sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Via Moby Dick - Morro do Morcego

Por Leandro do Carmo

Data: 16/08/2025
Local: Morro do Morcego - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ezequiel "Ziki"

Via Moby Dick



Vídeo da Escalada na Moby Dick



Relato da Escalada na via Moby Dick

Eu e o Ziki já estávamos há algum tempo tentando marcar uma escalada. Havíamos tentado há alguns dias, mas choveu e não conseguimos escalar. Era uma sexta-feira quando recebi uma mensagem do Ziki, perguntando se eu poderia escalar no sábado. Topei, e marcamos de fazer a Moby Dick, pois era uma via que ele havia feito há aproximadamente 20 anos. Eu também já havia ido à Moby Dick há bastante tempo. Inclusive, cheguei à base contornando o Morro do Morcego a partir da praia de Adão, pois era dificílimo acessar pela Guarderya. Agora, como a prefeitura desapropriou a área e a transformou em uma Unidade de Conservação, não precisaríamos repetir essa epopeia! Combinamos de nos encontrar no sábado, às 7 horas, em frente à igrejinha de Jurujuba.

Cheguei cedo, e o Ziki já estava lá me esperando. Dali, seguimos para a base da via. Lá, nos arrumamos e perguntei se ele queria guiar. Ele disse que não, pois já fazia muito tempo que havia escalado essa via. Eu também. Não lembrava dos detalhes da via, mas sabia a linha que ela seguia — bem diferente de quando fui pela primeira vez. Saí para a primeira enfiada e subi rápido. Joguei para baixo a boca de um pequeno balão que estava preso entre uns cactos. Subi mais um pouco e montei a parada, já com quase 60 metros de via. O Ziki subiu em seguida. Saí para a segunda enfiada, contornei um grande platô de vegetação, pulei algumas proteções para diminuir o arrasto e parei na próxima dupla de grampos que encontrei.

Já não tinha mais contato visual com o Ziki, mas ele conseguia me ouvir bem. Gritei para ele subir. Novamente, ele subiu rápido. Nesse ritmo, acabaríamos bem cedo. A terceira enfiada foi um pouco mais difícil que as anteriores. Parei num grampo simples, e o Ziki chegou em seguida. Dali, optei por seguir direto até o cume.

Saí para a nossa quarta enfiada. Subi um pouco, passei por uma dupla e segui em diagonal para a esquerda, até a base da sequência do crux. Lembro que não havia guiado esse trecho antes, e agora estaria comigo. Já saí protegido e subi um pouco, costurando o próximo grampo. Fiz mais um lance, ganhando altura, e optei por não ir ao grampo que estava à esquerda, pois ele havia ficado um pouco baixo e fora da linha que eu estava seguindo. Achei que daria mais trabalho ir até lá do que seguir direto para o próximo. Então, continuei subindo, mesmo deixando o lance mais exposto. Subi, costurei o próximo grampo e montei a parada na última proteção da via.

O Ziki subiu em seguida, fez o crux e chegou até mim. Avisei que já estávamos próximos do fim e que faltava apenas um trechinho acima. Então, ele resolveu seguir direto. Subiu, fez o último lance e montou a segurança numa pequena árvore. Subi em seguida e, dali, fui direto ao cume. Lá, fizemos algumas fotos, assinamos o livro de cume e pegamos o caminho de volta pela trilha do Morro do Morcego. Fizemos a via em um bom tempo.

Aproveitei para conhecer a área de reflorestamento e manejo do capim colonião, que está sendo executada pelo voluntariado. Um excelente e duro trabalho. Dessa vez, não foi uma escalada no estilo aventura, como da última vez, mas valeu demais a volta ao Morro do Morcego!


Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick

Via Moby Dick


terça-feira, 9 de setembro de 2025

Acampamento Ilha do Martins

Por Leandro do Carmo

Data: 19 e 20/07/2025
Local: Ilha do Martin - Itaguaí - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, João do Carmo, Alice do Carmo e Diversos


Fomos convidados a participar de um acampamento escoteiro na Ilha do Martins, ministrando uma clínica de vela para crianças e adolescentes. Uma grande parte do grupo foi na sexta-feira à noite. Eu só pude ir no sábado de manhã cedo. Chegamos a Coroa Grande por volta das 7h da manhã. Estávamos eu, João e Alice. Esperamos um pouco no local marcado e, como estava demorando, resolvemos procurar uma padaria para tomar café da manhã. Coroa Grande não tem muita coisa, e foi fácil achar uma padaria simples, mas muito bem arrumada. Tomamos café e seguimos para o píer. Aos poucos, todos foram chegando, e logo nos acomodamos em uma das lanchas que nos levariam até a Ilha do Martins.

Estávamos ao lado do Porto da Ilha da Madeira. Para ser sincero, no começo não gostei muito de ver aqueles navios bem ao nosso lado, mas depois fui me acostumando. Passamos ao lado da Ilha de Itacuruçá e seguimos para a Ilha do Martins. Chegando lá, procurei logo um bom lugar para armar a barraca e consegui um ponto com vista privilegiada da praia. O local era bem bonito e agradável. Arrumamos tudo, e nossa atividade atrasou um pouco. Organizamos os barcos, passamos as instruções para as crianças e ainda conseguimos velejar bastante.

Fui um pouco mais para fora e consegui ver vários botos-cinza nadando próximos a mim — um espetáculo. Finalizamos o dia com uma grande fogueira e várias atividades. No dia seguinte, foram organizadas diversas brincadeiras e alguns jogos, nos quais todos os escoteiros se divertiram bastante. João e Alice se enturmaram e fizeram vários novos amigos. Passamos o dia sem muita coisa para fazer. Logo após o almoço, preparamos tudo, e nossa volta também atrasou. Chegamos ao píer de Coroa Grande com a maré bem baixa, e pegar o dingue que havia sido rebocado foi uma aventura. Marcelo tentou atravessar logo no ponto onde deixamos o carro, mas afundava na lama até acima do joelho. Consegui dar a volta mais à frente, mas tive que andar bastante.

Não teve jeito: levamos bastante tempo para conseguir levar o barco até o ponto onde ele seria colocado no carro. Já estava bem cansado, e já era noite quando pegamos o caminho de volta. Sei que, nessa brincadeira aí, chegamos em casa já era quase 10 horas da noite. Uma aventura!












Via Leila Diniz - Morro das Andorinhas

Por Leandro do Carmo

Data: 17/07/2025
Local: Itaipu - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo,  Marcos Lima, Veronika, Bárbara e Joel

Relato da Via Leila Diniz

A Leila Diniz, em Itaipu, é uma linha bem bonita que começa literalmente com o pé na areia. A primeira vez que fiz essa via foi em Janeiro de 2012, com meu irmão e o Guilherme Belém. Entrei em contato com o Velhinho, perguntando se ele queria escalar. Estava de férias... Ele me avisou que a próxima Quinta com o Velhinho seria na Leila Diniz. Aproveitei e me encaixei na escalada.

Marcamos as 7 horas em Itaipu. Os dias estavam mais agradáveis, mas começar cedo, também faz terminar cedo. O sol dessa vez não seria o maior dos problemas. Chegamos todos cedo e seguimos direto para a base da via. A praia completamente vazia, exceto pelos restaurantes já se preparando para um dia de praia. De longe consegui ver uma cordada numa linha à esquerda da Leila Diniz. Mais uma via saindo. A medida que me aproximei, percebi que era o João Neuhauss.

