Mostrando postagens com marcador Escalada em Niterói. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Escalada em Niterói. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Escalada em Niterói: Piratininga

Por Leandro do Carmo

Escalada em Niterói: Piratininga







Escaladas em Piratininga - Tibau



Foi em 2019 que Leandro do Carmo e Ary Carlos começaram a explorar o local, procurando novas possibilidades de conquistas em Niterói. Essa face já era comentada, mas ninguém ainda tinha muita informação. Ela se tornou mais acessível depois que a Travessia Tupinambá foi consolidada, pois o acesso fica bem ao final da travessia. Alguns projetos foram conquistados, mas uma série de acontecimentos, como a pandemia e o falecimento do Ary, impediram a continuidade das vias. Em 2023, liderados pelo Luis Avellar, novas investidas foram feitas e novas vias foram conquistadas e novos setores foram descobertos. Atualmente, o local é bem completo e possui vias de variados graus e estilos, além de muito potencial para conquistas.




Setor de Baixo

Setor onde foram iniciados os primeiros projetos. São lances mais fortes que se destacam pela verticalidade e pequenas agarras. Um grande desafio. Há muito potencial para novas conquistas. Em alguns pontos há bastante vegetação e fica sombra na base o ano inteiro, devido à altura das árvores.

Acesso ao Setor de Baixo - Tibau

O acesso é bem rápido e não há trilha definida, mas a vegetação é bem aberta e não há problemas com a orientação. Deve-se entrar na trilha que leva ao Mirante da Taperam sendo o final da Travessia Tupinambá. Em poucos metros, entre num talvegue, à direta, e comece a subir. Quando diminuir a quantidade de pedras, saia para a direita, mirando uma diagonal. Passará por um grande pedra e já começará a ver a parede ao fundo. Dali é só subir.

Quando chegar à parede, siga para a direita para acessar a via Chapa Só Na Mente, última via desse Setor. Você verá uma enorme árvore caída com as raízes expostas, bem encostada na parede. Fica fácil a identificação. Nela, estão alguns projetos. 

Virando à esquerda seguirá subindo para outros projetos. Atenção, pois esse trecho tem grande possibilidade de estar mais fechado, recomendado levar facão.

Vias do Setor de Baixo - Tibau

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto (Michel Cipolatti)

Projeto (Marcos Velhinho)

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto do Diedro Cego (Luis Avellar, João P. Neuhaus e Leandro do Carmo)

Diedro Chapa Só Na Mente - 6º VIIa E1 D1 25m ------ + Croqui

Setor do Meio

Setor com poucas vias devido as características da rocha. São inícios verticais e sem agarras. Em alguns trechos há bastante vegetação, o que torna inviável a abertura de novas vias.

Acesso ao Setor do Meio - Tibau

O acesso ao Setor do Meio é comum ao Setor do Luis. Com cerca de 5 minutos de caminhada já é possível acessar as primeiras vias. Começa em uma pequena rua transversal à rua dos Corais. Entrando nessa rua, vá até o final e verá a placa indicando a Travessia Tupinambá. Siga pela rua de terra à direita, subindo até um pouco antes de uma placa escrito "propriedade particular". Ali, vc entrará num caminho discretos e seguir subindo junto de uma linha de jaqueiras que sobe até perto da parede. 

Chegando na parede, siga margeando pela direita. A trilha passa pela Via Mestre dos Pés, que é identificada por uma fenda frontal logo no começo. Seguindo mais, antes da vegetação começar a cobrir toda a parede, há a Via Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos.

Powered by Wikiloc

Vias do Setor do Meio - Tibau

Mestre dos Pés - 6º VI E1/E2 60m ------ + Croqui

Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos - 5º VI E2 D1 95m ----- + Croqui

Setor do Luis

Setor que foi conquistado todo em 2023. Pelas suas características tem grande potencial de se consolidar como um excelente Campo Escola. No inverno tem sombra na maior parte do dia e tem bastante sombra nas bases o ano inteiro.

Acesso ao Setor do Luis - Tibau

O acesso ao Setor do Meio é comum ao Setor do Luis. Com cerca de 5 minutos de caminhada já é possível acessar as primeiras vias. Começa em uma pequena rua transversal a rua dos Corais. Entrando nessa rua, vá até o final e verá a placa indicando a Travessia Tupinambá. Siga pela rua de terra à direita, subindo até um pouco antes de uma placa escrito "propriedade particular". Ali, vc entrará num caminho discretos e seguir subindo junto de uma linha de jaqueiras que sobe até perto da parede. 

