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domingo, 17 de janeiro de 2016

Cinco Pontões: Um paraíso em terras capixabas!

Por Leandro do Carmo

Cinco Pontões: Um paraíso em terras capixabas!

Local: Espírito Santo
Data: 23 a 26/10/2015
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Renato Rubis e Anelise Machado


A Pedra dos cinco pontões é um monumento natural tombado pelo Patrimônio histórico do Estado do Espirito Santo. Trata-se de um magnifico maciço montanhoso natural que engloba terras dos municipios de Laranja da Terra e Itaguaçu. Seu pico mais alto alcança 1.200 metros de altitude e são várias as lendas e histórias que se contam sobre o lugar. A  "pedra"  como é conhecida constitui-se de um magnifico conjunto de cinco picos graníticos que se erguem e podem ser apreciados a grande distância.

Todo esse conjunto de rochas, incomuns em seu aspecto de relevo brasileiro, são margeados por remanescentes da floresta atlântica, existindo ainda uma mata em bom estado de conservação.

Relato

Meu primeiro contato com Cinco Pontões foi lendo o livro Horizontes Verticais, de Jean Pierre von der Weid. Na época, não tive dúvida que estaria lá um dia. O local é fantástico e formação rochosa é uma das mais belas do Brasil, quiçá do mundo...

Mas chegar a Cinco Pontões não seria uma das tarefas mais fáceis. São aproximadamente 570 km, em quase 10 horas de viagem. Quando se chega lá, percebe-se que a viajem foi até curta.
Enquanto programava a viagem, descobri que a família da esposa de um amigo meu era de Laranja da Terra. Ele nos indicou um lugar para ficarmos, Recanto da Pedra (vou falar sobre essa excelente hospedagem mais tarde). O melhor de tudo era que, chegando à Laranja da Terra, teríamos alguém para nos guiar até ao ponto onde ficaríamos. Como não tinha muita referência do local, fiz contato com o Oswaldo Baldin, montanhista capixaba com algumas conquistas no local e ele me indicou o mesmo local. Com a data da viagem e o local da hospedagem definidos, era hora de arrumar as mochilas!

Tínhamos um grupo definido, mas tive que antecipar a data da viagem em 1 dia, o que fez algumas pessoas desistirem. No final, éramos 4:  Eu, meu irmão, meu tio e a Annelise para a missão. Marcamos de sair no dia 23, sexta feira, às 4 da manhã, assim estaríamos passando por Campos ainda cedo, o que facilitaria um pouco, devido ao trânsito dessa cidade. Seguimos na estrada e fizemos nossa primeira parada no posto Oásis, antes de chegar a Campos. Primeira parada para esticar as pernas e seguimos até a segunda entrada para Cachoeiro de Itapemirim, aos pés da Pedra do Frade e a Freira. O caminho a partir daí é um espetáculo a parte. Você vê a Pedra do Frade e a Freira por um outro ângulo e passa bem próximo da fantástica Pedra de Itabira, além de muitas outras montanhas.

Seguindo viagem, passamos por placas de algumas Unidades de Conservação, como Pedra Azul e Forno Grande, mas essas terão que ficar para uma outra oportunidade... Cruzamos algumas localidades como Vargem Alta e Domingues Martins, até que chegamos a uma que chamou a atenção: Afonso Cláudio. Lá passamos pelos Três Pontões. Pela foto já dispensa comentários... Outra na lista das espetaculares montanhas capixabas! A essa altura, faltava pouco. Seguimos e chegamos à Laranja da Terra. No pequeno centro da cidade, liguei para o Fabrício, ele seria o nosso guia até os Cinco Pontões. Demos uma esticada nas pernas, afinal de contas já estávamos a mais ou menos 9 horas na estrada. Seguimos caminho até o nosso objetivo.

Se não tivéssemos encontrado o Fabrício, teria sido mais complicado de chegar. Paramos na estrada para bater algumas fotos e entramos numa estradinha de chão. O Fabrício ainda nos levou até uns lugares fantásticos. A vista era coisa de cinema. Sem palavras... Mas o nosso destino ainda não havia chegado e voltamos novamente à estradinha de chão. Passamos por alguns lugares e logo estávamos vendo os Cinco Pontões de outro ângulo. Continuamos andando até chegamos ao Recanto da Pedra. Enfim chegamos!!!

Fomos muito bem recebidos pela Luíza e pelo Antônio. Esticamos as pernas e fizemos um lanchinho rápido. Da grande varanda do Recanto, podíamos apreciar a bela vista do Pontão Maior e o 17 de Julho, além do Pitoco do Alemão. Com 30 minutos de conversa, já parecia estar em casa. O Recanto da Pedra é a única hospedagem no local. Toda a família trabalha no negócio. Além da hospedagem, eles trabalham com o ecoturismo, fazendo dos Cinco Pontões, a atração principal.

Como chegamos ainda dia, resolvemos ir ver o por do sol lá de cima. O Fabrício nos levou até o começo da escalada do Pico Maior. Assim pudemos conhecer o caminho que faríamos no dia seguinte para escalar. Seguimos de carro até onde deu e caminhamos por mais alguns minutos. Era hora de esticar as pernas. A trilha está bem definida e limpa. Caminhamos em meio aos eucaliptos, característica do local. Por sinal, percebi que as lavouras de café vem dando lugar aos eucaliptos, talvez pela praticidade. Não sei qual será o impacto disso no futuro...

Lá do alto dava para ver uma vista bem bonita. As nuvens e uma nevoa branca prejudicaram um pouco o visual. O por do sol ficou encoberto, conseguimos ver somente alguns raios laranja pela lateral de uma grande nuvem. Segui até a base da escalada. Sabia que havia sido feita uns degraus, mas não sabia que eram tantos...

horizonte, vimos a chuva se aproximando. Aceleramos a descida afim de não nos pegar no caminho. De lá de cima, o Fabrício se despediu e seguiu o caminho de volta. Descemos até o Recanto da Pedra e ficamos conversando até a janta sair. A segunda grande atração do dia... Aos poucos o cansaço foi batendo e só nos restou subir e descansar... O dia seguinte prometia...

Como o dia anterior havia sido bem cansativo, marcamos nosso café da manhã para as 8 horas. Nosso objetivo de hoje seria subir o Pontão Maior e descer até a cangalha e dar uma explorada pelo local. De barriga cheia partimos para a subida. O dia prometia ser quente, como os que vinham sendo. Caminhamos por cerca de 40 minutos até chegar à base da escalada. Apesar da escadinha e dos cabos de aço, resolvemos subir encordados. Estávamos eu, meu irmão e a Annelise. Subi na frente até o primeiro platô e eles vieram logo em seguida. Dali foram mais dois lances e logo estávamos no cume. Um 360º fantástico. Hoje o dia estava mais limpo que o dia anterior.

Estávamos vendo sob outra perspectiva. Ontem estávamos lá em baixo, agora aqui em cima. O Pico 17 de Julho sobressaía aqui na frente e roubava a cena. Ainda fiquei contemplando a paisagem olhando até onde o horizonte permitia, pensando o quão somos pequenos... Somos apenas três minúsculos pontos aqui em cima... Como o dia estava mais aberto que o anterior, o calor, consequentemente, estava mais forte. O dia limpo cobrava seu preço! Resolvi descer até a cangalha. Uma estreita passagem para o Pico Gêmeo. Fixei uma corda extra que havia levado e rapelei até a base. Foram uns 50 metros. Fui até à base da escalada do Gêmeo. Com o calor que estava fazendo, essa vai ficar para a próxima.

Voltei pela corda, e nos preparamos para descer. Foram dois rapeis de volta até a base. O calor estava forte e voltamos até o Recanto. Fui direto para a ducha. A água estava ótima. Não tinha outra coisa a fazer. No resto do dia, curtimos um bom papo, regado a uma caipirinha especial e como já era de se esperar, uma maravilhosa janta.

No dia seguinte, devido ao calor, nem subimos tão cedo. Era dia de evento no Recanto da Pedra. Quase todo final de semana eles organizam uma subida ao Pico Maior. Nesse, não foi diferente. Acordamos decididos a subir a via normal do Pontão Maior. Fomos eu e meu irmão apenas, a Annelise preferiu ficar na pousada. A via segue, em seu começo, paralela e a esquerda da escada e depois da primeira parada, e escada corta a via e ela passa para direita. Fizemos a caminhada inicial e logo chegamos à base da escalada.

