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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Conquista no Morro do Morcego – Paredão Juratan Câmara – Segunda Investida

Por Leandro do Carmo

Conquista no Morro do Morcego – Paredão Juratan Câmara – Segunda Investida

Data: 13/09/2025
Local: Jurujuba - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Leandro Conrado

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego


Relato

Depois que iniciei a conquista lá no Morcego com o Leandro e o Alan, passei a semana pensando na continuação da via. Fiquei bem animado com o início e com boas perspectivas para o trecho final. Eu e o Leandro vimos algumas fotos de satélite e comparei com o que havia visto na última vez que escalei lá. No final, havia uma canaleta com bom potencial, e nosso objetivo era chegar lá. Falei com o Leandro durante a semana e combinamos de chegar bem cedo. Dessa vez, o Leandro comprou uma broca nova, assim teríamos uma reserva. A previsão do tempo era de manhã nublada, condição perfeita para a escalada.

Chegamos às 6h30 e seguimos para a base da via. Nos arrumamos e o Leandro guiou a cordada que já havíamos feito. Subi logo em seguida, refazendo os lances que havia feito na conquista. Até que ficaram interessantes. Na parada, organizei todo o equipamento e segui para conquistar os próximos lances. De baixo, ficamos olhando, tentando ver onde ficaria melhor. Subi e dei uma esticada, colocando uma chapa para tirar o fator 2. Já estava próximo de um trecho mais vertical. Tinha esticado quase 30 metros e coloquei uma dupla de chapeletas. Dali, subi mais um pouco e entrei numa matinha. Procurei a maior árvore e montei uma parada nela.

O Leandro Conrado chegou em seguida. Dali, subimos caminhando e segui para a direita, procurando uma passagem para o andar superior. Pelas fotos que tínhamos, havia uma espécie de canaleta no trecho final, e nosso objetivo era chegar lá. Subi um pouco mais e consegui achar uma passagem mais aberta. Ali havia uma laca e, nesse ponto, reiniciamos a conquista. Subi e, na primeira oportunidade, coloquei mais uma chapa. Mais acima, cruzei outra vegetação. Aproveitei uma laca e continuei subindo, colocando mais uma chapa.

Lá de baixo, o trecho vertical parecia maior. Mas, mesmo assim, não seria tão fácil. Nada é fácil nessa vida! Vi um ponto legal para fazer uma parada; já estava quase na base da canaleta que havíamos visto. Subi um pouco e o Leandro avisou que faltavam 3 metros para chegar ao meio da corda. Quando saquei a marreta, ela bateu na pedra e, de longe, o Leandro percebeu que estava oca. O som é bem peculiar. Dei algumas batidas ao redor, procurando um bom lugar para colocar as proteções, e nada. Tudo oco. Tive que subir e mirei mais um pequeno degrau. Mais algumas passadas e, com a corda no limite, consegui me posicionar e bater as duas chapas da parada. O Leandro veio até mim e dali começamos a pensar qual seria a melhor opção. Tínhamos algumas opções, mas preferimos manter o que havíamos pensado e seguir pela canaleta, mesmo tendo outras alternativas.

Subi e caminhei pela canaleta até não ter mais opção e ter que subir. Nesse ponto, coloquei uma chapa. Dali, subi um pouco num lance mais delicado e consegui um pezinho esquerdo para me posicionar. Não estava bom, mas foi o que deu. Olhei para baixo só para me certificar onde eu aterrissaria caso caísse. Acho que não foi uma boa ideia: estava na direção de um cacto. Saquei logo a furadeira e comecei a furar. Minha perna começou a tremer. Dei uma respirada e continuei fazendo força. Terminei o furo e fui limpar. Tive que dar uma pausa para aliviar um pouco a perna. Peguei a chapeleta, coloquei no furo e dei umas batidas. Tratei logo de colocar a solteira; só assim consegui aliviar a perna e apertar a porca. Passado o primeiro sufoco!

Fiquei um pouco ali parado e juro que quase desisti, mas aí lembrei que teria que voltar e carregar tudo até ali novamente. Dali não dava para ver o cume, mas estava certo de que faltava pouco. De volta à conquista, tinha que atravessar uma laca e continuar subindo. Quando coloquei a mão e fiz força, ela quebrou e veio descendo lentamente. Havia uma cordada na Mari do Metrô e, se ela descesse, poderia ir na direção dela. Com jeitinho, fui deslizando-a pela parede até que consegui apoiá-la na vegetação da canaleta. De volta à escalada, tentei algumas vezes até que achei um bom pé e, com um pouquinho de força, consegui passar para o outro lado da laca. Aí subi mais um pouco e coloquei mais uma chapa. O trecho foi ficando bem interessante e, numa passada para a direita, consegui sair da canaleta e coloquei uma chapeleta um pouco mais acima. Assim fui ganhando altura.

Dali, consegui seguir por uma diagonal, num grande e estreito platô, até que bati mais uma chapa e dali subi direto ao cume, onde montei uma parada numa pequena árvore. Era cume! O Leandro subiu em seguida e comemoramos a conquista. Ficamos um tempo ali descansando até que pegamos a trilha de volta.

Durante a descida, ficamos conversando sobre o nome da via e veio o assunto das homenagens. Aí pensei em homenagear o Juratan, por tudo que ele já fez pelo montanhismo, por todas as vias que já conquistou. Sem contar que é um cara que admiro muito. Já tive o prazer de escalar algumas vias que ele conquistou, escalar algumas vias com ele, escalar junto com ele algumas vias que ele conquistou, conquistar vias juntos e ainda dele ter batizado uma via com meu nome! Nada mais justo que essa homenagem. Valeu, Juratan!



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Iniciando a conquista do crux


Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Visual



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Batendo a primeira chapeleta do crux

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Visual

Missão cumprida, cume!



Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Leando Conrado escalando

Via Paredão Juratan Câmara - Morro do Morcego
Leandro na parada em árvore, da segunda enfiada


domingo, 19 de outubro de 2025

Explorando o Morro do Boqueirão, novas vias em Niterói

Por Leandro do Carmo

Explorando o Morro do Boqueirão, novas vias em Niterói

Data: 27/08/2025
Local: Piratininga - Niterói – RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Luís Avellar

Visão Geral das vias


Wikilock 



Powered by Wikiloc


Download: https://loc.wiki/t/228977740?wa=sc

 

Relato

O Morro do Boqueirão é uma pedra que fica ao final da Rua Estrela, no Cafubá. A primeira vez que fui lá foi quando estava fazendo o mapeamento para o “Guia de Trilhas de Niterói e Maricá” (PitBull Aventura: Guia de Trilhas de Niterói e Maricá: Quinto dia, fechando o PARNIT). Até então, não havia muita informação sobre o local; inclusive, eu e o Cléver reabrimos a trilha nesse dia. Mas o que realmente me chamava a atenção era a parede que víamos quando estávamos em Piratininga. Sempre pensei no potencial que havia ali, inclusive uma canaleta que fazia uma diagonal para a esquerda. De qualquer forma, fiquei adiando a ida.

Parede vista do Centro Eco Cultural Sueli Pontes

O Luís chegou a ir lá numa investida, mas não avançou muito, deixando mais vontade ainda de ir lá e conquistar alguma via. Depois que escalei a Paredão Itaipu com o João Neuhauss e o Luís, conversamos sobre os pontos de escalada que ainda não tinham conquista e surgiu o assunto do Boqueirão. O João e o Alexandre Langer marcaram de ir lá, mas eu não pude no dia, tinha um compromisso. Eles foram e ficamos surpresos quando chegaram lá e encontraram duas vias já prontas. Aproveitaram para conquistar a canaleta. Agora era hora de ir lá e repetir as vias.

Convidei o Luís para irmos lá. O Alexandre me passou um Wikiloc do caminho que abriram e eu fui preparado para consolidar a trilha de acesso. Chegamos lá, deixamos as motos perto do caminho que dá acesso à trilha e seguimos andando. Entramos na trilha e seguimos subindo até que encontrei a picada que eles abriram. Conferi o Wikiloc e bateu com o que eles haviam me passado. Já saquei o facão. Descemos sem muitos problemas e passamos por um grande bloco. Daí, seguimos até a lagoa. Havia muito lixo no local e o cheiro da lagoa estava horrível.

Apesar do lixo, esse trecho era bem bonito e, se um dia a lagoa voltar a estar limpa, tem um grande potencial. Cruzamos diversos blocos de pedra e voltamos a subir um pouco, até cruzarmos um trecho de rocha com vegetação rasteira. Um espetáculo! Seguimos andando e parecia que o tracklog deles passava mais por cima, mas não consegui me localizar bem. De qualquer maneira, seguiríamos para o mesmo destino. Já ao final, cruzamos um pedaço fechado e havíamos chegado ao nosso destino. Estávamos na base da canaleta.

