terça-feira, 9 de setembro de 2025

Via Leila Diniz - Morro das Andorinhas

Por Leandro do Carmo

Data: 17/07/2025
Local: Itaipu - Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo,  Marcos Lima, Veronika, Bárbara e Joel

Relato da Via Leila Diniz

A Leila Diniz, em Itaipu, é uma linha bem bonita que começa literalmente com o pé na areia. A primeira vez que fiz essa via foi em Janeiro de 2012, com meu irmão e o Guilherme Belém. Entrei em contato com o Velhinho, perguntando se ele queria escalar. Estava de férias... Ele me avisou que a próxima Quinta com o Velhinho seria na Leila Diniz. Aproveitei e me encaixei na escalada.

Marcamos as 7 horas em Itaipu. Os dias estavam mais agradáveis, mas começar cedo, também faz terminar cedo. O sol dessa vez não seria o maior dos problemas. Chegamos todos cedo e seguimos direto para a base da via. A praia completamente vazia, exceto pelos restaurantes já se preparando para um dia de praia. De longe consegui ver uma cordada numa linha à esquerda da Leila Diniz. Mais uma via saindo. A medida que me aproximei, percebi que era o João Neuhauss.

Nos arrumamos e eu fiz cordada com a Verônika. Saí para guiar a primeira enfiada, a mais difícil da via. Subi rápido, mesmo com a grande quantidade areia na via. Só vai melhorar a partir da segunda enfiada. Foi bem rápido e a Verônika veio em seguida, já sentindo bastante a subida. Não é fácil para quem está dando os primeiros passos na escalada. Na primeira parada, falei com o João de longe e ele disse que estavam abrindo essa nova linha. 

O Velhinho veio puxando a sua cordada. Sai para guiar segunda enfiada, passando por trecho com um pouco mais de vegetação. Peguei aquela diagonal para a direita. O arrasto ali é grande, mas preferi seguir assim e ganhar tempo. Parei um pouco acima e sem contato visual dei segurança para a Verônika que sofreu mais uma vez. Pelo menos já havíamos subido bem.

Parti para a terceira enfiada e toquei rápido, parando bem no limite da corda. As duas cordadas estavam juntas e conseguimos sincronizar bem, com um ajudando o outro. A manhã foi firmando e a medida que ganhávamos altura, podíamos ver como a praia estava bonita. Água fantástica. Uma manhã agradável. Já no alto, conseguimos ver a cordada do João e Alexandre Langer. Nos falamos de longe e continuamos a subida.

Escalar com o Velhinho é certeza de diversão e hoje não seria diferente. Sempre que me perguntavam quanto faltava, acrescentava 50 metros. Logo, a essa altura, já faltavam 500 metros para terminar a via. Continuamos a subida, com a Verônika sofrendo bastante, mas foi guerreira e não desistiu. Segui para a quarta enfiada e passei de uma dupla, parando num grampo simples não muito confortável, mas ganhamos em eficiência.

Faltava apenas uma enfiada mais curta, mas não falei para a Verônika, fizemos uma surpresa. Subi e logo perdemos contato visual. Esse último trecho foi duro para ela, mas deve ter sido um alívio quando ela chegou e falei que havíamos terminado. As vezes dizer que falta um pouco mais do que realmente falta pode ajudar!

Descansamos um pouco e pegamos o caminho de volta até o carro. Uma boa quinta com o Velhinho.


Escalada via Leila Diniz
Entrada da vila dos Pescadores

Escalada via Leila Diniz
Base da via


Escalada via Leila Diniz
Primeira enfiada

Escalada via Leila Diniz

Escalada via Leila Diniz
Leandro na primeira enfiada

Escalada via Leila Diniz


Escalada via Leila Diniz

Escalada via Leila Diniz
Visual da via


Escalada via Leila Diniz
Na parte final

Escalada via Leila Diniz
Uma das vistas mais bonitas de Niterói


Escalada via Leila Diniz
Mirante de Itacoatiara

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Regata Aniversário do PCSF - Ranking PCSF 2025

Por Leandro do Carmo

Data: 13/07/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e João Carvalho



Eu e João participamos da Regata do 67° Aniversário do Praia Clube São Francisco. O vento estava fraco e largamos nas proximidades do Praia Clube São Francisco. Seguimos em direção da Ilha da Boa Viagem. Já havia montado a boia da Maria Thereza em outra regata e sabia bem como era difícil passar da Ilha. Penamos para conseguir passá-la e montar a boia. A volta também foi dificil, pegamos  uma corrente contra bem forte. Mas conseguimos vencer e com o aumento do vento, seguimos de volta. Não conseguimos um bom desempenho e terminamos em 9° lugar. Ainda passamos no PCSF antes de voltar ao Prevela. Seguimos no ranking 2025!

















sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Regata Miguel Pomar – Ranking PCSF 2025

Por Leandro do Carmo

Regata Miguel Pomar – Ranking PCSF 2025

Dia: 29/06/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho

Relato

Essa seria a terceira regata do ranking da Flotilha Ventania do Praia Clube São Francisco. Na regata do mês passado, não pude participar. Como há descarte de pontuação, acho que não vai fazer falta. A regata foi marcada no domingo, facilitando um pouco a logística, pois é dia de aula no PREVELA. Durante a semana havia falado com a Alice sobre a regata e ela disse para eu prestar atenção na largada, pois a última que participamos, acabamos largando mal. Alice, definitivamente não gosta de perder e ainda reclama comigo!

Fomos para a aula e enquanto eles saíram para acompanhar a barqueata em comemoração ao dia de São Pedro, fiquei montando o barco. O dia estava bem agradável e nada de vento. A previsão era bem ruim, mas segui confiante. O João me ajudou e por volta das 11h da manhã, fui para a água e cheguei ao local onde o Marcelo estava ancorado. Fiquei ali durante um tempo e voltei para a o PREVELA.

Guardamos tudo e aproveitei para fazer um lanche, pois iríamos demorar um pouco até finalizar a regata e retornar. Conseguíamos ver uma rajada mais para a longe, mas na saída nada de vento. O Marcelo saiu com o veleiro em direção à Jurujuba e aproveitei para pedir um reboque até um pouco mais para fora. Assim que senti um pouco do vento, avisei para soltar o cabo e seguimos velejando, com Alice no leme, até o Praia Clube São Francisco, onde ficamos dando uns bordos para sentir as condições do vento.

Conferi o percurso com a comissão de regata, bem como a confirmação do horário da largada. Não haveria atrasos. Assim que os dingues começaram a sair do PCSF, fui me aproximando do ponto de largada. O vento ficou bem franco. E quando tocou o aviso de 1 minuto para largada, fui tentando me posicionar melhor e com a Alice já avisando para eu prestar atenção. Entrou uma rajada bem na hora e consegui largar um pouquinho mais atrás, mas junto do bolo. Seguimos no bordo, com vento bem inconstante. Montamos a boia em frente ao Sailling e seguimos num través até a boia próximo ao PREVELA.

Ficamos para trás, mas seguimos avançando. Alice, como sempre, começou a reclamar. De longe conseguíamos ver que os dingues não saíam do lugar. Eu seguia na cola do Capivara e depois de umas dicas do Marcelo que apareceu, consegui andar melhor e tiramos quase toda a distância para os barcos da frente. Estávamos de volta à regata. Alice voltou a ficar bem humorada. Entrou uma rajada logo que montei a boia e na empopada, seguimos para o boia do PCSF. Assim fomos na cola do pelotão da frente.

Montamos a boia do PCSF e cada um acabou seguindo num bordo diferente. Fomos avançando e à medida que nos aproximávamos novamente da boia próxima ao PREVELA, começamos a perder velocidade e fomos ultrapassados pelo Capivara. Montamos a boia e seguimos, novamente na empopada na última perna da regata. Novamente, conseguia ver os barcos parados, próximos ao PCSF. Até achei que estavam esperando, mas quando me aproximei, percebi que naquele ponto não tinha vento. Foi difícil conseguir cruzar a linha de chegada, mas passamos!

Dali, entramos no PCSF, onde atracamos e seguimos para a premiação. Acabamos ficando em 3º lugar na categoria Dingues Clássicos e a Alice, que não admite perder, ficou super feliz com a medalha de terceiro lugar! Mas ainda faltava voltar. E com esse vento fraco, não seria fácil. Os coqueiros do PCSF nem se mexiam. Assim que a cerimônia de premiação terminou, nos despedimos e seguimos de volta. Queríamos ver o jogo do Flamengo contra o Bayer, pela Copa do Mundo de Clubes.

Ainda bem que levei um remo, algo me dizia que podia precisar! E precisamos! Remei um pouco até um ponto onde havia vento e aí sim, conseguimos seguir numa boa velocidade até o PREVELA, onde arrumamos tudo e seguimos para o MC Donald’s para o lanche tão aguardado pela Alice, onde ficamos gritando sozinhos com o gol do Flamengo. Um dia cansativo e bem agitado! Gosto demais dessas regatas com percurso.

Clique aqui para ver a IR da Regata

Resultado da Regata:




















quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Agulha Guarischi

Por Leandro do Carmo

Agulha Guarischi

Dia: 28/06/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Hebert Calor

Agulha Guarischi

Relato

Existem algumas vias valem a pena repetir. A Guarischi é uma delas. Dessa vez, repeti a via com o Hebert e ele tem uma história curiosa na escalada. Lembro até hoje, na primeira escalada que fizemos no Curso Básico do Clube Niteroiense de Montanhismo. Quando nos preparávamos para escalar, ele me disse que tinha muito medo de altura e que não sabia se conseguiria fazer a via. Conversamos um pouco e disse para ele ir tranquilo que iria dar tudo certo. E deu! Hoje já está guiando e altura já não é o maior problema!

Mas vamos para a escalada. Na última escalada que fizemos, a via Coringa, no Pão-de-Açúcar, já estava com a ideia de fazer a Guarischi com ele, pois isso daria um pouco nas futuras guiadas. Com a previsão de tempo bom, marcamos de escalar no sábado e na quarta-feira, pedi autorização ao PESET para entrar mais cedo. Apesar de não estar calor, não queria terminar muito tarde. A Guarischi é uma via relativamente longa e muita gente chega a levar o dia todo escalando. Sei que não era o nosso caso, mas não podíamos bobear. Chamei o Leandro Conrado para nos acompanhar e ele seguiu com a Amanda. Combinamos de nos encontrar às 6:45, na entrada do parque.

Chegamos no horário combinado, deixamos o termo de risco na portaria e entramos na trilha. Eram 7 horas em ponto. Seguimos caminhando e logo estávamos no Bananal. A manhã estava bem agradável. Levamos cerca de 40 minutos até a base da via, onde nos arrumamos e saí para guiar a primeira enfiada. Subi rápido até o primeiro grampo e apontei para onde está o antigo. Ficava bem alto e mais para a esquerda. Segui para a direita e costurei o segundo, logo acima. Dali, ficou mais fácil chegar ao terceiro grampo. Pronto, estava feito o crux. Passei bem rápido dessa vez. Dali, segui subindo sem muitos problemas até ao platô, onde montei a parada. Essa enfiada é a mais exigente da escalada.

O Leandro chegou em seguida e o Hebert logo após. Sentiu um pouco, mas o tranquilizei, avisando que o pior havia passado. Não dei muito tempo para descanso e saí logo para a segunda enfiada. Peguei a diagonal e subi bastante até costurar o primeiro grampo. Muita gente reclama que o lance é exposto. Na verdade é, mas é um II grau e aí não conta, certo? Rapidamente cheguei à segunda parada. O Leandro Conrado também veio subindo e o Hebert logo em seguida. Na parada, uma rápida pausa para um descanso. Nos preparávamos para, na minha opinião, a enfiada mais bonita da via.

Não queria deixar o ritmo baixar e já puxei logo a terceira enfiada. Essa mais curta. Saí e segui pelo lado esquerdo do bico de pedra e acima estava na borda da aresta, um lance bem aéreo, com uma vista fantástica. Subi rápido até a matinha. Olhando de baixo, é o trecho onde parece o pescoço da tartaruga. Para quem não conhece, chega a ser inacreditável o espaço que tempo ali. É um platô gigantesco e ponto de parada obrigatório para as últimas enfiadas da via.

Ali descansamos um pouco e saí para a quarta enfiada. Iniciei a subida e já percebi o sol se aproximando. É nesse ponto que para quem inicia cedo a escalada, encontra o sol de frente, bem na direção do rosto, começando a atrapalhar. Mas o dia estava firme, porém ficava nublado em alguns momentos. Isso ajudou bastante. Continuei subindo e optei por pular uma dupla que ficava mais para a esquerda e logo cheguei à parada. O Hebert também chegou e já me preparei para a quinta enfiada. Depois da primeira enfiada, acho que é a mais difícil. Fui ganhando altura até chegar num ponto onde perguntei ao Hebert quanto de corda ainda tinha. Não lembrava muito bem, mas achava que daria para chegar na dupla antes do cume. Arrisquei e subi. Deu a conta. Montei a parada. O Leandro chegou logo em seguida.

O Hebert subiu e quando chegou a parada, avisei que a última enfiada era dele. Como já está guiando algumas vias, não tinha como não guiar essa enfiada. Ele descansou um pouco e saiu para o ataque ao cume. Perguntou onde estava a dupla de grampos e avisei que era só subir reto que mais acima ele encontraria com facilidade. Nesse trecho, o Leandro Conrado colocou a Amanda para guiar também. Subiram rápidos e eu fui em seguida. Já na última parada, fui direto ao verdadeiro cume, onde fiquei durante um tempo, até retornar e começar os preparativos para a descida.

Era, aproximadamente, 11 horas da manhã quando iniciamos a descida e por volta das 13 horas, terminamos os rapéis e seguimos para um merecido lanche. Mais uma vez na escalada mais clássica de Niterói.

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi


Agulha Guarischi

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi

Agulha Guarischi


segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Via Paredão Coringa

Por Leandro do Carmo

Dia: 19/06/2025
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Hebert Calor, Rafaela, Jorge Pereira e Camila Chaves

Via Paredão Coringa





Vídeo da via Paredão Coringa


Relato

A Via Coringa é uma das vias mais clássicas do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais icônicos do Rio de Janeiro. Localizada na face sul da montanha, essa via oferece uma experiência única de escalada, combinando técnica, beleza natural e uma vista deslumbrante da Baía de Guanabara. Foi conquistada em 1981 por Giuseppe Pellegrini, Denise Emmer e Paulo.

Já havia comentado com o Hebert sobre minha vontade de escalar a Coringa. Abri a atividade no site do Clube Niteroiense de Montanhismo e logo apareceram interessados. O Jorge se prontificou a guiar, o que me permitiu abrir mais uma vaga. A Rafaela perguntou se conseguiria fazer a via. Isso é sempre relativo, mas expliquei como era e que, caso não conseguisse, a descida seria fácil. Combinamos de nos encontrar bem cedo na Praia Vermelha. Era certo que outras cordadas apareceriam.

O dia estava firme, com uma manhã extremamente agradável. Estacionamos os carros e seguimos pela Pista Cláudio Coutinho. Chegamos rápido e nos preparamos para a subida. O Jorge formou uma cordada com a Camila, e eu, Hebert e Rafaela formamos outra. Enquanto nos arrumávamos, dei alguns betas da via. O Jorge iniciou a subida e, assim que chegou à parada, comecei a minha.

A primeira enfiada segue por uma rampa fácil, mas logo aparece um lance mais delicado. Continuei subindo até uma barriga, onde costurei e segui numa diagonal descendente até a parada. Nesse momento, o Jorge já estava saindo para a segunda enfiada. Hebert e Rafaela vieram em seguida.

Na parada, optei por fazer a variante, tendo um lance bem vertical e bonito, com boas agarras. Voltei pela diagonal e logo venci o trecho. Continuei subindo, enfrentando alguns lances mais delicados, e optei por fazer uma parada mais curta, embora não muito confortável. Hebert e Rafaela seguiram pela linha normal, sem fazer a variante. Essa enfiada foi mais difícil, e eles enfrentaram um pouco mais de dificuldade. Dali, já víamos outras cordadas se preparando para subir. Ainda bem que chegamos cedo. Comentei com Hebert sobre a diferença entre fazer uma via com lances constantes de terceiro grau e outra mais vertical — faz mesmo diferença!

Saímos para a terceira enfiada, a mais exigente. Ela segue reta, com uma longa sequência de lances de terceiro grau. A via tem pequenas agarras, mas sólidas, o que dá mais confiança. Essa parte demorou um pouco mais. A última enfiada foi tranquila, exceto pela saída, que exigiu um pouco mais de esforço.

Ao final da via, aproveitamos para descansar e curtir a vista. O dia estava extremamente agradável. Optamos por descer dali e, na volta, paramos no Árabe para um lanche. Escalar a clássica Coringa tinha que terminar com um clássico da Urca!

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa

Via Paredão Coringa