Mostrando postagens com marcador Mergulho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mergulho. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Mergulho em Arraial do Cabo

Por Leandro do Carmo 

Mergulho em Arraial do Cabo

Dia: 10/02/2025
Local: Arraia do Cabo - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e diversos 



Relato

Há um bom tempo sem mergulhar... Essa era a situação. Quando fiz manutenção no meu equipamento de mergulho, tinha a esperança de que conseguiria mergulhar mais vezes. Mas acabei me envolvendo muito com a vela e deixei um pouco de lado. Mas surgiu essa oportunidade e não poderia perder. O Fábio organizou tudo e ficou mais fácil. Combinamos de nos encontrar as 8h da manhã, em frente a operadora Private Diver, antiga SandMar.

Combinei com o Leandro de sair as 5h para dar tempo de tomar um café da manhã com calma. Vimos que havia uma padaria em frente á loja da operadora e foi onde paramos para tomar café da manhã, por volta das 7h 30min, após estacionar o carro próximo a prefeitura. Fizemos tudo com calma e após o café demos um pulo na operadora e acertamos algumas coisas. Por volta das 9h, o pessoal foi chegando e seguimos para o cais. Já tinha bastante gente e pagamos logo as taxas de embarque.

Foi muito bom sentir novamente esse clima de mergulho. O dia estava firme e com uma leve brisa. Condições perfeitas para um mergulho. Faltava apenas saber das condições de visibilidade da água. Embarcamos e recebemos a notícia de que tentaríamos mergulhar na parte de fora, algo raro nas operadoras de Arraial do Cabo. A ideia era ir à Enseada do Oratório.

E seguimos num clima bem agradável com boa conversa. Fomos lembrando de várias histórias antigas, principalmente da época dos mergulhos com a Escuna Miss Patrícia, saindo da Pousada Pier 7400, em Monsuaba. A parte de foram é bem bonita, mas raramente a gente consegue fazer algum mergulho por lá. Geralmente as operadoras fazem saídas para a parte de dentro, pois não conseguem grupos homogêneos, tem muita gente que vai fazer batismo, ou está fazendo o teste de certificação, etc. Mas demos sorte!

Passamos por costões rochosos bem bonitos e logo chegamos à Enseada do Oratório. Um local bem peculiar, com uma formação rochoso que lembra mesmo um oratório. Ali, devido a corrente e ao vento, demorou um pouco até conseguir ancorar com segurança. Me preparei e logo todos foram se arrumando também. Equipamento montado, grupo definido, era hora de ir para a água.

Tinha muita água viva. Mas muito mesmo. Optamos por mergulhar para o lado esquerdo do barco. Já fazia um tempo que não mergulhava e a expectativa era grande. Assim que caí na água, já senti que não seria fácil. A água estava gelada, bem nos padrões de Arraial. Tudo pronto, começamos a descer. Assim que comecei ir ao fundo percebi que meu ouvido esquerdo não compensava na mesma velocidade do direito. Comecei a sentir um pouco de dor. Fui subindo e descendo lentamente, fazendo a manobra de valsava para conseguir compensar. Incomodou bastante, mas consegui.

Seguimos o mergulho como programado. Fomos costeando o paredão e vimos muito pouca vida. Tinha muito mais água viva do que na superfície e a única surpresa do dia foi uma arraia passou bem ao meu lado. O frio já estava incomodando e começamos o retorno. A volta foi bem tranquila e sem muita coisa para ver. Já bem próximo ao barco, subi até a superfície e fui nadando até subir ao barco. Me sequei e procurei um sol para esquentar um pouco. Fez até um pouco de frio.

Algumas pessoas terminaram o batismo e fiquei pensando o quanto deve ter sido ruim essa experiência. Podemos combinar muita coisa, menos as condições da água! Com todos no barco, voltamos para o nosso seguindo mergulho. O local escolhido foi o Enseada do Anequim, já na parte abrigada da ilha do Farol. Faríamos um drift, que é um mergulho a favor da corrente. O Barco deixa a gente num ponto e nos resgata mais a frente. Já mergulhei várias vezes ali e sempre vemos bastante coisa.

