Cheguei por volta das 08:30 da manhã e a maioria já estava
lá. Abrimos duas frentes de trabalho, um foi para a trilha de acesso a Falésia
do Peixoto e a outra ficou na trilha do Córrego dos Colibris. Seguimos até o
começo da trilha e logo vimos muito lixo, provavelmente jogado por quem faz
limpeza das casas. Além, também, de muita oferenda.
Após esse começo de trilha bastante sujo, a trilha foi
ficando bem limpa, talvez pela pouca frequência, devido a utilização,
basicamente, pelo pessoal da escalada esportiva. Aproveitei para conhecer a
recém conquistada Falésia do Mau Caminho, onde pretendo visitar em breve, mas
dessa vez para escalar! Seguimos subindo e pela alegria de todos, sem encontrar
nenhum tipo de lixo, com exceção de uma garrafa, que pelo local onde estava,
deveria ter caído de alguma mochila.
Chegamos na Falésia do Peixoto e retiramos algumas espécies
exóticas que se instalavam no loca. Enchemos uns 6 sacos médios e retornamos
para o nosso ponto de encontro. Uma pausa para a foto da missão cumprida!!!!
Quando chegamos na trilha do Córrego dos Colibris, tinha
mais gente do que quando eu saído. O pessoal já tinha isolado uma área, onde
retiraram grande quantidade de zebrina, uma espécie de planta rasteira, exótica
e invasora, fazendo no local o plantio de mudas e iniciando um estudo para
tentar inibir o crescimento dessa espécie.
Aproveitei para conhecer essa trilha também. Dei uma volta
pelo local e fui até a algumas bases de vias que tem por ali. O local é bem
agradável com vários pontos de captação de água, porém nem sinal dela! Ali com
água deveria ser um espetáculo!!!!!!!
O pessoal está de parabéns!!!! São iniciativas como essa que
fazem a diferença! Não adianta falar, brigar, reclamar... Tem que por a mão na
massa!!!
Talvez, consigamos educar e conscientizar as pessoas de que
é preciso preservar!!!
Valeu pessoal, até a próxima.
Seguem algumas fotos do mutirão (Clique nas fotos para ampliá-las)
Essa postagem é para divulgar o filme" O Paraíso é Logo Ali... Travessia Abraão X Parnaioca. Foi uma caminhada que fizemos na Ilha Grande, saindo de Abraão com destino a maravilhosa praia de Parnaioca. Além de mim, estiveram presentes meu irmão, Leonardo Carmo, Marcelo Sá, Patrícia Lima, Valdecir Araújo e Ariel. Foram três dias de muita aventura!!!! Para acesar o relato, clique aqui.
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Marcelo Sá, Patrícia, Ariel e Valdecir
Vídeo em HD
Dicas para a Travessia Abraão x Parnaioca: para ir à Ilha Grande, aconselho ir via Conceição de
Jacareí, o tempo de travessia é menor, cerca de 50 min e o primeiro barco sai
as 07:30 h; para chegar a Parnaioca pegar a estrada que leva à Dois Rios e em
seguida pegar a trilha que começa do lado direito do presídio; na estrada,
existe um atalho a direita, logo que começa a descida em direção à Dois Rios,
cortando um bom caminho; a trilha de Parnaioca é bem definida e não há
bifurcações, o que a torna fácil; tomar cuidado com alguns buracos que existem
em algumas passagens estreitas; o que dificulta, é a distância, pois se for
fazer a trilha com mochila cargueira terá que estar preparado; existe água
durante toda a trilha (não esqueça de levar clorin para potabilizar a água); em
Parnaioca existe uma estrutura mínima, tem refeição, mas deve ser avisado com
antecedência; não contar com o transporte de barco, pois o mar pode virar,
ficando complicado o retorno; o sinal de celular é raro e quando tem, é muito
fraco; não pense em atravessar para Aventureiro, as praias do Sul e Leste, são
reservas biológicas, respeite; existe número máximos de pessoas que podem estar
em Parnaioca, no período do carnaval e reveillon, agendar com antecedência; não
deixe de parar para conhecer a praia de Dois Rios e o antigo presídio, hoje
Museu do Cárcere.
Alimentação: Comida liofilizada (arroz, feijão, frango
desfiado e strogonoff de frango); leite em pó, café solúvel, achocolato em pó,
bisnaguinha, polenguinho, suco em pó, açúcar, barras de cereal e isotônico em
pó (sportdrink);
Distância percorrida: Aproximadamente 16 km (ida)
Caminho percorrido (em amarelo):
Relato - Travessia Abraão x Parnaioca
Mantendo a minha meta de visitar a Ilha Grande uma vez por
ano, estava devendo a minha ida lá em 2013. No ano passado, tive no Pico do
Papagaio, escalando a via Aresta do Xilindró, mas dessa vez nosso destino seria
outro. Minha intenção era acampar na praia de Parnaioca. Depois de alguns
contatos e desistências consegui fechar um grupo. Apesar de não conhecer todo
mundo que iria, sabia que poderia confiar nas que estavam indo. Resolvido a
questão da logística, comecei a preparar a mochila.
Tomei cuidado para não levar muito peso, afinal de contas,
nossa caminhada seria longa. Como era num final de semana prolongado, ficamos
com medo de pegar trânsito, com isso, marcamos para sair às 4:30 da manhã do
dia 15, uma sexta-feira. Nossa idéia era chegar o mais cedo possível na Vila de
Abraão para iniciarmos nossa caminhada.
A viagem foi bem tranqüila, não pegamos trânsito nenhum e
chegamos bem antes das 7:00h em Conceição de Jacareí. Atualmente, o melhor
lugar para ir até a Ilha: menor tempo de navegação, cerca de 50 minutos; barco
toda hora; e estacionamento em frente ao cais.
Como chegamos bem cedo no cais, tratamos logo de garantir
nossa passagem. Com o passar do tempo o cais foi enchendo e se não tivéssemos
comprado os bilhetes antes, seria um problema. O barco saiu por volta de 7:40.
Fizemos uma travessia bem tranqüila e aprazível. O dia estava firme e logo o
sol surgiu, garantido uma boa viagem! Chegamos à Abraão e logo procuramos uma
padaria para tomar um café da manhã reforçado. Procurei a padaria onde
costumava tomar meu café e não encontrei, estava em obra. Aos poucos todos os
estabelecimentos vão sendo reformados, acabando com aquele clima de vila de
pescador, o que não existe há muito tempo. Uma café da manhã simples que
custava R$ 4,00, não custa menos de R$12,00 agora. . . É o preço que pagamos!!!
Depois do café, começamos a caminhar!
Primeiro dia: Abraão X Parnaioca – 15 km
Tempo total: 6h 40 min
Abraão X Dois Rios – 2h 20min (Contando a parada na Piscina dos
Soldados)
Dois Rios X Parnaioca – 2 h 30min
O começo da caminhada é feito pela estrada que liga Abraão
até Dois Rios, após o campo de futebol. No começo há uma placa com as
informações. Seguimos caminho num ritmo bem forte. Afinal de contas tínhamos
acabado de tomar um bom café da manhã e todo mundo ainda estava descansado. Fui
tão concentrado nesse começo que nem percebi o início da trilha para o Pico do
Papagaio. Em alguns pontos da estrada, dava para ver como a enseada de Abraão é
bonita. Depois de algum tempo de subida, começamos a descer. Avisei ao meu
irmão para prestar atenção, pois há uma trilha à direita que corta caminho,
saindo bem Piscina dos Soldados. A placa de início da trilha já não existe
mais, quem não conhece, não percebe o seu começo. Com atenção fui olhando e
logo avistei a saída.
Começamos a descer e com mochila cargueira, tivemos que
muitas vezes nos abaixar para não ficar agarrado nos galhos e bambus que
estavam caídos sobre a trilha. A trilha é bem fácil e definida, não tem
bifurcação, sendo o melhor caminho a seguir. Fomos caminhando e em pouco tempo
chegamos na Piscina dos Soldados, local onde, antigamente, os soldados e
guardas que faziam essa caminhada, paravam para se refrescarem. E com a gente
não seria diferente: paramos para nos refrescar! Pausa para um banho. A água
estava muito gelada, mas depois de uma caminhada forte, foi um alívio para os
pés e pernas. Depois de alguns minutos de descanso, voltamos a andar, agora
faltava pouco.
Mais alguns minutos andando e chegamos à Dois Rios. Na
chegada, fomos abordados pelos guardas que fazem o controle de acesso.
Assinamos nossos nomes e destino e fomos até a praia de Dois Rios, que tem esse
nome devido ao dois rios que deságuam em suas duas extremidades.. Ficamos no
canto esquerdo. Aproveitamos a sombra da grande amendoeira para tirar as
mochilas, fazer um lanche e dar uma volta pelo local. Do grupo eu era o único
que já havia parado ali. Mas mesmo não sendo minha primeira vez, o local é tão
bonito que é impossível não se surpreender! O encontro da do rio com o mar é
algo fantástico. A cor da água também. Acho que tudo ali se torna fantástico, é
algo único. Uma atmosfera que
contagia e causa um bem estar que fica difícil querer ir embora. Mas não
podíamos ficar ali o resto do dia, tínhamos, ainda, uma longa caminhada pela
frente.
Nos arrumamos e nos dirigimos para o começo da trilha,
atravessando todo caminho da praça central e aproveitamos para visitar as
ruínas do antigo presídio, hoje transformado em museu, chamado de Museu do Cárcere.
Além das fotos e textos que o museu expõe, ouvir as histórias dos antigos
moradores falando sobre a época em que o presídio funcionava é uma ótima
pedida.
Já estava dando a hora de iniciarmos realmente a trilha do
dia! Seguimos para o começo dela, que fica ao direito do presídio. Fomos
andando e o grito dos bugios sempre ao fundo, só que agora um pouco mais perto.
Deu para perceber que a trilha que liga Dois Rios à Parnaioca já foi bem mais
larga do que é hoje, talvez uma pequena estrada. No tempo em que Parnaioca era uma das vilas
mais povoadas da Ilha, esse deveria ser um caminho bem importante. Em pouco
tempo chegamos à Toca das Cinzas, local onde os escravos trazidos
clandestinamente, eram confinados, aguardando o seu destino.
A trilha a partir daí vai ficando mais bonita. Sempre com o
mar à esquerda, ora mais perto, ora mais longe, porém raras as vezes
conseguimos vê-lo. Cortamos alguns rios, e passamos por vários buracos, que se
fizéssemos essa trilha a noite, deveríamos ter atenção redobrada. Estávamos num
ritmo forte. Paramos em alguns pontos para recuperar as energias e encher as
garrafas com água fresca.
A trilha é bem tranquila quando se fala em orientação. Não
existe bifurcação ou atalho. O grande problema dela é a distância. São
aproximadamente 7,5 km, depois de já termos feito uns 7 km de Abraão até Dois
Rios. E isso tudo com a cargueira nas costas, que dependendo dos dias que você
vai ficar em Parnaioca, pode maltratar!!!! Quem faz o bate volta, nem sente
tanto, pois a trilha tem um desnível bem suave.Como estávamos em um grupo de 6, sempre me preocupava com
que todos estivessem mais ou menos próximos, não necessariamente um atrás do
outro, mas pelo menos ouvindo o barulho. Numa parte da trilha, atravessou um
cobra cipó, meu irmão tentou fotografar, mas ela já tinha ido embora. Além dos
rios que cruzam a trilha, uma árvore gigantesca chama a atenção. Não tem como
passar e não parar para tirar uma foto.
Continuamos a trilha de depois de uma forte descida e 2h 40
min de caminhada, desde Dois Rios, chegamos ao nosso destino. Foi um alívio ver
a placa informando onde estávamos! Ainda não sabíamos em qual camping iríamos
ficar. Tínhamos algumas indicações, mas decidimos ficar no camping do Silvio.
Decisão acertada. Fomos super bem recebidos. Armamos nossas barracas e cada um
foi se ajeitando à sua maneira: uns foram dormir, outros almoçar e outros não
fizeram nada. . . Eu resolvi almoçar logo, pois a fome também estava forte.
Depois de um bom almoço, fui dar um passeio na praia para
conhecer esse verdadeiro paraíso. Realmente uma das mais belas praias da Ilha.
Ainda descansei numa rede, em frente a praia, onde pudemos apreciar um
fantástico pôr-do-sol. Poucos tem o privilégio de estar onde estou... O
silêncio e a calma do lugar contagiam qualquer um!
Já era noite quando voltei para o camping para tomar um
banho e jantar. Após o jantar, fomos para a praia. A noite estava linda. A lua
nova estava tão clara que nem precisávamos de lanterna. Iluminava tanto que
pensei que fosse ver milhares de estrelas... Depois de apreciar a noite
voltamos para o camping para descansar. Afinal de contas, o dia foi duro!!!!
Esperamos que o gerador fosse desligado e fomos dormir.
Segundo dia: Mirante do João e Cachoeira da Parnaioca
No nosso segundo dia em Parnaioca, acordamos cedo para
podermos aproveitar bem. Acordei bem tranquilo, pensei que fosse acordar
dolorido, mas corpo aguentou bem! Preparei o café da manhã e ficamos
conversando até que todos despertassem... Resolvemos visitar o Mirante do João,
uma pedra que fica numa trilha, na parte esquerda da praia, que começa num
bambuzal. Não tínhamos muita idéia de onde era, como era, etc., só sabíamos que
dava para ver a praia do Sul, Leste e Aventureiro.
Começamos a caminhar e chegamos numa bifurcação. Descendo
chegaríamos num costão e reto, provavelmente chegaríamos a este mirante.
Resolvemos descer para dar uma conferida. Dali dava para ver toda a praia de
Parnaioca, uma bela vista e excelente ponto para pesca. Tinha um grupo que a
todo momento levantava um peixe da água. Ficamos por ali alguns minutos e
resolvemos conferir o resto da trilha. Começamos a andar e a trilha foi ficando
um pouco mais fechada, mas nada que assustasse. O Valdecy e o Ariel, desistiram
de continuar e voltaram.
Chegamos a uma grande pedra e pensei que provavelmente seria
ali, mas a trilha continuava e a curiosidade de saber onde ela chegaria foi
maior. Deixamos para conhecer o mirante na volta. Andamos por mais alguns
minutos e logo chegamos no final. Demos de cara com um mar, num costão maravilhoso.
Nem sinal de nada, só o canto dos pássaros e o barulho das ondas... Foi difícil
ir embora... Bom, não dava para passar o dia todo ali, tínhamos muita coisa
ainda para ver! Voltamos até a pedra que achávamos que era o mirante e com a
ajuda de uns galhos, subimos nela. Não tínhamos dúvida de onde estávamos! Pela
descrição da vista era ali! Víamos a praia do Sul, Leste, Demo, Aventureiro...
Um vista diferente! Batemos fotos e voltamos para a trilha.
Já de volta a praia, aproveitei para conhecer o outro lado,
onde deságua o rio Parnaioca. Uma surpresa
atrás da outra. Difícil de dizer
qual o local mais bonito... Difícil mesmo era querer ir embora! A água
cristalina era um convite para um banho. Nem pensei duas vezes, dei um
mergulho. Atravessando o rio, perto do mar, tem uma pedra com uma curiosidade.
Um filete de água entra por um lado e vai sair alguns metros depois,
percorrendo uma laje de pedra, por cima de outra, bem interessante. Aproveitei
para pegar uma trilha que segue o rio e fazer algumas fotos. Fui até o ponto em
que o rio se divide. Voltei e aproveitei para conhecer a igreja do Sagrado
Coração de Jesus.
Voltei para o camping para preparar o almoço e organizar o
que faríamos na parte da tarde. Resolvemos que iríamos conhecer cachoeira.
