quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Dedo de Deus com Rana Montana

Por Rana Montana

Dedo de Deus não é só um marco do montanhismo brasileiro, mas também um marco na vida de todo escalador.

Depois de tanto sonhar em ir na imponente pedra mais famosa da Serra dos Órgãos, fiquei sabendo que o Pimentel estava organizando uma investida lá no sábado. Rapidamente liguei para ele e perguntei se cabia mais uma cordada, eu e o Sandro (isso foi na quinta a noite). Ao todos eramos 8: Pimentel e Wilton, Leo Carvalho e Rafael Vargens, Brigitte e Davi Tostes, eu e Sandro.


Arrumei a mochila de véspera tendo o cuidado de não levar muito peso, mas não esquecer ÁGUA, comida, equipo, lanterna , anorak. Ou seja, não teve jeito, a mochila ficou pesada. Partimos do Rio ás 4h da manhã rumo a terê, no caminho encontramos os dois carros do resto da galera e chegamos todos juntos no Paraíso das Plantas. Tomamos um rápido café com direito a bolo da Brigitte, frutas, sanduíche e café quentinho. E partimos, estava frio e ventava. Começamos e trilha às 6h15, passamos pela grade que de relatos passados lembrei: "olha bem para essa grade, vc vai ficar muito feliz quando vê-la de novo!!" rsrsrs. De fato.

A trilha era bem puxada, subindo sempre. Eu pensando que demoraria umas duas horas pra chegar na pedra, mas pela minha surpresa e alívio, em 50 min. chegamos no inicio dos cabos. Tinha uma cordada na nossa frente. Escondi uma garrafa de água no moita e partimos pelo cabo, todos com prussik na corda para segurança. Com apenas um trecho de cabo exposto, o resto no meio do mato, foi mais rápido. Passamos pela bifurcação da Teixeiria e tocamos para a direita rumo a via Leste.

Depois da bifurcação do polegar, fizemos um lance de trepa pedra no prussik e chegamos na base, eram umas 8h30. Tinha chegado mais uma cordada atrás da gente. Leo e Rafa tocaram por uma variante a esquerda com o início em artificial até a P1 e o resto foi pela via normal. Pimentel foi na frente, depois mais um guia, intercalando os guias e participantes das cordadas, de forma que sempre tinha uma corda fixa. Primeiro lance de aderencia, depois em agarras meio vertical. Não havia um grampo sequer, os camalot 2 e 3 que levamos foram muito bem-vindos!

Chegamos todos na Grutinha da Árvore. A cordada da frente seguiu pela BlackOut e nós fomos pela Maria Cebola. Confesso que fiquei com muita vontade de seguir pela BlackOut, o primeiro grampo da Maria Cebola era alto. A arvore q alcançava esse grampo havia cedido um pouco. Mas nosso grupo era um luxo, usei a costura do Pimentel mesmo e segui contornando a lateral direita do Dedo. A um passo do espaço rsrsrs, tentei não olhar muito para baixo e a corda fixa foi muito convidativa! Uma aderencia nem um pouco aderente até a árvore. Lance das fotos mais iraaadas! rsrsrs Uma das...

O próximo lance era se enfiando em uma fenda não muito óbivia a esquerda que subia em uma chaminé. Nesse ponto o grupo estava demorando demais e acabou molezinha de corda fixa. A chaminé acompanhava uma fenda na rocha, depois era técnica de chaminé com joelho, parava em uma pedra entalada, puxava as mochilas e continuava a chaminé até sair para a lateral da montanha de novo. A partir daí era uma curta chaminé, que terminava abraçando uma pedra carente, até uma parada linda que tinha a vista de todo o imponente Escalavrado!!

O lance do Pulo na saidinha na parada era bem chato, mas uma vez recuperado o equilibrio era tranquilo, mais chaminé, mais pedras carentes que recebiam nosso abraços repletos de alívio rsrsrs. Chegamos na Gruta das pedra soltas aonde tinha o último lance de chaminé e o Passo do Gigante até se arrastar por uma fenda, saindo na última parada da via. A escada a frente!! Fui a última a subir! Coração acelerado, o cume tão perto!! Quando foi minha vez fui correndo até a escada. Ela balançava, e fazia barulho, cruzes! Mas era ela que me levaria ao cume!!

