Mostrando postagens com marcador Escalada. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Escalada. Mostrar todas as postagens

domingo, 13 de abril de 2025

Via Recuperação, a primeira escalada da Alice

Por Leandro do Carmo

Via Recuperação – Primeira Escalada da Alice

Dia: 19/12/2024
Local: Campo Escola Ary Carlos – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Alice Carvalho

Escalada na via Recuperação

Vídeo

Relato

Fazia um tempo que a minha filha Alice estava me pedindo para escalar. Aproveitei que tiraria uns dias de férias em dezembro e perguntei se ela queria escalar. Ela ficou toda empolgada. Peguei uma sapatilha infantil no Clube Niteroiense de Montanhismo, pois a que tinha em casa ainda não era o tamanho do pé dela. Chamei o Velhinho para nos acompanhar. Assim ele poderia ir dando um porte ao lado dela, caso precisasse. Tem uma via no Campo Escola Ary Carlos que conquistei junto com o Marcelo e o Luis que é ideal para a primeira escalada de alguém. É a Via Recuperação. São quase 90 metros e se emendar na Via Didática, fica uma escalada bem interessante e com uma vista bem bonita, para o grau da via.

Acordamos cedo e passei na casa do Velhinho e de lá seguimos para início da trilha. A caminhada foi rápida e perto da base encontramos dois filhotes de urubu que se afastaram logo assim que chegamos perto da base. Ali no arrumamos e passei algumas orientações para a Alice. Subi puxando a corda e parei logo na primeira dupla, com quase 30 metros. Não queria ficar muito longe. A Alice veio subindo, passando o primeiro crux sem problemas. O velhinho seguiu solando bem perto. Pensei que a Alice fosse se enrolar para tirar as costuras, mas ela foi bem e não teve problemas.

Da primeira parada, segui para a segunda, passando por um trecho bem mais sujo. Alice subiu em seguida e ainda falei para ela ter cuidado com os espinhos de um cacto próximos. Vimos uma cordada na Golpe da Cartão. Mostrei para ela a vista e como já estávamos alto. O negócio dela era saber o quanto nós subiríamos. Ela estava tranquila e isso foi dando mais confiança. Saí da segunda parada, e subi mais um pouco, passando pelo segundo crux. Um trecho de aderência e um pouco mais técnico. Mas ela subiu rápido e logo estávamos na terceira parada, já no final da via.

Dali, emendamos na via Didática e paramos um pouco mais acima. Estávamos num excelente ritmo e seguimos subindo. Pulei uma parada e parei numa proteção simples mais acima, um pouco mais confortável. Alice estava bem feliz e nem sinal de cansaço. Saímos para o último trecho da escalada e o mais bonito, com lances mais verticais. Ela veio rindo e brincando com o Velhinho e logo chegou ao Mirante do Carmo. Batemos uma foto para deixar registrado, a primeira escalada a gente nunca esquece! Será?

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação

Escalada na via Recuperação



Via Entre Quatro Paredes - Invasão

Por Leandro do Carmo

Dia: 20/11/2024
Local: Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Ricardo Bemvindo

Via Entre Quaro Paredes


Relato

O Clube Niteroiense de Montanhismo organizou mais uma invasão em comemoração ao aniversário do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Nos encontramos as 7h 30min para a tradicional foto, no gramado em frente ao Costão de Itacoatiara. Quando cheguei já tinham algumas pessoas e aos poucos fomos organizando as cordadas. Algumas pessoas nem esperaram e já seguiram para a base das vias. O dia estava aberto e a previsão era de forte calor.

Aos poucos, todos se organizaram e iria fazer cordada com meu amigo de trabalho, o Ricardo. Já fazia uns três anos que ele não escalava e sugeri seguir para a face leste, pois é o local com vias mais acessíveis e onde tem menos procura, comparada com a faze oeste, a que sai da praia.  Dali seguimos andando. Minha ideia era seguir até a base e ver qual via tinha menos gente.

Já na base, vi que a Entre Quatro Paredes só tinha a cordada do Leandro Conrado com a Amanda. Perguntei se daria para fazer também. Com tudo acertado, nos equipamos aguardei o Leandro Conrado subir até a primeira parada para começar a escalar. A Ideia era não atrapalhar muito. Assim que ele chegou, iniciei minha subida. Segui rápido, passando pelo crux. Passei pelo Leandro, fazendo a horizontal. Dá um arrasto na corda, mas optei por seguir para não atrapalhar muito.

