quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Artifical da Caixa de Fósforo - Parque Estadual dos Três Picos

Por Leandro do Carmo

Artifical da Caixa de Fósforo - Parque Estadual dos Três Picos



19 e 20 de Julho de 2014
  
Era uma atividade que já estava agendada há mais de 6 meses pelo Alex, presidente do Clube Niteroiense de Montanhismo. A expectativa era grande, afinal de contas, tínhamos programado para ser a formatura das turmas do CBE 2014 do CNM. Entre convidados, amigos, sócios e parentes, éramos mais de 20. Ficaríamos hospedados no Refúgio das Águas, do Sérgio Tartari. De lá, sairíamos para a Caixa de Fósforo e a Cabeça do Dragão. Alguns foram na sexta-feira, dia 18, outros só no sábado, mas o que mais importava era que estávamos todos reunidos, nesse que é um dos mais belos parques do Brasil, ainda sem muita estrutura, mas vida que segue...

Um pouco sobre o Parque

O Parque Estadual dos Três Picos (PETP) localiza-se na região central do Estado do Rio de Janeiro. Criado em 5 de junho de 2002 e ampliado em 2009, soma hoje 58.790 ha. É a maior unidade de conservação de proteção integral administrada pelo Estado. Cerca de dois terços de sua área encontram-se no município de Cachoeiras de Macacu e o restante divide-se entre os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Silva Jardim e Guapimirim. O seu nome evoca o imponente conjunto de montanhas graníticas denominado de Três Picos (Pico Menor, Médio e Maior). Este afloramento rochoso, de aproximadamente 2.316 m de altitude, localizado entre os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, é o ponto culminante de toda a Serra do Mar. Na sua base está o Vale dos Deuses, ponto de partida para as diversas trilhas existentes no parque.

Dentro de seus limites encontra-se o mais elevado índice de biodiversidade de todo o Estado do Rio de Janeiro, o que em parte se explica pela variação de altitudes: de 100 até os 2.316 m do Pico Maior. É considerada pelos especialistas uma região prioritária em termos de conservação. Além da preservada cobertura vegetal e riqueza animal, na área do parque existem diversas nascentes que formam bacias hidrográficas de influência regional. Nesse sentido, sua criação foi fundamental para assegurar maior proteção dos mananciais e, portanto, melhor qualidade de vida para a população do entorno.

Administrador: Inea – Instituto Estadual do Ambiente / Dibap – Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas / Gepro – Gerência de Unidades de Conservação
de Proteção Integral.
Decreto de criação: 31.343/2002
Ampliação: 40.602/2007
Ecossistema: Observam-se formações tão diversas como a floresta ombrófila densa baixo montana, as matas de neblina e os campos de altitude.
Área: 58.790 hectares
Localização: Cerca de dois terços de sua área encontram-se no município de Cachoeiras de Macacu, e o restante, divide-se entre os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Silva Jardim e Guapimirim.
Visitação: Terça a domingo, das 9h às 16:30h
Endereço: Estrada do Jequitibá, 145 – Bairro Boca do Mato,Cachoeiras de Macacu Tel (21) 2649-6847
Núcleo Jacarandá: Estrada do Jacarandá s/n, Bairro Meudon, Teresópolis, RJ
Núcleo Vale da Revolta: Estrada BR 116, Km 85,5, Teresópolis, RJ.
Acessos: O Parque Estadual dos Três Picos é contornado parcialmente pela rodovia federal BR-116 e pelas rodovias estaduais RJ-116, RJ-122 e RJ-130. Estes trajetos são complementados por estradas municipais que dão acesso a áreas mais próximas ao parque.

