quinta-feira, 24 de julho de 2025

Mergulho em Arraial do Cabo

Por Leandro do Carmo 

Mergulho em Arraial do Cabo

Dia: 10/02/2025
Local: Arraia do Cabo - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e diversos 



Relato

Há um bom tempo sem mergulhar... Essa era a situação. Quando fiz manutenção no meu equipamento de mergulho, tinha a esperança de que conseguiria mergulhar mais vezes. Mas acabei me envolvendo muito com a vela e deixei um pouco de lado. Mas surgiu essa oportunidade e não poderia perder. O Fábio organizou tudo e ficou mais fácil. Combinamos de nos encontrar as 8h da manhã, em frente a operadora Private Diver, antiga SandMar.

Combinei com o Leandro de sair as 5h para dar tempo de tomar um café da manhã com calma. Vimos que havia uma padaria em frente á loja da operadora e foi onde paramos para tomar café da manhã, por volta das 7h 30min, após estacionar o carro próximo a prefeitura. Fizemos tudo com calma e após o café demos um pulo na operadora e acertamos algumas coisas. Por volta das 9h, o pessoal foi chegando e seguimos para o cais. Já tinha bastante gente e pagamos logo as taxas de embarque.

Foi muito bom sentir novamente esse clima de mergulho. O dia estava firme e com uma leve brisa. Condições perfeitas para um mergulho. Faltava apenas saber das condições de visibilidade da água. Embarcamos e recebemos a notícia de que tentaríamos mergulhar na parte de fora, algo raro nas operadoras de Arraial do Cabo. A ideia era ir à Enseada do Oratório.

E seguimos num clima bem agradável com boa conversa. Fomos lembrando de várias histórias antigas, principalmente da época dos mergulhos com a Escuna Miss Patrícia, saindo da Pousada Pier 7400, em Monsuaba. A parte de foram é bem bonita, mas raramente a gente consegue fazer algum mergulho por lá. Geralmente as operadoras fazem saídas para a parte de dentro, pois não conseguem grupos homogêneos, tem muita gente que vai fazer batismo, ou está fazendo o teste de certificação, etc. Mas demos sorte!

Passamos por costões rochosos bem bonitos e logo chegamos à Enseada do Oratório. Um local bem peculiar, com uma formação rochoso que lembra mesmo um oratório. Ali, devido a corrente e ao vento, demorou um pouco até conseguir ancorar com segurança. Me preparei e logo todos foram se arrumando também. Equipamento montado, grupo definido, era hora de ir para a água.

Tinha muita água viva. Mas muito mesmo. Optamos por mergulhar para o lado esquerdo do barco. Já fazia um tempo que não mergulhava e a expectativa era grande. Assim que caí na água, já senti que não seria fácil. A água estava gelada, bem nos padrões de Arraial. Tudo pronto, começamos a descer. Assim que comecei ir ao fundo percebi que meu ouvido esquerdo não compensava na mesma velocidade do direito. Comecei a sentir um pouco de dor. Fui subindo e descendo lentamente, fazendo a manobra de valsava para conseguir compensar. Incomodou bastante, mas consegui.

Seguimos o mergulho como programado. Fomos costeando o paredão e vimos muito pouca vida. Tinha muito mais água viva do que na superfície e a única surpresa do dia foi uma arraia passou bem ao meu lado. O frio já estava incomodando e começamos o retorno. A volta foi bem tranquila e sem muita coisa para ver. Já bem próximo ao barco, subi até a superfície e fui nadando até subir ao barco. Me sequei e procurei um sol para esquentar um pouco. Fez até um pouco de frio.

Algumas pessoas terminaram o batismo e fiquei pensando o quanto deve ter sido ruim essa experiência. Podemos combinar muita coisa, menos as condições da água! Com todos no barco, voltamos para o nosso seguindo mergulho. O local escolhido foi o Enseada do Anequim, já na parte abrigada da ilha do Farol. Faríamos um drift, que é um mergulho a favor da corrente. O Barco deixa a gente num ponto e nos resgata mais a frente. Já mergulhei várias vezes ali e sempre vemos bastante coisa.

Nos equipamos e fomos para a água. Após nos reunirmos, iniciamos a descida. Comecei a descer já nos primeiros metros não consegui compensar, novamente, o ouvido esquerdo. Tentei diversas vezes e quando senti que a dor estava aumentando, resolvi abortar o mergulho e subir. Já na superfície, vi o barco bem longe e fui nadando em direção a ele. Já no barco, troquei a roupa e fiquei curtindo um sol gostoso que batia na proa da embarcação. A tarde estava bem agradável. Aproveitei para fazer um lanche enquanto o pessoal curtia o mergulho.

Essa foi a primeira vez que não consegui compensar. Tem sempre a primeira vez... Aos poucos todos foram voltando ao barco e seguimos até ao cais. Nos despedimos e seguimos andando até a mesma padaria onde tomamos o café da manhã e fizemos um lanche antes de pegar a estrada e voltar para casa.

Um sábado bem agradável e com a esperança de que me anime e volte a mergulhar com mais frequência.















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