domingo, 23 de fevereiro de 2025

Expedição Bolívia 2024 - Resgate da GoPro e volta pra casa

Por Leandro do Carmo

Data: 26 e 27/08/2024
Local: La Paz
Participantes: Leandro do Carmo, Marcos Lima, Dâmaris Pordeus, Rafael Pereira, Ricardo Bemvindo, Daniel Candioto, Leandro Conrado e Jorge Pereira.



Dia Livre em La Paz

Chegamos cedo ao Terminal Rodoviário de La Paz. Diferentemente da ida, conseguimos um UBER para voltar. Foi bem rápido, muito por conta do horário. Assim que chegamos ao apartamento reencontramos o pessoal que foi para o Huyana Potosí e comecei a ouvir as histórias. Estávamos todos reunidos novamente. Tomei café da manhã e um banho para relaxar. Quando fui organizar minhas coisas e pegar a GoPro para levar, pois iríamos dar uma volta por La Paz, percebi que ela não estava lá. Procurei em tudo por mais de uma vez e nada. Pronto, havia perdido a câmera e o pior: todas as fotos da viagem!

Fiquei desanimado. Tentei lembrar pelos lugares que havia passado e como podia ter perdido a câmera. Eram 3 opções: Podia ter esquecido no carro, na agência de viagem ou no Hostel, onde tomei banho. Já estava dando como perdida. Fiz contato com a agência Jiwaki, pedindo o contato lá da Red Lagoon. Consegui fazer contato com a Melvi, da agência de Uyuni. Foi ela quem nos recebeu lá no local onde tomamos café da manhã. Expliquei para ela o que havia acontecido e um tempo depois, ela me mandou uma mensagem avisando que não estava no carro e que mais tarde iria até a loja da agência, onde arrumei a mochila.

Foram horas de angústia e isso acabou com meu dia. Enquanto aguardava a Melvi me responder, saímos para dar uma volta na cidade e aproveitei para fazer as últimas compras da viagem. Logo após o almoço, recebi a mensagem da Melvi, avisando que ela havia encontrado a câmera. Bom, primeiro problema resolvido. Agora, como que faríamos para a câmera chegar aqui. Uyuni está a 9 horas de ônibus e iríamos embora no dia seguinte.

Mais angústia... Agora sabia onde câmera estava, mas não sabia se conseguiria pegá-la. A Melvi me disse que iria até a Rodoviária de Uyuni e colocaria no ônibus da noite. Chegaria aqui no dia seguinte. Só que eu só poderia pegar a partir das 8:30 da manhã. Agora era esperar. Achava que não iria ter jeito, mas todo mundo me deu apoio, dizendo que iria dar certo. Só restava torcer.

Dia da volta

Acordei cedo, já torcendo para que tudo desse certo. O ônibus já deveria ter chegado à rodoviária. O Velhinho me acompanhou nessa furada e saímos de casa por volta das 7h. Chegamos cedo e fomos direto para o guichê da empresa PANASUR. Tinha muita coisa lá dentro e o meu pacote deveria estar no meio daquela montoeira de coisa. O falatório dentro da estação já estava grande. Não parava de ouvir “Copacabana, Cochabama, Oruru”. Será que não existia uma maneira mais silenciosa de vender passagem?

Tínhamos que esperar o horário e ficamos ali inventando coisa para fazer e até cadeira de massagem nós usamos! Minha preocupação era demorar e termos que ir embora, pois tínhamos horário para estar no aeroporto. A ansiedade era grande. Assim que o funcionário chegou, logo fui ao guichê para falar com ele e expliquei minha situação. Ele meio ríspido, apontou para a infinidade de pacotes dentro do guichê, avisando que tinha que organizar aquilo tudo. Pensei: “Pronto, agora tenho certeza de que não vai dar tempo.” Quando fiquei em frente ao guichê esperando, ele disse que não podia ficar ali e mandou eu ir um pouco mais para longe. Pronto, agora estava tudo perdido, pensei.

Mas logo ele encontrou o meu pacote. Assinei o documento e paguei pelo envio. Foi uma sensação de alívio. Tinha recuperado a câmera e as fotos. Enviei mensagem para a Melvi, agradecendo e pedi um UBER para o aeroporto. Foi mais rápido do que eu esperava. A partir daí, fiquei aliviado e caiu a ficha de que tinha acabado nossa viagem. Conforme o carro foi subindo a estrada em direção ao aeroporto, fui observando pela janela a cidade de La Paz ao fundo.

Chegamos bem rápido ao aeroporto de El Alto. Tomamos um café da manhã e seguimos para a área de embarque onde nos reunimos novamente. Assim que o avião decolou, fiquei olhando pela janela e passou um filme rápido desses dias. Foram experiências fantásticas. Muita dor e alegria. Muitas histórias que carregarei para sempre. Agora se voltarei, só o tempo dirá. Como montanhista tem memória fraca, quem sabe...





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