Depois do almoço, descansamos um pouco e partimos em direção ao rio. No
caminho, finalmente conseguimos avistar os bugios. Eram três, que ao perceberem
a nossa chegado, sumiram por entre as árvores. Caminhamos mais um pouco e
segundo informações, na bifurcação, pegamos o rio da direita. Saímos da trilha
e tivemos que caminha pelo próprio rio, que não tem muito volume. Alguns
totens, marcavam o caminho. Mais acima vimos uma pequena queda d’água e um poço
onde dava para tomar um banho. Não hesitei e dei aquele mergulho. Todo mundo me
acompanhou até embaixo da queda d’água. Dava para simplesmente nos esconder por
trás dela!
Resolvemos seguir rio acima para ver se encontraríamos algo
mais. Subimos e subimos e nada. Como a hora estava avançando e ameaçava chover,
resolvemos voltar logo, antes que fossemos pego de surpresa. O dia estava
acabando e já estava batendo uma saudade... De volta ao camping, paramos para
um longa conversa com umas das grandes pessoas da Ilha, o Silvio. Morador
daquele paraíso, filho e neto de nativos da Parnaioca, contou um pouco sobre a
história do local, dos problemas que tem com o INEA, rimos, enfim, passamos um
final de tarde super agradável.
Jantamos e fomos à praia. A noite não estava como a do dia
anterior, mas ainda sim estava claro. Aproveitamos para conversar um pouco e
aos poucos todos foram se recolhendo. Acho que já estávamos prevendo o fim da
viagem... No dia seguinte tínhamos que acordar cedo para voltar até Abraão. Mas
aproveitamos bem! Não tínhamos do que reclamar.
Terceiro dia: Parnaioca X Abraão
Tempo total: 5h 25 min
Parnaioca X Dois Rios – 2h 28min
Dois Rios X Abraão – 1h 20min
Durante a noite já ouvia o barulho da chuva. Pensei:
“caminhar nessa chuva....” Mas não tinha jeito. Era descansar e esperar o dia
seguinte. Ás 6 da manhã, estávamos de pé. Chovia e desmontamos o acampamento.
Tomamos o último café da manhã naquele paraíso, nos despedimos daqueles que
ficaram e, debaixo de uma chuva fraca, mas constante, seguimos nosso longo
caminho de volta.
Passando pelo camping da Janete, dei aquela última olhada
para a praia, me despedi e tive a certeza de que um dia estaria de volta. Com a
trilha bem molhada, todo cuidado era pouco. Como chovia, não havia muito motivo
para parar. Queríamos logo era chegar no nosso destino. Andamos num ritmo
forte. Apesar de todo o cuidado e mesmo ouvindo a frase: “- Cuidado que a pedra
está escorregando!”. Não deu outra: chão!!!!!! Caí, mas logo me levantei!!! rs
Depois de 2h 30min caminhando, estávamos de volta à Dois
Rios. Fomos direto para a cantina que tem no meio da praça, em frente ao antigo
presídio. Minha intenção era tomar um café da manhã. Quando chegamos lá, estava
fechada. Colocamos as mochilas no chão e debaixo da cobertura da cantina, demos
uma descansada, aproveitando para dar uma alongada, na esperança de que abrisse
e eu pudesse tomar um café quente.
Depois de alguns minutos, ouvi um barulho e veio um senhor
abrindo as portas, para minha alegria. Perguntei se ele serviria café e ele
falou que faria. Aproveitei e pedi para fazer um misto quente. Com o café da
manhã tomado, o ânimo foi outro. Fomos embora e na altura da Piscina dos
Soldados, devido à trilha muito molhada e o excesso de galhos e bambus caídos
nela, resolvemos seguir pela estrada, um caminho bem mais longo. Só refazendo o
caminho pela estrada é que tive a certeza de que era muito mais longe e que a
trilha “corta” mesmo caminho!
Já na estrada, como não tinha mais dificuldade, o grupo foi
se dividindo. E por muito tempo caminhei sozinho. Quando acabou a subida,
coloquei o chinelo e terminei a descida, dando um alívio para os pés. Fomos bem
mais rápido que ida. Também, não fizemos nenhuma parada. Chovendo, não tinha
muita graça...
Terminei a caminhada com 1h e 30 min, 10 minutos a mais que o
Leonardo e a Patrícia. Depois de mim, 10 minutos depois, veio o Ariel e por
último, com o joelho ferrado, que precisou ser imobilizado, o Valdecir e o
Marcelo Sá que o estava acompanhando.
Mas a aventura ainda não tinha acabado... Nesse momento
voltou a chover forte. Já estávamos bem molhados e não tínhamos onde ficar.
Resolvemos ir direto ao cais e ver que hora sairia o próximo barco. Com a
chuva, o cais que é pequeno, estava intransitável. Uma confusão, ninguém se entendia. Achei um
espaço e perguntei qual o próximo barco para Conceição de Jacareí e caro me falou:
“ – É aquele ali que já está de saída.” Não pensei duas vezes, chamei a galera
e fui para fila. Uma confusão, a chuva apertou e assim que iríamos embarcar, a
moça nos barrou e falou que já estava lotada. Pensei: “Não acredito!” Falei com
ela se cabiam mais 6 e ela falou com um cara que estava bem longe, que não
entendeu nada devido ao barulho dos barcos, a confusão de pessoas e a forte
chuva... Na indecisão deles, ignorei a lotação do barco e fui entrando,
colocando o pessoal para dentro.
Nem acreditava que estava embarcado. Ainda bem que
conseguimos pegar esse barco! Ficar lá esperando mais uma hora, naquela chuva e
ainda por cima molhados, não seria nada agradável. Do jeito que eu cheguei eu
fiquei, nem tirei o poncho. Naquela altura, ele me protegia da chuva e do
vento, mantendo uma temperatura agradável. E assim fomos embora, debaixo de uma
forte chuva, mas com a sensação de dever cumprido. Muita gente passando mal com
o balanço do barco, devido ao mau tempo, mas chegamos! No estacionamento, já em
Conceição de Jacareí, colocamos roupa seca e seguimos viagem...
Esse é o vídeo da conquista da Via Bruno Silva, terminada recentemente dentro dentro do Parque Estadual da Serra da Tiririca, no setor do Mirante do Carmo, na subida da serrinha de Itaipuaçú. A trilha até a base da parede começa perto da entrada para trilha do Alto Mourão (Pedra do Elefante).
Terminamos a conquista em dois dias. Pegamos um dia de tempo aberto e muito calor. Estamos prontos para próxima!!!!
Acabei de postar o vídeo com as imagens da Segunda Invasão ao Costão de Itacoatiara (Morro do Tucum) realizada no dia 20 de outubro de 2013. Assim como na edição de 2012, foram quase 40 pessoas entre escaladores e os que fizeram a trilha do Costão. A vista da praia deve ter ficado show!!! Já deu vontade de ir no próximo!
Serra da Bolívia, localizada na cidade de Aperibé, mas é
cartão postal de Itaocara (rsrsrs).
Data: 22/11/2013
Participantes: Leonardo Carmo, Kaique Amaral e Lucas
Rodrigues.
Altitude + ou - 450 m
Tempo de subida: 1:40
Tempo de descida: 45 min (se for no estilo cabrito)
Maior parte da subida em terreno bem íngreme com alguns
lances de trepa pedra.
Alguns animais vistos: Teiú e tatu.
Obs.: existem 3 acessos que levam à trilha. Se for partir de
Itaocara, cruzar a ponte que faz a divisa com Aperibé e entrar na primeira à
direita. Seguir a estradinha de terra e entrar na primeira rua à direita
(primeira e se eu não me engano a única com asfalto). Depois que passar por um
colégio, o asfalto vai acabar. Seguir em frente. Mas adiante tem uma
porteira e um bambuzal. A partir daí é propriedade particular. Se der sorte, o
proprietário pode deixar entrar, caso contrário tem que ir contornando a cerca
(cuidado que é elétrica) para chegar na trilha. O início é meio confuso mas
depois vai tranquilo.