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domingo, 13 de abril de 2025

Via Recuperação, a primeira escalada da Alice

Por Leandro do Carmo

Via Recuperação – Primeira Escalada da Alice

Dia: 19/12/2024
Local: Campo Escola Ary Carlos – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho

Escalada na via Recuperação

Vídeo

Relato

Fazia um tempo que a minha filha Alice estava me pedindo para escalar. Aproveitei que tiraria uns dias de férias em dezembro e perguntei se ela queria escalar. Ela ficou toda empolgada. Peguei uma sapatilha infantil no Clube Niteroiense de Montanhismo, pois a que tinha em casa ainda não era o tamanho do pé dela. Chamei o Velhinho para nos acompanhar. Assim ele poderia ir dando um porte ao lado dela, caso precisasse. Tem uma via no Campo Escola Ary Carlos que conquistei junto com o Marcelo e o Luis que é ideal para a primeira escalada de alguém. É a Via Recuperação. São quase 90 metros e se emendar na Via Didática, fica uma escalada bem interessante e com uma vista bem bonita, para o grau da via.

Acordamos cedo e passei na casa do Velhinho e de lá seguimos para início da trilha. A caminhada foi rápida e perto da base encontramos dois filhotes de urubu que se afastaram logo assim que chegamos perto da base. Ali no arrumamos e passei algumas orientações para a Alice. Subi puxando a corda e parei logo na primeira dupla, com quase 30 metros. Não queria ficar muito longe. A Alice veio subindo, passando o primeiro crux sem problemas. O velhinho seguiu solando bem perto. Pensei que a Alice fosse se enrolar para tirar as costuras, mas ela foi bem e não teve problemas.

Da primeira parada, segui para a segunda, passando por um trecho bem mais sujo. Alice subiu em seguida e ainda falei para ela ter cuidado com os espinhos de um cacto próximos. Vimos uma cordada na Golpe da Cartão. Mostrei para ela a vista e como já estávamos alto. O negócio dela era saber o quanto nós subiríamos. Ela estava tranquila e isso foi dando mais confiança. Saí da segunda parada, e subi mais um pouco, passando pelo segundo crux. Um trecho de aderência e um pouco mais técnico. Mas ela subiu rápido e logo estávamos na terceira parada, já no final da via.

Dali, emendamos na via Didática e paramos um pouco mais acima. Estávamos num excelente ritmo e seguimos subindo. Pulei uma parada e parei numa proteção simples mais acima, um pouco mais confortável. Alice estava bem feliz e nem sinal de cansaço. Saímos para o último trecho da escalada e o mais bonito, com lances mais verticais. Ela veio rindo e brincando com o Velhinho e logo chegou ao Mirante do Carmo. Batemos uma foto para deixar registrado, a primeira escalada a gente nunca esquece! Será?

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação



Via Entre Quatro Paredes - Invasão

Por Leandro do Carmo

Dia: 20/11/2024
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ricardo Bemvindo

Via Entre Quaro Paredes


Relato

O Clube Niteroiense de Montanhismo organizou mais uma invasão em comemoração ao aniversário do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Nos encontramos as 7h 30min para a tradicional foto, no gramado em frente ao Costão de Itacoatiara. Quando cheguei já tinham algumas pessoas e aos poucos fomos organizando as cordadas. Algumas pessoas nem esperaram e já seguiram para a base das vias. O dia estava aberto e a previsão era de forte calor.

Aos poucos, todos se organizaram e iria fazer cordada com meu amigo de trabalho, o Ricardo. Já fazia uns três anos que ele não escalava e sugeri seguir para a face leste, pois é o local com vias mais acessíveis e onde tem menos procura, comparada com a faze oeste, a que sai da praia.  Dali seguimos andando. Minha ideia era seguir até a base e ver qual via tinha menos gente.

Já na base, vi que a Entre Quatro Paredes só tinha a cordada do Leandro Conrado com a Amanda. Perguntei se daria para fazer também. Com tudo acertado, nos equipamos aguardei o Leandro Conrado subir até a primeira parada para começar a escalar. A Ideia era não atrapalhar muito. Assim que ele chegou, iniciei minha subida. Segui rápido, passando pelo crux. Passei pelo Leandro, fazendo a horizontal. Dá um arrasto na corda, mas optei por seguir para não atrapalhar muito.

