Essa foi a primeira escalada do ano. Combinamos a atividade no Clube Niteroiense de Montanhismo. Fiz cordada com Flávia, há muito tempo que a gente não escalava juntos. Subida tranquila num dia quente, mas como começamos cedo, o calor não foi muito problema.
Aproveitando que a Alice estava super animada com a escalada
que ela havia feito, aproveitei para leva-la também ao Alto Mourão, também
conhecido por Pedra do Elefante. Era sábado de manhã, quando mandei uma
mensagem no grupo do Clube Niteroiense de Montanhismo, avisando que iria levar
a Alice. Algumas pessoas confirmaram e a Alice teria companhia do Mássimo, filhonda Priscila. Combinamos
tudo na manhã de domingo, seguimos para o início da trilha.
Como o Massimo era da idade da Alice, eles logo se
enturmaram e foi mais fácil do que eu esperava. Estava calor, mas começar cedo
tem suas vantagens. Subimos rápido e demos uma parada no trecho onde tem uma
laje e uma área mais aberta. Ali, praticamente termina a subida inicial.
Fizemos um lanche rápido para carregar as baterias e seguimos andando.
A caminhada estava muito agradável e fomos conversando e
contando histórias. Paramos novamente para algumas fotos no primeiro mirante.
De lá, conseguíamos ver várias pessoas subindo o Costão de Itacoatiara.
Caminhamos para o trecho mais técnico. Já na base, Mássimo e Alice subiram
devagar, mas sem problemas. Foram sem medo. Passamos por diversos obstáculos e
logo estávamos no cume. Subimos a pequena pedra que corresponde ao ponto mais
alto e de lá fomos para o mirante para Itaipuaçu e ficamos numa sombra para
podermos fazer um lanhe e descansar.
Fizemos algumas fotos e iniciamos nosso retorno. Descemos
sem nenhum problema e cruzamos com algumas pessoas que subiam na hora mais
quente da manhã. Fizemos novamente uma parada naquele trecho mais aberto e
dali, sabíamos que teríamos só descida, o que fizemos rapidamente até o carro.
Missão cumprida! Nada mal para dois estreantes na trilha: Mássimo e Alice!
Dia: 14/12/2024 Local: Ilha Grande - RJ Participantes: Leandro do Carmo e Jefferson Figueiredo
Vídeo
Relato
Ilha Grande é um verdadeiro paraíso localizado na Costa
Verde do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis. Com uma área de 193
km², é a maior ilha do estado e a sexta maior ilha marítima do Brasil. Já fui à
Ilha Grande diversas vezes, conhecendo locais fantásticos. Mas chegar à ilha
remando, ainda não havia feito e estava na minha lista fazia tempo. Falta
arrumar companhia. Eu já havia conversado com o Jefferson sobre essa remada e
de vez em quando falávamos sobre. Em novembro, havia surgido, enfim, uma data
possível.
Remar de Conceição de Jacareí até Abraão não é uma tarefa
das mais complicadas. São aproximadamente 12 km. Na semana anterior, estávamos
preocupados com as condições do tempo, pois o Jefferson iria com a família e ficaria
alguns dias a mais. Mas a previsão melhorou e confirmamos nossa ida. Na sexta
feira a noite, amarramos os caiaques em cima do meu carro. No sábado cedo
pegamos a estrada e seguimos para Conceição de Jacareí. Ele chegou um pouco
mais cedo e nos encontramos numa padaria próximo à estrada. Dali seguimos para
o local onde estacionamos os carros.
Dali da praia, conseguia ver o Pico do Papagaio e com isso,
ficava fácil identificar a vila de Abraão, nosso destino. Arrumamos tudo e
levamos os caiaques para água. Era aproximadamente 9h 30min quando começamos a
remar. O dia estava nublado, mas firme. Aquela condição bem agradável.
Rapidamente, contornamos a Ilha da Sororoca, que fica em frente a Conceição de
Jacareí. O mar estava liso, com pequenas ondulações. Uma leve brisa soprava.
Remamos até chegar ao balizamento do canal entre o continente e a Ilha Grande.
Foi ali que fizemos nossa primeira parada rápida. Nem sinal de navio, então era
remar e cruzar logo o canal. Falo isso, pois já tive algumas experiências de
ver um grande navio e achar que dá para cruzar o canal antes dele chegar.
Engana bastante e num piscar de olhos ele já está em cima. Só que um grande
navio não tem freio como um carro e um caiaque na água é quase imperceptível.
Risco grande de um acidente.
Remamos e logo havíamos passado o outro balizamento,
indicando que já estávamos fora do canal. O silêncio de vez em quando era
quebrado pelas embarcações que faziam o transporte de passageiros para a Ilha
Grande. Em alguns momentos nos afastávamos, mas logo estávamos juntos
novamente. O ideal é estar sempre o mais próximo possível. Já próximos à
entrada da enseada do Abraão, uma corrente mais forte nos obrigava a corrigir o
rumo constantemente. Mais alguns minutos e estávamos em frente à praia do
Abraão.
Procuramos um melhor local para desembarcar e acabamos
saindo em frente ao largo onde fica à Igreja de São Sebastião. Foram cerca de
2h 30min de remada. Já na areia, descansei um pouco e levamos os caiaques para
guardar no Hostel onde eu me hospedaria. Carregar aquele peso foi a parte mais
difícil. Até tentamos carregar os dois juntos, mas não deu muito certo. O
hostel ficava logo após a ponte e demorei um pouco para encontrá-lo. Me
surpreendi com a quantidade de pessoas circulando pelas pequenas ruas e vielas
de Abraão. Até barulho de carro e máquinas eu estava ouvindo. Coisa que
pareceria impossível, se comparado à primeira vez que estive ali, em 2002. Esse
trecho que tive que caminhar carregando o caiaque me cobrou um preço. Senti um
pouco as costas, mas só sentiria mesmo no dia seguinte.
Com tudo arrumado, tomei um banho e arrumei as coisas. Dei
uma volta pela vila e nos encontramos para almoçar, bem próximos de onde
ficamos hospedados. Após o almoço, andei até a praia e descansei um pouco num
banco em frente à praia. À noite, ainda comemos uma pizza e fui dormir cedo,
pois voltaríamos no dia seguinte.
Amanheceu chovendo. Havíamos combinado de tomar café da
manhã numa padaria próxima, mas resolvemos esperar mais um pouco, até que a
chuva passasse. Isso atrasou um pouco nossa saída. A dor nas costas estava um
pouco mais forte e estava com um hematoma na lateral do quadril, justamente
onde o caiaque encostava na hora de carregar. Com isso, levamos um caiaque de
cada vez do hostel até a praia. Arrumamos tudo, fizemos algumas fotos e
iniciamos nosso retorno. Saímos um pouco mais pela esquerda, aproveitando um
pouco mais a remada.
Remamos bem e fui tentando encontrar o balizamento do canal.
Mas de longe, fica imperceptível. Mais um pouco remando e consegui avistar de
longe. Nas minhas contas, metade do caminho. Seguimos no rumo da Ilha da
Sororoca. As ondulações estavam um pouco maiores que no dia anterior, mas nada
que preocupasse. Estávamos um pouco mais distantes. As costas incomodavam um
pouco, mas estava próximo do fim.
Aos poucos a praia foi se aproximando e o fluxo de barcos
aumentou consideravelmente. De longe, vi o Jefferson parada já bem próximo da
ilha. Cheguei perto e parei também para dar uma descansada. Faltavam poucos
metros. Comemoramos o sucesso da remada e fizemos os últimos metros bem devagar.
Já na praia, levamos os caiaques para cima e arrumamos tudo. Deu um pouco de
trabalho, mas não tinha jeito. Tomei um banho para relaxar e aproveitamos para
almoçar um peixe frito num quiosque em frente ao estacionamento. Dali, o
Jefferson seguiu para o cais, retornando para Abraão, pois iria embora somente
na terça feira. Eu, peguei a estrada de volta para. Enfim, consegui chegar à
Ilha Grande remando.
Dia: 19/12/2024
Local: Campo Escola Ary Carlos – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho
Vídeo
Relato
Fazia um tempo que a minha filha Alice estava me pedindo
para escalar. Aproveitei que tiraria uns dias de férias em dezembro e perguntei
se ela queria escalar. Ela ficou toda empolgada. Peguei uma sapatilha infantil no
Clube Niteroiense de Montanhismo, pois a que tinha em casa ainda não era o tamanho
do pé dela. Chamei o Velhinho para nos acompanhar. Assim ele poderia ir dando
um porte ao lado dela, caso precisasse. Tem uma via no Campo Escola Ary Carlos
que conquistei junto com o Marcelo e o Luis que é ideal para a primeira
escalada de alguém. É a Via Recuperação. São quase 90 metros e se emendar na
Via Didática, fica uma escalada bem interessante e com uma vista bem bonita,
para o grau da via.
Acordamos cedo e passei na casa do Velhinho e de lá seguimos
para início da trilha. A caminhada foi rápida e perto da base encontramos dois
filhotes de urubu que se afastaram logo assim que chegamos perto da base. Ali
no arrumamos e passei algumas orientações para a Alice. Subi puxando a corda e
parei logo na primeira dupla, com quase 30 metros. Não queria ficar muito
longe. A Alice veio subindo, passando o primeiro crux sem problemas. O velhinho
seguiu solando bem perto. Pensei que a Alice fosse se enrolar para tirar as
costuras, mas ela foi bem e não teve problemas.
Da primeira parada, segui para a segunda, passando por um
trecho bem mais sujo. Alice subiu em seguida e ainda falei para ela ter cuidado
com os espinhos de um cacto próximos. Vimos uma cordada na Golpe da Cartão.
Mostrei para ela a vista e como já estávamos alto. O negócio dela era saber o
quanto nós subiríamos. Ela estava tranquila e isso foi dando mais confiança.
Saí da segunda parada, e subi mais um pouco, passando pelo segundo crux. Um
trecho de aderência e um pouco mais técnico. Mas ela subiu rápido e logo estávamos
na terceira parada, já no final da via.
Dali, emendamos na via Didática e paramos um pouco mais
acima. Estávamos num excelente ritmo e seguimos subindo. Pulei uma parada e
parei numa proteção simples mais acima, um pouco mais confortável. Alice estava
bem feliz e nem sinal de cansaço. Saímos para o último trecho da escalada e o
mais bonito, com lances mais verticais. Ela veio rindo e brincando com o
Velhinho e logo chegou ao Mirante do Carmo. Batemos uma foto para deixar
registrado, a primeira escalada a gente nunca esquece! Será?
Dia: 20/11/2024
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ricardo Bemvindo
Relato
O Clube Niteroiense de Montanhismo organizou mais uma invasão
em comemoração ao aniversário do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Nos
encontramos as 7h 30min para a tradicional foto, no gramado em frente ao Costão
de Itacoatiara. Quando cheguei já tinham algumas pessoas e aos poucos fomos
organizando as cordadas. Algumas pessoas nem esperaram e já seguiram para a
base das vias. O dia estava aberto e a previsão era de forte calor.
Aos poucos, todos se organizaram e iria fazer cordada com
meu amigo de trabalho, o Ricardo. Já fazia uns três anos que ele não escalava e
sugeri seguir para a face leste, pois é o local com vias mais acessíveis e onde
tem menos procura, comparada com a faze oeste, a que sai da praia. Dali seguimos andando. Minha ideia era seguir
até a base e ver qual via tinha menos gente.
Já na base, vi que a Entre Quatro Paredes só tinha a cordada
do Leandro Conrado com a Amanda. Perguntei se daria para fazer também. Com tudo
acertado, nos equipamos aguardei o Leandro Conrado subir até a primeira parada
para começar a escalar. A Ideia era não atrapalhar muito. Assim que ele chegou,
iniciei minha subida. Segui rápido, passando pelo crux. Passei pelo Leandro,
fazendo a horizontal. Dá um arrasto na corda, mas optei por seguir para não
atrapalhar muito.
Na última vez que fiz essa via, havia feito a horizontal
mais por cima, dessa vez, resolvi fazer bem por baixo, próximo à vegetação.
Isso facilitou bastante. Do outro lado da horizontal, subi um pouco e montei a
parada no grampo acima. O Ricardo veio em seguida. Sentiu um pouco os quase 3
anos sem escalar. Já após a horizontal, parou um pouco e reclamou da panturrilha.
Avisei que o pior já havia passado.
Segui para a próxima enfiada, subindo tranquilo. Em alguns
trechos é possível subir andando pela positividade da parede. Montei a parada e
o Ricardo subiu em seguida. Dali podíamos ver várias outras cordadas, tanto na
Novos Horizontes, quanto na Mário Motta Jr e Alan Marra. A cordada do Leandro
veio em seguida. E optei por fazer uma variante que conecta a via Entre Quatro
Paredes com a Mário Motta Jr, também conhecida como Bombeiros. Essa variante eu
havia feito há alguns meses e achei uma ótima opção, pois faríamos mais uma
enfiada.
Subi, encontrando uma cordada na Mário Motta Jr. Passei
direto e dei segurança já no final da via. O Leandro fez a via normal, terminando
um pouco mais abaixo. Ali nos encontramos com várias outras cordadas que haviam
subido por outras vias e faces do Costão. Era hora de arrumar as coisas e
seguir para churrasco. Que venham mais eventos como esse.