Conseguimos achar as duas vias que eles haviam visto na investida anterior, bem como a linha da canaleta que haviam conquistado. Resolvemos começar pela canaleta. A via tem 60 metros e segue por toda a extensão da canaleta. Está com alguns lances expostos, mas acho que serão intermediados em breve. A vista é bem bonita e chega bem próxima ao cume. Já no final da via, rapelamos e optamos por fazer a via que inicia na borda direita da canaleta. O Luís subiu e, depois que cruzou uma barriga, perdi contato visual. Subi em seguida e percebi o quanto a via é dura. Vários lances bem delicados, com pequenas agarras. Mais acima, passei por um diedro cego, num trecho bem vertical, com um lance bem atlético. Já na parada final, a vista para a lagoa era fantástica. O dia ajudava. Uma pena que a qualidade da água da lagoa está péssima. Tenho a esperança de que, com todas as intervenções que estão sendo feitas no entorno, ela melhore.

Deu para ver boa parte da via ao lado e algumas chapeletas bem à esquerda da canaleta, mas só era possível ver de onde estávamos. Fizemos o primeiro rapel e, na parada dupla, optamos por escalar até a dupla da via ao lado e rapelar por ela, já dando uma conferida e deixando um croqui pronto para uma futura repetição. Ela parece ser bem mais dura que as outras duas vias que fizemos. Já na base, aproveitei para procurar o início dessa outra via que havia visto, mas não encontrei nada. Teremos que voltar com mais calma. Estamos procurando informações dos conquistadores.

Nos preparamos e começamos a voltar. Aproveitei para ir ajeitando mais ainda a trilha de acesso e, num dado momento, um galho bateu no meu olho direito. Na hora não dei muita atenção, acho que foi por causa do sangue quente. Retornamos à trilha principal e logo estávamos de volta ao ponto onde havíamos deixado as motos. Segui para casa. Conforme o tempo foi passando, meu olho começou a incomodar e, já no limite, tive que ir para a emergência. Foi diagnosticada uma pequena lesão na córnea e iniciei o tratamento. Foram dias bem difíceis, mas tudo deu certo.

Tirando o problema no olho, tivemos uma boa investida! Mais um setor de escalada em Niterói!

Vídeo da Via da Canaleta


Vídeo da via da Direita da Canaleta


Fotos
















sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Conquista no Morro do Morcego - Projeto Antigo do Leandro Pestana - Primeira Investida

Por Leandro do Carmo

Data: 22/08/2025
Local: Jurujuba - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Blanco P. Blanco e Marcos Lima



Relato

Quando escalei a via Moby Dick com o Ziki, há uns dias, tive certeza que daria para conquistar uma linha que fica à direita da Moby Dick. Inclusive, essa era uma linha que havia visto pela primeira vez que fui ao Morro do Morcego de caiaque (PitBull Aventura: Remada na Praia de Adão e Eva - Jurujuba, Niterói), lá em 2012, junto com meu irmão Leonardo Carmo e o Guilherme Belém. Decidido que iria conquistar a via, convidei o Velhinho para ir comigo. Foi difícil convencê-lo, mas deu certo. Chamamos o Blanco também. Combinamos às 14h em Jurujuba.

Estacionei o carro e o Velhinho chegou logo em seguida. Seguimos para a base. Passamos pela base da Moby Dick assim que cheguei próximo ao mar, já deu para ver as marcas de furo na rocha. Quando cheguei mais perto, já dava para ver alguns grampos. Não era possível que alguém conquistou ali nesse meio tempo, depois de tantos anos! Achamos até engraçado e ficou um olhando para a cara do outro, coisa do tipo: E agora? O que vamos fazer? Olhando de baixo, dava para ver o projeto ia bem alto.

Ficamos ali durante um tempo tentando entender e voltamos até o gramado onde nos sentamos e ficamos pensando no que fazer. Aí surgiu a ideia de continuar um projeto antigo do Leandro Pestana. O Velhinho fez contato com ele, que ficou de responder, pois estava numa reunião no momento. Certo de que não daria tempo, entramos em contato com Blanco que estava a caminho. Assim que o Blanco chegou ficamos ali conversando, até que o Pestana ligou para o Velhinho e autorizou que a gente continuasse a conquista. Já estávamos achando que voltaríamos para casa sem ter feito nada e agora a esperança voltou.

Nos arrumamos e comecei a subir. Costurei o primeiro grampo, e subi mais um pouco. O segundo grampo já está bem oxidado e ficou num local com bastante vegetação. Passei por uma laca e mais acima costurei o terceiro. Segui subindo e achava que não tinha mais proteção, até que encontrei quarto grampo. Dali para cima não via mais nada. Montei a parada ali e o Blanco e o Velhinho subiram.

Daríamos continuidade a conquista a partir daquele ponto. A parede é bem suja, toda ela coberta por uma crosta preta, mas sai facilmente. Fui subindo e achei um bom local para colocar a primeira proteção. Comecei a furar e percebi alguma coisa diferente. Parecia que a furadeira estava meio fraca. Mas fazia um bom tempo que não conquistava, achei que eu é que tivesse esquecido como eram as coisas. Terminei de furar e limpei o furo. Ao começar a bater o parabolt, percebi que ele entrou com um pouco de dificuldade e tive que bater com um pouco mais de força que o normal. Apertei a porca, costurei e comecei a subir novamente. Subi com mais cuidado, pois havia passado por um trecho mais íngreme. Já estava numa distância boa da última proteção e resolvi colocar mais uma chapeleta. Me posicionei bem e comecei a furar. Novamente, fiz o furo com dificuldade. Só que agora, na hora de bater o parabolt e ele não entrava de jeito nenhum. Vi que a jaqueta do parabolt estava arrebentada. Ele entrou tão pressionado que apertei um pouco a porca, costurei e continuei a conquista.

Mas antes de subir, troquei a bateria da furadeira. Subi e passei por mais alguns lances mais verticais e dei uma esticada boa e parei num bom loca que havia visto lá de baixo. Comecei a furar e senti um baque. Forcei mais e vi que não saía mais pó. Quando saquei a furadeira, vi que a ponta da broca estava quebrada. A sorte é que eu estava numa posição bem confortável. Procurei a broca na bolsa e lembrei que havia deixado na mochila. Não tinha jeito, era desescalar. E tinha que ser um bom pedaço.

Fui descendo devagar e para ser sincero, achei até mais fácil descer do que subir. Pelo menos as agarras já estavam limpas. Quando cheguei na chapeleta que ficou mal colocada, me desencordei e passeia a corda por ela, descendo de baldinho, mas sem fazer muito peso. Logo estava na parada novamente. Montamos o rapel e seguimos até a base. Fui logo procurar a broca e ela estava mesmo na mochila.

Definitivamente hoje não era o dia! Começou ruim, melhorou e voltou a piorar! Mas faz parte, nem tudo acontece como previsto. Arrumamos tudo e ficamos de voltar algum outro dia para dar continuidade a conquista. 



Conquista Morro do Morcego
Marcas dos furos do projeto à direita da Moby

Conquista Morro do Morcego
Visão geral do possível linha

Conquista Morro do Morcego
Blanco, Velhinho e eu esperando o Velhinho conversar com o Pestana

Conquista Morro do Morcego
Praia 


Conquista Morro do Morcego
Leandro costurando o primeiro grampo


Conquista Morro do Morcego
Leandro passando pela laca

Conquista Morro do Morcego
Leandro parado no quarto grampo

Conquista Morro do Morcego

Conquista Morro do Morcego
Leandro no alto

Conquista Morro do Morcego
Leandro se preparando para colocar a primeira chapa

Conquista Morro do Morcego
Parindo para o terceiro grampo

Conquista Morro do Morcego
Leandro próximo de onde teve que desescalar

Conquista Morro do Morcego
Leandro desescalando

Conquista Morro do Morcego
Leandro próximo de chegar a chapa, já desescalando




terça-feira, 16 de setembro de 2025

Escalada na via Paredão Itaipu

Por Leandro do Carmo

Data: 18/08/2025
Local: Itaipu - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e João Neuhaus

Croqui da via Paredão Itaipu



Vídeo da via Paredão Itaipu


Relato da via Paredão Itaipu

Era uma segunda-feira, estava de férias. Mandei mensagem para o Luis, perguntando se ele queria escalar e ele me chamou para ir a tarde fazer a Paredão Itaipu, via nova, ao lado esquerdo da Leila Diniz. Eu havia visto o João e o Langer conquistando, quando fui fazer a Leila Diniz, no mês passado. Como não tinha nada para fazer a tarde, aceitei o convite. Marcamos de nos encontrar às 14 horas, lá em Itaipu.

Cheguei lá e o Luis já estava esperando. O João chegou em seguida. Dali, caminhamos pela praia. Para uma segunda-feira, até que tinha bastante gente. Na base da via, nos arrumamos e o Luis, saiu para guiar a primeira enfiada. Ele subiu a assim que montou a parada, subi em seguida. A via vai em diagonal para a esquerda, subindo e ficando na direção dos telhados dos bares. Tem que ir com cuidado, pois tem muita coisa quebrando, inclusive, fui guardando as pedras que encontrava pelo caminho no bolso da calça.  Tinha bastante areia fina nessa primeira enfiada, assim como na Leila Diniz. Achei uma cordada bem delicada.

