Data: 11/10/2025 Local: Charitas - Niterói – RJ Participantes: Leandro do Carmo e Enzo
Foi chegando mais um final de semana, e dessa vez participaríamos
da Regata CIAGA. No ano passado, a regata não aconteceu por falta de vento. Este
ano, a previsão era de vento, e a regata da Classe Dingue aconteceria junto com
a etapa do Campeonato Estadual.
Nos encontramos às 9h no Prevela e preparamos os
barcos. Saímos por volta das 12h30. A previsão de largada era às 13h.
Os barcos ficaram reunidos em frente ao Prevela, logo após a Ilha dos Amores. Nossa
comissão era diferente e seguiu para próximo ao ICB. Também seguimos para
lá.
Fizemos apenas duas das três regatas, mas foi o
suficiente para uma boa velejada.
Dia: 13/05/2023
Local: Charitas
Participantes: Leandro do Carmo, João do Carmo e Lucas Costa
Relato
A minha primeira experiência numa regata havia sido fantástica.
Mas agora, meu objetivo era melhorar meu velejo e, consequentemente, minha
colocação. Não é tão simples assim, mas comecei a entender melhor como funciona
a dinâmica, principalmente na largada. Havíamos treinado algumas situações no
PREVELA e isso ajudou bastante, méritos para o Mestre Marcelo que compartilhou
sua grande experiência. O percurso havia sido alterado, ao invés de montarmos a
boia de Jurujuba, iríamos para a boia do Catamarã de Charitas, em frente ao
PREVELA, local que tanto conhecíamos. A expectativa era grande.
O dia havia chegado. A tripulação do Terral seria a mesma:
meu filho João e o Lucas. O tempo não estava tão bom, assim como na última vez.
Sentimos um pouco de frio e dessa vez, nos preparamos melhor com relação a isso:
um corta vento foi a solução. Chegamos cedo ao PREVELA. Havíamos organizado um
café da manhã e um almoço, com churrasco para a volta. Preparamos os barcos sem
pressa e com bastante cuidado. Dessa vez, teríamos uma embarcação a mais. Ainda
tivemos tempo de mais um treino de largada. Foi dando a hora, acertamos os
detalhes finais e partimos, velejando, em direção ao Praia Clube.
O vento soprava gostoso e velejo foi ótimo. O sol saia
discretamente, nem muito quente, nem muito fio, mantendo uma temperatura
agradável. Algumas nuvens estavam se formando, poderia chover em breve, mas
estávamos preparados. Assim que cruzamos a praia de São Francisco, chegamos
próximo a entrada do quebra mar do Praia Clube. Ali, aproveitei para dar mais um
treino entre as boias. Dessa vez, não tive problemas para entrar no quebra mar e
atracar. Com um pouco mais de experiência, foi mais fácil. Já dominava melhor o
barco, dentro das minhas limitações, é claro.
Atraquei o Terral e desembarcamos. Aproveitei para dar uma
ajustada na cana do leme, pois não estava muito justa. Ainda reparei a cana do
leme de um outro barco. Assim, estávamos todos prontos. Após ouvir o comando,
começamos a ir para a água. Desatei o cabo de reboque e seguimos para fora do
quebra mar, dando alguns bordos de treino, tentando entender melhor o vento no
local. Faltava pouco.
Depois do sinal de 5 minutos, fiquei mais atento. Dessa vez
não queria largar tão mal quanto da última vez.Apesar de todo o esforço, no momento exato do sinal, estava mal
posicionado e, novamente, não consegui largar bem. Porém, fui melhor que da
última vez. Estava um pouco atrás, mas o bloco da frente logo se distanciou.
Não consegui pegar a parte de fora da enseada e acabei caindo no mesmo erro.
Mas dessa vez, estava decidido que não iria perder tempo entre as embarcações
atracadas. Desviei de algumas com um pouco mais de antecedência e segui no
bordo até cruzar a esquina da Fróes. Agora era diminuir a diferença para os
barcos da frente.
Por vezes pegávamos uma rajada mais forte e o Lucas e o João
ajudava a escorar e manter a barco alinhado. Seguimos com o vento em popa,
percorrendo a praia de Icaraí. Já próximos à Pedra do Itapuca, começar a cruzar
com os barcos que já tinham montado a boia. A distância era grande. Montamos a
boia da Praia das Flechas e seguimos na caçada aos barcos. O vento amainou. Mas
até que estávamos num bom ritmo. Segui rumo ao Catamarã de Charitas. Ainda
estava longe, mas era questão de tempo e paciência. Alguns barcos faziam um
percurso diferente, mas segui a minha programação. Aos poucos diminuímos a
distância entre os barcos, mas não o suficiente para melhorarmos nossa posição.
Montamos a boia do Catamarã, sob os olhos do Mestre Marcelo
e tripulação de apoio na Jangada Cearense e de lá seguimos para o Praia Clube.
Estávamos empopados pelo vento e logo cruzamos a chegada. Nem paramos para
descansar. Velejamos de volta ao PREVELA num vento fraco e contra. Foi bem
difícil, mas enfim, chegamos. Aproveitamos para almoçar e comemorar. Melhorei
bastante o meu velejo e minha colocação, havia chegado em 12º, de 17 barcos que
largaram. Foco na próxima regata!
Fui escalado para participar de uma regata pelo PREVELA. Na
hora eu aceitei, mas depois fiquei pensando: “Como vou velejar uma regata se eu
nunca velejei a mais de 100 metros da areia? ” Como já havia velejado umas 3
vezes nas aulas do PREVELA, era agora ou nunca mais. Aproveitei para ler alguma
teoria e cada vez mais me preocupava com a montagem dos barcos. Havia ficado de
fora da última semana devido a uma viagem que fizera. Aproveitei que no sábado o Marcelo organizou uma revisão nos barcos. Era a oportunidade que eu tinha para um
treino extra. Chegando lá, montei o
barco que iria usar no domingo com cuidado e fui regulando sob observação do
Marcelo. Depois de tudo montado, fui para a água com o João. O vento não estava
nos melhores dias, mas conseguimos velejar um pouco.
Enfim, havia chegado o grande dia. Chegamos cedo ao Prevela
para a aula. Montamos os barcos e dei um carinho especial no Terral, barco que
eu usaria na Regata. Depois das atividades iniciais, tomamos o nosso café
coletivo. O dia estava meio nublado e havia previsão de ressaca. Mas como
estamos bem abrigados, isso não foi um problema. Apesar das condições, o vento
não estava bom. Continuamos com algumas atividades e por volta das 12h, fizemos
mais um lanche e logo depois nos preparamos para seguir para o Praia Clube.
Seguimos velejando, acompanhados pela jangada, que seria nosso apoio. Estávamos
em 4 barcos.
O velejo foi tranquilo e chegamos relativamente rápidos.
Alguns entraram pelo canal do quebra-mar do Praia Clube. Não estava muito
seguro em entrar e atracar, nunca havia feito essa manobra. Como o vento havia
aumentado um pouco, aproveitei para treinar um pouco as cambadas. Como ainda
faltava bastante tempo para o início da regata, não havia jeito, tinha que dar
um jeito de entrar. O João e o Lucas já não aguentavam mais. Eram muitos barcos
atracados e não foi fácil para mim ficar navegando por ali. Numa bobeada, quase
bati nas pedras do quebra-mar. O pessoal do Praia Clube não gostou muito, mas
não teve jeito. Após o quase acidente, tomei coragem e entrei no canal,
conseguindo atracar ao lado da jangada. Um alívio.
Demos mais um lanche para as crianças e assim que nos
reunimos para os últimos ajustes, voltamos para a água, já próximo do horário
da largada. Fiquei ali durante um tempo, sempre acompanhando os sinais. 10
min... 5 min... 1 min... Tentei me aproximar, mas não consegui estar próximo da
boia de largada no momento exato. Um barco a vela não igual a um carro que dá
para ficar estacionado esperando para largar. Como nunca tinha participado ou visto
uma largada, me enrolei todo e fui o último a passar. Para piorar a situação,
ainda fui pelo pior lado, passando entre as embarcações que apoitadas. Perdi
bastante tempo, mas consegui arrumar e seguir os outros barcos. Já cruzando a
ponta da Estrada Fróes, passei um barco e acabamos trocando a última posição
algumas vezes até contornar a boia em frente à Praia das Flexas.
Ali, perdi tempo novamente. Até entender o vento de novo,
acabei ficando bem para trás. Os barcos estavam muito a frente e fui curtindo o
velejo. Nunca havia passado mais de 15 minutos contínuos. Agora já fazia quase
1 hora. Sentir o vento levando o barco é uma sensação indescritível. O João e o
Lucas ficaram reclamando que a gente estava em último, mas fazer o que? A
solução foi curtir e coloca-los para ajudar. Aos poucos eles foram curtinho e
deixaram a competição de lado. Nossa competição a partir de agora era finalizar
a regata.
Estávamos na direção da segunda boia, próxima ao Iate Clube
Jurujuba. O tempo fechou mais um pouco e já próximos, começou uma chuva fina.
Por sorte ela não aumentou. Montamos a segunda boia, que mais tarde saberíamos
que era a errada. Na verdade, só três barcos acertaram a boia. Eu achava que
era a outra, mas vi todo mundo passando por aquela e fui também. Dali seguimos
direto para o Praia Clube num bom velejo. Fui o último a cruzar a linha de
chegada, ouvindo a sinalização. Vitória!!!!! Comemoramos ter finalizado. Dali
seguimos no velejo até o PREVELA, onde almoçamos.
Passado uma semana, fomos descobrir que montamos a boia
errada na altura do Iate Clube Jurujuba. Mas fica de aprendizado para estudar
melhor o percurso. Realizei mais um sonho: velejar!