Dia: 19/12/2024
Local: Campo Escola Ary Carlos – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho
Vídeo
Relato
Fazia um tempo que a minha filha Alice estava me pedindo
para escalar. Aproveitei que tiraria uns dias de férias em dezembro e perguntei
se ela queria escalar. Ela ficou toda empolgada. Peguei uma sapatilha infantil no
Clube Niteroiense de Montanhismo, pois a que tinha em casa ainda não era o tamanho
do pé dela. Chamei o Velhinho para nos acompanhar. Assim ele poderia ir dando
um porte ao lado dela, caso precisasse. Tem uma via no Campo Escola Ary Carlos
que conquistei junto com o Marcelo e o Luis que é ideal para a primeira
escalada de alguém. É a Via Recuperação. São quase 90 metros e se emendar na
Via Didática, fica uma escalada bem interessante e com uma vista bem bonita,
para o grau da via.
Acordamos cedo e passei na casa do Velhinho e de lá seguimos
para início da trilha. A caminhada foi rápida e perto da base encontramos dois
filhotes de urubu que se afastaram logo assim que chegamos perto da base. Ali
no arrumamos e passei algumas orientações para a Alice. Subi puxando a corda e
parei logo na primeira dupla, com quase 30 metros. Não queria ficar muito
longe. A Alice veio subindo, passando o primeiro crux sem problemas. O velhinho
seguiu solando bem perto. Pensei que a Alice fosse se enrolar para tirar as
costuras, mas ela foi bem e não teve problemas.
Da primeira parada, segui para a segunda, passando por um
trecho bem mais sujo. Alice subiu em seguida e ainda falei para ela ter cuidado
com os espinhos de um cacto próximos. Vimos uma cordada na Golpe da Cartão.
Mostrei para ela a vista e como já estávamos alto. O negócio dela era saber o
quanto nós subiríamos. Ela estava tranquila e isso foi dando mais confiança.
Saí da segunda parada, e subi mais um pouco, passando pelo segundo crux. Um
trecho de aderência e um pouco mais técnico. Mas ela subiu rápido e logo estávamos
na terceira parada, já no final da via.
Dali, emendamos na via Didática e paramos um pouco mais
acima. Estávamos num excelente ritmo e seguimos subindo. Pulei uma parada e
parei numa proteção simples mais acima, um pouco mais confortável. Alice estava
bem feliz e nem sinal de cansaço. Saímos para o último trecho da escalada e o
mais bonito, com lances mais verticais. Ela veio rindo e brincando com o
Velhinho e logo chegou ao Mirante do Carmo. Batemos uma foto para deixar
registrado, a primeira escalada a gente nunca esquece! Será?
Dia: 20/11/2024
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ricardo Bemvindo
Relato
O Clube Niteroiense de Montanhismo organizou mais uma invasão
em comemoração ao aniversário do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Nos
encontramos as 7h 30min para a tradicional foto, no gramado em frente ao Costão
de Itacoatiara. Quando cheguei já tinham algumas pessoas e aos poucos fomos
organizando as cordadas. Algumas pessoas nem esperaram e já seguiram para a
base das vias. O dia estava aberto e a previsão era de forte calor.
Aos poucos, todos se organizaram e iria fazer cordada com
meu amigo de trabalho, o Ricardo. Já fazia uns três anos que ele não escalava e
sugeri seguir para a face leste, pois é o local com vias mais acessíveis e onde
tem menos procura, comparada com a faze oeste, a que sai da praia. Dali seguimos andando. Minha ideia era seguir
até a base e ver qual via tinha menos gente.
Já na base, vi que a Entre Quatro Paredes só tinha a cordada
do Leandro Conrado com a Amanda. Perguntei se daria para fazer também. Com tudo
acertado, nos equipamos aguardei o Leandro Conrado subir até a primeira parada
para começar a escalar. A Ideia era não atrapalhar muito. Assim que ele chegou,
iniciei minha subida. Segui rápido, passando pelo crux. Passei pelo Leandro,
fazendo a horizontal. Dá um arrasto na corda, mas optei por seguir para não
atrapalhar muito.
Na última vez que fiz essa via, havia feito a horizontal
mais por cima, dessa vez, resolvi fazer bem por baixo, próximo à vegetação.
Isso facilitou bastante. Do outro lado da horizontal, subi um pouco e montei a
parada no grampo acima. O Ricardo veio em seguida. Sentiu um pouco os quase 3
anos sem escalar. Já após a horizontal, parou um pouco e reclamou da panturrilha.
Avisei que o pior já havia passado.
Segui para a próxima enfiada, subindo tranquilo. Em alguns
trechos é possível subir andando pela positividade da parede. Montei a parada e
o Ricardo subiu em seguida. Dali podíamos ver várias outras cordadas, tanto na
Novos Horizontes, quanto na Mário Motta Jr e Alan Marra. A cordada do Leandro
veio em seguida. E optei por fazer uma variante que conecta a via Entre Quatro
Paredes com a Mário Motta Jr, também conhecida como Bombeiros. Essa variante eu
havia feito há alguns meses e achei uma ótima opção, pois faríamos mais uma
enfiada.
Subi, encontrando uma cordada na Mário Motta Jr. Passei
direto e dei segurança já no final da via. O Leandro fez a via normal, terminando
um pouco mais abaixo. Ali nos encontramos com várias outras cordadas que haviam
subido por outras vias e faces do Costão. Era hora de arrumar as coisas e
seguir para churrasco. Que venham mais eventos como esse.
Dia: 09/11/2024
Local: Itacoatiara – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Luís Avellar
Vídeo
Relato
Eu doido para escalar final de semana, mas não parava de
chover. Havia falado com o Luis e ele tinha sugerido escalar em Itaocaia, pois
lá seca bem rápido. Mas não estava muito confiante e na sexta feira, perguntei
se daria para escalar em Itacoatiara. Pensei que se a chuva não desse trégua e
estivesse molhado ou começasse a chover, seria mais rápido voltar. O Luís topou
e ainda disse que não iria chover.
Pense num cara otimista. Esse é o Luís. Ele levou bem a
sério o mantra de que escalada só se desmarca na base. Amanheceu ruim e deu um
chuvisco. Falei com o Luís e ele confirmou. Bom, era ir e tentar a sorte. E que
bom que fomos! Cheguei em Itacoatiara e estava bem nublado, mas olhando para a
pedra já estava bem seco. Só tinha água escorrendo em alguns trechos com
vegetação, mas fora das vias. Só tinham dois surfistas na água, apesar das ondas.
Pra vocês verem o quanto estava ruim. Ninguém acreditava, só o Luís.
Caminhamos pelo costão até entrar no caminho de pescador,
atravessando a grande vegetação. Num determinado ponto, pegamos uma subida até
chegar à base das vias. O início fica ao lado esquerdo da via Par ou Ímpar!?.
Nos arrumamos e o Luís perguntou se eu queria guiar. Como já estava há um tempo
sem escalar, preferi não arriscar. O Luis guiou a primeira enfiada e eu fui
logo em seguida. O primeiro trecho é bem tranquilo, sem problemas.
Na parada, ele me disse para ficar ligado, pois entre o
primeiro e o segundo grampo, numa eventual queda, o guia pode chegar ao platô,
com isso deixei a corda bem justa. Ele subiu tranquilo. Comecei a escalar e já
percebi a diferença. Os lances seguiam bem verticais, com pequenas agarras,
algumas ainda quebrando. Os lances são bem técnicos e não há muito espaço para
descanso. Passei o primeiro crux e segui para a parada. Foram 35 metros bem
fortes. Na parada tivemos a certeza de ter acertado no dia. Estava muito
agradável. Nada de calor e nada de chuva. Condições perfeitas.
O Luís guiou a terceira enfiada. Subi em seguida. A parede
continua vertical. Senti mais dificuldade que na enfiada anterior. Fui ganhando
altura com lances mais delicados. Num trecho, ameacei ir para a direita e o Luís,
lá de cima, avisou que era melhor para a esquerda. Fui desescalar uma passada e
caí, voltando ao ponto de saída. Fui pela esquerda e consegui vencer o lance, o
que considerei o mais difícil da via. Dali para cima, subi rápido até a parada
da via Par ou Ímpar!?.
Já na parada, comentamos o quanto estava agradável o dia. A
via é forte, mas com lances bem suaves. Vale muito a pena e é uma excelente opção
de via mais curta. Ao fundo em direção da Pedra do Cantagalo, caía uma chuva e
ela se aproximava. Resolvemos rapelar dali, visto que a trilha do Costão estava
fechada, devido as condições do tempo. Fizemos 3 rapéis até a base, onde arrumamos
tudo e seguimos de volta até a praia.
Para quem não confia na previsão do tempo, faz uma consulta
ao cara mais otimista que conheço. Luís é o cara que só desmarca escalada na
base.
Dia: 02/11/2024
Local: Piratininga – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Camila Chaves, Marcos Velhinho, Vanessa
Berton, Alberto Porto, Leandro Conrado, Amanda e Débora.
Relato
Estava há quase dois meses sem escalar. Em uma reunião
social do CNM, aproveitei que o Velhinho estava marcando uma escalada com o
pessoal do CBE 2024 e já me meti nas cordadas. A última vez que fui ao Tibau, fiz
a Mestre dos Pés (6º VI E1/E2 D1 90 m) e a Contextos Diferentes (5º Vsup A0 E1
D1 60 m) com o Luis Avelar.
Chegamos cedo e nos encontramos próximos à rua que dá acesso
à trilha. O local está sendo urbanizado e tudo está asfaltado. Está ficando bem
bonito o bairro. Dali, seguimos a estradinha de chão, até pegar a subida das
jaqueiras. Depois de andar um pouco, chegamos à base das vias. O bom é que fica
na sombra. Isso aliviou um pouco. Dividimos as cordadas e a Vanessa e o Alberto
foram com o Velhinho, Débora e Amanda, com o Leandro Conrado e a Camila foi
comigo.
Eu e a Camila entramos primeiro na Segue o Velhinho (4º E2
45 m). Primeira enfiada tranquila até a primeira dupla, onde dá para emendar na
Speedrun. A Camila subiu em seguida. Dali parti para a próxima enfiada. Passei
rápido pelo crux e toquei até ao final, onde montei a parada e puxei a Camila. O
dia estava bem bonito e pudemos acompanhar as cordadas ao lado e nos divertir
com o Velhinho. Rapelamos rápido até a base e seguimos para outra via. O bom de
escalar no Tibau é a possibilidade de poder fazer várias vias no mesmo dia.
Optamos por entrar na Nervos de Aço (IVsup E2 50 m). Passei
pela base da via Toda Forma de Amar e desci num trecho meio ruim para chegar à
base. A via segue bem protegida com boas agarras e passadas bem suaves. Optei
por fazer duas enfiadas, como havia feito na Segue o Velhinho. Fizemos rápidos
e lá no alto, pudemos apreciar a bela vista num dia maravilhoso. Aproveitei
para fazer alguns vídeos com o drone. Dali rapelamos até a base. Na descida, vi
uma pedra caindo e passando bem perto da Amanda e do Leandro que estavam na
base. Por isso a importância do capacete.
Já na base, nos preparamos para ir embora, hoje não podia
demorar muito. Descemos rápidos e logo estávamos novamente no carro.
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Marina, Marcos Lima, Camila
Chaves, Fernando Marques e Washington Portela
Vídeo da Trilha do São João
Vídeo de drone do cume do São João
Relato da trilha do Morro São João
Havia tentado fazer o São João em pelo menos 3 vezes. Todas
elas, marcadas no evento que celebra a Abertura de Temporada de Montanhismo do
Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Para quem não conhece, a Abertura da
Temporada de Montanhismo ou simplesmente ATM, é um evento que ocorre anualmente
em várias regiões, tendo como objetivo marcar o início da melhor época do ano
para a prática do montanhismo, que aqui no Brasil é entre o outono e a
primavera. Esse ano a previsão era ótima e seria a oportunidade de, enfim,
conseguir chegar ao cume do Morro São João.
Marcamos de nos encontrar já na sede do Parque. Eu e o
Velhinho passamos na casa do meu irmão, em Magé, para subirmos juntos.
Finalmente conseguimos tomar um café na casa dele. Chegamos cedo, era por volta
das 5h 40min. Fizemos tudo com tranquilidade e chegamos ao Parque as 7h,
justamente quando os portões se abriram.
No controle de acesso, entregamos os termos e seguimos para
a área de estacionamento, onde deixamos os carros e continuamos a pé, até a
Barragem. Com todos reunidos, fizemos uma foto. Enchi minha garrafa na fonte,
ao lado do início trilha. O início é em comum à diversos cumes da região, como
o Sino, Mirante do Inferno, Pedra Cruz, Travessia Petrópolis x Teresópolis e
etc. Estava uma manhã fria, mas o tempo estava firme. Subimos rápido, fazendo
paradas bem curtas e logo estávamos no mirante, logo que iniciamos a descida do
Caminho das Orquídeas.
Nesse ponto, a vista do São João era fantástica, assim como
o Mirante do Inferno e do São Pedro. Dali, também conseguíamos ver a pontinha
da Agulha do Diabo. Seguimos descendo e percebi o quanto o caminho está
degradado. Pela dificuldade em descer as lajes que ficam molhadas, as pessoas
acabam utilizando a borda da trilha e cada vez mais ela vai se alargando.
Continuei descendo com bastante cuidado, visto que estava
tudo molhado. Demos uma parada no Acampamento Paquequer para pegar mais água e
aproveitar para fazer um lanche rápido. Continuamos a caminhada e começamos a
subir novamente. Já próximos ao Mirante do Inferno, pegamos uma saída à
esquerda e seguimos em direção ao colo entre o Mirante e o São João, mesmo
caminho que utilizamos para escalar a Agulha do Diabo. O caminho começa bom,
mas logo, pega uma descida bem íngreme, na qual fiz com bastante cuidado. Assim
que chegamos ao colo, nos deparamos com aquela vista fantástica da Agulha.
A partir dali, já não conhecia mais o caminho. Olhando o São
João, pegamos o caminho descendo para a esquerda, pois o da direita, segue para
a Agulha do Diabo. Seguimos descendo até chegar à parede. Nesse ponto segui
subindo por uma calha natural, subindo até um pequeno platô, fazendo um lance
de escalada. Nesse ponto há possibilidade de fixar uma corda num pequeno
arbusto, mas não foi necessário. Todos subiram direto.
Seguimos por um caminho, numa diagonal para a esquerda,
bordeando a rocha até ir ganhando altura por trechos mais abertos, subindo com
cuidado, pois os pequenos platôs são bem frágeis. De longe parecia impossível
acreditar que subiríamos andando por esse trecho, mas foi tranquilo, apesar de
exposto. Já na crista, seguimos na direção do cume por mais um trecho de
“escalaminhada”, onde pude notar a presença de alguns grampos. Ninguém precisou
usar sapatilha, mas subimos com bastante cautela.
Assim que chegamos no alto, percebi que era um falso cume e
tínhamos ainda um trecho pela frente. Continuei andando e cheguei de frente a
uma rampa, onde vi mais alguns grampos, com certeza uma via de escalada com
acesso direto ao cume. Procurei pela esquerda e não vi nada, pela direita,
descia um caminho bem discreto que seguia colado na parede do cume. Fui andando
com dificuldade pela quantidade de bambuzinhos que a todo momento se enroscavam
na mochila e pernas. A frente, uma trepa pedra e já era possível ver o acesso
ao cume.
Segui em direção a um grande bloco e optei por descer pela
direita, mas o caminho estava bem fechado. Voltei e de frente para esse bloco,
notei que havia uma passagem pela esquerda, mas seria necessário dominar um
lance exposto. Fiz com bastante cuidado e cheguei ao topo do bloco, onde vi
algumas pedras empilhadas, formando uma espécie de escalada. Subi nessas
pedras, mas não havia mão que me ajudasse a vencer o lance. Mais acima um
grampo, mas estava longe e não era possível alcançá-lo. Peguei uma fita longa e
depois de algumas tentativas, consegui laçá-la. Segurando bem alto, consegui
jogar minha perna para cima e aí ficou fácil subir. Segui caminhando até o cume
onde pude apreciar a vista fantástica.
Ventava um pouco e o cume é bem exposto. Depois de ficar um
tempo por ali, desci até a base do grande bloco e preparei um café. Ali estava
abrigado e mais confortável de ficar. Depois de um tempo, pegamos o caminho de
volta.
Esse cume estava engasgado, mas saiu! Qual será o próximo?