Com todos na parada, o João tocou a segunda enfiada. Ela segue reto pra cima nos primeiros metros e depois vai em diagonal para a esquerda, até cruzar um trecho em vegetação e parar num amplo platô. Cheguei ao platô guiei a terceira cordada. Ela sai reto e depois vai contornando para a direita em lances bem tranquilos. Subi sem dificuldades. O sol já deu uma apertada, mas já estávamos no fim.

O Luis saiu para a última enfiada e logo todos estávamos no cume. A saída foi tranquila, pois o capim estava seco e o Velhinho havia dado uma boa limpeza. Mas no verão, deve ficar difícil. No local onde termina, ainda tem bastante urtiga, todo cuidado é pouco. Dali seguimos até a trilha do Morro das Andorinhas, onde paramos rapidamente para uma foto no mirante de Itacoatiara, talvez um dos mais bonitos da cidade.

Nada mal para uma segunda-feira à tarde!


sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Via Moby Dick - Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 16/08/2025
Local: Morro do Morcego - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ezequiel "Ziki"

Via Moby Dick



Vídeo da Escalada na Moby Dick



Relato da Escalada na via Moby Dick

Eu e o Ziki já estávamos há algum tempo tentando marcar uma escalada. Havíamos tentado há alguns dias, mas choveu e não conseguimos escalar. Era uma sexta-feira quando recebi uma mensagem do Ziki, perguntando se eu poderia escalar no sábado. Topei, e marcamos de fazer a Moby Dick, pois era uma via que ele havia feito há aproximadamente 20 anos. Eu também já havia ido à Moby Dick há bastante tempo. Inclusive, cheguei à base contornando o Morro do Morcego a partir da praia de Adão, pois era dificílimo acessar pela Guarderya. Agora, como a prefeitura desapropriou a área e a transformou em uma Unidade de Conservação, não precisaríamos repetir essa epopeia! Combinamos de nos encontrar no sábado, às 7 horas, em frente à igrejinha de Jurujuba.

Cheguei cedo, e o Ziki já estava lá me esperando. Dali, seguimos para a base da via. Lá, nos arrumamos e perguntei se ele queria guiar. Ele disse que não, pois já fazia muito tempo que havia escalado essa via. Eu também. Não lembrava dos detalhes da via, mas sabia a linha que ela seguia — bem diferente de quando fui pela primeira vez. Saí para a primeira enfiada e subi rápido. Joguei para baixo a boca de um pequeno balão que estava preso entre uns cactos. Subi mais um pouco e montei a parada, já com quase 60 metros de via. O Ziki subiu em seguida. Saí para a segunda enfiada, contornei um grande platô de vegetação, pulei algumas proteções para diminuir o arrasto e parei na próxima dupla de grampos que encontrei.

Já não tinha mais contato visual com o Ziki, mas ele conseguia me ouvir bem. Gritei para ele subir. Novamente, ele subiu rápido. Nesse ritmo, acabaríamos bem cedo. A terceira enfiada foi um pouco mais difícil que as anteriores. Parei num grampo simples, e o Ziki chegou em seguida. Dali, optei por seguir direto até o cume.

Saí para a nossa quarta enfiada. Subi um pouco, passei por uma dupla e segui em diagonal para a esquerda, até a base da sequência do crux. Lembro que não havia guiado esse trecho antes, e agora estaria comigo. Já saí protegido e subi um pouco, costurando o próximo grampo. Fiz mais um lance, ganhando altura, e optei por não ir ao grampo que estava à esquerda, pois ele havia ficado um pouco baixo e fora da linha que eu estava seguindo. Achei que daria mais trabalho ir até lá do que seguir direto para o próximo. Então, continuei subindo, mesmo deixando o lance mais exposto. Subi, costurei o próximo grampo e montei a parada na última proteção da via.

O Ziki subiu em seguida, fez o crux e chegou até mim. Avisei que já estávamos próximos do fim e que faltava apenas um trechinho acima. Então, ele resolveu seguir direto. Subiu, fez o último lance e montou a segurança numa pequena árvore. Subi em seguida e, dali, fui direto ao cume. Lá, fizemos algumas fotos, assinamos o livro de cume e pegamos o caminho de volta pela trilha do Morro do Morcego. Fizemos a via em um bom tempo.

Aproveitei para conhecer a área de reflorestamento e manejo do capim colonião, que está sendo executada pelo voluntariado. Um excelente e duro trabalho. Dessa vez, não foi uma escalada no estilo aventura, como da última vez, mas valeu demais a volta ao Morro do Morcego!


Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick