Por Leandro do Carmo
Regata Cavalo Marinho
Dia: 12/11/2023
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, João do Carmo e Alice do Carmo
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Arquivos da Regata
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Relato
Era um final de semana de sol e calor, bem diferente da última regata. Assim
que cheguei ao PREVELA, por volta das 10 horas, o vento já estava bem forte. Colocamos
os barcos já próximo a água e debaixo de um sol forte fomos arrumando tudo. Aos
poucos a praia foi enchendo. Em pouco tempo, tudo estava pronto. Isaías e Carol
e o Marcelo foram mais cedo para o Praia Clube São Francisco, mas eu fiquei
esperando o João e Alice chegarem. Peguei uma cadeira e sentei à sombra para
esperar o tempo passar.
Meu pai trouxe João e Alice por volta das 11h 30 min. Ajustamos tudo e dei a
última conferida no barco para ver se estava tudo certo. Guardei tudo e fechei
o container. Levamos o barco para a água e zarpamos, deixando a lotada praia de
Charitas para trás. Assim que passamos a altura dos barcos apontamos o rumo
para o Praia Clube São Francisco e numa empopada, seguimos num velejo bem
gostoso. Ali já quis logo ir timoneando e claro, deixei. Fomos conversando
sobre vários assuntos relacionados ao mar.
Rapidamente chegamos ao PCSF e entrei de primeira no canal, atracando sem
problemas. Lembrei da primeira vez... Lá, procurei uma sombra para ficar e as
crianças ficaram brincando. Já estava quase na hora e no aviso, seguimos para o
barco e começamos a nos arrumar. Colocamos os coletes e saímos faltando uns 20
minutos para o início da regata. Ficamos dando uns bordos no forte vento, já
treinando para a largada.
Quando tocou o sinal de que faltavam 5 minutos, tratei de ficar perto da
boia, para tentar largar melhor. João ajudou a controlar o tempo ficou vigiando
a sinalização das bandeiras. No sinal de 1 minuto, dei um bordo e calculei o
tempo para voltar. Quando tocou o sinal da largada, já estava bem próximo e
dessa vez consegui largar relativamente bem. Seguimos no contravento. Fui na
cola do barco de Isaías e Carol. Alguns seguiram por um caminho diferente.
Estávamos rumo a boia de Jurujuba, seguindo-a com a proa apontada para ela.
O vento estava bem forte e ainda tenho dificuldade em velejar no
contravento, mas seguindo as dicas do Mestre Marcelinho, conseguimos um ótimo
desempenho. Cacei bem a vela e foi preciso a ajuda das crianças para ajudar a
escorar. Uma diversão com o barco bem adernado. Aos poucos fomos chegando e
montamos a boia, deixando-a a bombordo, na terceira posição. Achei que essa
perna seria mais fácil, mas me enganei. Velejamos num través bem forte,
cortando as marolas de que começaram a jogar bastante água dentro do barco. Foi
preciso tirar água por algumas vezes.
As crianças já estavam ficando cansadas, pois elas estavam fazendo força
para ajudar. Mas como estávamos em terceiro, isso deixavam-nas animadas. Era a
oportunidade que tínhamos de chegar entre os três primeiros, uma meta que tinha
traçado lá no começo. Em um determinado momento, após passar uma marola maior,
o barco embicou para baixo e uma outra levou muita água para dentro, chegou até
cobrir meu pé. Tivemos que montar uma força tarefa para retirar a água.
Seguimos forte e em pouco tempo montamos a segunda boia. Mas não foi fácil. Assim
que deixamo-na à bombordo, perdi o controle e o barco deu uma balançada,
adernando forte. Nessa hora o João se molhou bastante, mas consegui estabilizar
o barco e seguimos numa empopada rumo ao PCSF. Com uma navegação mais
tranquila, deu tempo para descansar. Que grande aventura estávamos vivendo.
Bebemos água e seguimos velejando. Já próximos a boia, nos preparamos para
voltar à boia anterior e seguir no percurso. Passamos e fui rumo a Praia de São
Francisco, para tentar tornar o velejo mais tranquilo e deu certo. Já estávamos
consolidados em terceiro e se tudo desse certo, manteríamos a posição até o
final. De longe, vi um barco emborcado e o Marcelinho próximo com o bote de
apoio. Com certeza viraram na mesma posição na qual havíamos tido problemas.
Seguimos num contravento e logo montamos a boia novamente e nos preparamos para
a última perna da regata.
O vento amainou e novamente numa empopada tranquila seguimos, até cruzarmos
a linha de chegada em terceiro lugar. Entramos novamente no canal do PCSF e
atracamos para descansar dessa aventura. Fizemos um lanche e ainda aproveitamos
um churrasco feito pelos participantes do clube na regata.
Dali, seguimos para o PREVELA já com um vento bem fraco, aproveitando um
pôr-do-sol bem bonito.