quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Escalada no Nariz e Verruga do Frade - Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Por Leandro do Carmo

Escalada no Nariz e Verruga do Frade - Parque Nacional da Serra dos Órgãos


Escalada Verruga do FradeDepois de adiar a ida ao Dedo de Deus, foi dia de voltar à Verruga do Frade.. Quase um ano após eu ter guiado aquela imensa chaminé, marcamos de voltar àquele cume fantástico. Mas escalar a Verruga não é das tarefas mais fáceis. A caminhada de aproximação é longa e a escalada em si é dura, principalmente para aqueles que não estão muito acostumados com chaminé, afinal de contas são aproximadamente 40 metros, ora apertada, ora mais larga...


Bom, definimos os aventureiros dessa empreitada: Eu, Leonardo Carmo, Ary Carlos, Vander Silva, Rafael do Carmo e Guilherme Gregory. Fizemos as compras da entrada do Parnaso com antecedência, pois nossa ideia era entrar bem cedo no parque, pois ele só abre as 8 da manhã e se quiser entrar antes disso, tem que comprar as entradas com antecedência. E assim fizemos... Marcamos nossa saída de Niterói às 5 da manhã, quanto mais cedo começarmos, mais cedo acabaríamos...

Escalada Verruga do Frade
O tempo estava firme, porém com algumas nuvens, mas a previsão não era de chuva. Mas queria dessa vez, pegar uma vista boa, pois na primeira vez, acabei não tendo esse prazer... Seguimos na estrada ainda de noite. Tomamos um café na Parada Modelo e de lá seguimos para nosso destino. Entramos no Parque e estacionamos o carro na Barragem e de lá seguimos subindo a trilha do Sino.
Na altura do antigo Abrigo 2, pegamos o caminho da Travessia da Neblina. Já no começo, percebe-se a diferença. Apesar de consolidada, a trilha é bem menor que a “avenida” do Sino. Ela segue uma descida suave. Cruzamos alguns córregos até que iniciamos uma subida forte, o pior trecho da caminhada de aproximação. É uma subida íngreme, que por diversas vezes, precisamos utilizar as mãos para ajudar. Ao final dessa subida, dobramos a direita e seguimos pela crista até avistar o nosso objetivo do dia! Passamos pelo Paredão Roi Roi e num mirante, demos uma parada para fazer algumas fotos. Dali dava para ver um grande desmoronamento, deixando uma grande marca na floresta.

Escalada Verruga do Frade
Continuamos a subida até que chegamos à base do Nariz do Frade. Ali nos arrumamos e foi hora de decidir quem guiaria... Eu já falei logo: “Já guiei isso aí e não vou de novo!” Deixei a rabuda para o próximo da lista. Bom, os responsáveis pela empreitada foram Ary e Guilherme. Para colocar na lista das vias completas, tem que guiar! Avisei logo. Só olhando de baixo foi mais fácil. Fiquei só dando as dicas.

O tempo estava muito agradável e algumas nuvens que vinham por trás do Parque não assustavam, mas ligavam o sinal de alerta. Assim que os dois subiram, eles fixaram as cordas e eu subi em seguida, levando mais uma corda, assim, daria para fazer a próxima enfiada. Na subida, fui relembrando dos lances feito ano passado. Subir participando é bem mais tranquilo, mas mesmo assim percebi que ela é bem exigente e se não estiver bem com a técnica de chaminé, pode ter um pouco de dificuldade.

No Platô, já preparamos a subida para o próximo lance e a entrada para a chaminé horizontal é meio estranha. O Guilherme me perguntou: “É por aqui mesmo?” Eu ri e disse que sim... Falei: “Segue na chaminé, fazendo uma horizontal, que nem um siri!” Lá tem boas agarras de pé e se for devagar e entender a dinâmica, vai tranquilo. O Guilherme subiu e fui em seguida. Subi e cheguei à base da Verruga, uma “pequena” pedra, se comparada ao grande Nariz, é claro... Aproveitei para dar uma acelerada na galera, pois a concentração de nuvem havia aumentado. Depois de descansar um pouco, percebi como o dia estava bonito. Olhando para baixo, consegui ter a noção exata da altura. Da última vez, a visibilidade estava prejudicada e a única vista que tinha, era um tapete de nuvens...

Garanti algumas fotos e me preparei para subir o lance final. Era hora de subir a Verruga. São dois lances para fazer, até conquistar seu cume. Lá no alto, aproveitei para descansar um pouco, enquanto a galera ia chegando. Desci e assinei o livro de cume, deixando mais uma vez minhas lembranças, dificuldades de alegrias em poder fazer mais um impressionante cume. Difícil numa hora dessas conseguir descrever em palavras o sentimento em estar ali...

Escalada Verruga do Frade
Comecei a arrumar as coisas e quando fui puxar a corda ela travou, desci ainda um trecho e consegui liberar a corda. Abri o rapel. Levei uma corda e o próximo a descer, foi com outra, assim pude arrumar o segundo, com duas cordas, indo até à base. Mas antes, ainda tive que fazer um lance para recuperar a mochila na entrada da segunda chaminé. Depois de resgatada a mochila, desci até a base e fiquei o aguarda da galera.

Preparei um risoto de frango com creme de leite, uma das ótimas opções de comida liofilizada que temos e para fechar o almoço, um cafezinho, já clássico nas montanhas por onde passo. Aí foi hora de arrumar as coisas e seguir descendo, o caminho era longo...

Como o carro do Vander havia ficado na Barragem, desci um pouco mais rápido para aproveitar e tomar um banho. Ele me disse que deixou o carro aberto. Bom, segui na frente e assim que cheguei à Barragem, o carro estava fechado. Ainda procurei a chave e se havia alguma porta aberta. Pensei: “O Vander acabou levando a chave”. Aproveitei para tomar um banho gelado. Assim que o Vander chegou falei que o carro estava fechado e ele me disse que deixou aberto.  Ficamos um tempo procurando e ele disse que nunca fechava o carro e que a chave tinha que estar ali.

Só existia uma explicação, o guarda que fica ali, fechou o carro e levou a chave.  Não deu outra. O Marcos Velhinho e o Leonardo desceram até a sede da segurança e a chave estava lá. Atrasou um pouco, mas não teve jeito. Todo queria saber: “Por que o Vander não fecha o carro e leva a chave?” Já no carro, seguimos viagem de volta... Um belo dia...

Missão cumprida e até a próxima!

Escalada Verruga do Frade

Escalada Verruga do Frade

Escalada Verruga do Frade

Escalada Verruga do Frade

Escalada Verruga do Frade
Escalada Verruga do Frade

Escalada Verruga do Frade




quarta-feira, 19 de julho de 2017

Lançamento do Guia de Trilhas de Niterói e Maricá

Por Leandro do Carmo



Dia: 27/07/2017
Local: Clube Niteroiense de Montanhismo

Hora: A partir das 19:30h
Endereço: Rua Siqueira Campos, 77, Santa Rosa, Niterói.

O lançamento que vai revolucionar o mundo das trilhas de Niterói e Maricá! De forma inédita, o Clube Niteroiense de Montanhismo selecionou uma série de roteiros fantásticos que farão com que você se surpreenda com cenários fantásticos em Niterói e Maricá.

O Guia conta com aproximadamente 250 km de trilhas mapeadas e distribuídas em 13 setores nos municípios de Niterói e Maricá. São 57 roteiros com informações de como chegar, fotos do início da trilha e de pontos importantes, gráfico altimétrico, mapas topográficos e dados formatados de acordo com a nova classificação de trilhas da FEMERJ. Conta ainda com dados históricos e curiosidades sobre os locais das trilhas.

São 330 páginas no tamanho 16x23cm, com aproximadamente 450 fotos coloridas.

Autor: Leandro do Carmo
Editora Kimera

Além das trilhas do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói possui muitas outras, que estavam esquecidas e sem frequência há muitos anos, como por exemplo algumas trilhas do PARNIT. Já em Maricá, tivemos a oportunidade de detalhar e disponibilizar roteiros fantásticos. São cachoeiras, grutas, travessias, córregos, restingas, e muito mais.


Como chegar ao Clube Niteroiense de Montanhismo


Para comprar, acesse a loja do clube:



Para acompanhar as caminhadas de catalogação das trilhas, acesse:

http://pitbullaventura.blogspot.com.br/search/label/Guia%20de%20Trilhas 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Travessia Tupinambá

Por Leandro do Carmo

A Travessia Tupinambá veio para recolocar definitivamente o PARNIT no circuito das trilhas da cidade. Com o crescente número de praticantes, é muito importante que possamos dar opções, assim não sobrecarregamos trilhas como aa do Parque Estadual da Serra da Tiririca.  É uma travessia que interligam 7 trilhas já consolidadas na região, saindo de São Francisco e terminando no Jardim Imbuí, mas é possível fazer o caminho inverso. No trecho do contraforte do Morro da Viração, há a possibilidade de visitarmos as ruínas de um possível posto de observação, que pelas características da construção, devem ser do mesmo período de construção da Atalaia Portuguesa que fica perto da Rampa de Voo Livre. Um pedaço da nossa história perdido em mio a floresta. Contamos ainda com dois fantástico mirantes. Uma vista de tirar o fôlego! O trabalho de manejo e sinalização vem sendo feito a meses. Tudo liderado pela administração do PARNIT e com a ajuda de diversos voluntários, inclusive sócios do clube. Para quem quiser mais informações pode acessar o site do clube: www.niteroiense.org.br

Fotos de alguns dias de manejo na trilha.

Trecho do Jardim Imbuí










Trecho da Trilha dos Blocos




terça-feira, 30 de maio de 2017

Pré-venda do Guia de Trilhas de Niterói e Maricá

Por Leandro do Carmo


Pré-venda liberada no site do clube! ENTREGA A PARTIR DE 01/07/2017. Preço promocional de lançamento por tempo limitado. Adquira já o seu e ajude o projeto!

Guia de Trilhas de Niterói e Maricá

Com o intuito de viabilizar a continuidade do projeto, estamos lançando a pré-venda do Guia de Trilhas com preço promocional até 01/07/2017. Adquira já o seu.

O GUIA SERÁ ENTREGUE SOMENTE A PARTIR DE 01/07/2017.

O Guia conta com aproximadamente 250 km de trilhas mapeadas e distribuídas em 13 setores nos municípios de Niterói e Maricá. São 57 roteiros com informações de como chegar, fotos do início da trilha e de pontos importantes, gráfico altimétrico, mapas topográficos e dados formatados de acordo com a nova classificação de trilhas da FEMERJ. Conta ainda com dados históricos e curiosidades sobre os locais das trilhas.

Uma excelente oportunidade para você que quer conhecer os lugares mais fantásticos!

Autor: Leandro do Carmo

Editora Kimera



sábado, 13 de maio de 2017

Paredão Emil Mesquita

Por Leonardo Carmo

Via Emil Mesquita – 3º V E2 D2 - Parque Estadual da Serra da Tiririca - Niterói - RJ


Participantes: Leonardo Carmo, Carina Melazzi e Marcos Lima.



Já fazia um tempo que eu queria voltar e escalar a Emil Mesquita.

Eu tinha tinha combinado com a Carina de fazer um via, só não sabia qual rsrs.

Pra variar, na madruga, o Marcos me manda uma mensagem perguntando o que eu faria no sábado.

Aí eu pensei rápido e resolvi entrar na Emil Mesquita e eles concordaram. Essa seria a primeira escalada da Carina em Niterói. Precisava de uma via bacana, que não pegasse sol tão cedo e que tivesse um visual incrível.

Então partimos pra escalada. Sei que entramos na via por volta das 8:40 e chegamos ao cume antes do sol aparecer. Só pegamos um pouco de sol na hora de rapelar. Como estávamos com duas cordas, foi tranquilo. Rapelar nessa via só com uma corda é meio enjoado pois demora um pouco.

O dia estava simplesmente incrível.

Para informações sobre a via, leia o relato completo do Leandro do Carmo.

http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2013/04/escalada-na-via-paredao-emil-mesquita.html

Mais escaladas no Morro do Telégrafo: http://pitbullaventura.blogspot.com.br/2014/03/escalada-em-niteroi-morro-do-telegrafo.html

Até a próxima...







quinta-feira, 4 de maio de 2017

Montanha para todos, um projeto que chegou à Niterói

Por Patrícia Gregory

No final de 2016, o CNM entrou em contato com o projeto Montanha para Todos, nascido a partir da história de vida de um casal de montanhistas, que se viu desafiado, em nome do amor, diante das sequelas de uma doença fisicamente incapacitante, a continuar trilhando pelas montanhas. O desafio consistiu no cumprimento da promessa do marido, Guilherme, á sua mulher, Juliana, de que voltariam a todas as montanhas pelas quais já haviam andado. Foi criada, então, a Juliette, cadeira de rodas especialmente desenvolvida para proporcionar acessibilidade às montanhas.

O Niteroiense lançou-se, então, no desafio de adquirir uma Juliette própria, ao invés de apoiar a compra por um parque público porque acreditamos que a disponibilidade dessa cadeira para os clubes de montanhistas, independente de burocracias que envolvem o uso de um bem de um órgão público, pode facilitar e simplificar seu uso.

No início de 2017, depois de uma bonita campanha de captação de recursos para  cobrir os custos dessa aquisição, a Juliette do CNM tornou-se realidade. Essa campanha se constituiu da venda de rifas de uma bicicleta, doada pelo Colégio Pluz da Região Oceânica de Niterói, além de um churrasco, na AABB de Piratininga, no qual pudemos contar com a presença de muitos de nossos associados, além de convidados vindos de outros clubes do Rio. Recebemos também algumas doações diretas, em dinheiro para colaboração no projeto.

A nossa cadeira chegou no dia da palestra sobre o Projeto, quando tivemos a alegria de receber Guilherme e Juliana, mentores e protagonistas do Montanha para Todos. O casal nos falou do início da  batalha pela recuperação de saúde da Juliana e do compromisso assumido, em nome do amor, de que continuariam nas montanhas, apesar das limitações físicas que se tornaram permanentes no corpo da Jú. Além desse compromisso pessoal, os dois também estão empenhados em fazer chegar ao maior número de pessoas portadoras de necessidades especiais, a possibilidade de acesso a passeios por trilhas de montanha. Pra isso, contam com a parceria de patrocinadores que os estão ajudando a tornar o sonho realidade, proporcionando a distribuição do equipamento pelos parques nacionais.

Fizemos o passeio inaugural da nossa Juliette na trilha do Morro das Andorinhas, contando com duas cadeiras, a 0001 da Juliana, e a 0006 do CNM, com a adolescente convidada, Valentina. Foi um lindo dia, cheio de emoções, sorrisos, disposição, solidariedade, e principalmente, alegria, numa verdadeira celebração à vida.

Haverá uma página no site do clube para o cadastro dos candidatos ao passeio, nela, constará uma ficha de elegibilidade, a qual os candidatos ao  deverão preencher com os dados médicos que nos ajudem a escolher, baseados nas características e nas limitações físicas, a trilha mais adequada à sua dificuldade, para que possamos sempre proporcionar um passeio seguro e tranquilo.

Atualmente estamos trabalhando, com muito empenho e carinho, na abertura e manejo de uma trilha alternativa para acesso ao cume do Morro Santo Inácio, no Parque da Cidade de Niterói, cuja inauguração está prevista para o início de abril, com a presença de Juliana e Guilherme.

É muito bonito, gratificante e emocionante,  ver o empenho, carinho, dedicação e o desejo de doar tempo e energia pra fazer alguém feliz.

Estamos crescendo juntos!

Links:


Fotos da primeira caminhada





Fotos da segunda caminhada



domingo, 23 de abril de 2017

Pedra Bonita - Parque Nacional da Tijuca

Por Leonardo Carmo

A Pedra Bonita fica dentro do Parque Nacional da Tijuca. É fácil chegar lá. Basta programar no GPS que não tem erro.

Esse setor é muito movimentado aos finais de semana. É aconselhável deixar o carro, se for o caso, em uma das áreas que estiver disponível antes da entrada do Parque, pois lá dentro não tem muitas vagas.

A trilha começa um pouquinho abaixo da área de estacionamento já dentro do parque. Não tem bifurcações. Bem tranquila quanto orientação. Praticamente sem dificuldades técnicas. Trilha boa para quem não está acostumado ou está tendo contato que esse tipo de ambiente pela primeira vez.

Andando bem devagar e curtindo, da pra percorrer, segundo meu gps, 2,890 m em 1:20 h,. parando pra tirar fotos e relaxando lá no cume.

Nesse dia o tempo estava chuvoso mas vou deixar as fotos falarem por si só.








sexta-feira, 21 de abril de 2017

Peito do Pombo - Sana - Macaé RJ

Por Leandro do Carmo

Peito do Pombo

Local: Sana - Macaé
Data: 19/02/2017



Dicas: O primeiro trecho da trilha é bem abrigado. O segundo é bem exposto ao sol, onde se caminha num pasto. Uma subida bem forte. Depois entramos novamente em área abrigada. O terceiro trecho é o mais forte da caminhada. Existe água durante o percurso. Em dias de chuva forte, pode ficar difícil cruzar o rio. Há cobrança de ingresso para tomar banho de rio próximo a entrada da trilha, mas durante a caminhada há possibilidade de visitar vários poços. Há boa infraestrutura em Sana. Há possibilidade de deixar o carro bem próximo da entrada da trilha, num estacionamento particular. 

Como chegar, partindo de Casimiro de Abreu: https://goo.gl/maps/w4nEGLyorSs


Caminho


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Arquivo GPX
Arquivo Kml

Relato

Aproveitei que meu irmão iria levar um grupo e me juntei a eles. Marcamos de sair bem cedo do Rio em direção à Sana. O dia estava bem aberto e o calor com certeza viria com força. A viagem foi bem tranquila e assim que chegamos à Casimiro de Abreu, paramos para tomar café da manhã. Dali, seguimos para Sana. A estrada está razoavelmente boa e rapidamente vencemos os quase 30 km até o ponto onde deixamos o carro para seguir caminhando.

