quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Escalada - Via Luiz Arnaud / Itacoatiara - Niterói

Por Leandro do Carmo

Via Luiz Arnaud - 2º III E2

Local: Itacoatiara – Niterói RJ
Data: 12/11/2011
Participantes: Leandro do Carmo e Guilherme Belém.

Toda vez que eu ia a praia de Itacoatiara, pensava: ainda vou escalar o costão. Não tinha nenhuma noção de como se fazia escalada, os equipamentos que utilizava, etc. Fui diversas vezes escalaminhando até o Camaleão (pequena mata no lado esquerdo, em frente ao gramado no final da rua da praia) e uma vez subi andando pelo lado esquerdo.

Com o croqui na mão, resolvi que seria hoje!!!!! Conversei com o Guilherme e ele aceitou a aventura. A via é bem tranquila, graduação de de 2º III E2, porém visual grau 1.000.

Chegamos na praia por volta das 08:00 da manhã, o sol ainda não batia no costão, fomos até a areia onde deixamos a Sarah, minha esposa, e Viviane, noiva do Guilherme e o Theo, filho dela. Nos preparamos e começamos a subida com uma escalaminhada até o platô de mato, quase na linha da arrebentação.

Quando chegamos lá nos arrumamos e o Guilherme guiaria os primeiros lances. Demos uma última olhada no croqui, conferimos o equipamento e iniciamos a escalada.

O Guilherme chegou à primeira parada, foram quase os 60 metros de corda na primeira enfiada. Iniciei a subida. Comecei pelo lado da direita, um lance de aderência com pequenas agarras. No começo o sol começava a aparecer, mas logo era encoberto por algumas nuvens, o que tornava a escalada muito agradável. Devido ao baixo grau de dificuldade, cheguei rapidamente a primeira parada. Passei as costuras para o Guilherme que iniciou a segunda enfiada.

Mais um esticão de mais ou menos 50 metros e o Guilherme montou a segunda parada. Mais uma subida tranquila com um lance mais difícil, porém sem problemas. Cheguei a parada e me preparei pois iria guiar esse final. Iniciei a subida chegando, na minha opinião, ao crux da via. Bem vertical mas com boas agarras. Nessa hora, o sol começou a esquentar. Olhei para o alto e cadê as nuvens?

Cheguei até um ponto onde precisaria de uma horizontal grande. Coloquei uma costura maior e fui embora. Nessas horas o arrasto da corda vai ficando cada vez maior. Montei a terceira parada e o Guilherme iniciou a subida.

Uma pausa para água e iniciei a quarta enfiada, essa talvez, a mais fácil de todas. Fui subindo e quando vi, já estava no topo do costão. Parecei um alienígena chegando, um monte de gente lá em cima batendo foto, perguntando como eu cheguei lá, etc.

Já no topo, fiz a segurança de corpo para o Guilherme subir. Como já não tinha mais contato visual, puxei  a corda três vezes para ele subir. Deixei a corda bem esticada e na medida que ela afrouxava, eu a puxava. Não demorou muito e ele chegou.

Arrumamos as coisas e descemos pela trilha do PESET. Na volta, avistamos um grupo que estava escalando o morro do Telégrafo. Quem sabe a próxima via a ser escalada?

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Via Luiz Arnaud

Via Luiz Arnaud


Via Luiz Arnaud

Via Luiz Arnaud

Escalada - Via Luiz Arnaud / Babilônia - Urca

Por Leandro do Carmo

Via Luis Arnaud 4º IV E1 D1 180 metros


Local: Babilônia – Urca
Data: 04/11/2011
Participantes: Leandro do Carmo e Guilherme Belém

Hoje a cordada estava pequena. Somente eu e Guilherme. Decidimos fazer a via Luiz Arnaud (4º IV E1 D1) por ser bem protegida e ser de 4º grau. Enquanto fomos para lá, Jerônimo foi fazer a Reinaldo Benken e o Bruno e Alê foram para a Soleil.

Chegamos a base da via, e já tinha uma cordada de dois, com o guia já chegando na primeira parada. Até nos arrumarmos daria tempo da cordada subir até a parada e aí, iniciarmos nossa escalada.

Enquanto nos arrumávamos, na via Ilusões da Guanabara (4º V E2 D1) a cordada deixou cair um ATC ou mosquetão. Aí, a necessidade de colocar o capacete logo assim que chegamos a base da via, principalmente se tiver gente acima.

O Guilherme resolveu guiar o primeiro lance. Teve que aguardar um pouco, pois a cordada de cima, ainda não tinha saído da primeira parada. Ele esperou um pouco e montou parada. Iniciei a escalada e percebi que é muito bem protegida. Ainda não tinha escalado uma via assim. Tanto grampo que o fácil fica mais fácil ainda!!!