Na base, nos encordamos e eu segui guiando. A primeira enfiada foi bem tranquila, com boas agarras, em um formação rochosa daquelas na qual as agarras pareciam estar coladas. Algumas quebravam, mas fazendo um teste antes, dá para seguir tranquilo, até porque essa via não é das mais complicadas. Rapidamente cheguei a primeira parada dupla. Meu irmão veio logo em seguida. Pedi que ele parasse no grampo abaixo, pois já sairia tirando o fator 2 do crux. Saí um pouco para a esquerda e toquei pra cima até o próximo grampo. Subi mais um pouco e cruzei a escada até o próximo grampo. Daí foram mais alguns grampos até o cume.

Como no dia anterior, o sol estava fortíssimo. Sem condições de fazer as outras escaladas. Aproveitamos a corda do pessoal do rapel e descemos num esticão só. Aí foi voltar debaixo de um escaldante e curtir uma ducha refrescante no Recanto da Pedra. Ainda ficamos para o churrasco curtindo o final de domingo num clima agradável. O tempo foi passando e saudade já foi batendo.

Já no dia seguinte acordamos bem cedo. Tomamos um café nos despedimos e nos preparamos para a cansativa viagem. O Antônio nos acompanhou pela estrada de terra para que não errássemos o caminho. Aí foi dar aquela última olhada pra trás e seguir com um sorriso de satisfação e um coração apertado, já consumido pela saudade... 

Valeu Cinco Pontões!!!!! 

Cinco Pontões

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Relato da Escalada à Pedra do Frade e a Freira - ES

Por Leandro do Carmo

Local: Espírito Santo
Dias 17, 18 e 19 de Outubro de 2014
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Denise do Carmo, Vinícius Araújo, Andréa Vivas, Roberto Andrade, Michael Rogers, Beatriz, Mariana, Alexandre Rockert e Bruna Novaes.


Dicas:

Hospedagem e alimentação: Pousada Chalés do Frade
Como chegar: Seguindo pela BR 101, sentido norte, após passar a segunda entrada para Cachoeiro do Itapemirim, uns 50 metros após, tem um bar, do outro lado da pisa, começa a subida, uns 4 km numa estradinha de chão.
Tempo de Viagem: Como tem muito trecho em obra na BR 101, o tempo de viagem é de 6 a 7 horas e a distância é de 400 km.
A Escalada: Não é uma escalada técnica, mas o equipamento de segurança é indispensável; eu não utilizei sapatilha, mas ela pode trazer uma pouco mais de segurança nos pés em alguns lances; o lance final é uma sequência de degraus de vergalhões fincados na rocha, com mais ou menos 20 metros.
Diversos: ideal para levar família e descansar; a alimentação é excelente; fica bem próximo a Cachoeiro de Itapemirim.

Relato

Não foi fácil encarar o sol forte para vencer os quase 200 metros de subida até o cume da Pedra do Frade... Mas estar lá foi fantástico!!! O espírito de equipe prevaleceu e conseguimos vencer mais esse grande desafio. Vamos ver desde o início como foi chegar ali.

Em uma viagem que fiz para Guarapari, vi aquela impressionante formação rochosa. Na hora já bateu a vontade de subi-la. Tinha certeza de que um dia estaria lá em cima. Assim que cheguei em casa, fui pesquisar para saber o nome e ter mais informações. Já que a logística para chegar lá não era das mais fáceis, acabei deixando como um projeto guardado.

Passado mais de um ano que conheci a pedra, resolvi que essa seria a oportunidade. Antes de entrar de férias, já tinha decidido que a subiria. Resolvi abrir esse passeio para os amigos do Clube Niteroiense de Montanhismo. Rapidamente foi aparecendo gente interessada. E não demorou muito para que tivéssemos formado um grupo de 14 pessoas.

Logística preparada, deixamos tudo certo durante a semana para que nada pudesse dar errado. Como eu estava de férias, resolvi sair na sexta de manhã, enquanto o resto do pessoal foi indo durante o dia e até a noite também. A viagem foi um pouco cansativa... Rodar quase 400 km não é uma tarefa das mais fáceis... Quando passei da entrada para Cachoeiro de Itapemirim, já começava a ver o nosso destino e a sentir o que iríamos encontrar pela frente.

Da BR 101 até a pousada, foram cerca de 4 km de estrada de chão. Um subida, que para quem não conhece, parecia que não chegaria a lugar nenhum. Andávamos e nada... Nenhuma casa para pedirmos informação... Mas sabia que estava no caminho certo... E mais alguns minutos havíamos chegado no Chalé do Frade. Fomos super bem recebidos pelo Henner e pela Valquíria, donos da pousada. Nada melhor que ser bem acolhido, principalmente num local onde não conhecemos.

Havíamos entrado num lugar fantástico. Difícil até de descrever... A vista para a Pedra do Frade era impressionante a Freira ficava escondida, mas nem por isso tirava o brilho do local. O som da natureza, aliado à beleza do local, traziam uma sensação ímpar. Como fui o primeiro a chegar, tratei logo de arrumar a casa e organizar onde nos acomodaríamos. Fiz contato com o Alexandre que chegou logo em seguida, junto com sua esposa e filha.

Estávamos tão encantado com o local, que eu e o Alexandre não conseguimos esperar o dia seguinte, já fomos até a pedra! Colhemos algumas informações sobre a trilha de acesso e seguimos pela estrada de chão. Foram uns 25 minutos de caminhada, mais uns 5 de trilha até que chegamos a uma laje de pedra, que lembra o Escalavrado. A vista daquele ponto surpreendia. Ainda não havíamos visto a Pedra da Freira, devido a posição que estávamos na pousada, mas ali ela se mostrava imponente, como se olhasse para o Frade. Subimos mais um pouco pelo costão até que paramos e ficamos apreciando a vista e batendo um papo.

Já com o sol se pondo, descemos de volta até a pousada, onde tomamos um caldo verde para fechar o dia. Faltavam ainda chegar dois carros, com oito pessoas, que sairiam no final do dia. Como a noite ficava mais difícil chegar ao local, fiquei acordado passando algumas coordenados por telefone. Por volta das 2 da madrugada, meu irmão chegou com a Mariana, Beatriz e o Michael.  O Vinícius, chegou somente às 4 h, com a Andréa, Bruna e o Roberto. Pronto agora estávamos completos! Combinamos o horário de saída do dia seguinte fomos descansar, afinal de contas, merecíamos!

No sábado de manhã acordei cedo, apesar da preguiça e já deixei tudo preparado. Aos poucos a galera foi acordando e logo estávamos prontos para começar a subida. Um grupo grande chegou e começou a se preparar para a caminhada, o que nos fez seguir rápido, pois não queríamos ficar esperando. Começamos a caminhada e esperamos o resto do pessoal na laje de pedra, bem antes da subida. Por nossa sorte o grande grupo foi só até a base de pedra, não seguindo até ao cume.

Com todo mundo reunido, nos equipamos ali mesmo, apesar de nos primeiros lances não ser preciso uso de equipamento, mas achamos melhor ficar na sombra a ter que nos equipar de baixo do sol forte. Começamos a subida e seguimos pelo costão até um lance mais inclinado onde o Leonardo subiu e fixou uma corda, assim, com um prussik, os outros participantes subiriam mais rápido.

Passado esse ponto, ele subiu mais pouco e fixou uma outra corda, agora com um lance um pouco mais delicado, comparado com o que já havíamos passado. Montamos um verdadeiro trabalho em equipe. Enquanto um subia, já havia outro se preparando, assim não perderíamos tempo, além de não ficarmos literalmente fritando de baixo do sol.

Nesse ritmo de revezamento, chegamos abaixo da cabeça, num local bem agradável e abrigado do sol. Ali, dava para descansar e recarregar as baterias. A pousada estava lá em baixo, parecia casinha de bonecas. Optamos por subir por uns degraus fixados na rocha, tipo o lance do elevador assim ganharíamos tempo. Estávamos em um grupo de 9 pessoas e essa, com certeza, foi a melhor escolha. Decidimos por fazer segurança de cima para todos os participantes, assim todos poderiam subir sem nenhum problema.