Na última vez que fiz essa via, havia feito a horizontal mais por cima, dessa vez, resolvi fazer bem por baixo, próximo à vegetação. Isso facilitou bastante. Do outro lado da horizontal, subi um pouco e montei a parada no grampo acima. O Ricardo veio em seguida. Sentiu um pouco os quase 3 anos sem escalar. Já após a horizontal, parou um pouco e reclamou da panturrilha. Avisei que o pior já havia passado.

Segui para a próxima enfiada, subindo tranquilo. Em alguns trechos é possível subir andando pela positividade da parede. Montei a parada e o Ricardo subiu em seguida. Dali podíamos ver várias outras cordadas, tanto na Novos Horizontes, quanto na Mário Motta Jr e Alan Marra. A cordada do Leandro veio em seguida. E optei por fazer uma variante que conecta a via Entre Quatro Paredes com a Mário Motta Jr, também conhecida como Bombeiros. Essa variante eu havia feito há alguns meses e achei uma ótima opção, pois faríamos mais uma enfiada.

Subi, encontrando uma cordada na Mário Motta Jr. Passei direto e dei segurança já no final da via. O Leandro fez a via normal, terminando um pouco mais abaixo. Ali nos encontramos com várias outras cordadas que haviam subido por outras vias e faces do Costão. Era hora de arrumar as coisas e seguir para churrasco. Que venham mais eventos como esse.

 

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes

Via Entre Quaro Paredes


sábado, 5 de abril de 2025

Escalada na via Pedra, Papel e Tesoura - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Dia: 09/11/2024
Local: Itacoatiara – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Luís Avellar

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara


Vídeo

Relato

Eu doido para escalar final de semana, mas não parava de chover. Havia falado com o Luis e ele tinha sugerido escalar em Itaocaia, pois lá seca bem rápido. Mas não estava muito confiante e na sexta feira, perguntei se daria para escalar em Itacoatiara. Pensei que se a chuva não desse trégua e estivesse molhado ou começasse a chover, seria mais rápido voltar. O Luís topou e ainda disse que não iria chover.

Pense num cara otimista. Esse é o Luís. Ele levou bem a sério o mantra de que escalada só se desmarca na base. Amanheceu ruim e deu um chuvisco. Falei com o Luís e ele confirmou. Bom, era ir e tentar a sorte. E que bom que fomos! Cheguei em Itacoatiara e estava bem nublado, mas olhando para a pedra já estava bem seco. Só tinha água escorrendo em alguns trechos com vegetação, mas fora das vias. Só tinham dois surfistas na água, apesar das ondas. Pra vocês verem o quanto estava ruim. Ninguém acreditava, só o Luís.

Caminhamos pelo costão até entrar no caminho de pescador, atravessando a grande vegetação. Num determinado ponto, pegamos uma subida até chegar à base das vias. O início fica ao lado esquerdo da via Par ou Ímpar!?. Nos arrumamos e o Luís perguntou se eu queria guiar. Como já estava há um tempo sem escalar, preferi não arriscar. O Luis guiou a primeira enfiada e eu fui logo em seguida. O primeiro trecho é bem tranquilo, sem problemas.

Na parada, ele me disse para ficar ligado, pois entre o primeiro e o segundo grampo, numa eventual queda, o guia pode chegar ao platô, com isso deixei a corda bem justa. Ele subiu tranquilo. Comecei a escalar e já percebi a diferença. Os lances seguiam bem verticais, com pequenas agarras, algumas ainda quebrando. Os lances são bem técnicos e não há muito espaço para descanso. Passei o primeiro crux e segui para a parada. Foram 35 metros bem fortes. Na parada tivemos a certeza de ter acertado no dia. Estava muito agradável. Nada de calor e nada de chuva. Condições perfeitas.

O Luís guiou a terceira enfiada. Subi em seguida. A parede continua vertical. Senti mais dificuldade que na enfiada anterior. Fui ganhando altura com lances mais delicados. Num trecho, ameacei ir para a direita e o Luís, lá de cima, avisou que era melhor para a esquerda. Fui desescalar uma passada e caí, voltando ao ponto de saída. Fui pela esquerda e consegui vencer o lance, o que considerei o mais difícil da via. Dali para cima, subi rápido até a parada da via Par ou Ímpar!?.

Já na parada, comentamos o quanto estava agradável o dia. A via é forte, mas com lances bem suaves. Vale muito a pena e é uma excelente opção de via mais curta. Ao fundo em direção da Pedra do Cantagalo, caía uma chuva e ela se aproximava. Resolvemos rapelar dali, visto que a trilha do Costão estava fechada, devido as condições do tempo. Fizemos 3 rapéis até a base, onde arrumamos tudo e seguimos de volta até a praia.

Para quem não confia na previsão do tempo, faz uma consulta ao cara mais otimista que conheço. Luís é o cara que só desmarca escalada na base.

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara

Escalada na via Pedra, Papel e tesoura - Costão de Itacoatiara


Escalada no Tibau

Por Leandro do Carmo

Dia: 02/11/2024
Local: Piratininga – Niterói RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Camila Chaves, Marcos Velhinho, Vanessa Berton, Alberto Porto, Leandro Conrado, Amanda e Débora.

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA


Relato

Estava há quase dois meses sem escalar. Em uma reunião social do CNM, aproveitei que o Velhinho estava marcando uma escalada com o pessoal do CBE 2024 e já me meti nas cordadas. A última vez que fui ao Tibau, fiz a Mestre dos Pés (6º VI E1/E2 D1 90 m) e a Contextos Diferentes (5º Vsup A0 E1 D1 60 m) com o Luis Avelar.  

Chegamos cedo e nos encontramos próximos à rua que dá acesso à trilha. O local está sendo urbanizado e tudo está asfaltado. Está ficando bem bonito o bairro. Dali, seguimos a estradinha de chão, até pegar a subida das jaqueiras. Depois de andar um pouco, chegamos à base das vias. O bom é que fica na sombra. Isso aliviou um pouco. Dividimos as cordadas e a Vanessa e o Alberto foram com o Velhinho, Débora e Amanda, com o Leandro Conrado e a Camila foi comigo.

Eu e a Camila entramos primeiro na Segue o Velhinho (4º E2 45 m). Primeira enfiada tranquila até a primeira dupla, onde dá para emendar na Speedrun. A Camila subiu em seguida. Dali parti para a próxima enfiada. Passei rápido pelo crux e toquei até ao final, onde montei a parada e puxei a Camila. O dia estava bem bonito e pudemos acompanhar as cordadas ao lado e nos divertir com o Velhinho. Rapelamos rápido até a base e seguimos para outra via. O bom de escalar no Tibau é a possibilidade de poder fazer várias vias no mesmo dia.

Optamos por entrar na Nervos de Aço (IVsup E2 50 m). Passei pela base da via Toda Forma de Amar e desci num trecho meio ruim para chegar à base. A via segue bem protegida com boas agarras e passadas bem suaves. Optei por fazer duas enfiadas, como havia feito na Segue o Velhinho. Fizemos rápidos e lá no alto, pudemos apreciar a bela vista num dia maravilhoso. Aproveitei para fazer alguns vídeos com o drone. Dali rapelamos até a base. Na descida, vi uma pedra caindo e passando bem perto da Amanda e do Leandro que estavam na base. Por isso a importância do capacete.

Já na base, nos preparamos para ir embora, hoje não podia demorar muito. Descemos rápidos e logo estávamos novamente no carro.

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA

ESCALADA NO TIBAU - PIRATININGA


quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Morro São João - Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Por Leandro do Carmo

São João - PARNASO


Dia: 08/06/2024
Local: Guapimirim/Teresópolis - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Marina, Marcos Lima, Camila Chaves, Fernando Marques e Washington Portela

Vídeo da Trilha do São João


Vídeo de drone do cume do São João


Relato da trilha do Morro São João

Havia tentado fazer o São João em pelo menos 3 vezes. Todas elas, marcadas no evento que celebra a Abertura de Temporada de Montanhismo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Para quem não conhece, a Abertura da Temporada de Montanhismo ou simplesmente ATM, é um evento que ocorre anualmente em várias regiões, tendo como objetivo marcar o início da melhor época do ano para a prática do montanhismo, que aqui no Brasil é entre o outono e a primavera. Esse ano a previsão era ótima e seria a oportunidade de, enfim, conseguir chegar ao cume do Morro São João.

Marcamos de nos encontrar já na sede do Parque. Eu e o Velhinho passamos na casa do meu irmão, em Magé, para subirmos juntos. Finalmente conseguimos tomar um café na casa dele. Chegamos cedo, era por volta das 5h 40min. Fizemos tudo com tranquilidade e chegamos ao Parque as 7h, justamente quando os portões se abriram.

