Local: Guapimirim / Parque Nacional da Serra dos Órgãos Data: 05/08/2013
Participantes: Leandro do Carmo, Guilherme Belém, Marcos Oliveira, Ary Carlos, Paulo Guerra, Emerson Mondego, Sandro Damásio, Rana Santos e Vinícius Guilherme.
Dicas: Caminha pesada até a base; artificial fixo em grampos
e cabo de aço; água só no começo da trilha; bate sol no artificial; levar luva
para os cabos de aço; grupos grandes podem demorar muito no artificial; levar
lanterna e anorak.
Relato
Depois de e-mails e mensagens no Face e algumas tentativas
de marcar alguma escalada com o Sandro, conseguimos uma data e uma aventura: o
Dedo de Nossa Senhora!!! Foi difícil colocar o PitBull Aventura e o Born To Be
Wild juntos... Mas dessa vez saiu!!!!!
O grupo estava grande e nem recomendaria subir com tanta
gente assim, mas a galera é boa, todo mundo escala bem, com exceção do
Emerson... Tinha certeza que não teríamos problemas com o tempo. Marcamos cedo,
às 07 horas, no Paraíso das Plantas, ponto de encontro para quem vai escalar na
região. Atrasamos um pouco e quando chegamos lá, o Sandro, Rana e o Vinícius já
estavam nos esperando... Já peço até desculpas pelo atraso!!!!! O meu medo era
chegar tarde e já ter outro grupo grande na frente, o que atrasaria muito! Não
deu outra. Assim que chegamos, havia um outro de grupo de 10 pessoas que tinha
acabado de chegar, também para fazer o Dedo de Nossa Senhora. Rapidamente
pegamos nossas coisas e seguimos para o nosso destino.
Descemos a estrada até o início da trilha e começamos a
subir. A subida começa forte. A trilha é bem íngreme e até o corpo acostumar,
demora um pouco. Com o pessoal animado, o tempo foi passando que nem percebi. O
caminho é bem legal, por vezes cruzamos o leito de um rio seco e passamos por
um pequeno riacho, onde podemos pegar água. Mais acima, no colo entre o Dedo de
Deus e o Dedo de Nossa Senhora, a trilha segue para a esquerda até o primeiro
lance de artificial.
Quando chegamos na base, vimos os dois grampos e já pensamos
em como fazê-lo. Colocamos um estribo no primeiro grampo e ainda utilizamos uma
raiz à direita como apoio. Depois dali, seguimos uma trilha à direita até uma
calha com alguns grampos, também para artificial. Aos poucos todos foram
subindo. Segui na frente até essa calha. Pensei que fosse tranquilo subir sem
as fitas. Tentei entalar o corpo, mas a mochila atrapalhou. Pedi então umas
fitas para ir ajudando e fui subindo com um pouco de dificuldade. Mais acima,
uma pequena trilha, até que chegamos a grande parede com o artificial em
grampos.
Depois que todos estávamos reunidos, na base, o Guilherme
logo resolveu que iria guiar. O alto astral e as histórias da galera até me fez
esquecer do calor. Olhava para a parede acima e o sol batendo... coitado do
cara que iria ficar fritando na parede... Enquanto o Guilherme se preparava
para subir, começou a aparecer banana, tangerina, quase a feira inteira! O
Guilherme começou a subir. No começo foi devagar, mas depois foi piorando!!!
hahahehahehaha Com aquele sol, já estava ficando com pena dele, mas alguém
tinha que sofrer!!! E ainda teve que ficar ouvindo o pessoal gritando: Esse
guia é lento... Tá muito devagar... Lance fácil e o guia demorando... Só que
quem estava falando, estava na sombra, bebendo água, lanchando...
Pouco a pouco, foi vencendo os quase trinta metros, até a
base onde começam os cabos de aço. Lá montou a parada, fixou duas cordas e
começamos a subir. Cada um com uma técnica diferente. Fiz um prussik e fui
subindo igual ao Batman. Levei mais uma corda para adiantar, pois dali, depois
que próximo viesse, o Guilherme já poderia subir os cabos. A parada ficou
agitada. A todo momento, chegava um, passava por mim e já emendava no lance dos
cabos. O Ary ficou acima dos cabos dando a segurança de cima. Tudo bem organizado!!!!
Depois que todos subiram , comecei puxar as cordas. As recolhi enquanto o outro
grupo iniciava o artificial. Ainda bem que chegamos na frente!!!!
