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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Travessia Petrópolis x Teresópolis

 Por Leandro do Carmo

Travessia Petrópolis x Teresópolis  

Dia: 24 e 25/06/2023
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Participantes: Leandro do Carmo, Hebert Calor, Andréa Vivas, Leon de Faria, Igor, Barbara Marinho, Thayanne Amaral, Bruno Seta, Charles Gomes, Gabriel Braz, Carol, André Fraga, Gustavo Chicayban, Ricardo Bemvindo, Marcelo e Willian Pedrozo

Travessia Petropólis x Teresópolis




Relato

Temporada de montanha de 2023, não podia deixar de fazer a travessia mais clássica do país: a “Travessia Petrópolis x Teresópolis”, ou simplesmente “Petrô x Terê”. Acho que essa é a minha sexta vez, mas preciso revisitar meus relatos antigos. É um desafio escrever novamente, mas como toda aventura é uma experiência única, acho que vou conseguir... 

Nos reunimos no Clube Niteroiense de Montanhismo e conseguimos alinhar o final de semana de 24 e 25 de junho. O ideal é fazer a travessia em 3 dias, porém, é mais difícil que as pessoas consigam uma folga na sexta ou segunda. Fica cansativo, pois no segundo dia fazemos em 1 dia, o trajeto que geralmente se faz em 2. Quanto a logística, assim como da última vez que fiz, optamos por deixar o carro dentro da sede de Teresópolis e seguir de van para a portaria de Petrópolis, assim, já terminaríamos a travessia no carro. Com todos os detalhes acertados, vinha a parte mais difícil: conseguir vaga.  Com a saída da empresa em 2021 que detinha a concessão, agendar a travessia tornou-se uma tarefa difícil, visto a limitação de 40 vagas para pernoite. Tínhamos que monitorar a abertura do agendamento e no dia e hora marcado, enviar o pedido e torcer para que tivéssemos sido bem rápidos. O pior, era que demorava uns 3 dias para que o resultado saísse. Como sou guia do CNM, não preciso fazer agendamento. Entre confirmações e negações, conseguimos fechar o grupo. Decidimos deixar os carros dentro do Parque, em Teresópolis, e seguir de van para Petrópolis para iniciar a travessia, assim como fizemos no ano passado.


  

1º dia da Travessia Petrópolis X Teresópolis

A viagem foi tranquila. Chegamos ao parque e ainda estava fechado, abriria as 7 horas. A van já nos esperava. Assim que o parque abriu, entramos, estacionamos os carros e seguimos na van até Petrópolis. Fizemos uma parada na padaria que fica na Praça de Corrêas para tomarmos café da manhã. Aproveitei para comprar algo para o meu almoço. Foi dando a hora e seguimos para a portaria do Parque. Já deixamos todos os termos preenchidos e os documentos separados para podermos agilizar a parte burocrática da entrada. Com tudo certo, nos reunimos e como éramos um grande grupo, nos organizamos e definimos nossos pontos de parada. Nossas paradas eram as seguintes: Bifurcação para o Véu da Noiva (parada curta), Pedra do Queijo (parada curta), Ajax (parada longa – almoço), Alto da Izabeloca (parada curta). Decidimos que não precisaríamos caminhar todos juntos, mas que o primeiro só saísse de alguma dessas paradas, se pelo menos um tivesse chegado e encontrado com ele. Assim saberíamos onde cada uma estava. Fizemos uma foto e iniciamos a caminhada.

Travessia Petropólis x Teresópolis


O dia estava extremamente agradável e a previsão era excelente. Esse início de caminhada serve para um aquecimento. Fomos ganhando altitude bem lentamente, com alguns trechos mais íngremes, mas bem leve se comparados aos trechos à frente. Passamos por algumas entradas de alguns poços que ficam cheios de visitantes durante o verão. Como estávamos no começo do inverno, era muito pouco provável que alguém chegasse ali para um banho. Com cerca de 40 minutos de caminhada, chegamos à Bifurcação para a Cachoeira do Véu da Noiva, nossa primeira parada rápida. Estávamos relativamente pertos uns dos outros e não tivemos problema nesse começo. Era hora de ajustes nas mochilas e no ritmo. Nem a mochila tirei das costas, sentei com ela apoiada. Antes do corpo esfriar, já dei o aviso de que iria continuar a caminhada. Fomos levantando e aos poucos, retornando à subida. Esse era um trecho forte, conhecido como “subida do queijo”.  

Andando num ritmo mais lento que o início, fomos ganhando altura. Numa conversa agradável, passei um trecho longo sem perceber e logo estava na entrada para o “Alicate”. Faltava pouco. Mais acima paramos para tirar foto em um belo mirante, onde é possível ver todo o vale do “Bomfim”. Podíamos ver o quanto já havíamos andado e o quanto já havíamos subido. A vista desse ponto é algo impressionante. De volta à trilha, continuamos subindo, mas já com a certeza de que logo pararíamos novamente. Mais um trecho forte e logo estávamos na Pedra do Queijo. Aos poucos todos foram chegando. Na subida é quando mais nos distanciando uns dos outros. É natural, pois cada um tem seu ritmo. Aproveitei para comer alguma coisa. Nessa hora, encontramos o Gabriel e a Carol que haviam chegado antes e optaram por ir até o Véu da Noiva. Agora sim estávamos todos reunidos. Dali conseguíamos ver parte do caminho que ainda faríamos até o final do dia. Difícil até de acreditar que em algumas horas estaríamos lá em cima. Começamos a nos preparar, nossa próxima parada era o “Ajax”.

Travessia Petropólis x Teresópolis


Voltamos para a caminhada e a primeira subida já é dura. Pegamos uma área com pouca vegetação e um solo bem erodido, o que dificulta um pouco a subida. Com alguns minutos estávamos nesse pequeno cume. A vista dispensa comentários. Desse ponto, iniciamos uma descida, que logo se tornou uma subida novamente. Mas agora, estávamos mais abrigados do sol, o que facilitou um pouco a caminhada. Em um determinado ponto já era possível ouvir vozes, o que com certeza indicava o “Ajax”, pois como tem água no local, a maioria faz uma parada ali. Mais um trecho de caminhada e havíamos chegado. Era hora de descansar e fazer um lanche reforçado, na qual, pelo avançar da hora, poderíamos chamá-lo de almoço. Encontrei alguns amigos e conversamos um pouco. Tivemos bastante tempo. Aproveitei para encher minha garrafa de água. Já deixei tudo pronto, faltava a última subida forte do dia, a “Izabeloca”. Era hora de partir. Começamos a nos preparar e logo estávamos de volta a caminhada.  

De volta à trilha e a subida, começarmos serpenteando, já mirando um grande bloco, bem no alto. Aos poucos, nos aproximávamos e a cada minuto a nossa distância se encurtava. Não é um trecho longo, o que ajuda no psicológico. De um certo ponto, era possível distinguir, bem ao fundo, o cruzeiro que fica no Açú. Era o nosso objetivo do dia. Sem perceber, caminhei os últimos metros e quando me dei conta, já estava no alto do chapadão, jogando a mochila num canto e alongando as costas. Um alívio. Faltava pouco para montar acampamento e descansar. Uns seguiram andando. Eu acabei esperando todos chegarem para não nos distanciarmos muito. Foi até bom dar essa parada mais longa. Apesar de uma subida mais curta, já estava com um cansaço acumulado das outras. Como seguiríamos sem grandes subidas, um bom descanso agora seria ótimo para concluir o trecho até os Castelos do Açú.

Travessia Petropólis x Teresópolis


Com todo mundo reunido, mesmo que todos não fossem começar a andar naquele momento, resolvi pegar a mochila e seguir. O dia estava bem aberto e caminhar nesse trecho não ofereceria maiores riscos. Passei por algumas pessoas que voltavam do Açú e segui andando. Passei direto pelo “Graças a Deus”, um ponto onde há um totem com uma placa. Mais à frente já era possível ver parte da baía de Guanabara. Olhando para trás, deu para ver um grande rastro de fumaça, na direção de onde havíamos subido, com certeza estava acontecendo um grande incêndio por lá. Após contornar uma elevação, foi possível ver os Castelos do Açú. Estávamos bem próximos, faltando apenas alguns metros. Nesse momento, foi como se o corpo tomasse uma injeção de ânimo. Já nem lembrava mais do cansaço. A vista era algo impressionante. Cruzamos um trecho que historicamente fica bem molhado e com lama, mas a ausência de chuva, deixou tudo muito seco, sorte nossa. Contornamos a lateral da grande rocha e nos dirigimos ao acampamento sul. Já havia um grupo por lá. Nos ajeitamos nos poucos espaços que sobraram e aí pude descansar, após fazer uma boa refeição.  

O dia foi terminando e com isso o frio veio com força. Aproveitei para mostrar o Mirante Sul fica na de frente para o fundo da Baía de Guanabara. Era entardecer quando começamos a andar. Fomos nos guiando por totens espalhados pelo caminho. Assim que chegamos lá, pudemos contemplar um espetáculo. Havia uma névoa que encobria um pouco, mas podíamos ver toda a Baía de Guanabara, Niterói, Rio de Janeiro, etc. A noite foi caindo e as luzes davam um tom maravilhoso. Mas tudo tem seu preço... O frio foi aumentando e já foi ficando difícil ficar ali. Era hora de voltar. Fomos procurando os totens e com cuidado chegávamos novamente ao acampamento. Cantamos parabéns para a Andréa, que faria aniversário na próxima segunda feira e cada um foi procurando sua barraca. Ainda fiz um lanche rápido para tentar esquentar um pouco mais. Um dia perfeito. Era hora de dormir e descansar para o dia seguinte que seria duro.

Travessia Petropólis x Teresópolis


2º dia da Travessia Petrópolis x Teresópolis 

Foi uma noite tranquila. Havia levado um saco de dormir com temperatura de conforto bem baixa e isso fez a diferença. O benefício da noite bem dormida compensou o peso extra. Acordei bem cedo na intenção de ver o sol nascer, mas estava com um pouco de nuvens e isso atrapalhou um pouco. Com a certeza de que não teríamos aquele nascer do sol fantástico, aproveitei para fazer um café e comecei a organizar as coisas. Fui de barraca em barraca acordando o pessoal para que não atrasássemos na saída. O dia seria longo. Aos poucos, todos foram levantando e começar a nos organizar. Em pouco tempo o acampamento foi desmontado e saímos com um pouco de atraso, mas nada que pudesse atrapalhar o dia. Coloquei a mochila nas costas e comecei a andar. Passei por dentro dos Castelos do Açú, um grande amontoado de imensos blocos de pedra. Perdi as contas de quantas vezes passei por ali, mas ainda continua me impressionando! Já ao “lado de fora”, de frente para o Abrigo do Açú, paramos durante um tempo para algumas fotos. A vista estava fantástica. Impossível não parar! Dali seguimos andando. Uns pararam para pegar água no abrigo. Passamos pelo camping Norte e seguimos para a descida do lajeado que antecede a subida do Morro do Marco. Do alto já era possível ver a subida no lado oposto. É uma descida bem bonita e considero boa para o aquecimento. Cruzamos o vale e iniciamos a subida. O ritmo diminuiu, mas seguimos subindo de forma constante. Já no alto do Morro do Marco, fizemos uma parada rápida para recarregar as baterias.

Travessia Petropólis x Teresópolis


Recomeçamos a caminhada. Errei o caminho e só percebi depois de alguns metros. Voltamos e pegamos a saída certa. Descemos em direção ao Vale da Luva com ventinho bem gelado, mas como o dia estava bem aberto, o sol da manhã compensava o frio. Foi uma descida tranquila, exceto por alguns trechos bem erodidos. E alguns pontos, formavam grandes degraus. Estava bem seco e já havia passado ali com bastante lama, o que deixava o terreno bem escorregadio. Mais alguns minutos e estávamos entrando no Vale da Luva. Foi só o ficarmos abrigados do sol que o frio veio com força. Mesmo sem vento nesse ponto. Fizemos uma rápida parada para que alguns pudessem pegar água e seguimos para o trecho mais forte do dia. Já no início da subida, achei um isolante caído na borda da trilha. Achei que fosse do João e o guardei na parte externa da mochila. Nesse início, temos que usar bem as penas. São trechos íngremes e escorregadios. Algumas árvores e raízes servem de apoio, facilitando a ascensão. Até que passei rápido, considerando o peso da minha mochila. Passamos por algumas lajes, buscando sempre o ponto mais limpo. Olhando para trás, é possível ver parte do caminho. Íamos nos distanciando. Depois de um certo, já conseguia olhar para baixo. Sinal de já havia ganho uma altura considerável. E isso também era um bom sinal: Faltava menos do que faltava há alguns minutos atrás. Mais ou menos do meio para cima, o terreno piora com o aumento da lama. Com cuidado para não sujar muito as botas, segui subindo, ganhando uma diagonal para a direita. Enfim chegamos! Segui até a totem e joguei a mochila num canto, aliviando as costas. Como é bom descansar! Fiz um lanche rápido e optei por ir até o cume do Morro da Luva, pois mesmo passando por ali inúmeras vezes, ainda não havia o conhecia. Foi uma caminhada bem rápida. De volta ao grupo, esperamos mais alguns minutos para poder retomar a caminhada.  

Travessia Petropólis x Teresópolis
De volta, iniciamos a descida. O Garrafão ao fundo roubava a cena. Era impressionante a vista daquele ponto. Mas tínhamos que andar, ainda faltava um longo caminho pela frente. Essa descida foi mais tranquila, apesar de alguns pontos bem erodidos e logo estávamos cruzando um charco. Nossa sorte foi que a falta de chuvas deixou tudo bem seco e pudemos caminhar sem o risco de afundar o pé na lama. Mais à frente chegávamos a um lajeado que em dias de forte neblina é um trecho complicado. Mas hoje, com o dia aberto e sol, não tivemos problemas e seguir os totens até quebrar para a esquerda e cruzar o córrego que nasce lá em cima, no charco na qual havíamos cruzado. Fomos com cuidado seguindo um corrimão que está quebrado em alguns trechos. Mais alguns minutos de caminhada e estávamos na base do trecho conhecido como “Elevador”. Uma sequência de degraus de ferro fincados na rocha, que nos auxiliam na subida. Muita gente sente receio nesse trecho, principalmente por conta do ângulo das fotos que são postadas. Tem gente que cria dificuldade para vender facilidade. Nem esperei muito, já fomos subindo, assim não teríamos muito tempo para pensar. Degrau por degrau fomos subindo e rapidamente havíamos terminado o trecho, fazendo uma pequena pausa um pouco mais acima. Estávamos num bom ritmo. Acho eu todos que subiram foram unânimes quanto a dificuldade, tendo confirmado a minha impressão de que não era tão difícil assim.  

Depois de uma rápida parada, pois a nossa pausa mais longa seria no “Vale das Antas”, voltamos a caminhar. Seguimos pelo costão, subindo levemente, até chegarmos ao ponto onde descemos um costão. Havia um grampo, com certeza para ser usado em dias de chuva. Já no final, seguimos em direção ao cume do “Dinossauro”, caminhando por um trecho levemente inclina, em direção a uma passagem entre uma espécie de dois cumes. Cruzamos a passagem e seguimos para a esquerda já vendo o “Vale das Antas” ao fundo. Foi uma descida com trechos íngremes e por vezes, escorregadios. Nesse ponto todo cuidado era pouco. Do outro lado do vale, era possível ver o “Dorso da Baleia”, uma formação rochosa que se destacava em meio a vegetação. Era um trecho alto, um prenúncio do que ainda teríamos pela frente. Em pouco tempo, estávamos numa pequena clareira. Ali, pudemos captar água e fizemos um lanche reforçado. Ficamos conversando durante um tempo, aproveitando para descansar bem. Teríamos uma forte subida pela frente.

Após um bom descanso, era hora de voltar a caminhada. Puxei a fila e atravessamos a pequena ponte sobre um córrego e dali, começamos a subir. Fomos deixando o Vale das Antas para trás ou melhor, para baixo. A medida que subia, o ritmo diminuía. Mas o corpo foi aquecendo e consegui manter os passos constantes, apesar de lento. No alto, cruzamos um charco que vem aumentando ao longo dos anos. Lembro claramente da primeira vez que havia passado ali. Era um caminho estreito, bem difícil. Não tinha muito opção a não ser escolher o local onde achava que o pé afundaria menos. Mas com o fluxo intenso de pessoas, a pequena passagem foi se alargando, pois, as pessoas acabam usando a vegetação lateral para se apoiarem. E a tendência é piorar. Passado o trecho, veio mais uma subida e cheguei ao “dorso da baleia”, um lajeado já bem próximo ao final da subida. Passamos por ela e fomos para somente no totem da Pedra da Baleia. Estávamos com uma vista fantástica para o Garrafão, bem como a parede lateral da Pedra do Sino. Encaminhávamos para o trecho final, antes da descida da Trilha da Pedra do Sino. Fizemos uma parada rápida. Entraríamos os trechos mais técnicos da travessia: o mergulho, o cavalinho e o coice.  



Mochila nas costas, era hora de caminhar. Depois de várias fotos de frente ao Garrafão, seguimos andando em direção ao colo entre a Pedra da Baleia e o Sino. Mas para chegar lá, precisaríamos descer o lance do “Mergulho”. Uma descida bem delicada, num trepa pedra bem alto. Organizamos os grupos para irem descendo um por um e já seguindo para o “Cavalinho”. Na teoria, tudo certo. Na prática, não tão certo assim. Algumas pessoas travaram, devido a exposição e só aceleramos, depois que o Gabriel passou uma corda que ele havia levado. Acho que foi um erro meu não ter levado a corda. De qualquer forma, conseguimos passar e continuamos andando. Logo, pegamos a última subida da travessia. Quando nos aproximamos da face lateral do Sino, deu uma engarrafada novamente por conta do “Cavalinho”. O Cavalinho é uma pedra atravessada no meio do caminho, onde devemos subir em uns blocos, ganhando o máximo de altura possível, para aí, conseguir passar a perna, como se estivéssemos montando um cavalo. Não um lance difícil, principalmente para os escaladores e mais altos, mas a altura lateral e o “medo” que as pessoas colocam, acabam afetando o psicológico e muitos acabam demorando excessivamente. Com a corda do Gabriel, demos ajuda aos que precisaram. Fui o último a passar e segui. Acima, tem o lance que chamam de “Coice”. Mais um trecho onde é possível passar com tranquilidade, usando técnicas de escalada. Mais uma subida, passando pela escada e seguimos até a placa que indica a subida para o cume da Pedra do Sino. Nesse ponto, há sinal de celular. Aproveitei para mandar algumas mensagens e dar sinal de vida. Retomada a caminhada, foram mais alguns minutos até chegarmos ao Abrigo 4, onde fizemos uma parada para o almoço. Faltava apenas a descida do Sino.    

O sol estava maravilhoso. Mas na sombra o frio era forte. Era só ir pegar a água para sentir. Fiz um lanche reforçado, alguns optaram por preparar o almoço. Fiquei no sol durante todo o tempo o que fez dar um ânimo novo, muito importante para esse trecho final. Muita gente opta por fazer em 3 dias, terminando ali o segundo dia e fazendo no terceiro dia a descido do Sino. Mas como para fazer em 3 dias, precisamos de uma folga na segunda feira ou na sexta, fazer em 2 dias é o mais viável, principalmente, porque a descida do Sino, apesar de longa, não tem dificuldade técnica. Já era hora de finalizar. Aos poucos, todos foram se preparando e iniciamos a descida. Cada um acabou indo no seu próprio ritmo. Cruzamos a área de camping e pegamos a trilha. Fomos deixando o Abrigo 4 para trás, mas nem deu para pensar muito nisso, o cansaço já estava batendo na porta. Fomos serpenteando num caminho bem agradável. Passamos pela entrada da trilha do Papudo e mais a frente, a Cota 2000. Optei por seguir, normalmente pela trilha do Sino, evitando pegar o caminho do Paredão Paraguaio, que se encontra bem sacrificado, muito pelo alto fluxo de pessoas. Seguimos descendo naquele piloto automático, fazendo uma parada rápida num ponto ao meio da trilha e depois, parando na Cachoeira do Véu da Noiva. Dali seguimos direto até ao estacionamento. Pela hora, daria tempo de fazer uma parada no Paraíso Café. E seguimos para lá. Estacionamos já quase próximo do fechamento e com pouca opção, fizemos um lanche. Daí, foi pegar o caminho de volta...  

Foram 2 dias intensos, com tempo maravilhoso. Uma sorte poder desfrutar de excelente companhia e essa vista fantástica na Travessia mais clássica do Brasil, a Travessia Petrópolis x Teresópolis.


Travessia Petropólis x Teresópolis

Travessia Petropólis x Teresópolis

Travessia Petropólis x Teresópolis

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Travessia Petropólis x Teresópolis

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Travessia Petropólis x Teresópolis

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Travessia Petrópolis x Teresópolis

Por Leandro do Carmo

Travessia Petrópolis x Teresópolis

Travessia Petrópolis x Teresópolis


Dia: 10 e 11/09/2022
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Participantes: Leandro do Carmo, Leandro Conrado, Fernando Marques, Willian Pedrozo, Thiago Wentzl,  Charles Gomes, Gustavo Chicayban e Higor

Como chegar

A portaria da Sede Petrópolis fica no Bairro do Bonfim, em Corrêas, Petrópolis. O acesso terrestre principal é feito pela BR 040, que liga o Rio de Janeiro (RJ) a Juiz de Fora (MG). Do centro de Petrópolis até a portaria, o acesso é através da Estrada União-Indústria, que margeia o Rio Quitandinha. Deve-se tomar o acesso do Distrito de Corrêas.

Para quem vem de Teresópolis o acesso é através da Rodovia BR-393 (Teresópolis-Itaipava). Chegando-se a Itaipava toma-se a direção do Centro de Petrópolis até o Distrito de Corrêas.

A partir de Corrêas deve-se seguir as indicações do Bairro Bonfim. O acesso é feito por estrada de terra e trechos ruins de asfalto e paralelepípedo. A portaria do parque é a última construção na área mais alta do bairro.

De ônibus a melhor opção a partir do Centro de Petrópolis é tomar um ônibus para o Terminal de Corrêas. De lá existem duas linhas que atendem ao Bonfim - a linha 611 (Bonfim) que tem ponto final a cerca de 1 Km da portaria e a linha 616 (Pinheiral) que chega mais perto, até a Escola Rural do Bonfim.

Início da Trilha  

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Dicas  

Optamos por fazer em 2 dias. No primeiro dia, acampamos no Açú e no segundo, seguimos direto até a portaria de Teresópolis. Com relação à logística, deixamos os carros na sede em Teresópolis e de lá, contratamos uma van para nos levar até a portaria de Petrópolis.

Relato  

Voltando para mais uma Travessia Petrópolis x Teresópolis. Uma das mais clássicas do montanhismo brasileiro. A travessia começou há mais de um mês atrás, quando encaminhei uma mensagem lá no grupo do Clube Niteroiense de Montanhismo avisando sobre a minha vontade. As inscrições estavam abertas e seria necessário que fizéssemos nossa solicitação de inscrição, preenchendo um formulário “on line” e aguardando a resposta sobre a validação. Como sou guia do clube, não necessito fazer agendamento. Deixei aberto, cada um ficaria responsável por sua vaga.  