Nos equipamos e fomos para a água. Após nos reunirmos, iniciamos a descida. Comecei a descer já nos primeiros metros não consegui compensar, novamente, o ouvido esquerdo. Tentei diversas vezes e quando senti que a dor estava aumentando, resolvi abortar o mergulho e subir. Já na superfície, vi o barco bem longe e fui nadando em direção a ele. Já no barco, troquei a roupa e fiquei curtindo um sol gostoso que batia na proa da embarcação. A tarde estava bem agradável. Aproveitei para fazer um lanche enquanto o pessoal curtia o mergulho.

Essa foi a primeira vez que não consegui compensar. Tem sempre a primeira vez... Aos poucos todos foram voltando ao barco e seguimos até ao cais. Nos despedimos e seguimos andando até a mesma padaria onde tomamos o café da manhã e fizemos um lanche antes de pegar a estrada e voltar para casa.

Um sábado bem agradável e com a esperança de que me anime e volte a mergulhar com mais frequência.















quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Mergulho em Arraial do Cabo

Por Leandro do Carmo

Data: 18/12/2021
Local: Arraial do Cabo
Participantes: Corsário Divers





1° Mergulho – Ilha dos Porcos (Ponta Sul)
Tempo de fundo: 48 min
Profundidade Máxima: 10,8 m
Temperatura da água: 19°C

2° Mergulho – Enseada dos Cardeiros
Tempo de fundo: 57 min
Profundidade Máxima: 8,6 m
Temperatura da água: 21°C

 

Relato

Com a pandemia do Corona Vírus, havia ficado cerca de 2 anos sem mergulhar. É muito tempo! Quando recebi o convite da Corsário Divers, informando do mergulho, tratei logo de confirmar minha presença. Tinha um pouco mais de 1 mês para colocar tudo em dia. Meu equipamento estava há todo esse tempo guardado. Meu colete já havia quebrado o encaixe da rosca das válvulas de segurança e da traqueia. Isso já sabia que tinha que consertar. Meu regulador, contando esses dois anos, mais o tempo da última revisão, já pedia manutenção urgente! Bom, não teve jeito... Enviei tudo de uma vez para a CPCATIV SUB – Manutenção de Equipamentos de Mergulho. Com tudo em mãos, foi só esperar o dia chegar...

Arrumei todo o equipamento na véspera. Dei uma conferida extra em tudo para ter certeza de que não iria esquecer nada. Os dias andavam chuvosos, mas isso não me preocupava muito. Queria mais era dar uma treinada e ver como iria me comportar depois de tanto tempo sem mergulho. O ponto de encontro foi marcado no Cais da Praia dos Anjos, as 08h 30min. Para chegar lá tranquilo, saí de Niterói as 5h da manhã. A viagem foi tranquila e cheguei lá as 07h30min, com tempo suficiente para estacionar o carro tranquilo e tomar um café da manhã.

Cheguei no Cais no horário combinado e foi só esperar todos chegarem. Com todo mundo reunido, embarcamos no Tora Tora para o tão esperado mergulho. Era uma manhã bem agradável. Nosso primeiro mergulho seria na Ilha dos Porcos. A navegação foi rápida, tão rápida que já tem que sair arrumando as coisas. Depois de assistir ao breafing da equipe da SeaQuest, dividimos os grupos e as duplas. Minha dupla seria o Fernando Pessoa.

Com tudo pronto, fomos para água. Levando em consideração que estávamos em Arraial do Cabo, nem estava tão frio assim, algo próximo dos 18°C. Já na água, juntamos nosso grupo e olhando a corrente, decidimos começar indo contra a corrente para depois voltar a favor dela. Era hora de ir para o fundo. Levantei a traqueia, esvaziei o colete e comecei a descer. Desci lentamente até próximo dos 6 metros, onde comecei a bater pernas e iniciei mergulho.

A visibilidade não estava muito boa. Minha preocupação era conseguir compensar o ouvido, mas estava tudo tranquilo. Nesse primeiro mergulho, nem trouxe minha máquina, achei que fosse mais uma coisa para me preocupar. Queria mesmo era curtir. Avistei vários peixes como Salema, Baiacu, Cofre, borboleta, etc. Muitas águas-vivas naquele ponto. Ainda avistei uma tartaruga e uma moreia. Eram vários cardumes. Além dos peixes, muitos corais e outros animais como estrelas do mar davam o um toque especial ao mergulho.

