Por Leandro do Carmo
Dia: 19/06/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Hebert Calor, Rafaela, Jorge Pereira e Camila
Chaves
Vídeo da via Paredão Coringa
Relato
A Via Coringa é uma das vias mais clássicas do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais icônicos do Rio de Janeiro. Localizada na face sul da montanha, essa via oferece uma experiência única de escalada, combinando técnica, beleza natural e uma vista deslumbrante da Baía de Guanabara. Foi conquistada em 1981 por Giuseppe Pellegrini, Denise Emmer e Paulo.
Já havia comentado com o Hebert sobre minha vontade de escalar a Coringa. Abri a atividade no site do Clube Niteroiense de Montanhismo e logo apareceram interessados. O Jorge se prontificou a guiar, o que me permitiu abrir mais uma vaga. A Rafaela perguntou se conseguiria fazer a via. Isso é sempre relativo, mas expliquei como era e que, caso não conseguisse, a descida seria fácil. Combinamos de nos encontrar bem cedo na Praia Vermelha. Era certo que outras cordadas apareceriam.
O dia estava firme, com uma manhã extremamente agradável. Estacionamos os carros e seguimos pela Pista Cláudio Coutinho. Chegamos rápido e nos preparamos para a subida. O Jorge formou uma cordada com a Camila, e eu, Hebert e Rafaela formamos outra. Enquanto nos arrumávamos, dei alguns betas da via. O Jorge iniciou a subida e, assim que chegou à parada, comecei a minha.
A primeira enfiada segue por uma rampa fácil, mas logo aparece um lance mais delicado. Continuei subindo até uma barriga, onde costurei e segui numa diagonal descendente até a parada. Nesse momento, o Jorge já estava saindo para a segunda enfiada. Hebert e Rafaela vieram em seguida.
Na parada, optei por fazer a variante, tendo um lance bem vertical e bonito, com boas agarras. Voltei pela diagonal e logo venci o trecho. Continuei subindo, enfrentando alguns lances mais delicados, e optei por fazer uma parada mais curta, embora não muito confortável. Hebert e Rafaela seguiram pela linha normal, sem fazer a variante. Essa enfiada foi mais difícil, e eles enfrentaram um pouco mais de dificuldade. Dali, já víamos outras cordadas se preparando para subir. Ainda bem que chegamos cedo. Comentei com Hebert sobre a diferença entre fazer uma via com lances constantes de terceiro grau e outra mais vertical — faz mesmo diferença!
Saímos para a terceira enfiada, a mais exigente. Ela segue reta, com uma longa sequência de lances de terceiro grau. A via tem pequenas agarras, mas sólidas, o que dá mais confiança. Essa parte demorou um pouco mais. A última enfiada foi tranquila, exceto pela saída, que exigiu um pouco mais de esforço.
Ao final da via, aproveitamos para descansar e curtir a vista. O dia estava extremamente agradável. Optamos por descer dali e, na volta, paramos no Árabe para um lanche. Escalar a clássica Coringa tinha que terminar com um clássico da Urca!