Já fazia um tempo que eu gostaria de conhecer alguma via na
Agulhinha da Gávea. Aproveitando o Curso Básico de Escalada do Clube
Niteroiense de Montanhismo, havia sugerido de fazer uma aula por lá. Com a
ideia aceita, organizamos para que ela fosse a última escalada do curso.
Com o tempo quente, optamos por sair bem cedo de Niterói e
assim terminar num horário confortável. Chegamos cedo em São Conrado e de lá
subimos a Estrada das Canoas, estacionando próximo ao Mirante das Canoas. Com
uma ótima área para estacionamento, esta era a melhor opção, visto que para
subir em direção ao estacionamento da Pedra Bonita, era preciso esperar as 8h.
Com todos juntos, seguimos subindo para pegar a trilha. Não
é muito óbvio, mas é fácil identificar a entrada. Após passar um trecho da
estrada com um elevado, tendo uma mureta à esquerda, segue subindo,
acompanhando um muro de pedra à direita. Numa curva para direita, a entrada
fica na calçada da esquerda, de quem sobe.
Entramos na trilha e chegamos rápidos até a base. Já tinham
algumas cordadas e dava para ver alguns escaladores de longe. Nos preparamos e
as cordadas foram dividias. Eu fiz cordada com a Camila. Acabou que todos
começaram pela Jorge de Castro. Ricardo emendaria na XV de Novembro, fazendo
algumas variantes.
Todos subiram e fomos a última cordada. A primeira cordada
segue bem fácil, subindo reto da base e entrando numas fendas, no estilo trepa
pedra. A via vai seguindo numa diagonal para direita, até chegar a um platô.
Montei a parada e dei segurança para a Camila que chegou rápido. Conseguia ver
uma sequência de grampos de uma variante, uma opção interessante. Mas como
estava ali pela primeira vez, optei por fazer a via completa.
Descemos andando até a base da segunda enfiada. O Ricardo e
o Michel seguiram por uma variante para emendar na XV de Novembro. O Daniel
seguiu pela via e fui logo em seguida. Comecei a subir, saindo para direita,
entrando no lance do “Rebola”. Já havia ouvido falar do lance, mas passei bem,
fazendo um contorno e entrando numa canaleta, fazendo uma diagonal longa para
cima. Deu um pouco de arrasto, apesar da costura longo que havia colocado.
Achei o trecho bem exposto e quando costurei, percebi que havia pulado um
grampo. Continuei subindo até parar num platô bem confortável. Até agora tudo
bem e pelo que já havia visto, não teríamos problemas para cima também.
A vista era fantástica. O sol estava ali, mas ainda não
incomodava. Percebi que estava com várias picadas de mosquito. Havia várias
marquinhas de sangue. O pouco tempo que ficamos lá na base, foi suficiente para
o estrago. Saí a terceira enfiada, fazendo uma caminhada com trepa pedras, até
parar num platô. A Camila chegou em seguida e me preparei para entrar no crux
da via.
Me preparei e avisei para ficar ligada na segurança. Protegi
a entrada com um camalot que o Michel havia emprestado. Levei, mas acabei nem
usando em lance nenhum para baixo. Posicionei bem o pé e entrei na fenda, num
lance de oposição e logo venci o lance, passando bem rápido. Mas acima, montei
a parada num grampo acima de um platô bem desconfortável. A Camila chegou em
seguida e de lá subiu andando pela trilha. Puxei a corda e enrolei como deu.
O trecho de caminhada começa bem íngreme e escorregadio, por
conta da terra solta. Porém foi curto e logo estávamos no cume. Não tínhamos
vista. O cume é bem fechado. Aos poucos, todos foram chegando e calmamente fui
arrumando o material para a descida. Aproveitei para fazer um lanche e beber
uma água.
Já pegando o caminho de volta, pude, enfim, apreciar uma
vista fantástica. Agora sim, tinha a sensação de fazer cume. Começamos a descer
e ainda paramos para uma bela foto do grupo, com uma visão para a Pedra da
Gávea. Seguimos o caminho de volta, chegando ao estacionamento antes da rampa
de Vôo da Pedra Bonita. Paramos num local bem agradável e aproveitamos para
comprar um lanche e um café. Dali seguimos descendo até o carro, onde
comemoramos a grande escalada que fizemos. Um dia bem bonito.