O primeiro a subir foi o Leonardo. Ele começou os primeiros degraus e foi costurando alguns para melhorar segurança, afinal de contas não sabíamos o estado deles. Alguns degraus estavam bem espaçados, o que nos fez colocar algumas fitas para facilitar a subida dos mais baixinhos. No cume, ele montou a parada e começamos a subida. Aos poucos todos subiram e eu fechei, retirando todo o equipamento deixados nos degraus.

A vista dali era fantástica. O Frade é bem mais alto que a Freira e de lá se tem uma vista perfeita da escalada dessa outra pedra. Dali, dava para ver do litoral ao interior. Um 360° de pura beleza. Cada um registrando o momento a sua maneira. Posamos para uma foto e já começamos os preparativos para a descida. Optamos por montar um rapel no mesmo lado que subimos. 

Fiquei por último novamente e liberei uma corda para que já fosse montado o segundo rapel da descida. Ali, no cume, sozinho, contemplei os últimos momentos de completo silêncio... Que foram quebrados por um “CORDA LIIIIIIVREEEEEEEE”. Desci e fui direto ao ponto do segundo rapel. O Vinícius já tinha iniciado e alguns utilizaram a corda somente para o equilíbrio. 

Fixamos mais uma corda e novamente o trabalho em equipe foi perfeito. Com um em cima orientando a montagem, um no meio e um no final, já montando o próximo. Nesse ritmo, rapidamente chegamos a base. Com o calor que fazia, só pensávamos na piscina da pousada. Talvez isso nos tenha feito descer a trilha em tempo recorde!!!!

Quando chegamos, foi só o tempo de jogar a mochila para o lado e dar um mergulho. Afinal de contas, não é todo o dia que se escala e se tem uma piscina no final!!! Mas nem tudo é perfeito!!! Algumas coisas são mais que perfeitas!!! 20 minutos depois, um excelente almoço já nos esperava. Com galinha da roça, polenta com milho da fazenda, feijão colhido no local e muitas outras delícias foram servidas... Sem contar o doce de banana com creme de leite... Foi comer e dar um grande descanso, afinal de contas ninguém é de ferro!!!!

Ao final da tarde, resolvemos volta lá em cima, até um platô, para contemplar o pôr do sol e esperar a noite chegar. Por um instante só ouvíamos o som da natureza. Nem carro, nem música, nada que atrapalhasse aquele momento. Havia levado fogareiro e como a Mariana nunca havia tomado um café na montanha, fiz esse grande esforço. Preparei um quentinho e ficamos ali rindo e contado histórias num começar de noite super agradável.

Descemos e para fechar a noite: panquecas, caldo verde e vinho, esse último levado pelo Vinícius. Combinamos de acordar cedo no dia seguinte e dar uma explorada numa via que tem ali perto, assim daria para aproveitar alguma coisa antes de ir embora.

No domingo, acordamos e depois do excelente café da manhã, seguimos para a base da via. O Leonardo e a Bruna, resolveram voltar no cume do Frade junto com a Mariana e a Beatriz, pois elas ainda não haviam subido. Na base da via, nos equipamos e nossa ideia era montar um top rope e ficar dando uns treinos, mas via era muito mais forte do que pensávamos. Comecei guiando e a saída já foi sinistra. Até chegar a uma grande laca, meio oca, foi preciso artificializar o lance. Mas dali para cima, deu para passar em livre.

Após o bonito lance em oposição nessa laca, dei uma parada para procurar os próximos grampos. Passei por um buraco e quando pisei em algumas folhas secas, saiu uma lacraia, de quase um palmo. Foi subindo a pedra na minha direção e só deu temo de torcer para ela não chegar até onde estava minha mão, por sorte, ela caiu novamente no buraco e se escondeu! Se a adrenalina estava forte... Agora então...

Segui mais acima num lance bem delicado e devido ao calor, resolvi montar o top rope ali e desci para que outros tentassem. Cada um fez o lance uma vez e o Michael fechou e recolheu costuras e fitas. Dali seguimos até a toca da Onça para explorarmos um possível caminho até a base da via de escalada da Freira. Mas essa ficaria para uma próxima...

Voltamos de nosso passeio e caímos direto na piscina. Comemos a excelente comida da pousada e descansamos até o final da tarde, quando nos arrumamos e seguimos viagem de volta...

Mais uma vez, missão cumprida!!!!