A todo momento acompanhava o tempo e a quantidade de ar. Havia começado meio tenso e com a respiração mais rápida, o que me fez consumir mais ar que o de costume, mas conforme o tempo foi passando, voltei ao meu ritmo de sempre. Com cerca de metade de ar na garrafa, começamos o retorno. Na volta, cruzamos com diversos outros mergulhadores. Chegamos num ponto e fomos para a superfície e vimos que o barco ainda estava um pouco longe, aí descemos novamente pois seria mais fácil ir pelo fundo do que nadando na superfície. Mais alguns minutos e subimos praticamente ao lado do barco. Primeiro mergulho completo, tudo certo. Agora era hora do descanso e se preparar para o próximo.

Entrou um vento mais forte, o que inviabilizava outro mergulho por aquele lado. O segundo mergulho foi no lado oposto de onde estávamos, um pouco depois da Praia do Forno. Em poucos minutos já estávamos no segundo ponto de mergulho, deu menos tempo ainda para se arrumar, mas já estava tudo meio que encaminhado e foi mais rápido. Aos poucos, todos começaram a ir para água. Equipamento arrumado, era hora de ir para água. Sempre acho o segundo mergulho mais difícil de iniciar. Com corpo já seco e quente, ter que colocar a roupa molhada e cair na água é um sofrimento, mas logo passa...

Já na água, nos distanciamos um pouco do barco. Quase não ventava e estava bem parado, sem corrente. Desinflei o colete e fui para o fundo. Já estava bem mais tranquilo. A temperatura estava bem agradável também, 21°C. Optamos por seguir para a direita e fomos nadando suavemente. Tinha menos peixe nesse trecho, mas estava mais agradável que o primeiro. Foi um mergulhos em muitas surpresas.

De volta ao barco, tratei de arrumar logo as coisas na bolsa, pois a navegação de volta também era rápida. Passamos pela Praia do Forno e logo estávamos de volta ao cais. Ali, nos despedimos e peguei a estada novamente para Niterói. Pra quem estava esse tempo todo sem mergulhar, até que foi excelente. Pronto para a próxima!









terça-feira, 11 de novembro de 2014

Vídeo: Projeto Limpando Nossa Praia: Um Mergulho Consciente!

Por Leandro do Carmo


Fala Pessoal!!!

Esse é o vídeo do dia que fizemos um grande mutirão na RESEX Itaipú em parceria com Parque Estadual da Serra da Tiririca. Foram diversas ações na praia e laguna de Itaipú. Estima-se que foram retirados cerca de 3 toneladas de lixo. Esse vídeo é só uma parte desse grande evento.

Um agradecimento especial ao João Paulo e ao Ângelo Cordeiro que me acompanharam no mergulho e ao meu irmão Leonardo Carmo e meu tio Renato Rubis que nos deram apoio logístico nos caiaques.

Confira como foi!!! Para ler o relato e ver as fotos clique aqui.


Vídeo em HD

domingo, 21 de setembro de 2014

Projeto Limpando Nossa Praia - Um mergulho consciente!!!

Por Leandro do Carmo

Projeto Limpando Nossa Praia - Um mergulho consciente!!!

Local: Praia de Itaipu
Dia 20/09/2014
Participantes: Leandro do Carmo, João Paulo Neto, Leonardo Carmo, Renato Rubis e Angelo Cordeiro


Relato

A ideia de fazer um mergulho para limpar o fundo já era um projeto antigo. Sempre esbarrei na falta de participantes. Conversando com o Felipe Queiroz do Parque Estadual da Serra da Tiririca, fiquei sabendo que teria um evento de limpeza na praia de Itaipú. Fiz alguns contatos e logo arrumei um voluntário, o João Paulo. Ele ficou bastante entusiasmado com a idéia e logo nos organizamos. Fizemos vários convites, mas no final das contas, estávamos em apenas três para o mergulho.  Pouca gente, mas o suficiente para efetuarmos o trabalho.


Com tudo certo, fui procurar alguém para ficar no apoio com os caiaques. Meu medo era ficar muito vulnerável com o movimento das embarcações na superfície. Assim falei com meu tio, o Renato e meu irmão Leonardo, que logo aceitaram o convite. Assim estávamos com a equipe completa.