A Rana subiu e levou uma corda, segui para cima e passei
pelo Ary que dava segurança. Mais uma subida num lance meio escorregadio e
estava no cume! Que vista!!!! Aos poucos todos estavam lá!!!! Não tinha ninguém
sério, todos com sorriso de orelha a orelha. Ninguém mais lembrava do sol, da
trilha, do artificial... só lembrávamos de bater fotos e mais fotos! Era cada
coisa que eu ouvia... Coisas do tipo: Vem que tá piscando! Vai tirar foto com o
dedo atrás! E muitas outras obscenidades... rs
Foi uma subida fantástica!!! BTBW e PitBull Aventura
mandando ver!!!! Apesar de ter sido a primeira vez que fizemos uma atividade
juntos, parecia que a galera já escalava junta há muito tempo, entrosamento
perfeito. Fiz um lanche apara recarregar as baterias. Ouvi um papo de que o
Sandro ia tomar café, mas nem entendi... Achei que fosse brincadeira.... Quando
vi o cara sacar o fogareiro... nem acreditei!!! Ia tomar café no cume do Dedo
de Nossa Senhora!!!!! O cafézinho caiu muito bem!!!
O papo estava ótimo, mas era hora de descer. Assim que a
primeira pessoa do outro grupo chegou, iniciamos nossa descida. Quando cheguei
no lance dos cabos, ainda faltavam 4 pessoas para subir. Ficamos aguardando na
trilha até que fui até um grampo mais em baixo e comecei a preparar o primeiro
rapel. Fui passando a corda devagar para que ela não atrapalhasse as pessoas
que iam subindo. Depois que o último subiu, abri o primeiro rapel. Já no platô,
no final do artificial fixo em grampos, iniciei o segundo rapel. A galera foi
descendo um a um. E quando chegou mais uma corda, desci para fazer o terceiro.
Passei a corda por uma árvore e deixei pronto o último rapel.
A essa altura, o tênis do Guilherme já havia se transformado
em migalhas! Não sobrou nada! Descolou os dois solados! A sorte é que ele havia
levado uma sapatilha velha, que usou para a descida da trilha. Aos poucos,
várias duplas foram se formando na descida, uns na frente, outros mais atrás...
Fui intermediário. Resolvi descer descalço, estava calor. Amarrei as botas na
mochila e segui trilha a baixo. Pensei até em tomar um banho na cachoeirinha da
santinha, mas o frio chegou e acabou com qualquer vontade minha!!!!
Na entrada da trilha, encontrei o Marcos e o Ary. Ficamos
ali sentados esperando o resto do pessoal. O Emerson e o Guilherme tinham ido
na frente, por motivo de força maior! Mas que força maior foi essa Emerson? Não
via a hora de comer aquela maravilhosa coxinha de galinha do Paraíso das
Plantas. Depois de todos reunidos, seguimos estrada acima. Foram alguns
quilômetros que andamos, mas que pareciam uma eternidade. Porém, o tempo passou
rápido. Também com tantas histórias!!!! Agora... se foram verídicas, até hoje é
um mistério!!!! hahahhehahehaheha
No Paraíso das Plantas fizemos aquele lanche! Conversamos,
rimos, brindamos, etc... Um final de aventura extremamente agradável, digno das
maiores expedições. Certamente ficará gravado em nossa memória! PitBull
Aventura e Born To Be Wild, uma parceria para ficar na história!!!!
E como sempre falo: Missão dada, é missão cumprida!!!!!
Data: De
12 a 14 de Julho/2013 Local: Petrópolis/Teresópolis
Participantes:
Leandro do Carmo, Leandro Collares e Michael Rogers
Dicas para a Travessia Petrópolis x Teresópolis
Caminhada pesada; Tenha em mente que é fácil se perder; A serração,
característica do local, pode baixar a qualquer momento, o que
dificultará muito a orientação; Arrume bem a mochila e não leve
coisas desnecessárias; Pode-se ficar nos Abrigos (comprar ingresso
www.parnaso.tur.br),
e usar a cozinha de lá, o que diminui bastante o peso da mochila;
Possibilidade de banho quente nos abrigos; Existem vários guias que
podem ser contratados; se for fazer sozinho, estude bem o local, os
pontos de orientação são importantíssimos; existem setas de metal
fixadas no chão e totens para indicar o caminho; Não encontrei nada
indicando o caminho errado, como li em vários relatos; Os guardas
levam o carro de uma portaria a outra, isso mediante pagamento e sem
o aval do parque, facilitando muito a locomoção.
Material levado na Travessia Petrópolis x Teresópolis
Utilizado:
mochila 48 litros; saco de dormir (0ºC); isolante; travesseiro
inflável; toalha pequena; segunda pele (camisa e calça); 2 calças;
1 fleece; 1 casaco fino; 1 anorak; 1 poncho; luva; gorro; 6 pares de
meia; garrafa pet 1,5 l; duas garrafinhas de 500 ml; canivete; headlamp; material primeiros socorros; copo.
Utilizado, porém, dispensável: fogareiro Júpter (Nautika); 1 refil de gás; talher; panela; dois
potes pequenos para comida (mediante pagamento, pode-se usar a
cozinha do abrigo, com tudo isso disponível);
Alimentação:
Comida liofilizada (macarrão a bolonhesa, arroz, feijão e
strogonoff de frango); pães; polenguinho; leite em pó com chocolate
(já dividido em porções – sacolé); café solúvel; porções de
carboidrato; biscoito; chocolate.
Vídeo
Relato
Enfim
consegui realizar um sonho! E de maneira fantástica... Papai do Céu
foi generoso e nos presenteou com um final de semana maravilhoso! Mas
até chegar lá, demorou um pouco... Afinal de contas, a travessia
não é uma simples tarefa... Muito menos quando os participantes
nunca a fizeram! Mas depois de muita preparação e suor,
conseguimos!
Já estava
na programação fazer a travessia neste ano. Considerada por muitos
como uma das mais belas do Brasil. Faltava arrumar uma data e
companhia. Em uma das reuniões do CNM – Clube Niteroiense do
Montanhismo, levantei a idéia e logo os interessados foram
surgindo... Abri a atividade e logo fechamos um grupo de 6: eu; meu
irmão, Leonardo G Carmo; Alex Figueiredo; Leandro Collares; Giovani
Neto; e Michael Rogers. Dos seis, somente o Alex já havia feito a
travessia. Depois de fazer as reservas no parque, alguns
participantes foram desistindo por vários motivos. Na semana
anterior, estávamos reduzidos a metade (eu, Collares e Michael) e
sem o Alex! Estava contando com ele, era o único que já havia
feito! Liguei para o Collares e resolvemos manter a atividade.
Vou falar
que fazer a vista, deu um cagaço! Para todo mundo que eu ligava, me
diziam que não era aconselhável... era melhor ter um guia.... tinha
que ter alguém que já tivesse feito... é fácil de se perder...
etc. Mas a gente se preparou. Estudamos o caminho, referências,
guias, condições do tempo e li vários relatos que achava na
internet. Não podia dar errado. Agente não estava indo com os olhos
vendados... E também conseguimos um GPS com Neuza, para nos ajudar,
caso precisássemos.
Primeiro dia da Travessia Petrópolis x Teresópolis
Portaria
de Petrópolis (Bonfim) – Abrigo do Açú
Distância:
7 Km
Desnível:
1.100 m
Tempo: 04
h 25 min
Características:
1ª parte – forte subida; 2ª parte – misto de lajes e trilhas, a
orientação pode ficar comprometida caso não tenha visibilidade; um
ponto de água (Ajax).
Decidimos
sair de Niterói às 06:30 h do dia 12, sexta-feira. Queríamos
chegar cedo para curtir bastante o local e o caminho até o Açu.
Fomos de carro até a sede de Petrópolis, no Bonfim, onde combinamos
com o Edson, vigilante do Parque, para levar o carro até a sede de
Teresópolis no domingo, nosso tão esperado destino. Decisão
acertada! Não tem preço o conforto. Iríamos perder muito tempo
pegando ônibus... Já na sede, reverti os valores pagos pelo meu
irmão em serviços nos abrigos, como banho quente e uso de cozinha,
apesar de estar levando fogareiro.
Batemos
algumas fotos e iniciamos a subida. O começo é um passeio.
Caminhamos sempre ouvindo o barulho do rio à nossa esquerda.
Ultrapassamos alguns grandes grupos. Por cerca de 45 minutos,
seguimos até encontrarmos a bifurcação que indicava o caminho para
a Cachoeira do Véu da Noiva e Gruta do Presidente e a subida para o
Açu. Uma parada rápida. A partir daí, a coisa começa a apertar.
Fomos subindo sem dar trégua. Já podíamos avistar de perto o
Alicate e todo o vale do Bonfim. Chegamos à conhecida Pedra do
Queijo. Agora, uma pausa maior. Um lanchinho para recarregar as
baterias e algumas fotos! Dali já dava para ver o que tínhamos que
subir. Mas para que pensar no fim, se não chegamos nem a metade?
Mochila
nas costas, seguimos em direção ao nosso segundo ponto de
referência: O Ajax. Lugar onde existia um ponto de acampamento, o
que não é mais permitido, e o último ponto de captação de água
antes do Açu. Passamos por ele paramos um pouco mais a frente, numa
sombra. A partir do Ajax, era com a gente. O Collares só conhecia o
caminho até ali. Seguimos subindo um pouco e depois descemos para
subir a tão esperada “Subida da Isabeloca”, última subida forte
antes das lajes de pedra. Seguimos... O peso da mochila já dava seus
sinais de boas vindas... Em pequenos passos fomos vencendo a subida
metro por metro... um visual fantástico, por vezes levava o cansaço
embora, mas logo ele estava de volta!