No controle de acesso, entregamos os termos e seguimos para a área de estacionamento, onde deixamos os carros e continuamos a pé, até a Barragem. Com todos reunidos, fizemos uma foto. Enchi minha garrafa na fonte, ao lado do início trilha. O início é em comum à diversos cumes da região, como o Sino, Mirante do Inferno, Pedra Cruz, Travessia Petrópolis x Teresópolis e etc. Estava uma manhã fria, mas o tempo estava firme. Subimos rápido, fazendo paradas bem curtas e logo estávamos no mirante, logo que iniciamos a descida do Caminho das Orquídeas.

Nesse ponto, a vista do São João era fantástica, assim como o Mirante do Inferno e do São Pedro. Dali, também conseguíamos ver a pontinha da Agulha do Diabo. Seguimos descendo e percebi o quanto o caminho está degradado. Pela dificuldade em descer as lajes que ficam molhadas, as pessoas acabam utilizando a borda da trilha e cada vez mais ela vai se alargando.

São João - PARNASO


Continuei descendo com bastante cuidado, visto que estava tudo molhado. Demos uma parada no Acampamento Paquequer para pegar mais água e aproveitar para fazer um lanche rápido. Continuamos a caminhada e começamos a subir novamente. Já próximos ao Mirante do Inferno, pegamos uma saída à esquerda e seguimos em direção ao colo entre o Mirante e o São João, mesmo caminho que utilizamos para escalar a Agulha do Diabo. O caminho começa bom, mas logo, pega uma descida bem íngreme, na qual fiz com bastante cuidado. Assim que chegamos ao colo, nos deparamos com aquela vista fantástica da Agulha.

A partir dali, já não conhecia mais o caminho. Olhando o São João, pegamos o caminho descendo para a esquerda, pois o da direita, segue para a Agulha do Diabo. Seguimos descendo até chegar à parede. Nesse ponto segui subindo por uma calha natural, subindo até um pequeno platô, fazendo um lance de escalada. Nesse ponto há possibilidade de fixar uma corda num pequeno arbusto, mas não foi necessário. Todos subiram direto.

São João - PARNASO


Seguimos por um caminho, numa diagonal para a esquerda, bordeando a rocha até ir ganhando altura por trechos mais abertos, subindo com cuidado, pois os pequenos platôs são bem frágeis. De longe parecia impossível acreditar que subiríamos andando por esse trecho, mas foi tranquilo, apesar de exposto. Já na crista, seguimos na direção do cume por mais um trecho de “escalaminhada”, onde pude notar a presença de alguns grampos. Ninguém precisou usar sapatilha, mas subimos com bastante cautela.

Assim que chegamos no alto, percebi que era um falso cume e tínhamos ainda um trecho pela frente. Continuei andando e cheguei de frente a uma rampa, onde vi mais alguns grampos, com certeza uma via de escalada com acesso direto ao cume. Procurei pela esquerda e não vi nada, pela direita, descia um caminho bem discreto que seguia colado na parede do cume. Fui andando com dificuldade pela quantidade de bambuzinhos que a todo momento se enroscavam na mochila e pernas. A frente, uma trepa pedra e já era possível ver o acesso ao cume.

Segui em direção a um grande bloco e optei por descer pela direita, mas o caminho estava bem fechado. Voltei e de frente para esse bloco, notei que havia uma passagem pela esquerda, mas seria necessário dominar um lance exposto. Fiz com bastante cuidado e cheguei ao topo do bloco, onde vi algumas pedras empilhadas, formando uma espécie de escalada. Subi nessas pedras, mas não havia mão que me ajudasse a vencer o lance. Mais acima um grampo, mas estava longe e não era possível alcançá-lo. Peguei uma fita longa e depois de algumas tentativas, consegui laçá-la. Segurando bem alto, consegui jogar minha perna para cima e aí ficou fácil subir. Segui caminhando até o cume onde pude apreciar a vista fantástica.

Ventava um pouco e o cume é bem exposto. Depois de ficar um tempo por ali, desci até a base do grande bloco e preparei um café. Ali estava abrigado e mais confortável de ficar. Depois de um tempo, pegamos o caminho de volta.

Esse cume estava engasgado, mas saiu! Qual será o próximo?