No dia do evento, o João Paulo foi pegar as garrafas alugada em Jurujuba. Eu, meu irmão e meu tio, chegamos cedo em Itaipu, pois nosso medo era não conseguir um bom lugar para estacionar e ter que carregar o equipamento por uma distância maior. Ficamos bem localizados e assim que estacionamos o carro, fomos retirando os caiaques de cima do carro, deixando tudo pronto. Algum tempo depois, o pessoal do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET chegou e montou o stand que receberia os voluntários.  Fui até a praia, onde outro grupo também organizava atividades, inclusive uma de mergulho. Ali estava a maior concentração de pessoas. Voltei e meu irmão e meu tio foram para a água dar uma remada enquanto eu aguardava o João Paulo.

Nesse meio tempo, o João Paulo me ligou dizendo que tinha que esperar encher as garrafas, pois as que tínhamos alugado, foram levadas por outra pessoa.  Paciência. . . Era preciso 20 minutos para encher uma. Como havíamos alugado 3, teríamos um atraso de 1 hora. Não tinha outra maneira a não ser esperar. Depois de algum tempo, dei uma ligada para o João Paulo que falou que já estava no estacionamento. Fui até lá, peguei os últimos equipamentos e levamos tudo para a areia. Já tinha bastante gente quando chegamos. Algumas pessoas já haviam começado a coleta de lixo na praia.

Com tudo pronto, decidimos que começaríamos o mergulho numa pequena enseada e seguiríamos batendo o fundo até um determinado ponto mais a frente.  Levamos tudo para a água e fomos colocando em cima do caiaque. O meu ficou super lotado: duas garrafas com colete, cintos de lastro, roupa, nadadeira e mais algumas coisas. Meu tio levou algumas coisas e o meu irmão, como tem um caiaque fechado, teve que rebocar uma garrafa com um colete, o que deu um arrasto forte. O João Paulo e o Ângelo seguiram pela areia e foram caminhando até o nosso ponto de saída.

Fui remando até lá e vi que o mar estava um pouco mexido. Mas ali era raso e daria para desembarcar o equipamento. Não estava muito confortável, mas foi o que deu. Tinha muito ouriço no fundo de pedras, o que nos rendeu alguns espinhos no pé. Rapidamente nos arrumamos e seguimos até um ponto mais tranquilo. Ali, combinamos que o Leonardo e o Renato nos acompanhariam durante o mergulho, dando o apoio necessário. Faríamos 30 minutos de mergulho, subiríamos até a superfície e programaríamos o próximo.

Assim fizemos. Descemos e fomos seguindo. A visibilidade não era das piores. Já nesse começo, retiramos alguns plásticos e mais a frente vimos uma âncora, que marcamos o local para voltar um outro dia. Mais a frente, retiramos alguns cabos e redes e fizemos nossa primeira subida à superfície. Deixamos nos caiaques o material recolhido e  voltamos para o fundo.

Continuamos nosso mergulho e mais a frente, retiramos mais rede e cabos enroscados, que por sinal é o que mais tem no local. Deu muito trabalho, pois estava bem preso entre os corais e tínhamos que cortar os cabos e ir dividindo em pedaços menores, para facilitar a retirada. Soltei também, um grande pote de plástico que estava preso e um grande pedaço de rede.

Quando estávamos com uns 40 minutos de mergulho, subimos e decidimos ir voltando devagar. Na volta, encontramos um barco que nos avisou que havia uma grande rede bem abaixo deles e que não estavam conseguindo tirá-la. Descemos e analisamos o local. Vi que ela estava agarrada em duas grandes garatéias e enroladas em cabos. Vi que para tirá-la, precisaria cortá-los. Assim começamos. Cortamos alguns cabos e fomos puxando e, devagar, a rede foi soltando. O problema agora era conseguir trazê-la para a superfície. Eu, João Paulo e o Angêlo seguramos nos cabos e começamos a subir. Fizemos muita força, mas conseguimos chegar à superfície. Tivemos ajuda do barqueiro Léo, onde conseguimos colocá-la em cima do barco, finalizando com sucesso o resgate.