Enfim,
chegamos nas lajes de pedra. Primeiro ponto da travessia onde é
possível se perder. Mas com esse tempo aberto, muito difícil. Além
dos tradicionais totens, a linha esbranquiçada na pedra, o caminho
está marcado com setas de metal presas a laje. As amarelas,
indicando Teresópolis e as brancas, Petrópolis. Foi assim até o
lance do mergulho, antes do cavalinho... Dali, já dava para ver a
Baía de Guanabara, o Mourão, Pão-de-Açúcar, Pedra da Gávea, São
João de Rio das Ostras.... A vista estava impressionante. Uma
sensação única, difícil de descrever... Seguimos o caminho sem
erro, ou melhor, quase sem erro. Eu e o Michael seguimos um pouco
mais rápido e perdemos contato visual com o Collares, que saiu um
pouco da trilha. Decidimos que nunca mais nos distanciaríamos.
Pequenas
subidas, descidas, zig-zags, e avistamos os Castelos do Açú . Não
tinha mais erro. Contornamos o Morro do Acú a direita e seguimos em
direção aos castelos, onde fica o Abrigo 1. Caminhamos com cuidado,
o chão estava muito molhado, meio brejo, onde se pode afundar o pé
na lama com facilidade. Com cuidado, seguimos e já avistamos o
Abrigo do Açú a nossa esquerda.
Ao chegar
no Abrigo do Açú, fomos muito bem recebidos pelo Hamilton, guarda
parque de plantão. Impecável organização! Entramos e ouvimos as
regras e fui para o quarto do bivaque, me preparar para o banho
quente. Fomos super bem, até mais rápido do que esperávamos,
fizemos em 04 h 25 min essa primeira parte da travessia. Estava muito
tranquilo e não senti tanto, talvez porque fosse o primeiro dia...
Tinha que esperar o dia seguinte. Como ainda estava cedo, tínhamos
tempo para fazer tudo bem devagar. Essa é a vantagem de fazer a
travessia em três dias e saindo bem cedo, também no primeiro dia.
O banho
quente reanimou! O vento frio deu lugar a uma agradável temperatura
dentro do abrigo. Vesti roupas secas e fui preparar o meu almoço.
Comida liofilizada é um luxo. Nesse primeiro dia comi macarrão a
bolonhesa com feijão. Um almoço de primeira! O pessoal que já
estava no abrigo e os que chegaram, ajudaram a completar o bom clima
no local. Tudo muito agradável. Uma rápida descansada e fomos dar
um volta pelo Açú. Conhecemos os Castelos, o Abrigo 1, feito
rusticamente com pedras empilhadas uma a uma. Subimos até um mirante
por uma corda para apreciar um pouco a vista. Por dentro dos
Castelos, já dava para perceber o porque desse nome...Como já
estava dando a hora, subimos até o cume do Açú, onde tem a cruz em
homenagem a montanhistas mortos por um raio tempos atrás, queríamos
ver o por do sol.
Estava tudo fechado, um vento forte. Ainda bem que estava com o anorak, meu companheiro de travessia! Por um instante, o tempo abriu. A vista era algo impressionante. De um lado dava para ver o Sino, Garrafão e até os Três Picos. Pelo outro, Região dos Lagos, Baía de Guanabara, Pedra da Gávea, Ilha Grande e até o Pico do Frade, em Angra dos Reis! 360º de pura beleza. Fiquei impressionado! Mas foi só o sol se por que o frio aumentou drasticamente. Mesmo com toda aquela roupa, estava ficando impossível estar ali. Descemos até o abrigo, fizemos um lanche reforçado, conversamos um pouco e fomos dormir. Era concentrar para acordar bem no dia mais importante da travessia!
Segundo
dia da Travessia Petrópolis x Teresópolis
Abrigo do
Açú – Abrigo 4 (Pedra do Sino)
Distância:
10 Km
Desnível:
subidas e descidas, com altura máxima de 2.205 m (Morro da Luva) e
mínima de 1.957 m (Vale das Antas)
Tempo: 05
h 54 min
Características:
misto de fortes subidas e descidas; difícil orientação; a parte
mais exigente da travessia; alguns lances técnicos e expostos;
vários pontos de água;
É difícil
dormir com um entra e sai no quarto, mas é fácil acordar de manhã.
Estava de pé por volta das seis. Tomei um café e fui arrumar a
mochila. O Michael já havia saído para ver o nascer do sol. Tudo
pronto, fiquei esperando o Collares. Enquanto isso fui batendo um
papo com o pessoal que iria para a travessia também. Eu e o Michael
demos uma alongada enquanto vigiava o tempo. Muito encoberto pela
forte serração, mas quando abrisse... Hoje prometia!!! E assim
começamos a caminhada, eram 08h10min.
Seguimos
pela área de camping que fica ao lado do Abrigo do Açu, em direção
ao Morro do Marco. Uma trilha bem marcada, não tem erro. Descemos
por um misto de laje e trilha e depois subimos até chegarmos na
crista do Morro do Marco, seguimos à direita e começamos a descer
para a esquerda. O totens e as setas de metal no chão, vão marcado
o caminho. A descida também é um misto de laje de pedra e pequenas
trilhas. Fomos assim até chegar ao Vale da Luva, nos pés do Morro
da Luva. Passamos por um riacho e subimos forte até o cume do Morro
da Luva. Essa subida foi chata. Muito íngreme no começo e muito
molhada, dificultando bastante. Demos uma parada numa pequena pedra,
uma espécie de mirante, onde observávamos os outros grupos em fila
indiana descendo o Morro do Marco. Um belo visual. Aproveitamos para
fazer um lanche rápido. Mais um pouco de subida, outra pedra e
seguimos a trilha para direita, em direção ao cume, também molhada
e com muita lama, que por sinal nos acompanhou até o final da
travessia!
No cume do
Morro da Luva, seguimos um pouco para a direita e começamos a descer
para a esquerda. A trilha continua bem marcada, é só seguir o
totens e setas de metal. Na descida já dá para ver a trilha
seguindo reto para a direita no fundo do vale. Já no fundo do vale,
cruzamos um terreno com lama e água e seguimos à direita, reto, até
umas lajes de pedra, com pequenas quedinhas d’água. Considerei
esse ponto e a descida antes do dinossauro como os pontos mais
difíceis de orientação. Isso se você não estiver enxergando
nada! Pois fora isso, é um passeio!
Quando
chegamos nas quedinhas d’água, viramos levemente para a esquerda e
fomos em direção ao fundo do vale, sempre na cola dos totens e
setas! O caminho é por uma laje, seguindo o rio sempre a esquerda.
Dali já dava para ver, no fundo e a esquerda, o lance do elevador.
No final, viramos a esquerda, cruzando alguns corrimões e pequenas
pontes e estávamos de frente para a grande escada de vergalhão
fincado na rocha: o famoso elevador! Vencemos as dezenas de degraus
numa parede bem íngreme e molhada. Mais acima fizemos outra breve
parada e vimos mais um grupo passando pelas pequenas pontes que
antecedem o lance do elevador.
De frente
já dava para ver o Morro do Dinossauro, teríamos que chegar ao cume
dele, para então descer até o Vale das Antas... Aí é um ponto
onde dizem para ter cuidado. E assim fomos, seguindo os totens e
setas até a passagem para o Morro do Dinossauro. Fomos contornando
essa pedra, nunca descendo muito, pois no final havia um vale imenso.
Chegamos tranquilos, mas não achamos os grampos que podem ser usados
na descida. Acho que no começo descemos um pouco e não vimos essa
grande descida, mas sem problemas... Estávamos certos e seguindo
para o ponto onde víamos a divisão, muito sutil, de duas cristas,
sempre seguindo a trilha bem marcada, totens e setas...
Quando
ultrapassamos o cume, já vendo o Garrafão a nossa frente, foi uma
sensação fantástica.... Tivemos que parar para bater fotos, foi
instantâneo!!! Dali de cima vimos o Vale das Antas, numa diagonal
para a esquerda e ficou fácil achar o caminho e chegar ao fundo do
Vale. Até chegarmos ao local onde se acampava, passamos por enormes
poças d’água e lama. Uma verdadeira aventura desviar disso tudo!
Dei uma rápida olhada no entorno, enquanto esperava o Michael e o
Collares. É impressionante como as pessoas largam suas fezes de
qualquer jeito, nem para terem o cuidado de enterrar! Uns verdadeiros
animais! Mais uma pausa para um lanche e água.
Já
tínhamos percorrido mais da metade e estávamos muito bem. Estávamos
tranquilos em todos os aspectos. Sem nenhum contratempo! Ah! Esqueci
de falar que ligamos o GPS umas 3 vezes só para ver se ele estava
funcionando e se marcava bem os pontos de orientação!
No Vale
das Antas, tem a maior nascente do Rio Soberbo. Uma água cristalina
e gelada! Cruzamos o rio por uma pequena ponte de madeira e tocamos
para cima. Mais uma subida! A essa altura, tudo vai ficando difícil.
Mais uma curta descida, e chegamos num verdadeiro atoleiro. Passei
pendurado numa pequena árvore, para evitar que afundasse o pé na
lama. E deu certo! Cruzamos mais um riacho que passa por baixo de uma
raiz e começamos a subir forte novamente. Mais acima, chegamos na
Pedra da Baleia e depois a mais uma pedra, um pouco menor que ela.
Subimos mais um pouco e seguimos descendo para o Vale dos Sete Ecos,
numa óbvia trilha para a esquerda. O paredão do Sino Impressiona
nesse ponto. A serração as vezes ficava forte. O vento não dava
trégua! Rapidamente descemos e vencemos o lance do mergulho. Fui na
frente e pequei as mochilas para facilitar. A partir daí não tinha
mais erro!
Faltava
pouco! Mais uma subida forte. Depois de horas subindo e descendo... A
prova final! Em passos
curtos, fui vencendo a única passagem para a
Pedra do Sino. Finalmente chegamos ao lance do Cavalinho! Um pedra
atravessada na trilha, onde para vencê-la, tem que literalmente
montá-la! Deixei a mochila na base e venci o lance. Já no alto, o
Collares me passou as mochilas para facilitar a subida dele e do
Michael. Vencido o lance do Cavalinho, seguimos subindo até uma
escada de ferro. Passamos por ela e foi só contornar o Sino até ver
a formação de pedras que parecem uma miniatura dos Castelos do Açú.
A Travessia estava vencida! Teoricamente, ainda faltava a descida do
Sino, mas a descida do dia seguinte era como passear no parque! Uma
grande emoção!!! Depois de 05:30 estávamos lá!
Ali,
verifiquei que tinha sinal de celular. Aproveitei para ligar para
casa, pois havia dois dias que não falava com ninguém! Já estava
com saudade da minha esposa e do meu filho. Mandei algumas mensagens
para o pessoal do Clube que ficou e seguimos até o Abrigo 4. Na
chegada, o Abrigo ainda estava vazio. Como ficaria na barraca com o
Collares, deixei logo a mochila lá e fui tomar aquele banho! Depois
de estar aquecido, limpo e seco, descansei um pouco na varanda do
Abrigo e ficamos batendo um papo! Chegou um grupo de CET que veio
rápido e leve direto do Bonfim, perguntei sobre o Alfredo, pois
estaria com eles. Me disseram que ele vinha bem atrás.
Fui
preparar o almoço. Fiz um arroz, feijão e strogonoff de frango.
Comi ferozmente!!! Depois da barriga cheia, aproveitamos para ir a
Pedra da Baleia. O tempo estava bem fechado. As nuvens impediam a
gente de ver alguma coisa. Achava que o pôr-do-sol tinha ido por
água a baixo... Mas não desista nunca! Fomos em direção ao cume
do Sino e aguardamos um pouco. Quando o tempo ameaçou abrir... Não
só ameaçou como abriu espetacularmente! Nos brindou com um belo pôr
do sol!!!! Muitas fotos para coroar nossa vitória! Pode até parecer
fácil para uns, mas para fim foi um grande desafio estar ali.
Assim que
o sol foi embora, descemos rapidamente, pois veio o frio! Voltamos
para o Abrigo 4. Preparei um chocolate quente, comi alguns pães e
fui dormir. Agora era só esperar a noite passar para voltarmos para
casa...
Terceiro
dia da Travessia Petrópolis x Teresópolis
Abrigo 4
(Pedra do Sino) – Barragem (Sede Teresópolis)
Distância:
11 Km
Desnível:
-1.000 m
Tempo: 03
h 35 min
Característica:
descida longa e tranquila pelas curvas de nível; muito ponto de
captação de água; impossível se perder!
No
terceiro dia, acordei cedo e fui sozinho a Pedra da Baleia ver o sol
nascer, mas não dava para ver nada... Uma forte neblina cobria tudo.
Voltei meio desapontado e preparei o café da manhã. Um café com
leite e alguns pães deram uma aquecida. Na madrugada, choveu um
pouco e o dia amanheceu muito fechado, mas tinha a sensação de que
o tempo iria abrir. Começamos a levantar acampamento... Foi um final
de semana que ficará na lembrança... A todo momento comentávamos
como havíamos ido bem na Travessia. Tudo dentro do programado, sem
problemas. Fomos até mais rápido do que esperávamos. É claro que
o tempo ajudou! Mas estávamos lá... indo embora, deixando
saudades...
A vontade
de ficar era muita, mas começamos a descer... De vez em quando
olhava para trás e via o abrigo meio escondido pela neblina... Na
altura da Cota 2000, aproveitamos para sair da trilha e seguir até
um ponto onde dava para ver o Mirante do Inferno e a ponta da Agulha
do Diabo... Só para dar água na boca! O céu já estava aberto,
nenhuma nuvem no céu. A vista estava fantástica! Voltamos ao
caminho normal e fizemos nossa parada no mirante do antigo Abrigo 3,
onde aproveitamos para fazer um lanche. Seguimos descendo... Passamos
pela Cachoeira do Papel e fizemos nossa última parada na Cachoeira
do Véu da Noiva. Dali, seguimos descendo até a barragem. Foi um
alívio ver o carro ali parado! O Edson caprichou e deixou o carro lá
em cima! Nos cumprimentamos e batemos a tradicional foto de
chegada!!!!
Depois de
três dias, duas noites, muita caminhada e muito frio, estávamos lá.
Tínhamos completado um de nossos grandes sonhos: Travessia
Petrópolis – Teresópolis!
Brasília
(24/06/2013) – A chefia do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
elaborou o Guia de Bolso da Travessia das Sete Quedas. O folder traz
informações importantes para as pessoas que quiserem fazer a
trilha, como o roteiro, as distâncias de cada trecho, o mapa com os
pontos estratégicos e os cuidados que se deve ter para se fazer o
passeio de forma segura e sem danos ao meio ambiente. São
disponibilizadas ainda informações sobre a unidade conservação e
a fauna e flora da região.
A travessia completa, de 23
quilômetros, pode ser feita em uma dia por atletas, praticantes de
esportes de aventura na natureza ou pessoas com bom condicionamento
físico, mas a direção do parque recomenda que o roteiro seja
cumprido, de preferência, em dois dias de caminhada, com pernoite na
área de camping, conforme está no guia.
Assim, as pessoas podem curtir melhor o
passeio, desfrutar de banhos no cânion, rio Preto e na cachoeira das
Sete Quedas e contemplar as belas paisagens e a diversidade da fauna
e flora da Chapada dos Veadeiros, um lugar paradisíaco, cheio de
novidades a cada passo. Veja, a seguir, informações contidas no
guia do bolso.
ROTEIRO
1º dia de caminhada
1
- CENTRO DE VISITANTES
O Termo de Responsabilidade e
Conhecimento de Riscos deve ser entregue assinado no Centro de
Visitantes, onde a trilha se inicia. Você receberá um cartão
de identificação que deve ser colocado na caixinha de correio ao
final da trilha. Esse procedimento nos informa que você concluiu a
travessia.
SIGA AS SETAS VERMELHAS
O começo da caminhada é
pela mesma trilha que leva para os cânions, portanto, siga as setas
vermelhas até chegar ao Cânion 1. Do Centro de Visitantes até o
próximo ponto, a bifurcação para o Cânion 1, são 3 quilômetros.
2 - BIFURCAÇÃO PARA CÂNION
1
Pouco antes de chegar ao Cânion 2, existe a bifurcação para o
Cânion 1. Muita atenção neste ponto, pois a travessia segue à
direita nesta bifurcação, no sentido do Cânion 1, ainda em setas
vermelhas. Não é recomendado seguir até o Cânion 2, lembrando
que você tem uma longa caminhada pela frente. Da bifurcaçãoa
até o próximo ponto, que é Cânion 1, é um quilômetro.
3 - CÂNION 1
A visita ao Cânion 1
é recomendada para quem faz a travessia, por ser um ótimo local
para aproveitar a paisagem, se refrescar no Rio Preto e fazer uma
pausa breve para lanche.
SIGA AS SETAS LARANJAS
Para continuar
a travessia, siga a trilha à direita, pouco antes de chegar ao
Cânion 1 e passe a seguir as setas laranjas – elas vão te
acompanhar até o final da travessia! Neste
percurso, você se depara com paisagens dife rentes do cerrado:
campos rupestres e veredas, além do cerrado strictu sensu que o
acompanhava até este momento, e seguirá até a primeira passagem do
Rio Preto. Do Cânion 1 até o próximo ponto, a Travessia do Rio
Preto (Fiandeiras), são 4 quilômetros.
4 - TRAVESSIA DO RIO PRETO
(FIANDEIRAS)
Já na margem do Rio Preto, observe a placa de
advertência ali localizada, bem como o poste com a ponta laranja
instalado no outro lado do rio. Eles estão em diagonal e orientam o
local menos acidentado do rio para se fazer a passagem. Recarregue
suas garrafas de água, pois o trecho a seguir é a trilha das
fiandeiras: uma trilha histórica, da época do garimpo, e que não
conta, durante a seca, com água disponível. Ao final desta
trilha, seguindo as setas e postes laranjas em meio a campos e
bosques, está o camping das Sete Quedas, novamente às margens do
Rio Preto. Da Travessia do Rio Preto (Fiandeiras) até o próximo
ponto, que é a área de camping, são 5 quilômetros. Siga adiante,
mas lembre-se: encha a garrafinha porque este é o último ponto com
água para consumo até o camping.
5
- ÁREA DE CAMPING DAS SETE QUEDAS
Ao chegar na área de camping,
monte sua barraca somente em um dos pontos demarcados e aproveite os
poços de banho no Rio Preto e as quedas d'água que formam as Sete
Quedas. Atente para a área de banheiro rústico e leve embora
todo o lixo que você produzir. Respeite os companheiros de camping
com silêncio. Lembre-se: não são permitidas fogueiras em
hipótese alguma! O fogo se espalha facilmente pela vegetação.
Recentemente, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros sofreu com
grandes incêndios florestais. A maioria deles é provado pela ação
humana. Portanto, obedeça fielmente essa regra de não fazer
fogueiras.
2º dia de caminhada
6 - SEGUNDA PASSAGEM DO RIO PRETO
A
apenas 150 metros acima das Sete Quedas existe a sinalização do
ponto seguro de passagem do Rio Preto. Caso o nível do Rio Preto
esteja baixo, e você prefira e tenha capacidade de passar por entre
as pedras, de forma a não molhar os pés, observe o poste acima das
Sete Quedas que demarca o começo do segundo dia de caminhada. A
trilha segue por uma área de cerrado rupestre, outra fitofisionomia
do cerrado. Atenção:
este é o último ponto de recarga de água até o final da
travessia. Aproveite para abastecer suas garragas de água. Da
segunda passagem do Rio Preto até o próximo ponto, o posto da Mata
Funda, são 3 quilômetros.
7 - POSTO DA MATA FUNDA
Depois de
uma caminhada pelo cerrado rupestre se chega ao Posto da Mata Funda,
uma torre de observação de incêndios, utilizada pela Brigada de
Incêndios Florestais do ICMBio. Continue o caminho pela estrada
de terra que levará à Rodovia GO-239. Do Posto da Mata Funda até
o final da travessia são mais três quilômetros.
8 - RODOVIA GO-239 (FINAL DA
TRAVESSIA)
Parabéns, você concluiu a trilha! Por favor, deixe
seu cartão de identificação na caixinha de correio localizada
próxima à saída. A estrada segue para Alto Paraíso à esquerda
(24km) e São Jorge à direita (12 km). Agradecemos a ajuda por
retornar com seu lixo e manter limpo o Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros. Aproveite sua estadia para conhecer os demais atrativos e
trilhas do PNCV.
DICAS DE COMO FAZER A TRAVESSIA
DE FORMA SEGURA
• A Travessia das
Sete Quedas deve ser feita em dois dias. O primeiro com uma caminhada
de aproximadamente 17 km e o segundo dia com mais 6 km,
totalizando pouco mais de 23 km. Saiba, portanto, se você tem o
preparo físico adequado para esta aventura;
• Percorra a trilha com calçados fechados, reforçados e
confortáveis: chinelos, sandálias e saltos não combinam com
trilhas
• Leve sempre com você protetor
solar, chapéu, capa de chuva, água e lanche reserva;
• Beba muita água: a desidratação é uma causa comum de mal
estar nas trilhas;
• Obedeça as normas do
Parque Nacional: mantenha-se na trilha e não colete flores, animais
ou pedras;
• Traga todo seu lixo de volta,
inclusive restos de comida;
• Observe as
condições climáticas dos dias da sua visita;
• Atividades em ambientes naturais apresentam riscos inerentes,
tais como perder-se, machucar-se, afogar-se, entre outros;
• Atente-se para o risco de trombas d'água e, em caso de chuvas
fortes ou aumento do nível do rio, saia da água imediatamente e
procure se refugiar em lugar alto e seguro;
• Não
monte sua barraca próxima ao rio: existem espaços delimitados para
isso nas áreas de acampamento;
• Esteja
preparado para as adversidades em caso de acidentes ou incidentes:
leve sempre um celular em condições de funcionamento e acione o
corpo de bombeiros (193) em caso de emergência;
• O Parque não possui serviço de resgate. Não se arrisque!
• Caso você não tenha experiência, não se arrisque sozinho:
contrate um condutor de visitantes para auxiliá-lo e enriqueça sua
experiência aprendendo mais sobre a biodiversidade, geografia e
culturas regionais.
LEMBRE-SE, VOCÊ É RESPONSÁVEL PELA SUA
SEGURANÇA!
DADOS SOBRE O PARQUE, A FLORA E
A FAUNA DA REGIÃO
O
parque
O Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros é uma unidade de conservação federal de proteção
integral. Foi criado por decreto presidencial em 1961 e possui uma
área total de 64.795,37 hectares, abrigando as várias fitosionomias
do cerrado.
Seu objetivo básico é a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza
cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e
desenvolvimento de atividades de educação e
interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de ecoturismo.
A flora
Aproveite a travessia para conhecer as
diversas fisionomias do cerrado, segunda maior formação
vegetacional brasileira, menor apenas que a Floresta
Amazônica. É possível conhecer o cerrado stricto sensu,
caracterizado por uma cobertura arbórea entre 10% e 60%, com
árvores lenhosas com altura variando entre 3 e 5 metros; matas
de galeria, com árvores altas que acompanham os corpos d'água;
áreas de veredas, com palmeiras como o buriti, cercadas pelo campo
úmido; áreas de formações campestres do
cerrado e cerrado rupestre, onde a vegetação se molda com as rochas
expostas. O cerrado é um bioma moldado em condições severas,
como seca prolongada, solo com poucos nutrientes e o fogo. De
sua resistência a essas condições, impressiona a beleza
minimalista de suas flores. Fique atento aos detalhes.
A fauna
O cerrado conta com 196 espécies de
mamíferos, 837 de aves, 184 de répteis e 113 de
anfíbios, 1,2 mil de peixes e mais de 90 mil espécies de
insetos. Um terço da biodiversidade brasileira está nesse bioma.
Durante os passeios no parque, nas trilhas e nas regiões do entorno
existe a possibilidade de se observar bichos como o
lobo-guará, o veado campeiro, o tamanduá-bandeira,
emas, seriemas, araras, papagaios e periquitos, todos livres na
natureza.