Nos arrumamos e eu fiz cordada com a Verônika. Saí para guiar a primeira enfiada, a mais difícil da via. Subi rápido, mesmo com a grande quantidade areia na via. Só vai melhorar a partir da segunda enfiada. Foi bem rápido e a Verônika veio em seguida, já sentindo bastante a subida. Não é fácil para quem está dando os primeiros passos na escalada. Na primeira parada, falei com o João de longe e ele disse que estavam abrindo essa nova linha. 

O Velhinho veio puxando a sua cordada. Sai para guiar segunda enfiada, passando por trecho com um pouco mais de vegetação. Peguei aquela diagonal para a direita. O arrasto ali é grande, mas preferi seguir assim e ganhar tempo. Parei um pouco acima e sem contato visual dei segurança para a Verônika que sofreu mais uma vez. Pelo menos já havíamos subido bem.

Parti para a terceira enfiada e toquei rápido, parando bem no limite da corda. As duas cordadas estavam juntas e conseguimos sincronizar bem, com um ajudando o outro. A manhã foi firmando e a medida que ganhávamos altura, podíamos ver como a praia estava bonita. Água fantástica. Uma manhã agradável. Já no alto, conseguimos ver a cordada do João e Alexandre Langer. Nos falamos de longe e continuamos a subida.

Escalar com o Velhinho é certeza de diversão e hoje não seria diferente. Sempre que me perguntavam quanto faltava, acrescentava 50 metros. Logo, a essa altura, já faltavam 500 metros para terminar a via. Continuamos a subida, com a Verônika sofrendo bastante, mas foi guerreira e não desistiu. Segui para a quarta enfiada e passei de uma dupla, parando num grampo simples não muito confortável, mas ganhamos em eficiência.

Faltava apenas uma enfiada mais curta, mas não falei para a Verônika, fizemos uma surpresa. Subi e logo perdemos contato visual. Esse último trecho foi duro para ela, mas deve ter sido um alívio quando ela chegou e falei que havíamos terminado. As vezes dizer que falta um pouco mais do que realmente falta pode ajudar!

Descansamos um pouco e pegamos o caminho de volta até o carro. Uma boa quinta com o Velhinho.


Escalada via Leila Diniz
Entrada da vila dos Pescadores

Escalada via Leila Diniz
Base da via


Escalada via Leila Diniz
Primeira enfiada

Escalada via Leila Diniz

Escalada via Leila Diniz
Leandro na primeira enfiada

Escalada via Leila Diniz


Escalada via Leila Diniz

Escalada via Leila Diniz
Visual da via


Escalada via Leila Diniz
Na parte final

Escalada via Leila Diniz
Uma das vistas mais bonitas de Niterói


Escalada via Leila Diniz
Mirante de Itacoatiara

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Regata Aniversário do PCSF - Ranking PCSF 2025

Por Leandro do Carmo

Data: 13/07/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e João Carvalho



Eu e João participamos da Regata do 67° Aniversário do Praia Clube São Francisco. O vento estava fraco e largamos nas proximidades do Praia Clube São Francisco. Seguimos em direção da Ilha da Boa Viagem. Já havia montado a boia da Maria Thereza em outra regata e sabia bem como era difícil passar da Ilha. Penamos para conseguir passá-la e montar a boia. A volta também foi dificil, pegamos  uma corrente contra bem forte. Mas conseguimos vencer e com o aumento do vento, seguimos de volta. Não conseguimos um bom desempenho e terminamos em 9° lugar. Ainda passamos no PCSF antes de voltar ao Prevela. Seguimos no ranking 2025!

















sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Regata Miguel Pomar – Ranking PCSF 2025

Por Leandro do Carmo

Regata Miguel Pomar – Ranking PCSF 2025

Dia: 29/06/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho

Relato

Essa seria a terceira regata do ranking da Flotilha Ventania do Praia Clube São Francisco. Na regata do mês passado, não pude participar. Como há descarte de pontuação, acho que não vai fazer falta. A regata foi marcada no domingo, facilitando um pouco a logística, pois é dia de aula no PREVELA. Durante a semana havia falado com a Alice sobre a regata e ela disse para eu prestar atenção na largada, pois a última que participamos, acabamos largando mal. Alice, definitivamente não gosta de perder e ainda reclama comigo!