Cume!!!!! A escalada mais esperada desde que terminei o CBM enfim realizada!! O visual? Nem é preciso dizer.... Não havia uma nuvem no céu, o dia estava perfeito!!
Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora, Verruga do Frade, Garrafão, Sino, Agulha do Diabo, todas as lindas pedras da Serra estavam lá nos agraciando com sua presença!!! 360 graus de puro espetáculo!! Não encontramos a cordada que tinha começado na nossa frente, e nem a cordada de trás que acho que desistiu. 


Fizemos a escalada toda sozinhos, e o cume era só nosso!! Chegamos no cume umas 13h30, ficamos uns 45 min., pois apenas metade do caminho tinha sido concluído. Pimentel foi abrindo os rapéis na frente. Eu sabia o que estava por vir, mas achei melhor não pensar muito sobre isso. Primeiro rapel fiz besteira de não descer pela escada rsrsrsrs, tive que me balançar para não entrar na fenda. Segui para direita da escada em direção a Teixeira, desci a fenda até uma parada que me deixou um pouco apreensiva. Tentei não me mexer muito, era um pouquinho alto rsrsrs. Mas ainda não era esse o rapel que eu estava esperando. Quando cheguei perto da outra parada o Sandro, que já estava lá, disse: "Vem devagar e se prende, olha para a parada, não olha pra baixo" Putz.... Era agora. Foram poucas as vezes que senti medo na escalada, essa acho q está no topo da lista agora. 30 metros de rapel no negativo com o abismo do lado!! Só não foi diretamente no abismo pq o Pimentel fez o favor de costurar!! Fiquei com pena do Leo que fechou todos os rápeis e com certeza deve ter pendulado nesse...

O último rapél era tranquilo...Quando finalmente acabou foi que percebi como o lado da Teixeira era bonito... O silencio era incrível, só era quebrado pelas centenas de andorinhas que davam rasante na pedra e mergulhava no abismo. O sol do fim de tarde batendo e fazendo contraste nas montanhas, lindo lindo... Não queria deixar o lugar, mas sabíamos que já ia começar a escurecer.


A sequencia de cabos de aço na descida tb foi lindo!! Era difícil não olhar para o Escalavrado, mas era necessário toda a atenção para não pisar errado. Chegamos no primeiro lance de cabo da subida e rapelamos pela lateral. Quando guardávamos o equipo tinha acabado de escurecer. Bebi a tão esperada água que havia abandonado e percebi que o Sandro que tinha descido na frente já tinha tomado metade... rsrsrsrs. Fizemos a trilha de volta a luz da head lamp e às 19h chegamos à tão esperada grade (Feliz ao vê-la, sim sim!!!) e à estrada!!

Missão cumprida!! Subida e descida do Dedo de Deus com segurança!! Dia maravilhoso, entre amigos, perfeito!!


Chegamos no Paraíso da Plantas e comemos pastel, misto quente com coca-cola, e o disputadíssimo bolo de chocolate da Brigitte que estava uma delícia!! Estávamos tão cansados que o chopp ficou para outro dia!!

Isso aí galera, valeu a aventura! Vcs foram demais!! Valeu Pimentel por nos guiar com segurança e por nos apressar o tempo todo!! rsrsrs


Sandro, parceiro, sem comentários!!! rsrsrs BTBW!!!


Beijos,

Rana Montana.

O Dedo de Deus e suas faces

Por Leandro do Carmo

Com seus 1.692 metros, o Dedo de Deus se destaca na paisagem do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Sua ascensão em 1912, tornou-se o marco do montanhismo nacional e desde então, figura entre os sonhos de 10, em cada 10 montanhistas que conheço.

É impossível subir Rio-Tersópolis e não se impressionar com a vista. Porém, não é só de lá que se pode vê-lo. Assim como toda a Serra dos Órgãos, sua beleza se desponta, mesmo com toda a distância, nos olhos de quem circula por muitos lugares na capital do estado.

De cada lugar que o olhamos, vemos uma forma diferente. Muitos até dirão que são picos distintos, mas uma coisa ninguém pode negar: são fantásticos!!!!

Segue abaixo algumas fotos de diversos pontos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e algumas de fora, ou melhor, bem de fora do parque também.


Da Estrada do Sumaré

Foto cedida por Diogo Grumser













Cume do Cabeça de Peixe


























Trilha do Cabeça de Peixe







Cume do Dedo de Nossa Senhora





Cume do Escalavrado




Trilha do Escalavrado




























Da Estrada






























Do Polegar



Da Trilha para a Pedra do Sino




























Do Paraíso das Plantas





























Da Travessia Petrópolis-Teresópolis


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vídeo da subida ao Dedo de Nossa Senhora - Serra dos Órgãos

Por Leandro do Carmo

Fala Pessoal!

A postagem de hoje é para publicar o vídeo que fiz, mostrando como foi nossa subida ao Dedo de Nossa Senhora, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. PitBull Aventura e Born To Be Wild, uma excelente parceria!!!!

Foi uma caminhada forte até os lances de escalada em artificial. O dia estava perfeito e vista do cume foi de tirar o fôlego.


Link para o relato: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/08/dedo-de-nossa-senhora-pitbull-aventura.html

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Criada a Reserva Extrativista Marinha de Itaipú

Por Leandro do Carmo

De acordo com o Decreto nº 44.417, de 3/09/2013, foi criada a RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE ITAIPU, visando atender uma demanda história dos pescadores artesanais da região e preservar a riqueza da biodiversidade marinha e a diversidade de ambientes naturais na região oceânica de Itaipu, representada por lagunas, ilhas, costões rochosos e o próprio mar.

Ao todo, são quase 4.000 hectares de área marinha preservada, adjacentes ao Parque Estadual da Serra da Tiririca, compondo junto com a APA de Maricá um mini-mosaico de Unidades de Conservação. De acordo com o art. 18 da Lei Federal no 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, a reserva extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de
animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.

A RESEX MARINHA DE ITAIPU tem o objetivo proteger os meios de vida da população de pescadores artesanais tradicionais da região de Itaipu e garantir a exploração sustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis em sua área de abrangência, porém, ficam asseguradas, a pesca amadora e a artesanal praticada por pescadores de outras localidades, que pesquem de forma tradicional nos limites da Resex.  Será expressamente proibida a pesca industrial, a pesca predatória e o descarte de água de lastro ou óleo nos limites da RESEX.


MAPA DA RESEX MARINHA DE ITAIPÚ


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Filme: Travessia Petrópolis-Teresópolis, A Travessia dos Sonhos!

Por Leandro do Carmo

Fala Pessoal!!!


Está disponível o filme "Travessia Petrópolis-Teresópolis, A Travessia dos Sonhos! Gravado entre os dias 12 e 14 de julho. O filme mostra vários pontos da travessia, considerada por muitos como a mais bonita do Brasil. O lance do elevador, mergulho, cavalinho entre outros...

Link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=iEeHUc_po2g

Link para o relato: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Livros que ando lendo...

Por Leandro do Carmo


Ler é o exercício da mente! Essa postagem é para falar um pouco sobre os livros que leio. Comecei no final do ano passado e vou sempre acrescentando quando termino a leitura. Fiquem livres para comentar e indicar algum que já tenha lido!!!


Título: Um Sonho Chamado K2 – A Conquista Brasileira da Montanha da Morte
Autor:Waldemar Niclevicz

Sinopse:A saga de Waldemar Niclevicz com o K2, também conhecido como Montanha da Morte, começou em 1998, quando foi obrigado a desistir da escalada devido ao elevado risco de avalanches. No ano seguinte, o mau tempo mais uma vez o impediu de chegar ao cume. Em 2000, acompanhado pelos italianos Abele Blanc e Marco Camandona, e sem o uso de oxigênio, a vitória tão perseguida foi alcançada.UM SONHO CHAMADO K2 é o testemunho inegável da vitória de um homem sobre a natureza. De um brasileiro sobre a montanha mais desafiadora do planeta. O relato e imagens não apenas das três expedições de Niclevicz ao K2 como também das escaladas preparatórias ao Shisha Pangma (8.046m), ao Cho Oyo (8.201m) e ao Gasherbrum (8.035m), além de diversos aspectos geográficos e culturais do Nepal, do Tibete e do Paquistão.
Comentário Pessoal: tá esperando o que para ler????? O livro foi muito bem escrito e estruturado. Uma leitura agradável e que prende a atenção. Sem dúvidas o Waldermar é um dos grandes nomes do montanhismo brasileiro. Subir o K2 sem oxigênio não para qualquer um. Os relatos são muito precisos e por vezes me vi dentro da expedição! Foram três tentativas para superar a Montanha das Montanhas, mas nem por isso se tornou repetitivo. Cada dia é um dia no K2.


Título: A Expedição Kon-Tiki
Autor: Thor Heyerdahl

Sinopse: Tudo começou com uma pergunta: como os povos antigos se locomoviam pelo planeta? Quando uma jangada semelhante às embarcações pré-históricas deixou as costas do Peru em 1947, o norueguês Thor Heyerdahl (1914-2002) e seus cinco companheiros – mesmo sem nenhuma experiência em navegação – tinham uma única certeza: só o sucesso da travessia explicaria as relações entre a América e a Polinésia. Em "A expedição Kon-Tiki" – 8.000 km numa jangada através do pacífico, Thor relata sua experiência e cria uma obra-prima de reconstituição pré-histórica.

Comentário Pessoal: Um bom livro. Passar 101 dias a bordo de uma jangada não deve ser nada fácil. Mas para comprovar sua teoria, tudo era preciso. A narrativa final, com a visão das ilhas, é a melhor parte do livro. Valeu a leitura!


Título: A Escalada: A Verdadeira História da Tragédia no Everest
Autor: Anatoli Boukreev e G. Weston Dewalt

Sinopse: Em 10 de maio de 1996, uma tempestade atingiu o Monte Everest por mais de dez horas. Dos 33 escaladores que estavam subindo pela Face Sul, apenas 28 retornaram, sendo que, dos sobreviventes, três escaparam por muito pouco e dois sofreram graves queimaduras e, mais tarde, tiveram extremidades amputadas. Este livro conta como Anatoli Boukreev ajudou a salvar três pessoas quase mortas. O guia-chefe russo tomou uma decisão aparentemente suicida ao tentar um resgate sozinho.
Comentário Pessoal: Primeiramente: leitura obrigatória! Quando li No Ar Rarefeito, todos os comentários diziam que tinha que ler “A Escalda, de Anatoli Boukreev”, mas sejamos justos: não foi só ele que escreveu o livro, acho que se não fosse o Dewalt, de repente o livro não fosse tão bom. Mas vamos ao que interessa! Depois que alguns de seus atos foram questionados por Krakauer, Boukreev respondeu a altura. Acho que esse livro é um complemento. Dá uma outra visão sobre o que aconteceu no dia 10 de maio de 1996.


Título: No Ar Rarefeito - Um Relato da Tragédia no Everest em 1996
Autor: Jon Krakauer

Sinopse: Contratado por uma revista para escrever sobre a crescente comercialização da escalada do monte Everest, Jon Krakauer participou de uma expedição guiada ao topo do mundo. Em 10 de março de 1996, atingiu com muito custo os 8848 metros de altitude. Enquanto descia ao acampamento, nove alpinistas morreram, e até o final daquele mês outros três não resistiriam à empreitada. Muito abalado pela tragédia e obcecado em rever o evento em detalhes, Krakauer escreveu este depoimento tocante sobre o sentido da vida e o poder dos sonhos.
Comentário Pessoal: Um excelente livro!!!! O livro de Krakauer é fantástico, bem estruturado e que, mesmo sabendo o final desde o começo, prende a atenção até a última página. O autor conta a história dos personagens e tenta mostrar os motivos que ocasionaram a tragédia, bem como as circunstâncias. Foi muito criticado à época, mas sem entrar no mérito, se está certo ou errado, é um excelente livro. O seu relato levou Anatoli Boukreev, guia da expedição de Scott Fischer, a escrever o livro: A Escalada. Já estou lendo!!!!


Título: Linha D’água - Entre Estaleiros e Homens do Mar
Autor: Amyr Klink

Sinopse: A história em torno da qual giram as várias outras histórias deste livro é a da construção, lançamento e navegação do Paratii 2, "um barco simples como canoa e cargueiro como navio". E a busca dessa simplicidade e dessa amplidão demanda um tempo que no mar é sempre escasso, um tempo que aflige enquanto não produz resultado, mas que permite armazenar na memória tudo que contribuiu para que o barco de Amyr fosse o mundo - repleto de tipos antológicos, apetrechos insuspeitados, como um "enganchador de moças" e "bichos peçonhentos" perfuradores de dedos aventureiros, e momentos de tensão em que dez segundos podem decidir o destino do navegador. O leitor acompanha o nascimento do interesse de Amyr pelos barcos, sua paixão pelas canoas de Paraty, as leituras desfrutadas no sótão e as histórias recolhidas pelo mar. Testemunha também as pesquisas, os testes e as viagens empreendidas para realizar o sonho de um barco capaz de passar anos inteiros nas terras geladas da Antártica e levar na tripulação crianças e suas fantasias infantis. Este livro de Amyr Klink traz um barco como tema, mas o homem é o porto. E como toda boa história marítima, tem até tesouro enterrado.
Comentário Pessoal: Ler um livro do Amyr já virou garantia de excelente leitura! Nessa minha terceira viagem, já estou ficando preocupado quando suas publicações acabarem... Esse é um belo que conta os bastidores da construção de seu barco, na qual resolveu levantar um estaleiro, bem como os testes de equipamentos e a construção de uma marina. Aliado a isso, ele conta como conheceu sua esposa e o nascimento das filhas. Tudo isso num entrecorte de histórias que fazem do livro uma grande obra. Recomendadíssimo!!!!


Título: Paratii Entre Dois Pólos
Autor: Amyr Klink

Sinopse: Relato da viagem de 642 dias entre a Antártida e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no período de 1989 a 1991. Amyr Klink é sempre surpreendente. Depois de cruzar o Atlântico em um minúsculo barco a remo - travessia relatada em Cem dias entre céu e mar -, lançou-se em outro projeto assombroso: passar um ano inteiro na Antártica, dos quais seis meses imobilizado no gelo, em companhia apenas de pinguins e leões-marinhos. Para realizar esse sonho, no final de 1989 partiu no veleiro Paratii para uma viagem que iria durar 22 meses. Navegando solitário por mais de 50.000 quilômetros, alcançou não apenas o continente gelado do Sul, mas também as geleiras do Polo Norte. E trouxe na bagagem dois punhados de pedrinhas, um da Antártica e outro do Ártico: símbolos da misteriosa matéria de que são feitos os mais belos e ousados sonhos.
Comentário Pessoal: Segundo livro do Ary Klink que leio e posso te garantir que o cara é bom!!!! É uma leitura que prende do início ao fim. Mesmo ficando meses, congelados em um baía na Antártida, há sempre excelentes histórias e grandes ensinamentos, coisas que mexem com o nosso sentimento.



Título: Everest, O Diário de Uma Vitória
Autor: Waldemar Niclevicz

Sinopse: Waldemar Niclevicz fez uma tentativa de escalar o Everest em 1991, pelo Nepal, chegando até os 8.504m de altitude. Em 1995, voltou para o Everest pelo lado oposto, pelo Tibete, e finalmente realizou o grande sonho de levar a bandeira brasileira ao alto da maior montanha do mundo. Neste livro, Waldemar divide com os leitores, sem medo, os sentimentos que o dominaram ao longo dessa extenuante e recompensadora jornada, que levou literalmente o Brasil ao Topo do Mundo. O texto é envolvente e tenta estimular o leitor a escalar o seu próprio "Everest". Possui descrições da cultura tibetana e nepalesa, costumes e tradições dos povos do Himalaia.
Comentário Pessoal: Apesar de muito detalhista no começo, com informações que não me prenderam muito, confesso até que muita coisa ficou difícil de entender, gostei muito de como descreveu as dificuldades e os desafios, que não foram poucos, de escalar a maior montanha do mundo. Como o título diz, um diário. Contando dia a dia, com uma riqueza em detalhes que prendem a leitura, principalmente na parte da ação! Waldemar de Mozart, fizeram a dupla mais entrosada do grupo e atacaram o cume sozinhos. Um belo livro que recomendo.


Título: Família Schurmann – Um mundo de Aventuras
Autor: Heloisa Schurmann

Sinopse: Neste livro, a família narra sua experiência de refazer a perigosa rota de um dos mais famosos navegadores da História, Fernão Magalhães. A Magalhães Global Adventures partiu de Porto Belo, em Santa Catarina, no dia 23 de novembro de 1997. E seguia, com a ajuda do veleiro Aysso, a trilha do navegador português pelos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. Dois anos e meio — e muitas aventuras depois — a Família Schürmann ancorou em águas brasileiras no dia 22 de abril, em Porto Seguro, para comemorar o V Centenário do Descobrimento.
Comentário Pessoal: Excelente! No início do livro, comecei a ler rápido para matar a curiosidade, já no final, lia devagar, já sentido saudades! O livro envolve, me fiz parte da família! Muitos detalhes sobre a circunavegação de Magalhães, cultura dos lugares onde paravam e a vida no mar. Uma experiência em tanto.



Título: Cem dias entre o céu e o mar
Autor: Amyr Klink

Sinopse: é o relato de uma travessia considerada incomum - mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilômetros) desde o porto de Lüderitz, no sul da África, até a praia da Espera no litoral baiano, a bordo de um pequeno barco a remo. Neste livro Amyr Klink quer transportar o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice de suas alegrias e seus temores, ao mesmo tempo em que se propõe a narrar, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram a viagem.
Comentário pessoal: Remar durante 100 dias!?!?!?! Da África até o Brasil?!?!?!?! Pois é... esse foi o desafio de Amyr. Como transformar a monotonia de estar sozinho durante todo esse tempo em um livro que mescla aventura, auto conhecimento e força de vontade? Esse é o livro! Rico em detalhes e curiosidades e uma leitura extremamente agradável. Recomendadíssimo! Leitura obrigatória!


Título: Velejando o Brasil: de Porto Alegre ao Oiapoque
Autor: Geraldo Tollens Linck

Sinopse: O livro narra a aventura da viagem, em um barco a vela, de Porto Alegre ao Oiapoque, fazendo escalas em quase todos os abrigos existentes. A viagem, de cerca de 10 mil quilômetros, durou um ano e nove meses e foi realizada em 14 etapas, sempre com tripulação.
Comentário pessoal: Um bom livro, vale a leitura. O autor conta curiosidades e histórias sobre os locais por onde passa e isso prende um pouco mais a leitura. Muitos locais pouco explorados à época da viagem, principalmente no norte do país, me fez conhecer um pouco mais de imenso país. Os desafios, os problemas e os detalhes dão um toque especial à obra. Me parece que tempos depois ele seguiu viagem, lançando o livro “Um brasileiro velejando as Antilhas: do Oiapoque à Porto Rico”. Um dia leio!



Título: O Lado Desconhecido da Fortaleza de Santa Cruz (RJ): À Margem de sua História
Autor: Alice Pinheiro Maryan


Sinopse: Sempre enfocando uma época remota da misteriosa Fortaleza de Santa Cruz, RJ, veio à tona o nome de vários prisioneiros – mercenários alemães – que lá cumpriam severas penas por diversas transgressões militares, mas, com a complacência do Imperador D. Pedro II, alguns eram perdoados. Entra em cena também a sangrenta Campanha de Canudos 1896/ 1897, ainda que de passagem (neste caso), ao se constatar a ida de seus artilheiros para o alto sertão baiano, já que naqueles idos a FSC era uma das mais bem equipadas, tanto em efetivos como em armamentos. Daí em diante o pesquisador envolve-se em pequenos dramas pessoais (dentre muitos) que valem como pequenas e comoventes mensagens, sem deturpar a verdade e sem partidarismo.
Comentário pessoal: O livro parece mais um diário de combatentes da Guerra de Canudos. As narrativas são excelentes. Muitos detalhes da sangrenta e heróica guerra na Bahia. Até entender como Antônio Conselheiro defendia a cidade, milhares de soldados morreram e sofreram com o clima, a sede, entre outros problemas... Pensei que você ler outra coisa, mas apesar da surpresa, gostei!


Título: La Salle, O Fugitivo da Fortaleza de Santa Cruz
Autor: Alice Pinheiro Maryan

Sinopse: Jamais prisioneiro algum, encarcerado na inexpugnável Fortaleza de Santa Cruz (RJ), conseguiu a espantosa façanha de se evadir de seus calabouços. Na época das invasões francesas (1710-1711) o Tenente G. R. de LASalle, deseperado com tudo que o cercava, arriscou, à custa de incríveis sacrifícios, uma milagrosa fuga por mar.
Comentário pessoal: Um bom livro. Mostras algumas antigas características da cidade e seus governantes, muitas curiosidades. Só de saber que um dia esticaram uma corrente que atravessava a Baía de Guanabara, com o intuito de impedir a entrada de navios, foi de mais! Leitura rápida.




Título: Horizontes Verticais
Autor: Jean Pierre von der Weid

Sinopse: Relatos e reflexões sobre a Montanha e a escalada. Aventuras, sonhos e lembranças fortes que vieram de longe, acompanham o autor até hoje. Escaladas, desafios e conquistas no Espírito Santo, Salinas (Nova Friburgo) e Minas, com os croquis das principais vias. Retratos de pessoas e lugares distantes, remotos no tempo e no espaço, momentos de medo, coragem, alegria e decepção. Histórias de acampamento, à  luz do lampião e ronronar do fogareiro. Sabor de café e conversa, na casa do sertanejo simples que se tornou amigo por sua índole franca e admiração ao ver montanhistas lutarem tanto por algo incompreensível ou inútil aos olhos de um qualquer: chegar lá em cima!
Comentário pessoal: Parecia que eu estava lá nas conquistas! O Jean Pierre acertou em cheio. Conseguiu mostrar como ocorreram algumas das mais importantes conquistas no montanhismo nacional. Com uma leitura agradável e bem poética, o livro ainda possui os croquis das conquistas, fotos, tudo isso ajuda a sentir o esforço empreendido.


Título: História do Montanhismo no Rio de Janeiro: Dos Primórdios aos anos 1940
Autor: Waldecy Mathias Lucena

Sinopse: Trata-se de um livro onde se fala das técnicas e materiais empregados na escalada ao longo de sua evolução, fatos e curiosidades que marcaram o passado das ascensões a montanhas, mas principalmente de homens, verdadeiros heróis, alguns anônimos até aqui, outros esquecidos ao longo do tempo, todos revelados pelo autor e valorizados por seus feitos, que escreveram a história do montanhismo. Trata-se do primeiro livro sobre o tema a ser publicado no país e é, portanto, imperdível.
Comentário pessoal: Como diz a sinopse: IMPERDÍVEL. Como é bom praticar o esporte e ler um livro tão completo. Muitas curiosidades e um mergulho profundo na história do montanhismo do Rio de Janeiro, que em muitas vezes se confunde com o Brasil. O Waldecy caprichou e já tem público garantido para a continuação, ou seja, “A história do montanhismo, a partir dos anos 1940...”


Título: Sob o Mar: Extraordinária Vida dos Pioneiros do Mergulho
Autor: Tervor Norton


Sinopse: A história dos precursores do mergulho submarino - suas descobertas e experiências bastante arriscadas, para não dizer um pouco suicidas. O livro também traz a história do mergulho desde os pescadores, que atingiam profundidades muito perigosas para o organismo humano, até os conservacionistas.
Comentário pessoal: Um bom livro. Para quem mergulha e gostaria de conhecer como foi os primórdios do esporte, é uma boa pedida. É impressionante como os antigos mergulhadores testavam os limites... Hoje seria impossível realizar alguns mergulhos como foram feitos. Talvez tenha lido esse livro numa hora errada, emendei depois que terminei o Annapurna, fiquei crítico demais!


Título: Annapurna: O Primeiro Cume de Mais de 8 Mil Metros Conquistado Pelo Homem
Autor: Maurice Herzog

Sinopse: No dia 3 de junho de 1950 o francês Maurice Herzog e seu companheiro de equipe Louis Lachenal alcançaram o topo do monte Annapurna, no Himalaia, tornando-se os primeiros a conquistar uma das catorze montanhas de mais de 8 mil metros do mundo. O feito se concretizou depois de meses de esforço para estabelecer a rota de ataque, numa região ainda não mapeada, sob imensas dificuldades técnicas e no limite de tempo estabelecido pela chegada da monção, prevista para os primeiros dias de junho. Lançado em 1951, este clássico da aventura relata uma das expedições mais dramáticas já vividas na montanha. O livro foi escrito enquanto autor se recuperava no hospital.
Comentário pessoal: Fantástico!!! Por vezes estiquei o braço para ajudá-los... rs A todo momento, me perguntava sobre o que leva um homem a passar por tudo o que eles passaram? Mas no fim, consegui entender que não adianta buscarmos uma resposta, a não ser que seja você o protagonista! Uma leitura que preenche o tempo. Talvez uma prévia pesquisa sobre a região e as montanhas, possa ajudar a entender os detalhes.

Título: Os Lobos Não Choram
Autor: Farley Mowatt

Sinopse: A incrível história verídica da vida entre os lobos do Ártico, que deu origem a um filme inesquecível. O drama, o suspense e o heroísmo fiel à vida de Os lobos não choram, transformou este livro num best-seller internacional.
Comentário pessoal: Um excelente livro. A precisão nos detalhes e os sufocos do autor prenderam a atenção do início ao fim. Algumas histórias engraçadas tornaram a leitura muito mais agradável. Foi difícil se despedir do livro!!!