Chegando na parede você já estará no Setor do Meio. Siga margeando pela direita. A trilha passa pela Via Mestre dos Pés, que é identificada por uma fenda frontal logo no começo. Seguindo mais, antes da vegetação começar a cobrir toda a parede há a Via Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos.

A partir daí, siga paralelamente a parede, com alguns desvios e subindo e descendo. Fitas nas arvores e totens marcam o caminho. Próximo ao começo do Campo Escola a trilha sobe até junto da parede novamente. Indo bem para a esquerda e fazendo um trepa mato é possível acessar a via Formigas e Suas Máquinas Voadoras. As demais vias são acessadas por um grande platô mais alto. Para acessar o platô seguir por baixo até o canto direito da parede, onde logo é possível avistar as vias Segue O Velhinho e Speedrun. Seguindo esse platô pelo alto e para a esquerda, acessamos as outras vias. Seguindo para a direita,  acessamos as vias Metamorfose e Velório de Urubu.

Powered by Wikiloc

Vias do Campo Escola do Tibau



Formigas e suas Máquinas Voadoras – III E2 30m

Nervos de aço – IV+ E2 50m

Toda Forma de Amar – III E2 30m

Destreza Habilidade e Rataria – VI E2 50m

3 É D+ - V+ E2 50m

Via Inominável – III E2 30m

Segue O Velhinho – IV E2 45m

Speedrun – IV E2 45m

Velório de Urubu – V E1 15m

Metamorfose – VI E1 15m


Escaldas em Piratininga - Ilha do Veado


Localizada em Piratininga, em frente à prainha, a Ilha do Veado foi palco das primeiras vias de escalada em ilha de Niterói. São vias curtas e dá pra passar uma manhã escalando por lá. Para chegar à ilha tem que verificar as condições do mar, se estiver batendo, fica muito difícil e perigoso o desembarque na ilha.



Como chegar à Ilha do Veado

A prainha de Piratininga fica no ponto final do ônibus 39 e chegar lá de carro também não tem dificuldades. Tem bastante disponibilidade de vagas. Em dias de sol, costuma ficar extremamente cheio. Se não tiver caiaque ou stand up, dá para conseguir algum pescador que leve à ilha. Lá tem uma colônia e bastante barco disponível.


Face Norte - Ilha do Veado


Falésia dos Monstros

Visão geral das vias da Face Norte da Ilha do Veado






 

Megalodon - IIIsup



Homem das Cavernas - V



Cronos - IVsup


Kraken - VI


Leviatan - VIIa


Setor do Canal

Novas Auroras - Vsup



Escalada em Piratininga - Havaizinho

Setor de fendas e boulders. Em breve mais detalhes.



terça-feira, 17 de outubro de 2023

Escalada na Via Par ou Ímpar?! - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo 

Via Par ou Ímpar?!

Dia: 27/05/2023
Local: Costão de Itacoatiara  - Niterói
Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e João Pedro



Relato  

Recebi o convite do Luis para escalar a via na qual ele o João haviam acabado de conquistar. Não pensei duas vezes. Marcamos cedo em Itacoatiara. Eu acabei atrasando um pouco, quando cheguei lá, eles já estavam me esperando. Deixei o carro já na entrada do Parque, pois desceríamos por lá. Já fazia sol há alguns dias, mas o outono é fantástico. O sol já não é tão forte e cedo, chega a ficar um pouco de frio. Com tudo pronto, seguimos andando pela areia e subimos o caminho já próximo da arrebentação. Dali, seguimos paralelo à água até chegar à matinha e de lá seguimos pela trilha. Já fazia um tempo que não escalava naquele setor. Já no meio do caminho, subimos por um trecho recém-aberto até a base da via.  

Já na base da via, nos arrumamos e como já estava um tempo sem entrar numa via mais forte, preferi não guiar. Sem contar, que estava levando a esmerilhadeira para retirar duas chapeletas que deram problemas na instalação. Com isso, a guiada ficou para o Luis e o João. Essa seria a primeira repetição completa depois da conquista. O Luis subiu e logo chegou à parada. Subi em seguida. Essa primeira enfiada segue tranquila até quase no final, onde ganha verticalidade, já fazendo um lance bem bacana para ganhar o minúsculo platô, na primeira parada.  

Já na primeira parada,  aproveitei para retirar a primeira chapeleta ruim e nos preparamos para a segunda enfiada. O João tocou para cima, ou melhor, para o lado. Esse primeiro trecho é uma leve diagonal para a direita, com alguns lances bem delicados. Assim que o João chegou à segunda parada foi minha vez de subir. Saí da parada seguindo para a direita, passando num trecho bem delicado. A mochila pesada deu uma dificultada, mas continuei na diagonal e mais a frente, quando começa a subir novamente, posicionei bem a mão numa agarra que parecia estar bem sólida. Quando coloquei o peso nela e tirei um dos pés, a agarra soltou e dei uma pendulada grande, que foi aumentada pela elasticidade da corda. Desci quase tudo que havia subido com dificuldade. Voltei para a via e segui subindo, passei pelo trecho que havia caído e continuei numa diagonal, agora para a esquerda.  

Já mais acima, entrei num buraco raso, onde parei para tirar a segunda chapeleta que havia dado problema na instalação. A outra chapeleta na qual havia me prendido estava um pouco mais para a direita, o que dificultou um pouco, mas deu tudo certo e logo continuei a subida, passando pelo crux da via. A mochila estava pesada, mas aos poucos fui subindo até chegar a segunda parada. Dali para cima, a parede perde inclinação e os lances seguem mais tranquilos. O visual desse ponto surpreende. O dia aberto e as águas verdes e claras da praia de Itacoatiara roubavam a cena. O sol começou a aparecer, mas como estávamos no final e não me preocupei.  

Seguimos subindo sem problemas e já no final da via, tiramos o equipamento. Arrumei tudo novamente na mochila e de lá seguimos para o cume do Costão, onde fizemos uma rápida parada para então seguir descendo até a portaria do parque. De lá, fizemos uma parada para o Açaí. Mas antes de ir embora, aproveitamos para dar um pulo no Tibau, em Piratininga, para que eu pudesse mostrar uma falésia com alguns projetos antigos que havia começado com o Ary e o Ivison. Queria dar continuidade. A visita rendeu! O Luis e o João ficaram animados e já combinamos para a semana seguinte. Em breve, teremos novidades!






quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Via Paredão Atlântico - Alto Mourão

Por Leandro do Carmo

Via Paredão Atlântico

Dia: 01/05/2023
Local: Alto Mourão / Maricá
Participantes: Leandro do Carmo, Gabriel e Marcos Lima “Velhinho”



Relato

A via “Paredão Atlântico” é uma daquelas vias lendárias que sei que existe, mas nunca fiz. Quando comecei a escalar, sempre ouvi falar dessa via, mas não tinha muita informação efetiva sobre ela. A única coisa que sabia era que seguia pela “tromba do elefante”. Para quem não conhece o Alto Mourão, ele também é conhecido como “Pedra do Elefante”, pois olhando de Itaipuaçú, ela tem o formato de um elefante. Com certeza ela teria uma vista fantástica. Foi uma conquista do final da década de 70 e cheguei até a conhecer algumas pessoas que a repetiram nessa época. Em uma caminhada que fiz, descobri que a partir do cume, dava para seguir descendo por um caminho. Fui seguindo e descobri alguns grampos. Provavelmente era da via. O tempo foi passando e sempre ouvia alguma história sobre ela, até que soube que havia sido feita uma reforma. Era a notícia que eu precisava sobre a via. Ela realmente existia e podia ser feita.

Depois de muito marcar e desmarcar, numa conversa com o Velhinho no Clube Niteroiense de Montanhismo, perguntei se ele gostaria de fazer a Paredão Atlântico. O Gabriel, ouviu e disse que morava lá no condomínio que dá acesso. Inclusive, esse era o maior problema para repetição: o acesso. Tinha resolvido todos os problemas. Agora era, combinar o horário, arrumar o equipamento e seguir para a via. Combinamos bem cedo, pois o sol começa a bater cedo. A ideia era acabar a via na hora que ele chegasse com força.

Chegamos cedo ao condomínio e o Gabriel veio nos encontrar na portaria. Estacionamos o carro e seguimos caminhando. Passamos num mirante e de lá, pegamos uma precária escada de madeira, até entrar numa trilha e seguir até o costão, já na beira da água. Dali, seguimos paralelos ao mar, até chegar numa rampa, que dá acesso à base da via. Como não sabia exatamente onde era o início, seguimos subindo até um platô de vegetação, onde tinha uma pequena fenda. Ali nos arrumamos para iniciar a escalada. O Velhinho até subiu um pouco mais, indo até o primeiro grampo, mas voltou até onde estávamos.

Fizemos as duas primeiras cordadas em simultâneo. Fizemos uma parada logo acima de um outro platô. Dali, saí para terceira. Começo tranquilo, até chegar a um trecho mais vertical. Subi e segui em direção ao grande diedro. Continuei subindo, agora paralelo ao diedro até um pouco mais acima, onde montei a terceira parada. A vista impressionava. Achava que seria bonita e até o momento estou confirmando minha impressão. As condições do dia também ajudavam. Céu azul, uma leve brisa e um sol não muito forte, características do outono.



O Velhinho saiu para guiar a próxima. Subiu e costurou um grampo, e seguiu para a esquerda, passando ao final do grande diedro. Nesse ponto, ele fecha e dá para fazer uma passagem em livre. O Velhinho costurou um grampo logo na subida e seguiu subindo. A partir daí já não conseguíamos ter contato visual. Só ouvia o Velhinho gritar: “Não tô vendo o grampo”. Seria assim até o final da via. Mais acima, o Velhinho conseguiu chegar à parada e o Gabriel subiu em seguida. Fui logo após, procurando o grampo que ele não viu. Consegui achá-lo meio escondido. Como a grampeação é longa, nem sempre as proteções estão no caminho que a gente considera óbvio.

Já na quarta parada, paramos para algumas fotos e enquanto eu esboçava um croqui, o Velhinho aproveitou para seguir. Havia um caminho mais aberto, e ele subiu em direção a uma laca, mas não achava nada. Já tinha esticado bastante corda até que ele resolveu seguir para a direita, único caminho a seguir naquele momento, porém o mais sujo. Decisão acertada, o grampo estava lá. Ele montou a parada e o Gabriel subiu. Segui logo após, procurando o grampo. Bem mais para a direita, entre uma vegetação, lá estava. Já na quinta parada, foi minha vez de subir.

Subi um lance levemente mais vertical e achei um grampo mais para a esquerda. Dali fui subindo e um pouco mais acima, uns 40 metros após a parada, mais um grampo. Segui escalando e a frente uma vegetação que dividia o caminho em dois. Procurei por ambos os lados e não vi nenhuma proteção. Escolhi o caminho da direita e subi até esticar a corda. A próxima proteção estava há uns 5 metros acima. Não chegaria lá. Pedi para o Gabriel subir e escalamos em simultâneo até que eu conseguisse atingir o grampo. A medida que ele foi subindo, pedi que ele parasse no grampo abaixo. O Velhinho foi até lá também. Assim que ele chegou, seguiu guiando, passando por mim, até a próxima parada.

Subimos até ele e segui para mais uma.  A parede foi perdendo inclinação e foi ficando bem mais fácil localizar as proteções. Nesse ponto, já estávamos próximos a borda direita da tromba. A vista para baixo impressionava. Subi até mais uma proteção, onde montei mais uma parada. O Gabriel e o Velhinho vieram em seguida. Pelos nossos cálculos, faltava apenas mais uma cordada, o restante, seria uma caminhada. Já no final, paramos para um descanso e arrumamos as coisas. Faltava ainda uma parte da subida e a trilha de volta. Aí que lembramos que tínhamos que voltar até o Recanto... Iria ser demorado!

O Velhinho e o Gabriel subiram na frente. Aproveitei para filmá-los com o drone. Fui logo em seguida. Quando estava um pouco mais acima, lembrei da corda. Desci para pegá-la e ela não estava lá. Com certeza, o Gabriel a levou. Voltei novamente a subida e depois de um tempo, estava no cume. Paramos rápido para mais uma foto e seguimos descendo. No meio do caminho, o Gabriel deu a boa notícia de que tinha arrumado uma carona do Mirante da Serrinha até o Recanto.  Que sorte, assim não precisaríamos descer andando!

Uma via fantástica, com um visual alucinante. Enfim, conseguir fazer a Paredão Atlântico.






















 

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Via Estela Vulcanis

Por Leandro do Carmo

Via Estela Vulcanis – CBE CNM

Dia: 01/04/2023
Local: Niterói / Córrego dos Colibris
Participantes: Leandro do Carmo, Gabriel e Hebert Calor



Relato da Via Estela Vulcanis

Era aula do Curso Básico de Escalada do Clube Niteroiense de Montanhismo e a ideia era fazer uma via no Córrego do Colibris. Não é um local que goste muito, mas como fazia parte do cronograma, não tinha muito opção. Marcamos bem cedo, o sol tinha ficado forte nos últimos finais de semana. Era 6:30 quando chegamos à rua Engenho do Mato, já próximos à entrada da trilha do Córrego dos Colibris. Levei um café e aproveitei para comer algo. Aos poucos todos chegaram. Aproveitamos para dividir as cordadas.

Como iria numa cordada de 3, optei por ficar na via Estela Vulcanis, a mais curta dessa face. Fomos caminhando até a grande Figueira, dali uma cordada foi para a Mabele Reis e as outras 4 cordadas, seguiram juntas. Duas ficaram para fazer a Fogo do Inferno e a Chuva de Guias e a outra seguiu junto comigo para a Estela Vulcanis. Procuramos a base da via e logo acima vi um grampo. Na base, nos arrumamos passamos algumas instruções.

O Michel seguiu à frente, junto com o Daniel. Assim que eles chegaram à primeira parada, eu comecei a subir. O Michel acabou indo para a via errada, fazendo a Chuva de Guias. Eu de baixo avisei que ele estava indo errado, mas ele optou por continuar. Quem nunca fez a Estela Vulcanis, fica meio desacreditado que tem mesmo que passar por entre as grandes bromélias. Mas só chegando perto é que dá para ver o caminho entre elas. Assim que cheguei à primeira parada, trouxe o Gabriel e o Hebert. Fizemos uma cordada em “A”.

A partir daí, optei por escalar em ”I” para diminuir o arrasto da corda. Já na segunda parada, o sol começou a apertar. Até então, estava com uma leve névoa. Como já estávamos próximos do final, não me importei muito. Saí para a última enfiada. Já na base do crux, costurei o primeiro grampo e dominei um batente, apoiando os pés num pequeno degrau. Daí, foi fazer mais um lance, até subir em outro friso e costurar a próxima proteção. O pior já havia passado. Segui levemente para a esquerda, num trecho mais sujo e logo cheguei à parada dupla de cume. O Hebert veio logo em seguida. Teve um pouco de dificuldade, mas conseguiu chegar. O Gabriel também passou suando.

Já na parada, preparamos um rapel curto até a parada de baixo. O sol saiu com força total. Emendamos as duas cordas e seguimos até a dupla de baixo, onde montamos mais um rapel até a base.  Foi um alívio chegar à sombra. Já podíamos descansar tranquilos.










sexta-feira, 7 de julho de 2023

Conquista da Via Par ou Ímpar!? - Costão de Itacoatira

Por Leandro do Carmo

Fala pessoal! Em maio, foi conquistada mais uma via no Costão de Itacoatiara: Via Par ou Ímpar?! Uma linha bem bonita com trechos verticais técnicos. Conquistada por Luis Avelar e João Pedro Nehaus a via se destaca pela variedade de lances e por seguir uma linha bem natural.

Croqui

Download do PDF


A base da via fica a direita da via Tetando Ramires. Começa com uma enfiada tranquila, entrando num trecho mais vertical até a primeira parada. A segunda enfiada segue numa diagonal para a direita, com lances mais delicados, continuando numa diagonal, agora para a esquerda, ganhando altura até chegar num grande buraco raso. Dali segue subindo, passando pelo crux, num domínio bem bonito e com pequenas agarras até a segunda parada. Segue subindo, agora numa diagonal para a esquerda, passando por baixo de um platô de vegetação, voltando a subir reto até a terceira parada. O trecho final é um costão bem tranquilo, finalizando com aproximadamente 60 metros de subida até o cume.

Acesso:



Powered by Wikiloc

Algumas fotos: