Dia: 09/03/2024
terça-feira, 26 de março de 2024
Parque Estadual Dos Três Picos - Dois Bicos
terça-feira, 12 de março de 2024
Trilha do Carteiro - Tiradentes - MG
Por Leandro do Carmo
Trilha do Carteiro - Tiradentes - MG
Histórico da Trilha do Carteiro
Pelo seu aspecto geral, a Trilha do Carteiro foi planejada e construída com mão-de-obra escrava. Entre outras características apresenta encostas trabalhadas em pedra empilhada, pontes em pedra e passagens de madeira, o que revela a sua importância para a circulação de pessoas na época de sua construção. Pela rapidez com que se desenvolveram as vilas do ouro da época, a partir de 1700, sabe-se que São João del Rei e São José del Rei, por volta de 1730, já estavam bastantes desenvolvidas e eram pontos de comércio e trocas de mercadorias. Como o lado norte da Serra tinha várias fazendas para abastecimento das vilas, é provável que ela tenha sido construída neste período, com intuito de ligar esses locais pelo caminho mais curto.
A Trilha do Carteiro atravessa a parte mais baixa do maciço da Serra de São José, a 1200 metros e altitude. Em todo o seu percurso existem várias nascentes e alguns tipos de vegetação bem distintas, sendo a vegetação mais densa na parte baixa e a vegetação de altitude, já na parte alta.
Reza a lenda que havia um carteiro que - na condição de informante da Inconfidência Mineira – cruzava esta imponente Serra para levar correspondências, mas que terminou sendo morto numa emboscada armada por tropas da Coroa Portuguesa. No local onde supostamente esse carteiro foi morto, há uma pilha de pedras e uma cruz, na qual é chamada de túmulo. Os caminhantes que por ali passam, devem fazer um pedido e depositar uma pedra. O que a maioria das pessoas fazem é apenas um trecho de toda a trilha, mas que vale a pena!
Como chegar à Trilha do Carteiro
Vídeo da Trilha do Carteiro
Relato da Trilha do Carteiro
Depois de “turistar” pelos ruas e casarios antigos de São João del Rei e Tiradentes nos dias anteriores, faltava fazer uma das coisas que mais gosto: trilha! Existiam várias opções, mas a que se tornava viável era a famosa Trilha do Carteiro, na Serra de São José. Estávamos eu, meu filho João e o Jorginho. Era um desafio a parte, pois seria a primeira trilha com 10 km do João. Acho que daria conta!
Acordamos cedo, pois queríamos fazer a caminhada na parte mais fresca do dia. Já havíamos deixado tudo arrumado na noite anterior. Seguimos caminho até Tiradentes e nos encaminhamos pela rua que leva ao início da trilha. Já próximos, parei para perguntar e uma senhora confirmou o caminho. Andamos mais alguns metros e estacionamos o carro. De cara já foi possível ver uma placa indicando o início da trilha. Tudo bem organizado.
Iniciamos a caminhada em meio a bastante vegetação. Passamos por uma área alagada, mas devido a pouca chuva, estava tudo seco. Fomos ganhando altura lentamente e logo cruzamos uma cerca e pegamos mais uma leve subida. Olhando da cidade, a Serra de São José parecia tão distante, que era difícil acreditar que subiríamos por aquelas encostas. A medida que andávamos, ela se aproximava e era possível identificar o único caminho possível de subi-la, mas não conhecendo o caminho. Mais a frente, perdemos contato visual com a serra e passamos por mais uma placa informativa. Em poucos metros entrávamos no trecho do calçamento de pedras.
Esse calçamento construído pelos escravos me fez pensar o quanto o caminho já fora importante. Muito mais do que levar as cartas, esse caminho talvez tenha sido utilizado por tropeiros, levando mercadorias entre as vilas. O João estava indo bem e não reclamava. A partir desse ponto, ganhamos altura mais rapidamente, mas tudo tem seu preço. Passamos por uma porteira e uma gruta com a imagem de uma Santa. A vista que tínhamos desse ponto era algo surpreendente.
Um pouco mais acima, paramos em um fantástico mirante. Ali, fizemos nossa primeira pausa da caminhada. Aproveitei para fazer algumas imagens com o drone. Encontramos algumas pessoas que estavam subindo. Dali foi possível entender melhor o caminho que estávamos fazendo. Ficamos ali durante uns 15 minutos e voltamos a caminhar.Já estávamos bem próximos a passagem para a outra vertente. Andamos um pouco mais e entrávamos no trecho mais bonito do caminho até o momento. As rochas erodidas pareciam esculturas. As árvores do início davam lugares à pequenos e retorcidos arbustos. O solo era arenoso e em alguns pontos parecia aquela areia branca e fina das praias do Rio de Janeiro.
Começamos a descer e olhando o mapa do local, foi possível identificar a posição de algumas cachoeiras. Fomos atrás delas. De longe, identifiquei um amontoado de pedras com uma cruz, com certeza era o local conhecido como o “Túmulo do Carteiro”. Assim que chegamos nele, tratei de pegar uma pedra e coloca-la na imensa pilha, fazendo o meu pedido. Uma pequena pausa para fotos e continuamos descendo. Pegamos mais um trecho com calçamento de pedras. Reparei que esses calçamentos estavam sempre nos trechos mais suscetíveis a erosão. Já próximo dali, havia a marcação de uma cachoeira. Mas não ouvia barulho de água. Desci mais um pouco e passei do ponto. Voltei e fui procurando com mais atenção e achei uma discreta saída. Peguei-a e no fundo pequeno vale, corria um filete de água que descia até uma pequena piscina natural. Só ali que percebi que já estava na cachoeira! Só que cachoeira sem água...
Fiz um lanche rápido com o João e resolvemos voltar. Já estávamos na outra vertente da Serra. Na volta, fui procurando a entrada para a cachoeira do Carteiro e numa saída bem discreta, já próximo ao “Túmulo do Carteiro”, peguei uma leve descida. Já podia ver do alto uma pequena queda d’água. Aproveitei para tomar um banho e me refrescar um pouco, o calor já estava forte. Encontramos algumas pessoas que andavam pelo local, procurando a cachoeira. Não quis desanimar, mas falei que com o volume de água atual, não encontrariam nada.
Voltando a caminhada, subimos até o ponto das “esculturas de pedras” e optamos por ir até o “Mirante Central”. Como o calor já estava forte, fomos até uma área mais aberta onde havia uma pedra bem na borda, virada para Tiradentes. Mais uma daquelas vistas incríveis. Fiz mais algumas imagens com o drone e depois de um tempo descansando, iniciamos nossa descida. O calor já incomodava e descemos num bom ritmo, pois sabíamos que um pouco mais abaixo, teríamos sombra. O João seguiu firme na descida.
Já no carro, contabilizamos o quanto andamos e o GPS marcava 9,4 km, 4 horas 17 min e um desnível de 500 metros acumulado. Uma ótima caminhada, num dia bem agradável.
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Trilha do Jequitibá e Cachoeira do Baú
Por Leandro do Carmo
Trilha do Jequitibá e Cachoeira do Baú
Relato
Depois de visitar São João del Rei na parte da manhã, voltamos para Coronel Xavier Chaves. Almoçamos e como tínhamos a parte da tarde livres, optamos por conhecer o Jequitibá. Cidade pequena do interior é assim: a gente contorna a praça, e anda 5 minutos e já está longe da civilização. E não foi diferente em Coronel Xavier Chaver! Atravessamos a praça da cidade e logo pegamos uma estradinha de terra. Passamos por baixo de uma grande ponte sob a estrada de ferro e seguimos até entrar em uma propriedade. Estávamos no caminho errado. Demos meia volta e depois de procurar um pouco, conseguimos nos localizar. O problema era que a estrada de terra estava sendo asfaltada e tivemos que fazer um logo desvio.
De volta a rota certa, seguimos até entrar num caminho mais fechado e subir, até estarmos no início da trilha. Estacionamos o carro, tendo cuidado para não fechar o caminho. Iniciamos a caminhada e logo passamos por um imenso cupinzeiro, o maior entre muitos que vi pelo caminho. Estávamos na linha de cumeada e caminhávamos bem abrigados do sol. Mais a frente, após cruzar uma porteira, conseguimos ver o imenso Jequitibá se destacando em meio ao pasto. O único sobrevivente.
Assim que nos aproximávamos a sensação de grandeza aumentava. De longe, a gente já sabe que é grande, mas de perto, ela toma proporções gigantescas. Sentamos à sua sombra e descansamos um pouco. Grandes troncos se estendiam em todas as direções, formando uma imensa copa. Aproveitei para fazer algumas imagens com o drone e pegamos o caminho de volta.
No caminho de volta, aproveitamos para conhecer Cachoeira do Baú. Estacionamos o carro na estrada principal e descemos por um caminho aberto, sem indicação alguma. Só que conhece, saberia que era ali. Mais próximo, comecei a ouvir o barulho da água. Cruzamos uma pequena ponte de madeira e começamos a andar na margem oposta, subindo o rio. No momento que cruzávamos uma porteira, começamos a ouvir um barulho de moto. Esperamos que todos passassem e seguimos andando. Mais acima, pegamos um caminho para a direita que nos levou ao topo da pequena, porém bonita, queda d’água. Ficamos ali durante um tempo, até que pegamos o caminho de volta. Já no carro, seguimos a estradinha até estarmos em casa novamente, fechando um dia fantástico!
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
Via O Discreto Charme da Burguesia
Por Leandro do Carmo
Via O Discreto Charme da Burguesia
Vídeo da via O Discreto Charme da Burguesia
Relato da via O Discreto Charme da Burguesia
Mais uma aula de vias em aderência. Agora era o Curso Básico de Montanhismo 2023, do CNM. Já é o segundo curso na qual fazemos essa aula nas “Aderências da Viúva Lacerda”. O local acabou recebendo esse nome, devido a trilha se iniciar ao final da rua Viúva Lacerda, no Humaitá.
Chegamos lá bem cedo. O dia estava nublado. Havia chovido nos dias anteriores e chance de alguns trechos da escalada estarem molhados eram grandes. Entramos na trilha e tinha bastante água correndo pelo córrego da lateral. Subimos por um terreno bem molhado e logo estávamos na base. A parede estava seca, mas alguns pontos bem no alto nos preocupavam. Bom, não tinha outra alternativa a não ser subir e tentar.
Como já havia feito a via “Como Nascem os Anjos” na outra vez, acabei ficando com a via mais à direita, a “O Discreto Charme da Burguesia”. Segundo o Guia de Escalada da Floresta da Tijuca, uma via 3 estrelas. Nos arrumamos e dividimos as cordadas. Já pronto, saí para guiar a primeira cordada. Esse início foi bem tranquilo, subi rápido, parando já bem alto num esticão de quase 60 metros. A segunda enfiada passei cruzando um trecho bem úmido e escorregadio. Por sorte, a linha de umidade era bem estreita, facilitando passar de um lado ao outro. Passei por uma dupla e continuei subindo, parando numa segunda dupla acima, num corredor entre duas partes com vegetação.
A terceira seguiu mais fácil, iniciando em aderência e logo vindo trechos com sólidas agarras, mescladas com passadas em aderência. Acabei pulando um grampo, que ficou escondido perto de uns galhos. Mais acima, antes de um trecho mais vertical, fiz a terceira parada. A quarta enfiada foi curta, porém bem bonita. Já na parada dupla, olhando para cima, vimos água escorrendo, bem no local indicado como o crux da via. Se contornasse por baixo, acho que daria para fazer, mas optamos por terminar ali a escalada.
Ainda ficamos um tempo ali curtindo até iniciarmos o rapel e fecharmos a escalada. Boa escalada, num dia bem agradável.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
Conquista no Tibau
Por Leandro do Carmo
Escalada no Tibau
Relato
Foi em 2018 que fui ao Tibau com o Ary pela primeira vez. Estava namorando aquela parede fazia um tempo, mas sempre ia deixando pra depois... Chegamos a iniciar alguns projetos, mas acabou ficando esquecido. Depois que mostrei o local ao Luis Avelar e o João Pedro foi que o negócio deslanchou de vez. Foram conquistadas dezenas de vias e ainda existem alguns projetos em andamento.
O Luis me chamou para conhecer algumas vias estava conquistando num setor mais à direita, na qual chamei de “Setor do Luis”. Aceitei o convite e fomos lá conferir. Marcamos cedo, pois tinha um compromisso na hora do almoço. A mochila pesada com equipamento de conquista, mesmo a gente tendo divido algumas coisas.
Seguimos para a rua que dá acesso ao final da Travessia Tupinambá e no lado oposto, começamos a subir por uma estradinha de chão. Poucos metros à frente, entramos por um caminho onde tem uma sequência de dezenas de jaqueiras. Muito fácil de identificar. Dali, fomos seguindo por um caminho batido e marcado com algumas fitas. Em aproximadamente 15 minutos, estávamos na base das vias. Ele ainda me mostrou alguns projetos que iniciaram e outras linhas que tinham vontade de começar.
Nos arrumamos e a via escolhida para fazer foi a Destreza, Habilidade e Rataria. O início seguiu com lances verticais e boas agarras, apesar de ter quebrado algumas. Assim como toda a parede, tem que escolher bem qual agarra usar. A via seguia bem protegida e logo cheguei à primeira dupla. Montei a parada ali, assim diminuiria o arrasto para entrar no crux. O Luis chegou em seguida.
Saí para a segunda enfiada. A via continuava constante, ficando mais vertical já próximo do fim. Demorei um pouco mais para entrar no lance. Avaliei e numa tentativa, com o pé direito bem alto, quebrei uma agarra chave para o lance. Tive que reinventar e numa passada bem aberta consegui ganhar uma agarra acima e venci o lance. Subi mais um pouco e montei a parada, trazendo o Luis em seguida.
A vista era fantástica. Deu para ter uma visão geral do setor. Olhando de baixo, estávamos na lateral direita da parede. A ideia era, além de escalar, aproveitar para intermediar alguns lances da via ao lado e retirar um parabolt que ficou mal batido. Assim, emendamos duas cordas e fizemos um único rapel até a base.
Já na base, arrumamos todo o equipamento de conquista e subi novamente. Subi até onde seria a parada e o Luis veio em seguida. Optamos por duplicar o ponto quando estivéssemos no rapel, assim não teria problema de a corda não chegar. Subi e passei no crux, sendo mais fácil que a via ao lado. Ao final, optei por duplicar a penúltima proteção, pois a última estava muito próxima a uma grande vegetação. Desci e dupliquei mais um ponto de rapel e segui até o final da via.
Enfim, havíamos completado o objetivo do dia. Valeu pela companhia e pela escalada. O setor do Tibau está ficando excelente, com várias opções de vias. E quem disse que não tem mais opões de conquista em Niterói?
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Pico da Tijuca - Parque Nacional da Tijuca
Pico da Tijuca - Parque Nacional da Tijuca
Dia: 21/01/2024
Relato da Trilha Pico da Tijuca e Tijuca Mirim
Após curtir uma praia em Niterói no sábado e mesmo sabendo da previsão do tempo para o domingo, resolvemos nos programar pra fazer alguma atividade. Escalada seria praticamente impossível, porém uma trilha seria viável. A Escolhida foi o Pico da Tijuca, no Parque Nacional da Tijuca. Eu já tinha ido lá algumas vezes, mas a Marina ainda não.
Perfil oficial do Parque: @parquenacionaldatijuca / parquenacionaldatijuca
Esteja sempre pronto!
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
Travessia Espraiado x Tomascar
Por Leandro do Carmo
Travessia Espraiado x Tomascar
Vídeo da Travessia Espraiado x Tomascar
Vídeo de Drone da Travessia Espraiado x Tomascar
Relato da Travessia Espraiado x Tomascar
Estava de volta à Travessia mais clássica de Maricá: A Travessia Espraiado x Tomascar! Com um percurso de aproximadamente 8 km, a travessia corta córregos, matas, áreas abertas e temos uma vista fantástica de parte do litoral do município. Para fechar com chave de ouro, temos a opção de almoçar no concorrido Restaurante da Marilene, com uma excelente comida caseira, feita no fogão a lenha. Em todas as vezes que fiz a travessia, voltei para o Espraiado, pois a logística ficaria muito pesada, caso optássemos por voltar por Tanguá ou Rio Bonito.