Seguimos andando e passamos pelo posto da prefeitura para nos identificar. Ali é preciso assinar um livro de visitantes. O local está muito bem organizado e identificado como área particular, chamada de Sítio Bambu. Inclusive toda a margem esquerda da trilha está cercada e há cobrança para quem quer tomar banho de rio. Mais a frente passamos por um ponto onde os visitantes compram os ingressos para o banho de rio. Como sabíamos que haveria possibilidade de tomar banho de rio mais a frente, optamos por não comprar. Também nos foi informado que em breve haveria a obrigatoriedade de contratar guia local para subir o Peito do Pombo... Não sou a favor da obrigatoriedade, mas como ele me disse que já havia sido aprovado pelo conselho consultivo, pode ser que em breve teremos novidades...

Bom, contratempos a parte, iniciamos a caminhada. O caminho inicial está bem cuidado e como havia dito, a borda esquerda está toda cercada e há apenas algumas entrada onde pessoas conferem os ingressos comprados para o banho do rio. Seguimos andando e passamos por algumas bifurcações, onde deve-se ficar sempre à direita. O dia avançava e o calor vinha junto. Como estávamos abrigados do sol, isso por enquanto não era um problema. Passamos por algumas entradas de sítios, tanto para a direita, quanto para a esquerda. Mais a frente, passamos por uma porteira, sendo um bom ponto de referência.

Andamos mais um pouco, sempre num terreno levemente plano. Tem algumas subidas, mas no geral seguimos tranquilos. Mais a frente uma segunda porteira. Dali, a vista é fantástica. À nossa esquerda, já podíamos ver, ao alto, o nosso objetivo do dia. Ao fundo, uma bela vista do vale, por onde serpenteia o rio Peito do Pombo. Paramos para um lanche rápido e seguimos andando até passarmos por uma grande árvore, que se torna o destaque no local e serve como sais um ponto de referência. Seguimos caminho e passamos por um curral a nossa esquerda. Mais a frente, o ponto chave da caminhada, onde cruzamos o rio para a margem esquerda. Dizem que quando chove forte, fica difícil de cruzar o rio,
então atenção com os dias de chuva...  O rio estava bem baixo e foi fácil atravessá-lo. 

Depois de cruzar o rio, chegamos talvez no ponto mais delicado e de difícil orientação. Desse ponto, devemos subir um pasto em direção a um bambuzal que fica bem ao alto. Como em área de pasto, existem diversos caminhos de boi que se cruzam e levam a diferentes caminhos. Nesse ponto, escolha o melhor ou até siga subindo fazendo o seu próprio caminho, mas tenha sempre o bambuzal como referência. Como estávamos numa área aberta, o sol veio castigando. Não via a hora de chegar...
Enfim chegamos à sombra... E quanto achava que tinha terminado, vi que havia mais um trecho longo de pasto... Deveria chegar à mais um bambuzal... Cruzamos a cerca e pra lá segui subindo. Mais um trecho de subida e logo estava cruzando a cerca e seguindo para a última parte da caminhada. Mais uns metros de sol e entramos novamente num trecho abrigado. Após mais uma subida, veio a parte final, com uma forte subida. Ali, encontramos o último ponto de água, abaixo de uma grande pedra.

A subida é forte e com todo esse calor, foi duro vencê-la. Mas aos poucos e com muito suor, fui vencendo os metros finais... Quando a subida foi suavizando, foi possível ver a pedra bem a frente... Faltavam poucos metros... Caminhei mais um pouco até que pude ver completamente a Pedra do Peito do Pombo a minha frente. Subi um cume que fica bem ao lado dela e pude ter uma noção melhor de toda a região.

De onde eu estava podia ver até o Pico do Frade. O verde das árvores, em suas dezenas de tons, contrastavam com azul do céu, formando um belo visual. Desci e fui até a base da pedra, onde pude descansar num bela sombra. Ainda deu tempo de dar uma conferida na via de escalada que tem no local, mas essa ficará para uma próxima oportunidade. Havia colocado minha camisa e minha meia para secar ao lado da mochila enquanto dava um volta pelo local. Quando fui me preparar para descer, percebi que um pé de meia havia sumido, com certeza o vento levou... Como não quis calçar bota sem meia, co receio de machucar meu pé, resolvi descer descalço. De vez em quando costumo fazer isso... Durante a volta ainda paramos para um banho de rio e depois foi só caminhar de até o carro...

Missão cumprida, até a próxima!