Na última vez que fiz essa via, havia feito a horizontal mais por cima, dessa vez, resolvi fazer bem por baixo, próximo à vegetação. Isso facilitou bastante. Do outro lado da horizontal, subi um pouco e montei a parada no grampo acima. O Ricardo veio em seguida. Sentiu um pouco os quase 3 anos sem escalar. Já após a horizontal, parou um pouco e reclamou da panturrilha. Avisei que o pior já havia passado.

Segui para a próxima enfiada, subindo tranquilo. Em alguns trechos é possível subir andando pela positividade da parede. Montei a parada e o Ricardo subiu em seguida. Dali podíamos ver várias outras cordadas, tanto na Novos Horizontes, quanto na Mário Motta Jr e Alan Marra. A cordada do Leandro veio em seguida. E optei por fazer uma variante que conecta a via Entre Quatro Paredes com a Mário Motta Jr, também conhecida como Bombeiros. Essa variante eu havia feito há alguns meses e achei uma ótima opção, pois faríamos mais uma enfiada.

Subi, encontrando uma cordada na Mário Motta Jr. Passei direto e dei segurança já no final da via. O Leandro fez a via normal, terminando um pouco mais abaixo. Ali nos encontramos com várias outras cordadas que haviam subido por outras vias e faces do Costão. Era hora de arrumar as coisas e seguir para churrasco. Que venham mais eventos como esse.

 

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes


sábado, 5 de abril de 2025

Escalada na via Pedra, Papel e Tesoura - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Dia: 09/11/2024
Local: Itacoatiara – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Luís Avellar

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara


Vídeo

Relato

Eu doido para escalar final de semana, mas não parava de chover. Havia falado com o Luis e ele tinha sugerido escalar em Itaocaia, pois lá seca bem rápido. Mas não estava muito confiante e na sexta feira, perguntei se daria para escalar em Itacoatiara. Pensei que se a chuva não desse trégua e estivesse molhado ou começasse a chover, seria mais rápido voltar. O Luís topou e ainda disse que não iria chover.

Pense num cara otimista. Esse é o Luís. Ele levou bem a sério o mantra de que escalada só se desmarca na base. Amanheceu ruim e deu um chuvisco. Falei com o Luís e ele confirmou. Bom, era ir e tentar a sorte. E que bom que fomos! Cheguei em Itacoatiara e estava bem nublado, mas olhando para a pedra já estava bem seco. Só tinha água escorrendo em alguns trechos com vegetação, mas fora das vias. Só tinham dois surfistas na água, apesar das ondas. Pra vocês verem o quanto estava ruim. Ninguém acreditava, só o Luís.

Caminhamos pelo costão até entrar no caminho de pescador, atravessando a grande vegetação. Num determinado ponto, pegamos uma subida até chegar à base das vias. O início fica ao lado esquerdo da via Par ou Ímpar!?. Nos arrumamos e o Luís perguntou se eu queria guiar. Como já estava há um tempo sem escalar, preferi não arriscar. O Luis guiou a primeira enfiada e eu fui logo em seguida. O primeiro trecho é bem tranquilo, sem problemas.

Na parada, ele me disse para ficar ligado, pois entre o primeiro e o segundo grampo, numa eventual queda, o guia pode chegar ao platô, com isso deixei a corda bem justa. Ele subiu tranquilo. Comecei a escalar e já percebi a diferença. Os lances seguiam bem verticais, com pequenas agarras, algumas ainda quebrando. Os lances são bem técnicos e não há muito espaço para descanso. Passei o primeiro crux e segui para a parada. Foram 35 metros bem fortes. Na parada tivemos a certeza de ter acertado no dia. Estava muito agradável. Nada de calor e nada de chuva. Condições perfeitas.

O Luís guiou a terceira enfiada. Subi em seguida. A parede continua vertical. Senti mais dificuldade que na enfiada anterior. Fui ganhando altura com lances mais delicados. Num trecho, ameacei ir para a direita e o Luís, lá de cima, avisou que era melhor para a esquerda. Fui desescalar uma passada e caí, voltando ao ponto de saída. Fui pela esquerda e consegui vencer o lance, o que considerei o mais difícil da via. Dali para cima, subi rápido até a parada da via Par ou Ímpar!?.

Já na parada, comentamos o quanto estava agradável o dia. A via é forte, mas com lances bem suaves. Vale muito a pena e é uma excelente opção de via mais curta. Ao fundo em direção da Pedra do Cantagalo, caía uma chuva e ela se aproximava. Resolvemos rapelar dali, visto que a trilha do Costão estava fechada, devido as condições do tempo. Fizemos 3 rapéis até a base, onde arrumamos tudo e seguimos de volta até a praia.

Para quem não confia na previsão do tempo, faz uma consulta ao cara mais otimista que conheço. Luís é o cara que só desmarca escalada na base.

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara


Escalada no Tibau

Por Leandro do Carmo

Dia: 02/11/2024
Local: Piratininga – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Camila Chaves, Marcos Velhinho, Vanessa Berton, Alberto Porto, Leandro Conrado, Amanda e Débora.

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA


Relato

Estava há quase dois meses sem escalar. Em uma reunião social do CNM, aproveitei que o Velhinho estava marcando uma escalada com o pessoal do CBE 2024 e já me meti nas cordadas. A última vez que fui ao Tibau, fiz a Mestre dos Pés (6º VI E1/E2 D1 90 m) e a Contextos Diferentes (5º Vsup A0 E1 D1 60 m) com o Luis Avelar.  

Chegamos cedo e nos encontramos próximos à rua que dá acesso à trilha. O local está sendo urbanizado e tudo está asfaltado. Está ficando bem bonito o bairro. Dali, seguimos a estradinha de chão, até pegar a subida das jaqueiras. Depois de andar um pouco, chegamos à base das vias. O bom é que fica na sombra. Isso aliviou um pouco. Dividimos as cordadas e a Vanessa e o Alberto foram com o Velhinho, Débora e Amanda, com o Leandro Conrado e a Camila foi comigo.

Eu e a Camila entramos primeiro na Segue o Velhinho (4º E2 45 m). Primeira enfiada tranquila até a primeira dupla, onde dá para emendar na Speedrun. A Camila subiu em seguida. Dali parti para a próxima enfiada. Passei rápido pelo crux e toquei até ao final, onde montei a parada e puxei a Camila. O dia estava bem bonito e pudemos acompanhar as cordadas ao lado e nos divertir com o Velhinho. Rapelamos rápido até a base e seguimos para outra via. O bom de escalar no Tibau é a possibilidade de poder fazer várias vias no mesmo dia.

Optamos por entrar na Nervos de Aço (IVsup E2 50 m). Passei pela base da via Toda Forma de Amar e desci num trecho meio ruim para chegar à base. A via segue bem protegida com boas agarras e passadas bem suaves. Optei por fazer duas enfiadas, como havia feito na Segue o Velhinho. Fizemos rápidos e lá no alto, pudemos apreciar a bela vista num dia maravilhoso. Aproveitei para fazer alguns vídeos com o drone. Dali rapelamos até a base. Na descida, vi uma pedra caindo e passando bem perto da Amanda e do Leandro que estavam na base. Por isso a importância do capacete.

Já na base, nos preparamos para ir embora, hoje não podia demorar muito. Descemos rápidos e logo estávamos novamente no carro.

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA


sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Escalada em Niterói: Piratininga

Por Leandro do Carmo

Escalada em Niterói: Piratininga







Escaladas em Piratininga - Tibau



Foi em 2019 que Leandro do Carmo e Ary Carlos começaram a explorar o local, procurando novas possibilidades de conquistas em Niterói. Essa face já era comentada, mas ninguém ainda tinha muita informação. Ela se tornou mais acessível depois que a Travessia Tupinambá foi consolidada, pois o acesso fica bem ao final da travessia. Alguns projetos foram conquistados, mas uma série de acontecimentos, como a pandemia e o falecimento do Ary, impediram a continuidade das vias. Em 2023, liderados pelo Luis Avellar, novas investidas foram feitas e novas vias foram conquistadas e novos setores foram descobertos. Atualmente, o local é bem completo e possui vias de variados graus e estilos, além de muito potencial para conquistas.




Setor de Baixo

Setor onde foram iniciados os primeiros projetos. São lances mais fortes que se destacam pela verticalidade e pequenas agarras. Um grande desafio. Há muito potencial para novas conquistas. Em alguns pontos há bastante vegetação e fica sombra na base o ano inteiro, devido à altura das árvores.

Acesso ao Setor de Baixo - Tibau

O acesso é bem rápido e não há trilha definida, mas a vegetação é bem aberta e não há problemas com a orientação. Deve-se entrar na trilha que leva ao Mirante da Taperam sendo o final da Travessia Tupinambá. Em poucos metros, entre num talvegue, à direta, e comece a subir. Quando diminuir a quantidade de pedras, saia para a direita, mirando uma diagonal. Passará por um grande pedra e já começará a ver a parede ao fundo. Dali é só subir.

Quando chegar à parede, siga para a direita para acessar a via Chapa Só Na Mente, última via desse Setor. Você verá uma enorme árvore caída com as raízes expostas, bem encostada na parede. Fica fácil a identificação. Nela, estão alguns projetos. 

Virando à esquerda seguirá subindo para outros projetos. Atenção, pois esse trecho tem grande possibilidade de estar mais fechado, recomendado levar facão.

Vias do Setor de Baixo - Tibau

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto (Michel Cipolatti)

Projeto (Marcos Velhinho)

Projeto (Leandro do Carmo)

Projeto do Diedro Cego (Luis Avellar, João P. Neuhaus e Leandro do Carmo)

Diedro Chapa Só Na Mente - 6º VIIa E1 D1 25m ------ + Croqui

Setor do Meio

Setor com poucas vias devido as características da rocha. São inícios verticais e sem agarras. Em alguns trechos há bastante vegetação, o que torna inviável a abertura de novas vias.

Acesso ao Setor do Meio - Tibau

O acesso ao Setor do Meio é comum ao Setor do Luis. Com cerca de 5 minutos de caminhada já é possível acessar as primeiras vias. Começa em uma pequena rua transversal à rua dos Corais. Entrando nessa rua, vá até o final e verá a placa indicando a Travessia Tupinambá. Siga pela rua de terra à direita, subindo até um pouco antes de uma placa escrito "propriedade particular". Ali, vc entrará num caminho discretos e seguir subindo junto de uma linha de jaqueiras que sobe até perto da parede. 

Chegando na parede, siga margeando pela direita. A trilha passa pela Via Mestre dos Pés, que é identificada por uma fenda frontal logo no começo. Seguindo mais, antes da vegetação começar a cobrir toda a parede, há a Via Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos.

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Vias do Setor do Meio - Tibau

Mestre dos Pés - 6º VI E1/E2 60m ------ + Croqui

Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos - 5º VI E2 D1 95m ----- + Croqui

Setor do Luis

Setor que foi conquistado todo em 2023. Pelas suas características tem grande potencial de se consolidar como um excelente Campo Escola. No inverno tem sombra na maior parte do dia e tem bastante sombra nas bases o ano inteiro.

Acesso ao Setor do Luis - Tibau

O acesso ao Setor do Meio é comum ao Setor do Luis. Com cerca de 5 minutos de caminhada já é possível acessar as primeiras vias. Começa em uma pequena rua transversal a rua dos Corais. Entrando nessa rua, vá até o final e verá a placa indicando a Travessia Tupinambá. Siga pela rua de terra à direita, subindo até um pouco antes de uma placa escrito "propriedade particular". Ali, vc entrará num caminho discretos e seguir subindo junto de uma linha de jaqueiras que sobe até perto da parede. 

Chegando na parede você já estará no Setor do Meio. Siga margeando pela direita. A trilha passa pela Via Mestre dos Pés, que é identificada por uma fenda frontal logo no começo. Seguindo mais, antes da vegetação começar a cobrir toda a parede há a Via Alegria nas Pernas e Lágrimas nos Olhos.

A partir daí, siga paralelamente a parede, com alguns desvios e subindo e descendo. Fitas nas arvores e totens marcam o caminho. Próximo ao começo do Campo Escola a trilha sobe até junto da parede novamente. Indo bem para a esquerda e fazendo um trepa mato é possível acessar a via Formigas e Suas Máquinas Voadoras. As demais vias são acessadas por um grande platô mais alto. Para acessar o platô seguir por baixo até o canto direito da parede, onde logo é possível avistar as vias Segue O Velhinho e Speedrun. Seguindo esse platô pelo alto e para a esquerda, acessamos as outras vias. Seguindo para a direita,  acessamos as vias Metamorfose e Velório de Urubu.

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Vias do Campo Escola do Tibau



Formigas e suas Máquinas Voadoras – III E2 30m

Nervos de aço – IV+ E2 50m

Toda Forma de Amar – III E2 30m

Destreza Habilidade e Rataria – VI E2 50m

3 É D+ - V+ E2 50m

Via Inominável – III E2 30m

Segue O Velhinho – IV E2 45m

Speedrun – IV E2 45m

Velório de Urubu – V E1 15m

Metamorfose – VI E1 15m


Escaldas em Piratininga - Ilha do Veado


Localizada em Piratininga, em frente à prainha, a Ilha do Veado foi palco das primeiras vias de escalada em ilha de Niterói. São vias curtas e dá pra passar uma manhã escalando por lá. Para chegar à ilha tem que verificar as condições do mar, se estiver batendo, fica muito difícil e perigoso o desembarque na ilha.



Como chegar à Ilha do Veado

A prainha de Piratininga fica no ponto final do ônibus 39 e chegar lá de carro também não tem dificuldades. Tem bastante disponibilidade de vagas. Em dias de sol, costuma ficar extremamente cheio. Se não tiver caiaque ou stand up, dá para conseguir algum pescador que leve à ilha. Lá tem uma colônia e bastante barco disponível.


Face Norte - Ilha do Veado


Falésia dos Monstros

Visão geral das vias da Face Norte da Ilha do Veado






 

Megalodon - IIIsup



Homem das Cavernas - V



Cronos - IVsup


Kraken - VI


Leviatan - VIIa


Setor do Canal

Novas Auroras - Vsup



Escalada em Piratininga - Havaizinho

Setor de fendas e boulders. Em breve mais detalhes.



terça-feira, 17 de outubro de 2023

Escalada na Via Par ou Ímpar?! - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo 

Via Par ou Ímpar?!

Dia: 27/05/2023
Local: Costão de Itacoatiara  - Niterói
Participantes: Leandro do Carmo, Luis Avelar e João Pedro



Relato  

Recebi o convite do Luis para escalar a via na qual ele o João haviam acabado de conquistar. Não pensei duas vezes. Marcamos cedo em Itacoatiara. Eu acabei atrasando um pouco, quando cheguei lá, eles já estavam me esperando. Deixei o carro já na entrada do Parque, pois desceríamos por lá. Já fazia sol há alguns dias, mas o outono é fantástico. O sol já não é tão forte e cedo, chega a ficar um pouco de frio. Com tudo pronto, seguimos andando pela areia e subimos o caminho já próximo da arrebentação. Dali, seguimos paralelo à água até chegar à matinha e de lá seguimos pela trilha. Já fazia um tempo que não escalava naquele setor. Já no meio do caminho, subimos por um trecho recém-aberto até a base da via.  

Já na base da via, nos arrumamos e como já estava um tempo sem entrar numa via mais forte, preferi não guiar. Sem contar, que estava levando a esmerilhadeira para retirar duas chapeletas que deram problemas na instalação. Com isso, a guiada ficou para o Luis e o João. Essa seria a primeira repetição completa depois da conquista. O Luis subiu e logo chegou à parada. Subi em seguida. Essa primeira enfiada segue tranquila até quase no final, onde ganha verticalidade, já fazendo um lance bem bacana para ganhar o minúsculo platô, na primeira parada.  

Já na primeira parada,  aproveitei para retirar a primeira chapeleta ruim e nos preparamos para a segunda enfiada. O João tocou para cima, ou melhor, para o lado. Esse primeiro trecho é uma leve diagonal para a direita, com alguns lances bem delicados. Assim que o João chegou à segunda parada foi minha vez de subir. Saí da parada seguindo para a direita, passando num trecho bem delicado. A mochila pesada deu uma dificultada, mas continuei na diagonal e mais a frente, quando começa a subir novamente, posicionei bem a mão numa agarra que parecia estar bem sólida. Quando coloquei o peso nela e tirei um dos pés, a agarra soltou e dei uma pendulada grande, que foi aumentada pela elasticidade da corda. Desci quase tudo que havia subido com dificuldade. Voltei para a via e segui subindo, passei pelo trecho que havia caído e continuei numa diagonal, agora para a esquerda.  

Já mais acima, entrei num buraco raso, onde parei para tirar a segunda chapeleta que havia dado problema na instalação. A outra chapeleta na qual havia me prendido estava um pouco mais para a direita, o que dificultou um pouco, mas deu tudo certo e logo continuei a subida, passando pelo crux da via. A mochila estava pesada, mas aos poucos fui subindo até chegar a segunda parada. Dali para cima, a parede perde inclinação e os lances seguem mais tranquilos. O visual desse ponto surpreende. O dia aberto e as águas verdes e claras da praia de Itacoatiara roubavam a cena. O sol começou a aparecer, mas como estávamos no final e não me preocupei.  

Seguimos subindo sem problemas e já no final da via, tiramos o equipamento. Arrumei tudo novamente na mochila e de lá seguimos para o cume do Costão, onde fizemos uma rápida parada para então seguir descendo até a portaria do parque. De lá, fizemos uma parada para o Açaí. Mas antes de ir embora, aproveitamos para dar um pulo no Tibau, em Piratininga, para que eu pudesse mostrar uma falésia com alguns projetos antigos que havia começado com o Ary e o Ivison. Queria dar continuidade. A visita rendeu! O Luis e o João ficaram animados e já combinamos para a semana seguinte. Em breve, teremos novidades!






quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Via Paredão Atlântico - Alto Mourão

Por Leandro do Carmo

Via Paredão Atlântico

Dia: 01/05/2023
Local: Alto Mourão / Maricá
Participantes: Leandro do Carmo, Gabriel e Marcos Lima “Velhinho”



Relato

A via “Paredão Atlântico” é uma daquelas vias lendárias que sei que existe, mas nunca fiz. Quando comecei a escalar, sempre ouvi falar dessa via, mas não tinha muita informação efetiva sobre ela. A única coisa que sabia era que seguia pela “tromba do elefante”. Para quem não conhece o Alto Mourão, ele também é conhecido como “Pedra do Elefante”, pois olhando de Itaipuaçú, ela tem o formato de um elefante. Com certeza ela teria uma vista fantástica. Foi uma conquista do final da década de 70 e cheguei até a conhecer algumas pessoas que a repetiram nessa época. Em uma caminhada que fiz, descobri que a partir do cume, dava para seguir descendo por um caminho. Fui seguindo e descobri alguns grampos. Provavelmente era da via. O tempo foi passando e sempre ouvia alguma história sobre ela, até que soube que havia sido feita uma reforma. Era a notícia que eu precisava sobre a via. Ela realmente existia e podia ser feita.

Depois de muito marcar e desmarcar, numa conversa com o Velhinho no Clube Niteroiense de Montanhismo, perguntei se ele gostaria de fazer a Paredão Atlântico. O Gabriel, ouviu e disse que morava lá no condomínio que dá acesso. Inclusive, esse era o maior problema para repetição: o acesso. Tinha resolvido todos os problemas. Agora era, combinar o horário, arrumar o equipamento e seguir para a via. Combinamos bem cedo, pois o sol começa a bater cedo. A ideia era acabar a via na hora que ele chegasse com força.

Chegamos cedo ao condomínio e o Gabriel veio nos encontrar na portaria. Estacionamos o carro e seguimos caminhando. Passamos num mirante e de lá, pegamos uma precária escada de madeira, até entrar numa trilha e seguir até o costão, já na beira da água. Dali, seguimos paralelos ao mar, até chegar numa rampa, que dá acesso à base da via. Como não sabia exatamente onde era o início, seguimos subindo até um platô de vegetação, onde tinha uma pequena fenda. Ali nos arrumamos para iniciar a escalada. O Velhinho até subiu um pouco mais, indo até o primeiro grampo, mas voltou até onde estávamos.

Fizemos as duas primeiras cordadas em simultâneo. Fizemos uma parada logo acima de um outro platô. Dali, saí para terceira. Começo tranquilo, até chegar a um trecho mais vertical. Subi e segui em direção ao grande diedro. Continuei subindo, agora paralelo ao diedro até um pouco mais acima, onde montei a terceira parada. A vista impressionava. Achava que seria bonita e até o momento estou confirmando minha impressão. As condições do dia também ajudavam. Céu azul, uma leve brisa e um sol não muito forte, características do outono.



O Velhinho saiu para guiar a próxima. Subiu e costurou um grampo, e seguiu para a esquerda, passando ao final do grande diedro. Nesse ponto, ele fecha e dá para fazer uma passagem em livre. O Velhinho costurou um grampo logo na subida e seguiu subindo. A partir daí já não conseguíamos ter contato visual. Só ouvia o Velhinho gritar: “Não tô vendo o grampo”. Seria assim até o final da via. Mais acima, o Velhinho conseguiu chegar à parada e o Gabriel subiu em seguida. Fui logo após, procurando o grampo que ele não viu. Consegui achá-lo meio escondido. Como a grampeação é longa, nem sempre as proteções estão no caminho que a gente considera óbvio.

Já na quarta parada, paramos para algumas fotos e enquanto eu esboçava um croqui, o Velhinho aproveitou para seguir. Havia um caminho mais aberto, e ele subiu em direção a uma laca, mas não achava nada. Já tinha esticado bastante corda até que ele resolveu seguir para a direita, único caminho a seguir naquele momento, porém o mais sujo. Decisão acertada, o grampo estava lá. Ele montou a parada e o Gabriel subiu. Segui logo após, procurando o grampo. Bem mais para a direita, entre uma vegetação, lá estava. Já na quinta parada, foi minha vez de subir.

Subi um lance levemente mais vertical e achei um grampo mais para a esquerda. Dali fui subindo e um pouco mais acima, uns 40 metros após a parada, mais um grampo. Segui escalando e a frente uma vegetação que dividia o caminho em dois. Procurei por ambos os lados e não vi nenhuma proteção. Escolhi o caminho da direita e subi até esticar a corda. A próxima proteção estava há uns 5 metros acima. Não chegaria lá. Pedi para o Gabriel subir e escalamos em simultâneo até que eu conseguisse atingir o grampo. A medida que ele foi subindo, pedi que ele parasse no grampo abaixo. O Velhinho foi até lá também. Assim que ele chegou, seguiu guiando, passando por mim, até a próxima parada.

Subimos até ele e segui para mais uma.  A parede foi perdendo inclinação e foi ficando bem mais fácil localizar as proteções. Nesse ponto, já estávamos próximos a borda direita da tromba. A vista para baixo impressionava. Subi até mais uma proteção, onde montei mais uma parada. O Gabriel e o Velhinho vieram em seguida. Pelos nossos cálculos, faltava apenas mais uma cordada, o restante, seria uma caminhada. Já no final, paramos para um descanso e arrumamos as coisas. Faltava ainda uma parte da subida e a trilha de volta. Aí que lembramos que tínhamos que voltar até o Recanto... Iria ser demorado!

O Velhinho e o Gabriel subiram na frente. Aproveitei para filmá-los com o drone. Fui logo em seguida. Quando estava um pouco mais acima, lembrei da corda. Desci para pegá-la e ela não estava lá. Com certeza, o Gabriel a levou. Voltei novamente a subida e depois de um tempo, estava no cume. Paramos rápido para mais uma foto e seguimos descendo. No meio do caminho, o Gabriel deu a boa notícia de que tinha arrumado uma carona do Mirante da Serrinha até o Recanto.  Que sorte, assim não precisaríamos descer andando!

Uma via fantástica, com um visual alucinante. Enfim, conseguir fazer a Paredão Atlântico.