Era uma aula do Curso Básico de Montanhismo do CNM e faríamos novamente um bate e volta. Combinamos de nos encontrar as 08h30min lá no Espraiado, em frente à sede das Unidades de Conservação. Chegamos cedo e de lá seguimos para a cachoeira da represa. Os bares estavam fechados e foi fácil conseguir um bom local para estacionar. Hoje, o local está pavimentado, seguindo com paralelepípedo até o local onde ficava um portão. Arrumamo-nos e iniciamos a caminhada.
Seguimos estradinha e logo cruzamos o primeiro córrego. A estradinha segue bem abrigada, mas a essa hora da manhã, não seria um problema pegar um sol. Mais acima, viramos à esquerda, saindo da estradinha. Cruzamos o córrego novamente e iniciamos a subida, que fica próximo a uma casa. O trecho inicial é bem complicado, devido ao alto estágio de erosão causado pela passagem de motos. Inclusive, esse é um problema grande da região. Continuando a subida, comecei a ouvir um barulho de moto bem ao fundo. Em pouco tempo, eles estavam passando por nós.
Passamos a última porteira e mais acima, ficamos à direita numa bifurcação, onde começa uma área aberta. Na volta, viríamos pelo caminho de baixo. Pegar o caminho da esquerda nos livraria de pegar uma subida, mas a vista que teríamos lá do mirante do Vale de São Francisco compensaria o esforço extra. Esse caminho acabou virando o principal. Subi mais rápido para conseguir filmar com o drone o pessoal chegando. Já próximo ao mirante, vi que tinha um grande grupo lá em cima. Com todos no local, fizemos alguns exercícios de orientação, lanchamos e seguimos descendo.
Tomascar estava bem ao fundo. Visível graças a igreja, próxima ao restaurante da Marilene. Dali, pegaríamos uma descida mais forte e seguiríamos pela estradinha até ao nosso destino. O grupo grande saiu à frente e logo os ultrapassamos. Passamos por um trecho bem erodido, com vários caminhos que se juntavam mais abaixo. Demos uma parada rápida num córrego para nos refrescar e de lá seguimos andando. Passamos por diversas propriedades com plantação de laranja. Algumas pareciam abandonadas. Fui lembrando das inúmeras vezes que havia passado por ali.
Sem perceber, havia chegado à porteira que antecede o vilarejo. Estávamos a poucos metros do nosso destino. As ruas já estavam cheias de carro. O restaurante da Marilene é bem frequentado aos finais de semana, sendo o “point” desde os praticantes de trekking até aos amantes do “off road” e simplesmente dos que querem desfrutar de um local agradável com boa comida.
Arrumamos uma mesa e nos acomodamos. Cada um foi arrumando seu prato e fomos contagiados pela boa conversa e o astral de todos, sem exceção. Depois de um excelente almoço, a preguiça cobrou seu preço. Foram necessários alguns bons minutos para nos recompormos. Com o avançar da hora, aproveitei para apresentar conhecer a cachoeira de Tomascar a quem não conhecia e pegamos o caminho de volta.
Começamos a caminhada bem lentamente e aos poucos fomos deixando Tomascar para trás. Paramos novamente no córrego, só que agora numa posição invertida. Uma parada estratégica para vencermos a subida. Não foi fácil, mas havíamos passado toda a subida da caminhada do dia. Fizemos uma parada num mirante e de lá percebemos fumaça bem no mirante do alto do Vale do São Francisco, muito próximo ao ponto onde havíamos passado no início da caminhada. A preocupação era o fogo se alastrar pela vegetação seca, pois passaríamos num ponto bem crítico.
Adiantamos a caminhada e ao longo do caminho pude presenciar um espetáculo promovido por pássaros que voavam e cantavam em meio a uma mata exuberante. Dali, seguimos descendo e logo estávamos cruzando o córrego e entrando novamente na estradinha que nos levaria de volta a cachoeira da Represa do Espraiado.
Maricá nunca decepciona!