Como essa subida foi bem cansativa, aceitamos a carona do Léo até a praia. No caminho ouvimos alguém pedir ajuda, eram dois mergulhadores que tinham achado uma tampa de fogão, mas que pelo peso, não estavam conseguindo subir com ela. Arrumamos um cabo no barco e o João Paulo desceu e amarrou a tampa e cortou alguns cabos que a prendiam, assim, do barco, conseguimos puxá-la. Com mais esse inusitado lixo, ouvimos mais dois mergulhadores chamarem Um deles, era o Sérgio Schueler avisando que acharam um triciclo. Chegamos perto, puxamos o cabo e colocamo-lo dentro do barco. Agora sim estávamos pronto para voltar. 

Chegamos à praia e tinha tanto lixo que foi preciso colocar o barco na areia para retirar tudo. Algumas pessoas ajudaram e assim ficou mais fácil. Levamos tudo para um local reservado na praia, onde alguns biólogos faziam a separação e retiravam alguns seres marinhos que estavam presos na rede e nos cabos.

Missão cumprida!!! Pousamos para a foto junto com o nosso troféu!!! Valeu pessoal e que essa seja a primeira de muitas!!!! Até a próxima!!!!

 















quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Limpando Nossa Praia

Por Leandro do Carmo

Fala pessoal, no dia 20 faremos um mutirão na praia e laguna de Itaipú. Sua presença será muito importante.São pequenas ações que fazem a diferença!!!

Atenção mergulhadores: Levem seu equipamento autônomo ou apenas sua máscara e participe!!! O evento é aberto a todos.




domingo, 3 de agosto de 2014

Vídeo: Mergulho em Cabo Frio RJ

Por Leandro do Carmo

Cabo Frio é a maior cidade da Região dos Lagos. Suas belas e famosas praias, como a Praia do Forte e a Praia do Peró, nos dão uma ideia do que é o mergulho no local. Os mergulhos estão concentrados num conjunto de ilhas próximo a costa, o que acessamos com pouco de tempo de navegação. Ainda não tinha mergulhado no local, não sabia o que estava perdendo. Excelente!!!! Confira:



Vídeo em HD



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Mergulho em Cabo Frio - RJ

Por Leandro do Carmo

Mergulho em Cabo Frio - RJ

Local: Cabo Frio
Data: 06/07/2014
Participantes: Corsários Divers
Operadora: Over Sea

Mergulho em Cabo Frio






Pequeno histórico da cidade de Cabo Frio

Cabo Frio é um município do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a 22º52'46" de latitude sul e 42º01'07" de longitude oeste, a uma altitude de quatro metros acima do nível do mar. Faz divisa com Armação dos Búzios a leste, Arraial do Cabo a sul, Araruama e São Pedro da Aldeia a oeste, e Casimiro de Abreu e Silva Jardim a norte. É o sétimo município mais antigo do Brasil e o principal da Região dos Lagos. Possui 200.380 habitantes, segundo estimativa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em agosto de 2013.

Descoberto por Américo Vespúcio em 1503, Cabo Frio teve a sua colonização marcada pelo constante ataque de piratas franceses e holandeses. A cidade povoada através de concessões de sesmarias, foi o ponto de partida para exploração do pau-brasil. Em 1615, os franceses foram derrotados pelos portugueses. E em 13 de novembro do mesmo ano fundam a cidade Santa Helena. Em 15 de agosto de 1616 instala-se o município, passando a cidade chamar-se Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio.

Até o século XIX, a economia baseava-se na agricultura com mão-de-obra escrava. A abolição da escravatura ocasionou o colapso econômico; só se restabelecendo bem mais tarde com o desenvolvimento da indústria do sal, da pesca e do turismo, sobretudo após a implantação da rodovia e da estrada de ferro, esta última, hoje, desativada.

Pontos de Mergulho:

Ilha Comprida
Ilha do Breu
Ilhas das Emerências (de Dentro e de Fora)
Ilha Dois Irmãos
Ilha dos Capões
Ilha dos Papagaios
Ilha dos Pargos
Ilha Redonda
Laje do Foguete
Laje do Peró



Relato

Ainda não havia mergulhado em Cabo Frio e há muito tempo ouvia falar dos pontos de mergulho do local. Surgiu essa oportunidade de ir com a Corsários Divers e não pensei duas vezes. Aceitei o convite. Nosso ponto de encontro foi em frente ao condomínio onde mora o Leandro Pessoa, em Manilha. Marcamos às 05:40h e saímos por volta das 06:00h. Ainda paramos em um ponto da Via Lagos para tomar um café da manhã e seguir viagem.

Chegamos no local de saída, que fica ao lado do Mercado Municipal de Peixes de Cabo Frio. Lá tem um amplo estacionamento, o que facilita muito para a logística. Seguimos até a operadora Over Sea e fomos arrumando as coisas dentro do barco. Não lembro em quanto estávamos, mas estava cheio, é muito melhor mergulhar em saídas assim, com amigos se torna muito mais agradável. Posso até não conhecer todo mundo, mas amigo de amigo, amigo é!!!!

Como estávamos em um grupo grande, tudo tinha que está bem organizado, pois se não, seria uma confusão dentro do barco. A tática que o Leandro Pessoa arrumou foi a seguinte: separava os grupos e indicava os cilindros que iriam utilizar, assim já poderíamos entrar no barco e ir arrumando o equipamento. Deixei quse tudo pronto antes mesmo do barco sair.

Ainda não estava definido o local do mergulho, dependíamos das condições do mar. Pelas notícias que tivemos durante a semana, a visibilidade estava quase a 15 metros. A expectativa era grande. Curtimos a navegação no canal Itajuru, apreciando as belas lanchas e mansões nas suas margens. Na saída da barra, a visão do Forte São Matheus e a praia do Forte, eram um espetáculo a parte. Ao sair do canal, o vento estava forte, deixando o mar um pouco mexido. Alguns enjoaram. Seguimos para o lado oeste da Ilha Comprida, nosso primeiro mergulho do dia.


Primeiro Mergulho – Ilha Comprida
---------------------------------------------
Perfil do Mergulho

Tempo de Mergulho: 61 min
Profundidade Máxima: 11 m
Início do Mergulho: 10:35 h
Temperatura da água: 22°C
---------------------------------------------

Não foi o melhor local para ancorar, mas não estava nem aí, queria era cair logo na água e antes mesmo do barco desligar os motores, já estava pronto. Esperava apenas o meu grupo. Ainda bem que todos foram rápidos e alguns minutos depois já estávamos dentro d’água. O dia estava bem agradável. A água é que estava um pouco fria. Porém, a visibilidade estava boa e compensava qualquer coisa. Começamos a descer e quando estávamos no fundo, foi só esperar o OK de todos para iniciarmos nosso mergulho. Nessa primeira parte, como referencial, tínhamos a Ilha Comprida a nossa direita, assim, voltaríamos com ela a nossa esquerda.

De cara já vemos muitas gorgônias, conhecidas com Orelha de Elefante, que balançam lentamente com a corrente, formando um belo espetáculo. Um pouco mais a frente uma arraia repousava no fundo. Fomos seguindo acompanhando pequenos peixes mas nada que impressionasse. Acho que fiquei mau acostumado com Abrolhos... Numa toca, um pouco depois, uma moreia pintada nos recebia com seu famoso movimento de abrir e fechar a boca, utilizado para forçar a entrada de água para as brânquias, conseguindo, assim respirar, visto que ficam maior parte do tempo paradas dentro da toca. Muitos tem medo de chegar perto, mas com certeza passamos por muitas e nem nos damos conta, se não a ameaçarmos, não teremos problemas!

Passei e vi um pontinho azul numa pedra, voltei e vi que era um nudibrânquio, há tempos que não via um. O refluxo ali estava um pouco forte, o que não permitiu bater fotos ou filmá-lo como queria. Seguimos até um pouco mais a frente e começamos o nosso retorno, agora com a pequena corrente a nosso favor. Na volta, mais uma moreia. Agora ela estava repousando numa fenda, sem a sua posição tradicional. Alguns baiacus e um peixe cofre, roubaram a cena nessa volta. Continuamos e chegamos bem em baixo do barco, onde fizemos nossa parada de segurança e retornamos a superfície.

No barco já deixei o equipamento pronto para o próximo mergulho. Assim quando todos começassem a subir, daria espaço para cada um arrumar o seu. Aproveitei para pegar um pouco de sol na proa da embarcação e fazer um lanche. A essa altura a fome já apertava. Aos poucos, todos foram subindo. E após a tradicional chamada, navegamos até o nosso próximo ponto de mergulho, a Ilha dos Papagaios.


Segundo Mergulho – Ilha dos Papagaios
---------------------------------------------
Perfil do Mergulho

Intervalo de Superfície: 01:07 h
Tempo de Mergulho: 62 min
Profundidade Máxima: 16,1 m
Início do Mergulho: 12:43 h
Temperatura da água: 22°C
---------------------------------------------

A navegação foi mais tranquila que na ida. Tínhamos o vento a nosso favor. Depois de alguns minutos, estávamos já ancorados e nos preparamos para o próximo mergulho. Dessa vez, mergulharíamos no Ilha dos Papagaios, a ilha mais visitada da região, devido a proximidade da saída do canal e por ser um local abrigado dos ventos predominantes da região. Nosso ponto de mergulho seria na terceira enseada na face oeste.

Depois de tudo pronto, caímos logo na água, afinal de contas, estávamos ali para isso! Seguimos com a ilha a nossa esquerda. Logo de cara já deu para perceber que esse mergulho seria melhor que outro. Tinha muito mais vida. Muitos mais peixe pelo caminho.

Mais a frente, uma grande tartaruga repousava entre as pedras. A oportunidade de filmá-la e fotografá-la bem de perto. No começo, ela nem se incomodou, parecia que nem estávamos ali. Mas aí já viu... Abusamos um pouco e chegamos tão perto que não teve jeito, ela bateu em retirada... Continuamos nosso mergulho e para minha surpresa vi um polvo, tinha acabado de soltar sua tinta preta, tentando se defender de quem chegou um pouco perto demais. Fiquei ali ainda algum tempo vendo-o se movimentar de um lado para o outro. Ver um polvo fora da toca, a essa hora, não é uma coisa tão comum.

Mas as boas surpresas não pararam por aí. Um grande cardume de filhote de olho de cão, pelo menos era o que parecia, estava estacionado mais a frente. Um belo visual. Por vezes passava pelo lado, por baixo, por entre e parecia que eles não se importavam com a minha presença. Seguimos um pouco mais para o fundo, atingindo 21 metros. Voltamos logo em seguida pois não havia muita coisa de interessante.

Na volta passamos por duas grandes manilhas colocadas lado a lado, sem muito atrativo. Na hora tentei imaginar o motivo, que só fiquei sabendo mais tarde, depois de uma pesquisa na internet, que fora colocado ali para a criação de recife artificial. Passamos por um ponto, já na volta, onde o refluxo ficou mais forte, hora jogava para frente, hora, para trás. Acelerei um pouco para passar do local. Ameaçou a me dar câimbra na perna esquerda. Dei uma alonga e aliviei um pouco a batida nessa perna, sem forçar outra.

Segui bem devagar até em baixo do barco, onde fiz a parada de segurança e subi até a superfície. No barco, foi comemorar o grande mergulho. Comentei que esse, havia sido melhor que o primeiro e todos concordaram comigo. Arrumei todo o equipamento, assim ficaria tranquilo durante o resto do tempo. Aproveitei para tomar um pouco de sol. Aos poucos todos foram subindo a bordo e iniciamos a nossa volta.

Por enquanto a navegação estava tranquila, ainda estávamos abrigado do vento, passando pelas segunda e primeira enseada. O comandante do barco pediu para que ninguém ficasse sentado nas bordas da embarcação. Em breve entraríamos na parte agitada da navegação. De onde estávamos, dava para ver, mais a frente, que o mar estava grosso. Ultrapassamos a ponta da ilha e entramos na zona do vento. Navegamos ainda mais alguns metros numa diagonal, com algumas ondas atingindo o barco a boreste, até que numa rápida manobra, o comandante colocou o barco com o vento de popa. Aí, foi só seguir até a entrada da boca da barra, onde entramos, sem problemas, no canal Itajurú. Ali estava sem vento e navegamos até o cais, todos com o sorriso nos rosto e aquele gostinho de quero mais!!!


Valeu Corsários, missão cumprida, até a próxima!

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio

Mergulho em Cabo Frio