Chegamos a primeira parada,  demos uma descansada e resolvemos que eu guiaria a próxima enfiada. Iniciei a subida. Começo tranquilo até uma pequena barriga que deu um pouco de trabalho. Boas agarras para as mãos e pés, nada que seja impossível. Enquanto tentava vencer esse lance, olhei para cima e deixou cair uma pochete. Passou do meu lado, mas como estava num lance difícil e ainda não tinha costurado, não pude esticar o braço para pegar. O Guilherme ainda tentou pegar, mas passou um pouco longe dele.

Ainda bem que essa via é bem protegida, nesse lance de 4º dá um friozinho na barriga!!!! Passei direto pela 2ª  e 3º paradas dando uma esticada para economizar tempo. Chegando na 4ª, montei a parada e avisei que o Guilherme poderia subir, ele me perguntou se era tranquila e eu falei que até a pequena barriga tudo bem, a partir dali... Mas participar é mais tranquilo.

Descemos dali,  o tempo era curto, a subida completa ficará para a próxima. Fizemos dois rapeis longos e um curtinho, no primeiro grampo, depois das chapeletas.

Dessa vez não teve foto.

Escalada - Vias do Bananal / Itacoatiara - Niterói

Vias do Campo Escola Helmut Heske
Bananal – Itacoatiara

Data: 31/10/2011
Participantes: Leandro, Orlando, Bruno, Alessandra, Suzana, Joshua, Guilherme e Viviane

Dessa vez, ficamos em Niterói. Vieram do Rio: Orlando, Bruno, Alessandra e Suzana e Joshua. Guilherme e sua noiva, a Viviane, também foram.

Havia chovido muito durante a noite e as vias poderiam estar muito molhadas. Mas como o dia amanheceu bem aberto, decidimos ir assim mesmo. Nos encontramos as 08:30 no posto de gasolina após a Campo de São Bento. Partimos em comboio até a entrada do PEST.

Trilha tranquila e bem rápida, o que facilita a escalada no local. Chegando ao Bananal, a galera que não conhecia, elogiaram muito a paisagem. O local é muito bonito.

Indiquei as vias onde poderíamos montar os top ropes. O Bruno montou na logo na Elfos (VIIIb) a fim de evitar que a galera do rapel chegasse e ocupasse a via. Eu fui até o alto da Buraco Negro (VIIb). De baixo, eu avistava dois grampos, mas não sabia como estavam. A subida até ele é feita por cima de algumas raízes que ficaram presas na pedra. Um grampo estava com o olhal quebrado, porém, o outro estava em boas condições. Montei o top e desci pela trilha. Guilherme, Joshua e Alessandra subiram até os dois grampos do alto da via  Bromibondo (VIsup), montaram o top rope e rapelaram.

Todos lá em baixo, nos preparamos e começamos a subir. Enquanto o pessoal tentava a Bromibondo, tentei a Buraco Negro, como estava muito úmida, levei um escorregão e ralei a ponta dos dedos. Parei para o descanso. Fui para a Elfos, também esta muito úmida. Essa é complicada. Coloquei um móvel logo no começo para evitar de pendular e bater na quina da Aresta Troll Pai Toll Filho. Ela já começa um pouco na negativa. Algumas passadas e queda, tentei de novo e queda, queda... Hoje não era o dia dela !!!!!!

Fui até a Bromibondo para aquecer. Já havia feito essa via algumas vezes. Ela é muito boa. Meus dedos começaram a sangrar e ao invés de marcar de magnésio, deixei marcas de sangue nas agarras !!!! Voltei para o Buraco Negro e dessa vez consegui subir. Achei algumas partes mais secas, mas os dedos já pediam para parar !!!!!!

Parei e fiquei só olhando a galera se ferrar .... hehehhaheheh

Depois da escalada fomos até a praia, fizemos um lanche. O pessoal do Rio foi embora e eu fiquei curtindo um pouquinho de sol que de vez em quando aparecia entre as nuvens.

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Escalada - Via Lindaurea Pereira / Babilônia - Urca

Por Leandro do Carmo

Via Lindaurea Pereira 3º IV E2 D1 150 metros

Local: Babilônia - Urca
Data: 23/10/2011
Participantes: Leandro do Carmo,  Guilherme Belém, Suzana, Valdimir, Sando, Bruno, Aleandra e Júlia

Hoje estava cheio. Conheci uma galera nova: Valdimir, Sandro, Bruno, Alessandra e mais um que não lembro o nome. Com mais Suzana, Júlia e Guilherme, éramos 9.

Nos encontramos na Praça central da Urca e discutimos qual via faríamos. Fechamos a Lindaurea Pereira e o Diedro Phoenix. Partimos para nossa caminhada.

Depois de uns 15 minutos de trilha, chegamos a base da Lindaurea, onde paramos para a foto do grupo. Máquina posicionada e pronto!!!!! Dividimos o grupo em  dois: o Bruno, Suzana, Júlia e Alessandra foram para o Diedro Phoenix; e eu, Guilherme, Valdimir, Sandro  e ????? ficamos na Laurinda Pereira.

Nos preparamos enquanto dividíamos as cordadas. Eu guiaria o Valdimir, enquanto o Guilherme, guiaria o Sandro e o ???????. Hoje seria a estréia de algumas costuras, mosquetões e o ATC Guide que comprei recentemente.

Equipamento conferido, todo mundo pronto. Escalando !!!!!!!

Até chegar ao primeiro grampo tem uma subidinha que precisa de cuidado. Já na primeira enfiada, o lance mais difícil da via, mas nada de grande dificuldade, acho que um IV. Vencendo essa, foram mais três costuras até a primeira parada. Montei a parada e o Valdimir iniciou sua subida. Não demorou muito e ele já estava lá. Com o ATC Guide é muito mais fácil dar segurança ao participante!!!! Me preparei para a segunda enfiada, enquanto o Guilherme começava sua subida.

Cheguei a terceira parada, poderia ter ido um pouco mais, porém, a outra parada dupla estava escondida no meio da vegetação e só a achei, quando passei por ela, já na terceira enfiada. A última enfiada da primeira parte foi pequena, fiz a parada numa árvore.

Descansamos até a chegada da cordada do Guilherme, como eles estavam em três, demoraram um pouco mais até chegar onde estávamos. Subi a pequena trilha para conferir a próxima parte da via. Foram mais duas enfiadas até o cume. A vista lá de cima é maravilhosa. Acho que a vista de todas as vias Morro da Babilônia são bonitas.

Chegando ao cume, uma pausa para as fotos e iniciamos os preparativos para o rapel. Ao todo, foram cinco rapeis até a base da via.

Quando chegamos lá em baixo, encontramos Suzana e Júlia que nos esperavam. Já marcamos a próxima lá em Itacoatiara, no próximo final de semana. Elas foram embora junto com o Valdimir e eu fiquei esperando o Guilherme.

Passados uns vinte minutos, avistei o Guilherme no rapel. Essa escalada foi nota 10, minha primeira via, relativamente longa. Não vejo a hora de chegar a próxima!!!!!!!

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Escalada - Via Cervino / Babilônia - Urca

Por Leandro do Carmo

Via Cervino 2º IIsup E2/E3 D1 85 metros


Local: Babilônia – Urca
Data: 02/10/2011
Participantes: Leandro do Carmo, Clayton Matos, Suzana Pastuk, Caio e Jerônimo.

Marcamos, como de costume, às 08:00 da manhã na praça central da Urca. Esteve presente eu, Suzana, Caio, Jerônimo e Clayton. Hoje seria um dia diferente: o Caio ainda não havia escalado conosco depois que nós terminamos o curso; conhecemos o Jerônimo hoje; e por último, seria a primeira escalada do Clayton !!!!!

Discutimos qual via nós faríamos. Alguma nos Coloridos ou no Babilônia. Afinal de contas, um dos guias era o Jerônimo, que não conhecíamos e o outro, era eu, na qual guiaria pela primeira vez. Levando tudo isso em conta, decidimos fazer a Cervino, no Babilônia, uma via de 2º com III.

Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos à base da via. Dividimos as cordadas da seguinte forma: o Jerônimo guiaria o Caio e a Suzana e eu guiaria o Clayton. O Jerônimo decidiu fazer a cordada em “I”. Todo mundo se arrumou, conferimos os equipamentos e rocha acima!!!!!!

O Jerônimo partiu para a primeira enfiada, começo tranquilo, boas agarras,  nada de complicado. Quando ele estava analisando em qual grampo faria a primeira parada, percebi que a corda seria curta para guiar a Suzana e o Caio. Decidimos então, que só iria o Caio e eu guiaria a Suzana e o Clayton. Beleza, problema resolvido e Caio tocou para cima.

Quando o caio chegou a primeira parada, comecei a subir a via, optei pela cordada em “A”. Costurei o primeiro grampo, o segundo e quando cheguei no terceiro, percebi porque o Jerônimo não parou nele, era um grampo muito fino e não estava muito confiável.

Para não ter o mesmo problema da falta de corda, desci de baldinho até o grampo de baixo, tirei a costura e voltei até o grampo fino, onde costurei  com uma fita bem longa, feito isso ganhamos corda o suficiente para chegarmos até a primeira parada.

Chegando ao quarto grampo, esse bem mais confiável, montei a parada. A Suzana iniciou a escalada, logo depois o Clayton. Como era a primeira escalada dele, ficamos de olho. Sem problemas, subiu tranquilo, trazendo as costuras até a parada.

Enquanto me preparava para a segunda enfiada, perguntei ao Jerônimo que já estava na segunda parada onde estava o próximo grampo, pois de onde eu estava, não conseguia vê-lo. Ele me informou que estava um pouco mais para a esquerda, uma pequena diagonal.

Iniciei a subida e logo cheguei no grampo, um buraco, na qual formava um excelente ponto de descanso. Continuei até o segundo grampo e dali, uma pequena horizontal para fugir dos cactos e chegar num platô cheio de vegetação. Montei a segunda parada e a Suzana iniciou a subida, logo depois o Clayton.

Bebemos água, conversamos um pouco e apreciamos a bela vista enquanto o Jerônimo e o Caio iniciaram o rapel. Depois deles já terem descido, iniciamos o nosso. Foram três até a base da via.

Tudo certo na minha primeira guiada completa e na primeira escalada do Clayton !!!!!!

Já na base da via, marcamos onde seria a próxima. Sugeri o Bananal, em Itacoatiara, lá tem ótimas vias esportivas para treinamento. A galera topou. Já estou contando os dias !!!!!!!!!

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Escalada - Via Arco-Íris - Paredão dos Coloridos - Urca

Por Leandro do Carmo

Via Arco-Íris 3º IIIsup E2 D1 85 metros


Local: Paredão dos Coloridos – Urca
Data: 25/09/2011
Participantes: Leandro do Carmo, Guilher Belém e Suzana Pastuk

Terminamos o curso... E agora??? Como é que vamos escalar? Tinha que ser na coragem!!!!!! O Guilherme havia comprado o equipamento básico necessário: corda e costuras. O resto era com a gente.

Que via nós iríamos fazer? Teríamos que escolher uma que não fosse muito difícil, afinal de contas, ninguém tinha experiência em guiadas. Durante a semana, pesquisei na internet alguns croquis e os levei para podermos decidir a via. Chegamos cedo na Urca. Eu, Guilherme e Suzana resolvemos fazer a Arco-íris, pois já a conhecíamos. Fizemos uma aula do curso nessa via. Mas agora seria diferente. Quem iria guiar?????

Decidida a via, caminhamos pela pista Cláudio Coutinho até chegamos a rampa de acesso ao paredão dos coloridos. Subimos um pouquinho e chegamos bem rápido à base da via. Nos arrumamos e conferimos todos os equipamentos. Ficou decidido que o Guilherme guiaria a primeira enfiada. Lembramos que o crux da via fica no lance conhecido como saboneteira, um lance em aderência. Dali em diante ficaria mais tranquilo.

Decidimos pela cordada em A. O Guilherme subiu e eu fiz a segurança dele. Logo depois, iniciei a minha escalada. Passei pela saboneteira sem problemas e cheguei a primeira parada, onde o Guilherme me dava segurança. Agora foi a vez da Suzana que subiu, também, sem problemas.

Nos preparamos para a segunda enfiada. Uma horizontal até um pequeno platô à esquerda. Novamente o Guilherme guiou muito bem. Chegamos a segunda parada rapidamente. Uma pausa para a água e chegou a hora da terceira e última subida.

O Guilherme me perguntou se eu queria guiar. Não pensei duas vezes, aceitei logo. Me deu um frio na barriga, afinal de contas, só havia participado de escaladas. Guiar seria uma nova experiência. Aceitei o desafio. Peguei as costuras, as fitas, mosquetões e iniciei a escalada.

Primeira lance tranquilo. Aí veio a cristaleira. Um lance de cheio de cristais onde estavam boas agarras para pés e mãos. Nesse ponto, a via vai inclinando para a direita, mas sem perder a dificuldade, até chegar o último grampo. Montei a parada e dei segurança ao Guilherme que subiu rapidamente. Logo em seguida, veio a Suzana.

Todos já clipados na parada, era hora do rapel. Toda atenção seria pouca. Fizemos um rapel em diagonal até o platô. Dali, com muito cuidado, fizemos uma horizontal até o alto da saboneteira, de onde faríamos o terceiro e último rapel.

Retornamos à base da via. Missão cumprida!!!! Escalar é muito bom. Guiar é melhor ainda. É uma sensação diferente, difícil de descrever. Para uma primeira vez, nos saímos muito bem. Já estamos pensando na próxima!!!!!!!