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO

São João - PARNASO




terça-feira, 9 de julho de 2024

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Por Leandro do Carmo

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Via Jorge de Castro


Dia: 13/04/2024
Local: São Conrado – Rio de Janeiro - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Camila Chaves

Vídeo da Via Jorge de Castro


Relato da Via Jorge de Castro

Já fazia um tempo que eu gostaria de conhecer alguma via na Agulhinha da Gávea. Aproveitando o Curso Básico de Escalada do Clube Niteroiense de Montanhismo, havia sugerido de fazer uma aula por lá. Com a ideia aceita, organizamos para que ela fosse a última escalada do curso.

Com o tempo quente, optamos por sair bem cedo de Niterói e assim terminar num horário confortável. Chegamos cedo em São Conrado e de lá subimos a Estrada das Canoas, estacionando próximo ao Mirante das Canoas. Com uma ótima área para estacionamento, esta era a melhor opção, visto que para subir em direção ao estacionamento da Pedra Bonita, era preciso esperar as 8h.

Com todos juntos, seguimos subindo para pegar a trilha. Não é muito óbvio, mas é fácil identificar a entrada. Após passar um trecho da estrada com um elevado, tendo uma mureta à esquerda, segue subindo, acompanhando um muro de pedra à direita. Numa curva para direita, a entrada fica na calçada da esquerda, de quem sobe.

Entramos na trilha e chegamos rápidos até a base. Já tinham algumas cordadas e dava para ver alguns escaladores de longe. Nos preparamos e as cordadas foram dividias. Eu fiz cordada com a Camila. Acabou que todos começaram pela Jorge de Castro. Ricardo emendaria na XV de Novembro, fazendo algumas variantes.

Todos subiram e fomos a última cordada. A primeira cordada segue bem fácil, subindo reto da base e entrando numas fendas, no estilo trepa pedra. A via vai seguindo numa diagonal para direita, até chegar a um platô. Montei a parada e dei segurança para a Camila que chegou rápido. Conseguia ver uma sequência de grampos de uma variante, uma opção interessante. Mas como estava ali pela primeira vez, optei por fazer a via completa.

Descemos andando até a base da segunda enfiada. O Ricardo e o Michel seguiram por uma variante para emendar na XV de Novembro. O Daniel seguiu pela via e fui logo em seguida. Comecei a subir, saindo para direita, entrando no lance do “Rebola”. Já havia ouvido falar do lance, mas passei bem, fazendo um contorno e entrando numa canaleta, fazendo uma diagonal longa para cima. Deu um pouco de arrasto, apesar da costura longo que havia colocado. Achei o trecho bem exposto e quando costurei, percebi que havia pulado um grampo. Continuei subindo até parar num platô bem confortável. Até agora tudo bem e pelo que já havia visto, não teríamos problemas para cima também.

A vista era fantástica. O sol estava ali, mas ainda não incomodava. Percebi que estava com várias picadas de mosquito. Havia várias marquinhas de sangue. O pouco tempo que ficamos lá na base, foi suficiente para o estrago. Saí a terceira enfiada, fazendo uma caminhada com trepa pedras, até parar num platô. A Camila chegou em seguida e me preparei para entrar no crux da via.

Me preparei e avisei para ficar ligada na segurança. Protegi a entrada com um camalot que o Michel havia emprestado. Levei, mas acabei nem usando em lance nenhum para baixo. Posicionei bem o pé e entrei na fenda, num lance de oposição e logo venci o lance, passando bem rápido. Mas acima, montei a parada num grampo acima de um platô bem desconfortável. A Camila chegou em seguida e de lá subiu andando pela trilha. Puxei a corda e enrolei como deu.

O trecho de caminhada começa bem íngreme e escorregadio, por conta da terra solta. Porém foi curto e logo estávamos no cume. Não tínhamos vista. O cume é bem fechado. Aos poucos, todos foram chegando e calmamente fui arrumando o material para a descida. Aproveitei para fazer um lanche e beber uma água.

Já pegando o caminho de volta, pude, enfim, apreciar uma vista fantástica. Agora sim, tinha a sensação de fazer cume. Começamos a descer e ainda paramos para uma bela foto do grupo, com uma visão para a Pedra da Gávea. Seguimos o caminho de volta, chegando ao estacionamento antes da rampa de Vôo da Pedra Bonita. Paramos num local bem agradável e aproveitamos para comprar um lanche e um café. Dali seguimos descendo até o carro, onde comemoramos a grande escalada que fizemos. Um dia bem bonito.

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro