Por Leandro do Carmo
Data: 16/08/2025
Local: Morro do Morcego - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ezequiel "Ziki"
Vídeo da Escalada na Moby Dick
Relato da Escalada na via Moby Dick
Eu e o Ziki já estávamos há algum tempo tentando marcar uma escalada. Havíamos tentado há alguns dias, mas choveu e não conseguimos escalar. Era uma sexta-feira quando recebi uma mensagem do Ziki, perguntando se eu poderia escalar no sábado. Topei, e marcamos de fazer a Moby Dick, pois era uma via que ele havia feito há aproximadamente 20 anos. Eu também já havia ido à Moby Dick há bastante tempo. Inclusive, cheguei à base contornando o Morro do Morcego a partir da praia de Adão, pois era dificílimo acessar pela Guarderya. Agora, como a prefeitura desapropriou a área e a transformou em uma Unidade de Conservação, não precisaríamos repetir essa epopeia! Combinamos de nos encontrar no sábado, às 7 horas, em frente à igrejinha de Jurujuba.
Cheguei cedo, e o Ziki já estava lá me esperando. Dali,
seguimos para a base da via. Lá, nos arrumamos e perguntei se ele queria guiar.
Ele disse que não, pois já fazia muito tempo que havia escalado essa via. Eu
também. Não lembrava dos detalhes da via, mas sabia a linha que ela seguia —
bem diferente de quando fui pela primeira vez. Saí para a primeira enfiada e
subi rápido. Joguei para baixo a boca de um pequeno balão que estava preso
entre uns cactos. Subi mais um pouco e montei a parada, já com quase 60 metros
de via. O Ziki subiu em seguida. Saí para a segunda enfiada, contornei um
grande platô de vegetação, pulei algumas proteções para diminuir o arrasto e
parei na próxima dupla de grampos que encontrei.
Já não tinha mais contato visual com o Ziki, mas ele
conseguia me ouvir bem. Gritei para ele subir. Novamente, ele subiu rápido.
Nesse ritmo, acabaríamos bem cedo. A terceira enfiada foi um pouco mais difícil
que as anteriores. Parei num grampo simples, e o Ziki chegou em seguida. Dali,
optei por seguir direto até o cume.
Saí para a nossa quarta enfiada. Subi um pouco, passei por
uma dupla e segui em diagonal para a esquerda, até a base da sequência do crux.
Lembro que não havia guiado esse trecho antes, e agora estaria comigo. Já saí
protegido e subi um pouco, costurando o próximo grampo. Fiz mais um lance,
ganhando altura, e optei por não ir ao grampo que estava à esquerda, pois ele
havia ficado um pouco baixo e fora da linha que eu estava seguindo. Achei que
daria mais trabalho ir até lá do que seguir direto para o próximo. Então,
continuei subindo, mesmo deixando o lance mais exposto. Subi, costurei o
próximo grampo e montei a parada na última proteção da via.
O Ziki subiu em seguida, fez o crux e chegou até mim. Avisei
que já estávamos próximos do fim e que faltava apenas um trechinho acima.
Então, ele resolveu seguir direto. Subiu, fez o último lance e montou a
segurança numa pequena árvore. Subi em seguida e, dali, fui direto ao cume. Lá,
fizemos algumas fotos, assinamos o livro de cume e pegamos o caminho de volta
pela trilha do Morro do Morcego. Fizemos a via em um bom tempo.
Aproveitei para conhecer a área de reflorestamento e manejo
do capim colonião, que está sendo executada pelo voluntariado. Um excelente e
duro trabalho. Dessa vez, não foi uma escalada no estilo aventura, como da
última vez, mas valeu demais a volta ao Morro do Morcego!
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