Relato

Tínhamos que sair bem cedo, pois programamos as atividades para o próprio sábado. Ficaria difícil conseguirmos fazer alguma coisa no domingo, depois da pizza e cerveja de sábado a noite... Saímos de casa por volta das 05:15 h da manhã e marcamos de nos encontrar em Cachoeiras de Macacu. Até que fomos rápidos e não houve desencontros. O Alex resolveu seguir na frente, chegando por último!!!! Enquanto a Eny e a Patrícia ficaram a minha espera. Eu havia programado de levar o meu filho, o João e ficaria por lá, fazendo algo bem leve durante o dia. Porém, meu pai resolveu ir para ficar com ele, assim fiquei liberado!!! Nem queria...

Chegar ao Refúgio das Águas, do Tartari, para quem nunca foi, não é uma das coisa mais simples, mas depois que criaram o Google, tudo ficou mais fácil! Seguimos pela estrada e depois de algumas horas chegamos. Era cedo e estava nublado. Pensei que fosse estar mais frio. Na chegada, fomos nos organizando e separando os quartos. Alguns foram armando suas barracas. Preferi deixar para armar a minha na volta. Alguns foram saindo na frente, ninguém queria chegar tarde para trilha. Fomos dividindo os grupos, vendo quem queria subir a Caixa de Fósforo e quem iria para a Cabeça do Dragão. A Eny e o Carlos Penedo seguiram na frente e no final das contas só eu e o Vinícius Araújo faríamos a Caixa de Fósforo, além da Eny e Penedo que já tinham ido.

Seguimos de carro até uma parte da estrada e a partir dali fomos a pé. Mas quem disse que estávamos nos importando com isso? Afinal de contas era o que mais queríamos!!! Seguimos a estrada e passamos por algumas porteiras, onde a cada metro percorrido, a vista ia ficando mais impressionante. As nuvens começaram a se dissipar e a vista do Capacete e do Pico Maior roubaram as atenções. Seguimos conversando, passamos pela República Três Picos, do Mascarim e seguimos em direção ao Vale dos Deuses. Paramos para descansar aos pés de uma enorme Araucária, de onde se tem uma vista impressionante do Pico Maior e o Capacete.

Mais um pouco caminhando e passamos por uma construção do Parque, o núcleo de Montanhismo. Mais a frente, numa saída à direita, chegamos ao acampamento do Vale dos Deuses. Esse acampamento tem esse nome por estar dentro de uma fazenda homônima, desapropriada, tempos atrás. Esse é o local! Simplesmente, fantástico! Eu o Vinícius, como seguiríamos para a Caixa de Fósforo, fomos na frente e ficamos esperando alguém chegar. Na verdade, cometemos um erro grave: nem eu, nem ele, sabíamos o caminho, mas até aí sem problemas... O maior erro foi que nem sequer tivemos o cuidado de pegar informações sobre a trilha. Tínhamos algumas informações bem básicas, coisas do tipo: “segue para a Cabeça do Dragão e numa parte da trilha, você pega para a esquerda”. E assim fizemos...

Seguimos para a Cabeça do Dragão e começamos a subir. Depois de uns trinta minutos subindo, nada de aparecer essa saída à esquerda... Quando estávamos chegando na parte do costão da subida da Cabeça do Dragão, o tempo abriu e pudemos ver a Caixa de Fósforo lá em baixo, num lugar totalmente oposto ao que nós estávamos, foi quando nos demos conta de que estávamos no caminho errado!!! “Não acredito nisso”, pensei na hora. Dava para ver o caminho que deveríamos ter percorrido lá em baixo, mas muito lá em baixo mesmo. Por muito custo, resolvemos descer e pegar o caminho correto. Esse nosso atraso, deveria custar algo em torno de 1 hora a mais no total. Encontramos o resto do grupo e avisamos que voltaríamos para o caminho correto. Eles seguiram acima.

Descemos bem rápido e levamos uns 20 minutos até chegar ao local do acampamento. Pegamos a trilha principal, andando sempre com o Capacete a nossa esquerda. Ele estava um pouco encoberto pelas nuvens. Passamos por dois pequenos córregos e começamos a caminhar numa vegetação mais densa. Pelo que tinha visto lá de cima, era o sinal de que já estaríamos próximo da subida. Depois de mais alguns minutos, chegamos à tão esperada saída à esquerda!!!!! Uma plaquinha onde se lia “Caixa de Fósforo” não deixava erro! Dobramos à esquerda e caminhamos ainda alguns metros antes de começarmos a subir.

A subida vai um pouco forte, mas com o corpo aquecido nem me preocupei e segui no rítimo que estava.  Mais a frente subimos uma parte bem íngreme com o auxílio de uma corrente. Nesse ponto encontramos o Leonardo, a Mariana e a Stephanie, já descendo. Um cachorro que os acompanhou durante a trilha fez a festa ao me ver, parecia que já me conhecia. Ele os esperou descer e foi atrás.

Fui me aproximando e já dava para ver o Carlos Penedo no meio do artificial. Aproveitei para fazer alguns vídeos de longe, antes de encontrá-los. Cheguei na base, após usar uma corda fixa mais prá lá do que prá cá” para subir o último lance. A Eny já dava segurança para o Carlos que subia grampo a grampo. Tinha lido alguns relatos sobre como a pedra está apoiada e coisas parecidas, mas aquilo ali é impressionante. Parece que foi colocada ali com uma precisão cirúrgica. Nem mais para um lado nem mais para o outro, o suficiente para ficar equilibrada, mais um grande espetáculo da natureza.

Estava frio e foi só parar de caminhar, para que começasse a sentir os seus efeitos. O forte vento potencializava a sensação de frio. O Carlos Penedo foi subindo e ainda conversamos um pouco antes dele concluir o artificial. Dei uma boa descansada, pois no rítimo que viemos, não daria para emendar a subida. Enquanto o Carlos subia, fui pesando na melhor maneira para eu subir. Queria ser rápido e aproveitar para descermos juntos.

O Carlos concluiu a subida e resolvi subir utilizando prussiks na corda já fixada. Ainda fiquei com tarefa de recolher as costuras que ficaram. Depois de fixadas as cordas, comecei a subir enquanto ele fazia o rapel. Por sorte, o vento parou, o que diminuiu a sensação de frio. As mãos doíam um pouco, principalmente os dedos. Mas a medida que manuseava os nós, a circulação foi aumentando, diminuindo assim as dores. Depois de mais alguns minutos não sentia mais nada. Foi um alívio. Como a natureza estava me ajudando, aproveitei para aumentar o ritmo e tentar concluir a subida sem o vento. Como subi pela mesma corda na qual estavam as costuras, não foi tão fácil retirá-las, algumas ficavam bem esticadas, me obrigando a colocar sempre uma costura mais acima para conseguir tirar a de baixo.

Devagar fui subindo. A Caixa de Fósforo tem aproximadamente 20 metros, mas o detalhe é que ela está apoiada em um precipício. Olhar para baixo é uma tarefa para testar o psicológico. Mais que isso. Como diz Galvão Bueno: “É teste pra cardíaco!”.  Subi e nos lances finais foi ficando mais fácil, pois já tinha um contato maior com a parede. Mais alguns passos e estava no cume. Um 360º fantástico!!!! O sol aquecia. O céu abriu naquele momento. Até o vento tinha ido embora. O momento perfeito!!! Sentei um pouco para contemplar a paisagem antes de arrumar o equipamento. A caixa onde deveria estar o livro de cume estava sem tampa e nem sinal dele. Adoro ler o que as pessoas escrevem ao passarem pelas mesmas situações que eu. Uns, somente assinam o nome, outros, tentam explicar os vários sentimentos que os envolvem nesses lugares mágicos. Mas não será dessa vez.

Aproveitei para fazer alguns vídeos e depois de algum tempo sozinho, já era hora de descer. Arrumei todo o equipamento e comecei o rapel. A saída é bem chata, os grampos ficam um pouco abaixo. Dei uma travada na corda  e desci com cuidado. Lentamente vou me aproximando da base. Cheguei na base e parabenizei o Carlos por ter feito toda a subida utilizando os grampos e estribos, o clássico artificial fixo. Bem mais difícil do que a minha subida pela corda, utilizando os prussiks. Aproveitamos para conversar um pouco e bater algumas fotos. A missão estava cumprida, ou pelo menos a parte mais importante. Faltava a caminhada de volta.

Iniciamos a descida. Fomos conversando e nem sentimos o tempo passar. O céu abriu forte em cima do Capacete, a vista era fantástica. Mas quando peguei a máquina para bater algumas fotos e registrar esse momento, vi que o cartão de memória estava cheio... Paciência, vai ter que ficar para a próxima. Seguimos andando e quando passamos pelo Acampamento do Vale dos Deuses, conversei com algumas pessoas que estavam lá e me disseram que o resto do pessoal já haviam passado cerca de 1 hora antes. Seguimos até o carro de onde voltamos até o Refúgio.

Todos já estavam no Tartari. Aproveitei para armar minha barraca. Quase não achei um bom lugar. A minha sorte foi que meu irmão iria embora a noite e montei no lugar onde estava a barraca dele. Depois de tudo arrumado, fui tomar um bom banho para relaxar e aguardar a tão esperada pizza. Encontramos vários amigos que estavam na região e foram lá só para a pizza. Ficamos ainda batendo um bom papo até sair o primeiro tabuleiro. Por educação, deixei o primeiro passar, mas no segundo, já fui logo garantir minha fatia e ai de quem tentasse me passar a frente!

A noite foi chegando. Depois de algumas cervejas artesanais, alguns não resistiram e foram dormir. Pensei que fosse estar mais frio. Ele veio, mas não tão forte. Continuamos um bate papo muito descontraído até que o cansaço nos venceu. Aí foi só dormir, tranquilo, sem o compromisso de ter que acordar cedo no dia seguinte...

Valeu até a próxima!  


Eu no cume da Caixa de Fósforo com o Capacete ao fundo

Indicando as direções

É pra lá que eu vou!

Nosso objetivo...

Vista fantástica. Foto de Leonardo Carmo

Refúgio das Águas. Foto: Andréa Vivas

Preparados para a pizza. Foto: Marcelo Santanna

Caixa de Fósforo
O mestre! Foto: Marcelo Santanna

Reunidos para a foto

Caixa de Fósforo
Vista embaixo da Caixa de Fósforo

Caixa de Fósforo
Como a Caixa de Fósforo está apoiada

Caixa de Fósforo
Vista do cume da Caixa de Fósforo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Nova via aberta na Face Sul do Morro Dona Marta

Por Leandro do Carmo

Notícia de nova via aberta na Face Sul do Morro Dona Marta, encaminhada para a lista de e-mails da FEMERJ.

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Rodrigo Motta

Hoje, eu e a escaladora Rana Santos, abrimos uma variante da Via "Republica dos Macacos" (situada a esquerda da via Cabeção na face sul do Dona Marta). A variante foge do Crux de VIsup da linha original da via fazendo uma horizontal para esquerda no grampo antes do crux e segue por uma laca até a altura do grampo seguinte.

Essa parede apesar de pouco frequentada é uma excelente opção para escalar a tarde. O acesso é pelo largo dos leões.

Segue o croqui.

Boas escaladas à todos





sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Via Bohemia Gelada / Chaminé Pão-de-Açúcar

Por Leandro do Carmo

Via Bohemia Gelada / Chaminé Pão-de-Açúcar

Data: 06/08/2014
Local: Face Leste do Pão-de-Açúcar
Participantes: Leandro do Carmo, Denise do Carmo e Stephanie Maia



Dicas: Lá o sol chega cedo; se for escalar no verão, deixe para a parte da tarde; como relatado no Guia da Urca, muitas escaladores fazem parte da Bohemia Gelada e terminam pela Chaminé Pão-de-Açúcar, no final seguimos para a trilha norma do Costão.



Relato

Assim como no anterior, resolvemos fazer a última aula do Curso Básico de Escalada do Clube Niteroiense do Montanhismo no Pão-de-Açúcar, no setor das cervejas, face leste. Lá, as vias, Heniken, Bohemia Gelada, tem graduações parecidas e são relativamente longas, contando a caminhada na trilha do Costão. Nosso ponto de encontro foi na Urca, as 8 horas da manhã. Nessa aula apenas o Rafael não pode comparecer. Na Urca sempre encontramos gente conhecida. Difícil chegar lá cedo e não encontrar ninguém. Com todos reunidos, eu, minha mãe, Patrícia, Stephanie, Danilo e o Ary, seguimos para pista Cláudio Coutinho. No meio do caminho, o Leonardo ligou dizendo que já estava chegando. Ficamos aguardando na altura da Pedra do Urubu.

Com a chegada do Leonardo e da Mariana, estávamos completos. Seguimos para o começo da trilha do Costão e fomos caminhando sempre conversando e rindo bastante com cada história que surgia... Chegamos na bifurcação e descemos em direção ao pequeno rapel de uns 20 metros para o setor. Todo mundo se equipou e seguimos para a base. A cordada ficou assim dividida: Eu, minha mãe e a Stephanie, seguiríamos na Bohemia Gelada; Ary, Patrícia e o Danilo, na Heniken; e o Leonardo e a Mariana também na Heniken.

Descemos e base terminamos de nos arrumar. Nos encordamos e comecei a subir. O primeiro grampo é bem alto e visível, diferente da Heniken, onde começamos a escalar sem vê-lo. Não tem muita dificuldade, apesar das agarras serem bastante lisas. Mais ou menos na metade, meu pé deu uma escorregada e meu ombro saiu e voltou para o lugar. Primeira vez que isso tinha acontecido, ainda dei uma joelhada certeira numa agarra. Com o sangue quente, nem percebi, mas no dia seguinte... Cheguei no primeiro grampo e segui adiante.

Mais um pouco acima e fiz a primeira parada. A Stephanie e minha mãe vieram logo em seguida. Assim que elas chegaram já me preparei para a próxima. Foi só o tempo de montar a segurança e comecei a subir. O dia estava super agradável. Tempo aberto, sol e temperatura agradável. Mais acima já conseguia ver as cordadas na Heniken. Mais uma parada. Tinha que fazer umas enfiadas mais curtas, pois uma das cordas era menor e as vezes não dava para seguir muito, devido a distância das grampeações.

Cheguei no lance onde tem um buraco. Dava para entrar quase todo nele. O grampo não fica visível, é preciso subir para encontrá-lo. Na tesoura, fui subindo até que encontrei uma boa agarra na lateral direita do buraco, onde passei e costurei o grampo, facilitando a subida. Pelo croqui no Guia da Urca, dá para melhor a proteção ali com um friend. Segui escalando e cheguei no próximo grampo. Dava até  para subir um pouco mais, mas resolvi parar ali mesmo, assim ficaria perto dos participantes nesse lance mais delicado e poderia passar algumas orientações com mais facilidade.

A Stephanie passou bem pelo lance e em seguida veio minha mãe, que também passou sem problemas, apesar de ser mais baixa, o que a fez ter que subir um pouco mais para chegar naquela boa agarra da direita. Ficamos na parada durante um pouco mais de tempo. Descansamos bem e seguimos para mais uma. Passei por um lance onde tem umas pequenas valas paralelas na rocha. Uma curiosa formação. Mais acima, onde a Bohemia Gelada cruza com a Chaminé Pão-de-Açúcar, resolvi não seguir por ela e terminar na Chaminé mesmo. Num pequeno platô, resolvi fazer a parada. O local estava totalmente na sombra, era o local perfeito, apesar de ainda ter corda para continuar.

A próxima enfiada, já na Chaminé Pão-de-Açúcar, comecei num zig zag de grampos, com algumas boas passadas e excelentes agarras. Boa parte ainda na sombra, o que facilitou bastante. A grampeação as vezes parecia longa, mas a solidez da parede e agarras dava tranquilidade para seguir. Fui procurando o melhor ponto para parar. Escolhi o melhor grampo e também tinha que ser aquele mesmo, não dava para seguir, pois a corda não chegaria ao próximo. Minha mãe veio e pedi para ela se ancorar no grampo abaixo. A Stephanie veio em seguida e chegou na parada. Imediatamente ela montou a segurança e segui escalando.

Nesse ponto o Ary resolveu terminar também na Chaminé Pão-de-Açúcar. Fez uma passagem, atravessando da Heniken para ela. Fui subindo, seguindo a mancha negra na rocha e vi o trecho da Santos Dumont de onde se pega a trilha do Costão. Subi mais um pouco para ver  encontrava algum grampo e voltei. Subi para a esquerda, parei num grampo e mandei a Stephanie vir. Minha mãe havia ficado numa parada mais confortável e poderia esperar mais um pouco. O Ary acabava de chegar também. O Leonardo e a Mariana acabaram, também, optado por terminar pela Chaminé Pão-de-Açúcar.

A Stephanie veio escalando e passou por mim, indo direto para o começo da trilha, assim como a minha mãe. Lá esperamos que todos chegassem e aproveitamos para fazer um lanche, afinal de contas já era hora do almoço!!! Com todos reunidos, ficamos ainda batendo algumas fotos e conversando até que decidimos pegar a trilha do Costão. Seguimos subindo e subindo... Depois de já ter feito toda a via, terminar subindo não foi tão legal assim. Mas a vista lá de cima recompensava qualquer esforço. Enfim chegamos ao cume do Pão-de-Açúcar. Havíamos completado nosso objetivo. Estava cheio, foi difícil arrumar um lugar para sentar. Aproveitei para fazer um lanche mais reforçado na lanchonete. A fome estava forte. Ficamos apreciando a bela vista que temos lá de cima e depois de descansarmos bastante, começamos o nosso retorno. Primeiro descemos de bondinho até o Morro da Urca e depois seguimos por trilha até pista Cláudio Coutinho. Um excelente sábado!!!

Valeu, até a próxima!

Via Bohemia Gelada
Leonardo, Mariana e Danilo

Via Bohemia Gelada
Leonardo e Ary

Via Bohemia Gelada
A cordada de Leandro, Denise e Stephanie

Via Bohemia Gelada
Mariana na parada e o Ary chegando

Via Bohemia Gelada
Leonardo escalando

Via Bohemia Gelada
A galera reunida

Via Bohemia Gelada
Vista da trilha

Via Bohemia Gelada
No final da trilha do costão

Via Bohemia Gelada
Visual das cordadas

Via Bohemia Gelada
Descendo para a base da via


Via Bohemia Gelada

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Apoio aos Guarda-Parques do Rio de Janeiro

Por Leandro do Carmo

Eu apóio!!!!

http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR73678

Em 2012 o governo do Estado do Rio de Janeiro, através do INEA - Instituto Estadual do Ambiente - realizou concurso público para provimento de 220 vagas para o cargo de Guarda-Parques. Os candidatos foram submetidos a exame intelectual das disciplinas pertinentes ao cargo, bem como prova de aptidão física, prova de títulos e exame de saúde, demonstrando que foram seguidas todas as etapas de um certame para cargo efetivo em regime estatutário. Assim, em nome da manutenção dos bons serviços de proteção das Unidades de Conservação, solicitamos humildemente seu apoio assinando essa petição, para que por aclamação popular possamos fazer com que a Casa Legislativa possa aprovar a minuta de uma lei da qual contemple a Conversão do Ato Administrativo, da qual corrigiria tal equívoco sem oneração aos cofres públicos, mantendo o Corpo de Guarda-Parques nas Unidades de Conservação, assegurando que as mesmas não sejam abandonadas e a qualificação e experiência destes profissionais não seja descartada. Contamos com a compreensão e o apoio de todos que amam o meio ambiente, assine abaixo.

Mudança no traçado de um trecho da subida da Isabeloca - PARNASO

Por Leandro do Carmo

Notícia veiculada na lista de e-mails da FEMERJ

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Nos últimos meses a equipe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) realizou um longo trabalho de mudança de traçado em uma parte do trecho conhecido como Isabeloca, que fica localizado entre a sede de Petrópolis e o Abrigo do Açu, primeiro dia da Travessia Petrópolis-Teresópolis.

A Isabeloca é um dos trechos mais íngremes da Travessia e vem sofrendo com erosão acentuada ao longo dos anos. Por conta disso, diversas outras variantes foram abertas espontaneamente pelos caminhantes, o que agravou ainda mais a degradação desta parte da Travessia. “Visando proteger e recuperar o local, bem como oferecer uma trilha melhor aos nossos visitantes, planejamos e implantamos um novo traçado. Agora vamos trabalhar no fechamento da trilha antiga e na recuperação de toda a área” afirma o responsável pelo Setor de Uso Público do PARNASO, Leonardo Freitas.

Nesse trabalho os funcionários do PARNASO utilizaram os conhecimentos adquiridos por meio dos cursos de manejo de trilhas oferecidos pelo ICMBio em parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos. “O trecho que estamos fechando tinha uma declividade média de mais de 33% e conseguimos fazer o novo traçado com declividade menor do que 15%.

A trilha nova é mais bonita, mais adequada e vai demandar menor esforço de manutenção ao longo do tempo” comemora o servidor.

Leonardo Boquimpani de Freitas
Parque Nacional da Serra dos Órgãos 







domingo, 24 de agosto de 2014

Fotos de escaladores no Costão de Itacoatiara - 24/08/2014

Por Leandro do Carmo

Estava na praia de Itacoatiara hoje, dia 24/08/2014, e tinham várias cordadas nas vias Luiz Arnaud, Uma Mão Lava a Outra e Paredão Itacoatiara. Um excelente visual!!!

Para saber mais sobre as vias da Face Oeste, acesse: Escalada em Niterói - Morro do Tucum

Seguem algumas fotos que bati!

Escaladores na Luiz Arnaud, Uma Mão Lava a Outra e Paredão Itacoatiara

Uma Mão Lava a Outra e Paredão Itacoatiara

Via Luiz Arnaud

Uma Mão Lava a Outra

Visão Geral da Face Oeste


As duas últimas enfiadas da Luiz Arnaud

Última parada da Uma Mão Lava a Outra



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Encontro dos Montanhistas com o Minc

Caros e caras, 

No próximo dia 3/9, quarta-feira, haverá um encontro do Minc com os montanhistas para renovação de uma aliança que tem dado muito certo, pois além de ter bancado todos os avanços na área de parques e visitação pública etc. no iNEA, ele ainda promoveu diversas outras ações de interesse dos montanhistas e dos esportistas e aventura de uma maneira geral, como "desarmar" dois projetos de lei estaduais horrorosos (um do Miro Teixeira, outro do Átila Nunes); acabou (em tese) com a obrigatoriedade de condutores e visitantes nos parques nacionais (alguns não obedecem, mas isto é problema da atual gestão); conseguiu liberdade de atuação para os fotógrafos de natureza em UCs; e tem feitos outros contatos e aberto outras portas importantes.

A contrapartida é termos um número expressivo de pessoas neste dia, para mostrar que isto tudo não é para duas ou três pessoas apenas, mas, sim, para uma comunidade grande e articulada.

Portanto, deixo aqui o convite enfático para que compareçam neste dia, e ainda convidem outras pessoas de seu círculo de caminhadas e escaladas. A FEMERJ levará uma pauta com novos pleitos.
 
André Ilha