Nas semanas anteriores da viagem, definimos alguns detalhes de como faríamos com os carros. Optamos pode deixar já na sede em Teresópolis e pegar uma van até o início, em Petrópolis. Nas outras vezes, tinha contratado uma pessoa para levar o carro de Petrópolis até Teresópolis. Algumas pessoas não conseguiram vaga. Próximo ao dia, algumas pessoas desistiram, deixando nosso grupo com 8 pessoas. Com tudo resolvido, saímos de Niterói às 5h de sábado rumo à Teresópolis.  

A previsão era razoável. Tempo bom no sábado e possibilidade de chuva, já na noite e para o domingo. O dia amanheceu firme. Pelo menos nessa manhã, não havia sinal de chuva. Pelo contrário, tinha certeza de que o sol apareceria forte. Chegamos no horário combinado e a van já nos aguardava. Entramos um pouco antes da abertura do parque para estacionar os carros e de lá seguimos na van até a portaria de Petrópolis. Foi a primeira vez que passei pela estrada que liga as cidades de Teresópolis e Petrópolis. Fizemos uma parada na padaria da Praça de Corrêas e de lá seguimos até a portaria do parque.

Travessia Petrópolis x Teresópolis


Paramos um pouco antes, pois a van não conseguiria manobrar lá em cima. Dali caminhamos uns 150 metros. Já na portaria, preenchemos as papeladas e fizemos nossa foto de saída. Era 9:15h quando iniciamos a caminhada. Esse trecho inicial é um bom aquecimento. Apesar de ser subida, ela é bem leve e vamos ganhando altitude bem lentamente, porém constante. Uma parte caminhou mais rápido. Fui um pouco mais atrás.  

Fizemos nossa primeira parada rápida na bifurcação para a Cachoeira do Véu da Noiva. Ali é um ponto estratégico, pois antecede a forte subida até a Pedra do Queijo. Tomei uma água e comi algo bem rápido. Descansei um pouco, já pensando no próximo trecho. Voltamos a caminhar. Fomos ganhando altitude rapidamente. Num ritmo mais lento, porém cadenciado fui subindo, sempre de olho na paisagem. Em alguns pontos é possível ver o Vale do Bomfim, bem como parte do chapadão, local onde estaríamos em breve. Passamos a entrada para o “Alicate” e mais à frente, paramos rápido para uma foto em um belo mirante. Já estávamos bem próximos da nossa segunda parada. Esse trecho, apesar de forte, ainda está no começo da caminhada, por isso consegui fazer bem. O cartucho do gás ainda estava cheio! Mais alguns metros e estávamos na Pedra do Queijo.  

Fizemos uma parada mais longa. Ali, pude comer algo mais reforçado. Na minha programação, completávamos 1/3 do caminho. Andamos num bom ritmo. Ali é um excelente ponto para fotos. Do alto da Pedra do Queijo, podemos ver todo o Vale do Bomfim. Abdiquei das fotos e apenas descansei e lanchei. A partir desse ponto, já é bem visível a mudança na vegetação. As grandes árvores vão dando lugar à pequenos e retorcidos arbustos. O Charles subiu à frente, pois ele queria subi o drone para filmar um trecho mais acima. Depois de um merecido descanso, era hora de voltar a caminhar. Nosso próximo objetivo, era a parada no Ajax.  

Assim que começamos a andar, ouvimos o barulho do drone. Esse é um trecho que está mais aberto. O sol batia e o calor aumentava. Fomos andando e logo chegamos ao Charles, que já preparava a mochila para voltar a caminhar. Nesse ponto, conseguíamos ver o Ajax e Alto da Izabeloca bem ao fundo. Esse seria o caminho que teríamos que percorrer. Veio uma descida mais longa, a primeira depois de um longo caminho. Mas a alegria da ilusão logo foi vencida pela tristeza da verdade, quanto mais descêssemos, mais teríamos que subir novamente. Mas não tinha jeito, era concentrar e subir. A descida até que foi longa, mas deu uma aliviada. Subi até o Ajax, onde fizemos outra parada mais longa. Ali fiz outro lanche e enchi o cantil no último ponto de água.  

Aos poucos, fomos saindo em direção ao nosso próximo objetivo, a Izabeloca. Essa subida já foi pior. Depois de um grande manejo realizado, foram feitos novos trechos em curvas de nível, aliviando a subida. Olhando para trás, era possível ver boa parte do caminho que já havia feito. Foi um alívio ver o totem. Já no alto do chapadão pude descansar. Algumas nuvens cobriam o sol e o vento trouxe um frio mais forte. Coloquei o anorak e aí sim, pude relaxar um pouco. Fiz algumas fotos aguardei que todos chegassem. Já havíamos completado 2/3 do caminho. Era a nossa última parada e dali, seguiríamos até o Abrigo do Açú.  

De vota a caminhada, estávamos no trecho, teoricamente, mais tranquilo. Mas esse mais tranquilo é muito relativo. Já estávamos cansados e o chapadão não é tão reto assim. Existem subidas e descidas. Claro que nada se compara aos trechos anteriores. O maior problema ali é a orientação no caso de forte neblina. Como o dia estava aberto, não seria um problema. Faltava cerca de 1,5 km para concluirmos o dia. Lá no fundo, era possível ver o cruzeiro no alto do Açú. Depois de alguns minutos, já era possível ver os Castelos do Açú. Uma vista fantástica. Já conseguia ver também o Abrigo do Açú. O abrigo está fechado, devido ao fim do contrato com a concessionária.  

Quem chegou primeiro, iniciou a montagem das barracas na área de camping quase ao lado do abrigo. Optamos ficar ali por estar próximo ao ponto de água e banheiro, mas talvez não seja o melhor local. Aproveitei para tomar logo o banho. Me surpreendi com a temperatura da água. Estava melhor do que imaginava. De banho tomado e com o ânimo renovado, fui armar a barraca. Como cheguei por último, acabei ficando com os piores lugares. Tive que preparar o chão, colocando os ramos secos de capim. Isso deixou o fundo da barraca mais confortável. Até pensei em montar em outro local, mas era menos abrigado e se ventasse, ficaria ruim.  

Depois da barraca montada, preparei meu almoço. Comi com vontade. Dei uma organizada no equipamento e fui até o cruzeiro ver o pôr-do-sol. Foi um espetáculo, apesar de estar um pouco nublado. O frio lá no alto estava forte, mas nada que uma boa roupa de frio não resolvesse. Os cumes mais altos do PARNASO eram os únicos visíveis. Abaixo, um tapete de nuvens. Estávamos literalmente sobre as nuvens. Voltei até a barraca e me preparei para descansar, afinal de contas o dia seguinte seria mais cansativo. A noite chegou e com ela a lua cheia, era uma daquelas que iluminava tudo. O céu estava bem estrela e tinha uma previsão de chuva para a madrugada e o dia seguinte. Agora era dormir e torcer para o tempo não virar.

Travessia Petrópolis x Teresópolis


Dormi extremamente mal. Mesmo cansado, acordava toda hora. Foi uma noite bem tranquila. Ventou pouco e por algumas vezes, ouvia o barulho que pareciam pingos caindo em cima da barraca. Era por volta das 4 h quando uma menina que estava na barraca em frente a minha acordou e fez muito barulho, falando alto e até cantando. Nem se preocupou que tinham outras pessoas dormindo. Fiquei esperando dar 5h para levantar e assim que celular tocou, levantei já achando que o dia estaria fechado. Estava errado, ainda bem. O dia estava firme. O barulho que ouvia durante a noite, provavelmente era de areia carregada pelo vento. Preparei o café e fui arrumando a mochila para deixar tudo pronto para a partida.  

Saímos para caminhar as 6:30h, um pouco depois do previsto, mas num bom horário. O Charles saiu bem cedo, ainda era noite, na tentativa de fotografar algum animal. Partimos do camping e seguimos descendo o primeiro lajeado. Dali, podíamos a ver a grande subida que teríamos pela frente, para atingir o Morro do Marco. Do outro lado, víamos a subida para o Morro da Luva. Assim que cruzamos o vale, deu para perceber que a subida não era tão longa assim. Acho que de longe parece bem pior. Ainda era o começo da caminhada e por enquanto, tudo tranquilo.

Chegamos ao cume do Morro do Marco, que tem esse nome devido a um grande totem de pedra que existia e foi destruído há alguns anos. Nesse ponto, tínhamos a opção de seguir aos Portais de Hércules, mas fazendo a travessia em dois dias, fica muito puxado. Seguimos em direção ao Morro da Luva, descendo até o colo entre os dois cumes. Nesse ponto há o primeiro ponto de água. Como meu cantil estava cheio, optei por não coletar água nesse ponto. Minha estimativa era de pegar somente no Vale das Antas. Do colo, começamos a subir o Morro da Luva. Uma das piores subidas da travessia. Não adiantava ter pressa. No começo, tem vários trechos onde é necessário usar as mãos para ajudar a subir. Mais acima, alguns trechos bem escorregadios. Depois de uns bons minutos, havíamos chegado ao Morro da Luva. Lá encontramos com o Charles. Fizemos mais uma parada para descanso.

Travessia Petrópolis x Teresópolis


Dali, seguimos descendo até atravessar um charco e seguir paralelo a um pequeno córrego. Dessa vez estava mais seco, diferentemente da última vez que passei por ali. Mais à frente, entramos num lajeado e descemos. Já conseguíamos ver o trecho do elevador. Já no final da descida, bem próximo ao precipício, seguimos para a esquerda e cruzamos o córrego. Nesse ponto há um corrimão que balança um pouco. Fomos andando num trecho bem delicado até chegar à base do elevador. Nas fotos, ele parece bem mais difícil que ao vivo. Para quem não conhece, o elevador é uma sequência de degraus fincados na rocha. É um trecho obrigatório e não há como contorná-lo. Lá no alto, fizemos mais uma parada para descanso.  

Fizemos algumas fotos e voltamos a caminhar. Dali, conseguíamos ver por onde passaríamos. Seguimos subindo levemente até descer forte numa rampa. Dali pegamos o caminho até chegar ao Dinossauro. Ali, estávamos bem de frente para o Garrafão. Uma vista fantástica. Lá no fundo, aquele tapete de nuvens. Nossa próxima parada seria o Vale das Antas. Continuamos a caminhada por mais um lajeado até começar a descer. Já no final da descida, passamos por trecho que sempre tem lama, mas dessa vez, assim como em outros trechos, estava bem tranquilo. Já no Vale das Antas, fizemos mais uma parada. Aproveitamos para captar água e comer algo. Era importante descansar, pois essa próxima subida seria forte. Mas antes que o corpo esfriasse, voltamos a andar.

Cruzamos uma pequena ponte de madeira e iniciamos a subida para a Pedra da Baleia. Foi mais uma subida dura. Mas logo estávamos passando por uma pedra, que chamamos de Dorso da Baleia. Dali, cruzamos mais um charco e fizemos mais uma parada no totem que indicava cerca de 1,5km até o Abrigo 4. O vento era um pouco mais forte. Procurei um local um pouco mais abrigado para evitar o frio. Descansamos bem. Estávamos cada vez mais próximos.  

Descemos em direção ao lance do Mergulho. Não levamos corda. Muita gente opta por fixar uma corda nesse ponto para ajudar a descida, principalmente nos dias de chuva. Mas descendo devagar, é possível fazer sem. Fomos descendo um por um. Havíamos feito o penúltimo trecho técnico de toda a travessia, faltava apenas o “Cavalinho”. Andamos mais um pouco e começamos a subir. Já estávamos colados na Pedra do Sino. Paramos na base do Cavalinho e pude observar as pessoas passando. Nem chega a ser tão difícil como se fala, mas com atenção, dá para passar tranquilo. Optamos pela seguinte estratégia: um sobe, pega a mochila, o próximo sobe sem mochila e pega a mochila do próximo, que sobe sem. E assim fomos subindo, passando o trecho bem rápido.  

Continuamos subindo e passamos pela escada. Andamos até o ponto onde dá acesso ao cume da Pedra do Sino. Alguns subiram, eu optei por seguir direto até o Abrigo do Sino. Aproveitei que tem sinal de celular nesse ponto e mandei algumas mensagens, avisando que estava tudo bem. Foram mais alguns minutos até chegar ao Abrigo 4. Dei uma boa descansada e preparei um almoço. Era cedo ainda, havíamos chegado por volta das 12h. Tempo suficiente para almoçar, descansar e ainda chegar durante o dia na portaria de Teresópolis. Alguns preferiram descer sem almoço.  

Depois de um bom almoço e uma boa descansada, começamos a descer a trilha do Sino. O tempo permanecia bom, mas na medida que iríamos perdendo altitude, entraríamos na zona das nuvens e, a partir daí, não daria para garantir mais nada. E não deu outra. Assim que cruzamos a cota 2000, ponto onde marca a altitude de 2.000 metros, estava tudo bem fechado e não tínhamos mais visual. Pelo menos, não chovia. Seguimos descendo e fizemos uma parada na saída para o Paredão Paraguaio e outra, na Cachoeira do Véu da Noiva. É uma descida que parecia não ter fim. Estava tudo bem molhado, mas não chovia.  

Chegamos quase juntos à Barragem com o grupo que havia saído primeiro. Se tivéssemos combinado, talvez não tivesse dado tão certo. Mas ainda não havia acabado, faltavam mais aproximadamente 2 km até o ponto onde o carro estava estacionado. Seguimos descendo pela rua até lá. Assim que avistei o carro, pude dar como encerrada a travessia. Troquei de roupa e arrumei as coisas. Dali, seguimos direto para o Paraíso Café, onde fizemos um lanche reforçado para pegar o caminho de casa. Mais uma Travessia Petrô x Terê finalizada.

Travessia Petrópolis x Teresópolis

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