Fomos para a aula e enquanto eles saíram para acompanhar a barqueata em comemoração ao dia de São Pedro, fiquei montando o barco. O dia estava bem agradável e nada de vento. A previsão era bem ruim, mas segui confiante. O João me ajudou e por volta das 11h da manhã, fui para a água e cheguei ao local onde o Marcelo estava ancorado. Fiquei ali durante um tempo e voltei para a o PREVELA.

Guardamos tudo e aproveitei para fazer um lanche, pois iríamos demorar um pouco até finalizar a regata e retornar. Conseguíamos ver uma rajada mais para a longe, mas na saída nada de vento. O Marcelo saiu com o veleiro em direção à Jurujuba e aproveitei para pedir um reboque até um pouco mais para fora. Assim que senti um pouco do vento, avisei para soltar o cabo e seguimos velejando, com Alice no leme, até o Praia Clube São Francisco, onde ficamos dando uns bordos para sentir as condições do vento.

Conferi o percurso com a comissão de regata, bem como a confirmação do horário da largada. Não haveria atrasos. Assim que os dingues começaram a sair do PCSF, fui me aproximando do ponto de largada. O vento ficou bem franco. E quando tocou o aviso de 1 minuto para largada, fui tentando me posicionar melhor e com a Alice já avisando para eu prestar atenção. Entrou uma rajada bem na hora e consegui largar um pouquinho mais atrás, mas junto do bolo. Seguimos no bordo, com vento bem inconstante. Montamos a boia em frente ao Sailling e seguimos num través até a boia próximo ao PREVELA.

Ficamos para trás, mas seguimos avançando. Alice, como sempre, começou a reclamar. De longe conseguíamos ver que os dingues não saíam do lugar. Eu seguia na cola do Capivara e depois de umas dicas do Marcelo que apareceu, consegui andar melhor e tiramos quase toda a distância para os barcos da frente. Estávamos de volta à regata. Alice voltou a ficar bem humorada. Entrou uma rajada logo que montei a boia e na empopada, seguimos para o boia do PCSF. Assim fomos na cola do pelotão da frente.

Montamos a boia do PCSF e cada um acabou seguindo num bordo diferente. Fomos avançando e à medida que nos aproximávamos novamente da boia próxima ao PREVELA, começamos a perder velocidade e fomos ultrapassados pelo Capivara. Montamos a boia e seguimos, novamente na empopada na última perna da regata. Novamente, conseguia ver os barcos parados, próximos ao PCSF. Até achei que estavam esperando, mas quando me aproximei, percebi que naquele ponto não tinha vento. Foi difícil conseguir cruzar a linha de chegada, mas passamos!

Dali, entramos no PCSF, onde atracamos e seguimos para a premiação. Acabamos ficando em 3º lugar na categoria Dingues Clássicos e a Alice, que não admite perder, ficou super feliz com a medalha de terceiro lugar! Mas ainda faltava voltar. E com esse vento fraco, não seria fácil. Os coqueiros do PCSF nem se mexiam. Assim que a cerimônia de premiação terminou, nos despedimos e seguimos de volta. Queríamos ver o jogo do Flamengo contra o Bayer, pela Copa do Mundo de Clubes.

Ainda bem que levei um remo, algo me dizia que podia precisar! E precisamos! Remei um pouco até um ponto onde havia vento e aí sim, conseguimos seguir numa boa velocidade até o PREVELA, onde arrumamos tudo e seguimos para o MC Donald’s para o lanche tão aguardado pela Alice, onde ficamos gritando sozinhos com o gol do Flamengo. Um dia cansativo e bem agitado! Gosto demais dessas regatas com percurso.

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Resultado da Regata: