Por Leandro do Carmo
Via Luiz Arnaud
Relato da escalada na via Luiz Arnaud
Há um tempo sem escalar no Morro do Tucum, mais conhecido,
simplesmente como Costão de Itacoatiara. Abri a atividade no site do CNM com
duas vagas e logo foram preenchidas. Como deixei a possibilidade de uma vaga
extra para quem fosse guiar, a Bibi apareceu de última hora. Éramos quatro
agora, eu, Débora, Bia e a Bibi.
Combinamos cedo, para escapar do sol. Se escalássemos
rápidos, pegaríamos sol apenas na parte final da escalada. Chegando em
Itacoatiara, seguimos direto para a base da via. Caminhamos pelo Costão,
paralelos a praia e começamos a subir na direção do grande platô da base.
Alguns sentem um pouco essa subida, quase igual a primeira enfiada da via, só
que sem proteção. Subimos devagar e, já na base, nos equipamos. A Bibi e a
Bia foram fazer a Aurora Boreal.
Repassei algumas coisas com a Débora e comecei a escalar.
Essa primeira enfiada é muito tranquila e em muitos trechos, dá para ir
caminhando, literalmente. A Débora subiu em seguida, também sem dificuldades.
Já na parada, conversamos um pouco e passei algumas dicas, pois a segunda
enfiada tem uns lances um pouco mais difíceis que a primeira. Já pronto, saí
para guiar a segunda enfiada. O dia estava bem bonito e comecei mostrando
alguns lances passando algumas dicas. Achei que fosse conseguir ver a cordada da
Bibi e da Bia, mas não dava para ver ninguém.
No trecho mais vertical, avisei para a Débora que ali estava
o lance mais difícil da enfiada. Subi mais um pouco e montei a parada e mandei
a Débora subir que começou a escalar logo em seguida. Subiu devagar, mas passou
o trecho bem, seguindo para a parada. Já na parada, descansamos bem, pois a
próxima enfiada pegaríamos o crux. Pedi para ela olhar bem por onde eu subiria.
E assim comecei a terceira enfiada.
Costurei a primeira e a segunda chapeleta e entrei num
canaleta, onde venci o lance quase num movimento de tesoura. Optei costurar a
chapeleta acima do crux para evitar um pêndulo do participante, mesmo que esse
movimento dificulte a retirada da costura. Dali, subi para a parada, de onde
dei segurança para a Débora subir. Ela subiu com um pouco de dificuldade, mas
conseguiu passar o crux. Na parada, um merecido descanso para a última enfiada.
Segui pela diagonal e avisei que perderíamos contato logo
que começasse a subir em direção a última parada. Quando cheguei lá, via que
conseguiria contato. Avisei para ela subir. A Débora começou a escalar devagar,
já cansada pela via. Deu uma parada rápida para descansar, já próxima do fim.
Dei um incentivo e ela voltou a subir, chegando a parada logo em seguida.
Pronto, estávamos no cume do Costão. Via Luis Arnaud concluída!
Vi uma mensagem do Leandro Conrado que estava na praia e foi
acompanhando a cordada da Bia e Bibi. Demoraram um pouco mais chegaram. Agora
sim, todos no cume. Aí foi pegar o caminho de volta e curtir um pouquinho do
sol de Itacoá.
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