice Carvalho

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem





Vídeo do XIV Encontro dos Amigos da Canoagem




Relato da remada

Esse encontro teve um sabor especial. Foi a primeira vez que remei com o João e com a Alice. Eu havia ido a Itaocara para participar do Primeiro Passeio Ecológico – Itaocara x Portela, e o João já estava pedindo para descer o rio. Ao ver que o irmão iria, a Alice também começou a pedir. Tive que dar um jeito de agradar os dois!

Como minha mãe resolveu ir no rafting, coloquei a Alice no bote junto com ela. Consegui um duck com o Jefferson, o que facilitaria a descida com o João. Estava tudo organizado.

Todo mundo foi na sexta-feira à tarde. Eu fui com o Jefferson no ônibus das 19h15. A viagem foi tranquila. Ficamos na casa do Jefferson, à beira do rio Paraíba, e ainda deu tempo de descansar um pouco. Tivemos que acordar cedo, pois o evento estava marcado para as 8h. Arrumamos tudo e seguimos até o Porto do Tuta, na Fazenda Paulo Gama, onde nos preparamos e organizamos os equipamentos para a remada. O duck estava com um furo, então sabíamos que precisaríamos parar de vez em quando para enchê-lo.

Chegou a hora de entrar na água. Entrei com o João e demos as primeiras remadas. Paramos em frente à balsa para a foto e o tradicional grito de guerra: “Rio Paraíba do Sul, vivo!”. Dali seguimos remando, aproveitando o lento fluxo do rio. A Alice parecia não estar muito satisfeita no bote, pois havia ficado no banco do meio, sem remo. Era apenas uma passageira e, ativa como é, eu sabia que ela queria remar também.

Esse primeiro trecho foi bem tranquilo, com alguns pontos onde a água corria um pouco mais forte — nada demais. Porém, para o João, que estava indo pela primeira vez, já era uma aventura. Mais à frente, já era possível perceber o início da corredeira do Urubu. Parei um pouco antes para ajeitar tudo e encher o bote. Sem perder muito tempo, preparamos tudo e começamos a remar, seguindo o fluxo do rio até entrar na corredeira.

O rio estava mais seco que o normal, formando um degrau mais alto nesse início, com uma grande onda logo à frente. Meu irmão virou com o caiaque um pouco mais adiante. Fomos até o alto e descemos com força, vencendo esse trecho. Paramos um pouco mais abaixo, num local onde era fácil encostar o duck.

Continuamos descendo e passamos por mais uma corredeira tranquila. Fomos remando num dia bem agradável, sempre interagindo com outros canoístas que passavam por nós. Mais à frente, paramos junto ao bote onde estavam a Alice e minha mãe. Descansamos um pouco e voltamos à remada. Depois de mais um trecho, resolvi trocar a Alice pelo João, para dar a ela a oportunidade de remar um pouco. Ela curtiu demais! Descemos mais algumas corredeiras e finalizamos no Porto Marinho. De lá, seguimos para o churrasco na Cabana do Peixe Frito, para a confraternização.

Enfim, depois de muito tempo, consegui colocar o João e a Alice para remar no Rio Paraíba do Sul!


XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem

XIV Encontro dos Amigos da Canoagem



segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Conquista no Morro do Morcego – Paredão Juratan Leite Câmara – 3ª Investida

Por Leandro do Carmo

Conquista da via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida

Data: 20/09/2025
Local: Jurujuba - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Leandro Conrado

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista







Croqui da Via Paredão Juratan Câmara - Clique para ampliar



Vídeo da escalada da via Paredão Juratan Câmara


Relato da escalada da via Paredão Juratan Câmara

Depois de termos conseguido conquistar a via, preparamos o croqui e aí ficamos pensando se deveríamos divulgar ou fazer mais uma investida para confirmar se havíamos feito o croqui corretamente? Na adrenalina de subir, principalmente no trecho final, acabei não lembrando bem do que havia feito e não estava muito convicto da qualidade do croqui. Então, resolvemos voltar lá e conferir o que já havíamos feito. A previsão para os próximos dias era de que chegasse uma onda de calor, com temperatura acima da média para essa época do ano. Uma condição bem diferente na qual havíamos pegado nas duas investidas anteriores.

Com a previsão nada fácil, combinamos de nos encontrar as 6h 30 min, em frente à Igreja de São Pedro de Jurujuba, ponto final do ônibus 33. De última hora resolvi levar a furadeira e pedi para o Leandro levar todo o material de guia, pois podíamos ter que fazer alguma alteração. Decisão acertada!

Seguimos para o início da trilha, pulando o muro na lateral do portão de entrada do Parque, visto que ainda não está aberto à visitação. Já na base, nos preparamos e segui para guiar a primeira enfiada. Subi rápido, aproveitando para limpara algumas agarras. A corda esticou no limite e foi preciso que o Leandro subisse um pouco para que eu chegasse à parada. Depois precisamos conferir essa distância, pois na minha corda, havia da perfeitamente. O Leandro chegou em seguida e graduamos o trecho em 3º.

Saí para a segunda enfiada e subi tranquilo. Parando na primeira dupla, com cerca de 30 metros, fazendo mais um lance bonito de 3º. O Leandro subiu e colocou para baixo uma laca que estava solta e bem perigosa. Optei por parar ali e avaliar o local onde deveria entrar no grande platô de vegetação. Na semana passada, havia entrado entre dois pequenos arbustos e olhando melhor, vi que deveria ter ido um pouco mais para a esquerda, numa linha óbvia e bem mais limpa. Até falei para o Leandro: “O que eu fui fazer ali?” Sem explicação! Na hora da conquista fica difícil conseguir explicar. Por isso que muitas vezes a gente pergunta: Por que que o conquistador não passou por esse outro lado?

Montei a parada numa árvore mais acima, ao lado de uma grande pedra e dali fomos andando e limpando o caminho até o início da terceira enfiada. Aproveitamos para colocar dois tótens para marcar o caminho. Subimos e no alto de uma laca, iniciei a terceira enfiada. O sol já estava forte e aproveitamos para beber uma água e descansar um pouco. Subi, costurei a primeira chapeleta sem problemas e continuei subindo. Fui subindo e senti bastante dificuldade nesse trecho. Como é que passei aqui na primeira vez? A chapeleta foi ficando longe e percebi que se caísse ali, deveria chegar lá na base. Aí, resolvi que deveria proteger esse lance. Subi mais até a outra chapeleta, após uma laca e desci de baldinho, onde coloquei mais uma chapeleta, intermediando esse lance. Mais um trecho de 3º. Já valeu carregar o peso do equipamento de conquista. Voltei para a escalada e subi, montando a parada, antes do trecho do crux.


Dali, guardei a furadeira na mochila e saí para escalar a parte final. Queria subir logo, pois já estávamos no limite do calor, era por volta das 9 horas e o sol estava queimando. Subi a canaleta que tem alguma vegetação no início até a altura da primeira chapeleta. Costurei e subi um pouco até conseguir costurara a segunda. Dali atravessei o trecho onde havia quebrado uma grande laca na conquista. O trecho ficou bem delicado. Abaixo de uma pequena vegetação, tem uma agarra chave que fica escondida. Foi ali que coloquei a mão para conseguir vencer o crux e subir um pouco, até conseguir subir e costurar a terceira chapeleta. Dali, passei para o outro lado de uma pequena aresta, deixando o lance bem aéreo. Subi um pouco e costurei a quarta chapeleta.

Dali, segui por uma horizontal, num estreito platô, até chegar a última proteção. Nesse ponto, resolvi duplicar e fazer uma parada, com intuito de proteger melhor o participante que faz o crux. O Leandro veio em seguida e da parada, subiu direto ao cume. Fui logo em seguida e já procurei uma pequena sombra para descansar. Bebi o último gole de água. No caminho de volta, parei no poço e molhei um pouco minha cabeça para me refrescar. De volta ao estacionamento, bebi um coca cola gelada. Agora sim estava satisfeito com a conquista. Quem fará a primeira repetição?


Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Cume do Morro do Morcego

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Saindo da última parada em direção ao cume

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Entrando na horizontal da última enfiada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
No crux

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Entrando no crux

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Saída da penúltima enfiada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Trecho de caminhada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Parada em árvore

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Parada em árvore

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Segunda enfiada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Primeira enfiada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Chegando à primeira parada

Escalada na via Paredão Juratan Câmara - Terceira Investida da Conquista
Começando a escalada



sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Conquista no Morro do Morcego – Paredão Juratan Câmara – Segunda Investida

Por Leandro do Carmo

Conquista no Morro do Morcego – Paredão Juratan Câmara – Segunda Investida

Data: 13/09/2025
Local: Jurujuba - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Leandro Conrado

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego


Relato

Depois que iniciei a conquista lá no Morcego com o Leandro e o Alan, passei a semana pensando na continuação da via. Fiquei bem animado com o início e com boas perspectivas para o trecho final. Eu e o Leandro vimos algumas fotos de satélite e comparei com o que havia visto na última vez que escalei lá. No final, havia uma canaleta com bom potencial, e nosso objetivo era chegar lá. Falei com o Leandro durante a semana e combinamos de chegar bem cedo. Dessa vez, o Leandro comprou uma broca nova, assim teríamos uma reserva. A previsão do tempo era de manhã nublada, condição perfeita para a escalada.

Chegamos às 6h30 e seguimos para a base da via. Nos arrumamos e o Leandro guiou a cordada que já havíamos feito. Subi logo em seguida, refazendo os lances que havia feito na conquista. Até que ficaram interessantes. Na parada, organizei todo o equipamento e segui para conquistar os próximos lances. De baixo, ficamos olhando, tentando ver onde ficaria melhor. Subi e dei uma esticada, colocando uma chapa para tirar o fator 2. Já estava próximo de um trecho mais vertical. Tinha esticado quase 30 metros e coloquei uma dupla de chapeletas. Dali, subi mais um pouco e entrei numa matinha. Procurei a maior árvore e montei uma parada nela.

O Leandro Conrado chegou em seguida. Dali, subimos caminhando e segui para a direita, procurando uma passagem para o andar superior. Pelas fotos que tínhamos, havia uma espécie de canaleta no trecho final, e nosso objetivo era chegar lá. Subi um pouco mais e consegui achar uma passagem mais aberta. Ali havia uma laca e, nesse ponto, reiniciamos a conquista. Subi e, na primeira oportunidade, coloquei mais uma chapa. Mais acima, cruzei outra vegetação. Aproveitei uma laca e continuei subindo, colocando mais uma chapa.

Lá de baixo, o trecho vertical parecia maior. Mas, mesmo assim, não seria tão fácil. Nada é fácil nessa vida! Vi um ponto legal para fazer uma parada; já estava quase na base da canaleta que havíamos visto. Subi um pouco e o Leandro avisou que faltavam 3 metros para chegar ao meio da corda. Quando saquei a marreta, ela bateu na pedra e, de longe, o Leandro percebeu que estava oca. O som é bem peculiar. Dei algumas batidas ao redor, procurando um bom lugar para colocar as proteções, e nada. Tudo oco. Tive que subir e mirei mais um pequeno degrau. Mais algumas passadas e, com a corda no limite, consegui me posicionar e bater as duas chapas da parada. O Leandro veio até mim e dali começamos a pensar qual seria a melhor opção. Tínhamos algumas opções, mas preferimos manter o que havíamos pensado e seguir pela canaleta, mesmo tendo outras alternativas.

Subi e caminhei pela canaleta até não ter mais opção e ter que subir. Nesse ponto, coloquei uma chapa. Dali, subi um pouco num lance mais delicado e consegui um pezinho esquerdo para me posicionar. Não estava bom, mas foi o que deu. Olhei para baixo só para me certificar onde eu aterrissaria caso caísse. Acho que não foi uma boa ideia: estava na direção de um cacto. Saquei logo a furadeira e comecei a furar. Minha perna começou a tremer. Dei uma respirada e continuei fazendo força. Terminei o furo e fui limpar. Tive que dar uma pausa para aliviar um pouco a perna. Peguei a chapeleta, coloquei no furo e dei umas batidas. Tratei logo de colocar a solteira; só assim consegui aliviar a perna e apertar a porca. Passado o primeiro sufoco!

Fiquei um pouco ali parado e juro que quase desisti, mas aí lembrei que teria que voltar e carregar tudo até ali novamente. Dali não dava para ver o cume, mas estava certo de que faltava pouco. De volta à conquista, tinha que atravessar uma laca e continuar subindo. Quando coloquei a mão e fiz força, ela quebrou e veio descendo lentamente. Havia uma cordada na Mari do Metrô e, se ela descesse, poderia ir na direção dela. Com jeitinho, fui deslizando-a pela parede até que consegui apoiá-la na vegetação da canaleta. De volta à escalada, tentei algumas vezes até que achei um bom pé e, com um pouquinho de força, consegui passar para o outro lado da laca. Aí subi mais um pouco e coloquei mais uma chapa. O trecho foi ficando bem interessante e, numa passada para a direita, consegui sair da canaleta e coloquei uma chapeleta um pouco mais acima. Assim fui ganhando altura.

Dali, consegui seguir por uma diagonal, num grande e estreito platô, até que bati mais uma chapa e dali subi direto ao cume, onde montei uma parada numa pequena árvore. Era cume! O Leandro subiu em seguida e comemoramos a conquista. Ficamos um tempo ali descansando até que pegamos a trilha de volta.

Durante a descida, ficamos conversando sobre o nome da via e veio o assunto das homenagens. Aí pensei em homenagear o Juratan, por tudo que ele já fez pelo montanhismo, por todas as vias que já conquistou. Sem contar que é um cara que admiro muito. Já tive o prazer de escalar algumas vias que ele conquistou, escalar algumas vias com ele, escalar junto com ele algumas vias que ele conquistou, conquistar vias juntos e ainda dele ter batizado uma via com meu nome! Nada mais justo que essa homenagem. Valeu, Juratan!



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Iniciando a conquista do crux


Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Visual



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Batendo a primeira chapeleta do crux

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Visual

Missão cumprida, cume!



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Leando Conrado escalando

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Leandro na parada em árvore, da segunda enfiada


quarta-feira, 22 de outubro de 2025

09-07-2025 - Regata Comandante Horácio – Ranking PCSF 2025

Por Leandro do Carmo

Regata Comandante Horácio – Ranking PCSF 2025

Data: 07/09/2025
Local: Charitas - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Enzo



Relato

Estava chegando mais uma regata do Ranking PCSF. Nos organizamos e conseguimos levar seis Dingues. Meu filho João estava todo empolgado, pois iria timonear pela primeira vez. A Alice, como adora ganhar medalha, queria ir com o Marcelo de qualquer jeito. O domingo amanheceu chuvoso e algumas pessoas não foram ao Prevela. Como não havíamos divulgado na lista que haveria regata, pois não teríamos como levar todo mundo, acabamos dando um presente para quem acordou cedo nesse dia.

Chegamos e já começamos a preparar os barcos. Dividimos as tripulações e cada dupla foi montando seu barco. Essa foi a primeira regata na qual o Enzo participaria. A hora passou rápido e fiz a inscrição de todos, preenchendo o formulário online. Por volta das 12h30, começamos a sair em direção ao Praia Clube São Francisco. A velejada foi tranquila, com bom vento. Atracamos no cais do PCSF e o Comandante Horário nos deu uma rápida palestra sobre procedimento de largada e explicou detalhadamente o percurso.

Faltando 10 minutos, todos foram para a água. Ficamos perto da linha de largada e acompanhei bem os avisos e bandeiras para tentar largar bem. Largada dada, consegui ficar bem posicionado, mas o Enzo se atrapalhou um pouco e acabei tocando a boia da largada, ficando um pouco para trás. Apesar disso, consegui seguir colado nos primeiros. Fomos na empopada até montar a primeira boia.

Montada a primeira boia, segui bem colocado, ora em terceiro geral, ora em quarto. Nesse bordo até a boia, o vento deu uma rondada e, num determinado momento, o burro soltou. Tive um pouco de dificuldade, mas consegui colocá-lo no lugar. No começo, o Enzo estava com um pouco de medo, mas aos poucos foi se acostumando e começou a ajudar dentro do barco. Montei a boia e segui na empopada até a boia do ICI, onde montei em terceiro geral. Mas no bordo seguinte, acabei perdendo uma posição já próximo de montar a boia.

Montei a boia e, no bordo final, consolidei o quarto lugar geral e primeiro na categoria dos barcos clássicos, aqueles construídos até o ano de 1999. Por pouco não consegui subir ao pódio na categoria geral. Mais uma excelente regata!